Charles POV:
Ele estava olhando pra mim com um sorriso malicioso
Erik: você beija bem. Riu
Charles: porque você fez isso? eu não sou gay e tenho certeza de que você também não é.
Erik: claro que não sou Charles, mas tem que aprender muito sobre mim ainda.
Charles: você ta se sentindo ameaçado por mim. Ri.
Erik: como é? Falou sem entender porra nenhuma
Charles: como eu disse ontem a noite você é orgulhoso demais pra admitir algo, tem todo mundo aos seus pés, imagino o quanto deve ser dificil um nerdzinho como eu não ligar a minima pro que você faz ou deixa de fazer, então pra chamar minha atenção você resolveu jogar seu chame pensando que eu ia me apaixonar e depois você estaria no comando de tudo pois partiria meu coração, sinto informar que isso nunca vai acontecer, mas você devia consultar um psicologo você é muito inseguro e prepotente.
Erik: escuta aqui seu nerd idiota, se você falar comigo desse jeito mais uma vez eu não respondo por mim
Charles: eu não tenho medo de você
Erik: devia ter, pode ir pra sua aulinha agora. Falou abrindo a porta do quarto e assim que eu sai ele fechou.
Fui pro auditório e assim que cheguei pedi desculpas ao Hank por ter sido um pouco grosso, e ele apenas sorriu e falou que eu estava certo sobre a aula não começar tão cedo.
Erik POV:
Quem ele pensa que é? eu não sou prepotente, eu não preciso de psicologo e eu não preciso dele. Ele vai se arrepender pelo que falou. Comecei a mexer nas coisas dele, e acabei descobrindo uma foto antiga colada em uma carta.
"Querido Charles, mamãe te ama e sempre vai te amar, não importa a onde ela estiver, papai também está dizendo que te ama, eu escrevo essa carta com lágrimas nos olhos por ter que deixá-lo, eu sinto muito por tudo o que você terá que enfrentar, mas eu sei que vai se tornar um homem bom, e vai ganhar muitos prêmios assim como seu pai e se não ganhar não tem problema, eu sempre serei orgulhosa por ter tido um filho maravilhoso como você, agradeço a Deus, mesmo que você não acredite nele a oportunidade de poder está te escrevendo essa carta, algo horrivel está para acontecer,vou te amar sempre e para sempre e quando você acordar e vê essa carta debaixo da porta do seu quarto chame a policia e só saia dai quando eles chegarem, confia em mim não é?
Com amor mamãe."
A Carta estava com respingos antigos de sangue e a letra parecia ter sido escrita com rapidez, logo percebi que a mãe do Charles antes de ser assassinada conseguiu deixar uma carta para o filho, e o Charles guardou essa ultima lembrança dolorosa até hoje, juntamente com uma foto em familia, isso me fez perceber que eu não conseguiria odiar o Charles, ele é tão fodido quanto eu na vida.
Charles POV:
O Erik não veio pra aula e ainda me fez perder boa parte da apresentação antes dela, e graças a ele eu não conseguia me concentrar, ficava relembrando aquele beijo várias e várias vezes em minha cabeça.
Hank: Charles? Charles?
Charles: Oi, desculpa
Hank: a aula acabou
Charles: ah sim, eu percebi
Hank: na verdade você estava bem desligado, o que o seu colega de quarto te falou?
Charles: nada, ele queria pegar uns analgésicos pra dor de cabeça, eu estou apenas preocupado com ele.
Hank: você não disse que ele era um idiota?
Charles: ele é, mas meu lado cientifico e biológico acaba fazendo eu me preocupar.
Hank: você não é esse tipo de doutor
Charles: eu sei, mas eu sou humano Hank, me preocupo com as pessoas, vou voltar pro quarto, até mais tarde.
Hank: tudo bem.
Eu havia dito muita coisa ruim pro Erik, ele era um idiota mas não preciso humilhá-lo, eu não sou assim, não vou descer a esse nivel de ter que usar a psicológia pra atingir o ego de alguém que eu não me dou bem, quando abri a porta do quarto preparado pra pedir desculpa, vi ele sentado na minha cama com um carta na mão. ele olhou pra mim com uma cara triste e eu logo indentifiquei o que ele havia lido.
Charles: COMO VOCÊ PODE? Gritei enquanto tomava a carta de suas mãos.
Erik: Charles me desculpe, eu não...
Charles: você podia fazer qualquer coisa comigo, menos isso, foi golpe baixo e isso eu não perdoo. Falei com os olhos marejados de lágrimas.
Erik: eu não fiz por querer
Charles: eu não acredito em você. Falei chorando.
Erik: meu pais também foram assassinados, quando eu tinha 12 anos. Nós tivemos que nos mudar pra um bairro perigoso na alemanha, e por lá ainda haviam muitos nazistas escondidos e não sabiamos disso até nos mudarmos, meu pais....ele...eles eram judeus, e dois nazistas os mataram, eu só não morri porque minha mãe...ela....ela me escondeu no porão de casa, eu ouvi os gritos, a tortura e não pude fazer nada, antes de morrer ela começou a cantar uma canção de ninar e os nazistas não sabiam o que era, mas eu sabia que ela estava se despedindo de mim, é por isso que eu sou do jeito que sou, e peço pra...pra que não conte a ninguém...Falou chorando, ele se levantou da minha cama e sentou na sua.
Charles: eu....eu sinto muito. Falei em lágrimas.
Erik: desculpe por ser um idiota com você. Disse enquanto enxugava suas lágrimas.
Charles: Ok, se você não disser a ninguém que me viu chorando, também não digo que te vi chorar. Sorri fraco
Erik: Trato feito. Sorriu
- Ah e sobre o beijo....
Charles: eu não vou contar a ninguém, também pega mal pra mim
Erik: falei a verdade quando disse que beija bem
Charles: você também não beija mal, deve ser por isso que as garotas correm atrás de você
Erik: bem tem outras coisa também. Riu
Charles: me poupe dos detalhes, eu vou pro campus observar a paisagem
Erik: posso ir com você?
Charles: quer andar com um S.O.S em público? Ri
Erik: bem, o S.O.S é um coisa boa, e eu não ligo pro que as pessoas falam, eu sou orgulhoso demais pra isso lembra?
Charles: tudo bem então.
Erik: você joga Xadrez?
Charles: eu sou praticamente o rei do Xadrez.
Erik: vamos vê se você é bom mesmo. Pegou um tabuleiro que estava embaixo da cama, e assim saimos do quarto.
Quando passamos pelo corredor vi Hank, e ele acenou pra mim e eu acenei de volta, ele estava conversando com o professor palestrante.
Erik: se quiser convidá-lo por mim tudo bem.
Charles: ele me parece ocupado agora.
Erik: com um professor? Falou enquanto saiamos do corredor dos dormitórios e já estavamos no Campus.
Charles: ele ta fazendo uma pesquisa importante sobre ondas sonicas. Menti, na verdade eu queria ficar sozinho com o Erik, e nem eu entendi o motivo.
Erik: ok, vamos jogar xadrez então. Disse enquanto se sentava nas escadas que sentamos na noite passada.
Acho que esse é o começo de uma bela amizade.
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