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História Northefild - Taeny - Três


Escrita por: coriminji

Capítulo 3 - Três


Mesmo em um local tão afastado, diferente do qual eram acostumados, a família Kim tinha uma casa grande e confortável casa. Só ao colocar os pés no quintal, ao levantar o vestido para subir as escadas que davam à entrada, Sra. Hwang percebera o tamanho dinheiro  que custava cada simples degrau. Agradeceu silenciosamente à filha. Aquela família era assim, amor silencioso, não precisavam demonstrar seus sentimentos quando podiam simplesmente escondê-los. Às vezes é menos constrangedor fingir que não está agradecido a algo que se fora implorado. Elas entraram na casa, sendo recebidas pela mais velha das irmãs, Yuri. Era realmente bela, seu rosto e suas vestes a entregavam a uma mulher jovem. Sra. Hwang não se deu ao trabalho de escutar qualquer papo daquela moça privilegiada, observava cada canto da casa para procurar um defeito concreto. Nada a vista. Eram uma família perfeccionista. Foram chamados a sala de estar, o jantar começaria um pouco mais tarde, e precisariam antes de ficar em silêncio para se deliciar de suas comidas, uma boa conversa.

– Não fomos muito bem vindos de primeira – começou uma nova conversa depois de demonstrar tamanha alegria pela família estar presente -, no entanto convidamos velhos conhecidos e algumas primas nossas. É um prazer que possam conhecê-las

Sra. Hwang logo ficara interessada sobre aquelas primas. Será elas teriam fortuna como aquelas privilegiadas Kim? Talvez fosse toda a família. Assim que entraram na sala, se sentiram em casa. Dois homens jogavam xadrez em uma mesa no canto, três mulheres muito bem vestidas conversavam no sofá de centro, e outros dois homens e uma mulher se deliciavam de uma leitura. Stephanie se interessara pela leitura deles, principalmente da mulher entre aqueles, que lia um romance de Austen. Não se enganara sobre, era de Jane Austen que aquela lia. Ficou a observando serena na leitura primordial à morena que seu saber sobre as palavras lhe permitira do prazer. Sua placidez alegrava e deixava Stephanie sentir-se calma. Ignorando ser apresentada por Yuri às outras pessoas, queria ter o prazer concedido da que lia Austen.

– Sua irmã tem esse gosto para livros? – perguntou baixinho à Srta. Kim quando a família se separava sobre a sala, encontrando seus rumos

–Ah, papai odeia seu gosto para livros – suspirou de tal insatisfação do pensamento injusto de seu pai  –,mas ela não aceita ler nada que não seja desse tipo. Gosta também?

– Meu interior se acostumara com isso, Srta. Kim. Mas desejo conhecer novas áreas, o que acha de geometria? Pode acreditar que não tenho a habilidade em andar a cavalo?

Yuri soltara uma risada verdadeira, não de zombação, mas pela forma como dita a insatisfação da Hwang

– Taeyeon é boa nisso –comentou sobre a que lia Austen quando parou de rir

–Tenho vontade de falar com a moça, mas não de atrapalhar sua leitura

– Ela não se incomoda, é sempre bem focada, e gosta de uma conversa. Principalmente com quem tem o mesmo gosto que ela. Recomendo que vá

Yuri tocou em seu ombro com sua luva de renda branca, uma luva especial, bordada por sua mãe, que não estava mais lá presente. Sempre que aquela luva era encaixada em seus dedos podia sentir-se melhor. Todas as irmãs tinham uma igual, mas quem costumava usar era Yuri, a mais próxima da mãe morta. Sem hesitação, uma que Stephanie costumava não ter – aquela era difícil de hesitar, gostava de fazer tudo com uma sensação de aventura a mais, gostava da sensação do coração batendo forte no peito – andou em direção à irmã do meio das Kim. Sua mãe logo a lançou um olhar, esperando que ela agisse. Não gostou nada da pressão que a outra colocava sobre falar do irmão.

– Me perdoe por atrapalhar – pediu com a voz baixa, Hwang, fazendo a outra abaixar o livro e abrir um sorriso que não mostrava os dentes

– Não se atente com isso, e me conte, está bem? – o livro fora para a mesinha ao lado, parecia disposta àquela conversa, como se esperasse por ela 

– Ótima! – soltou uma risada, e se sentou ao lado dela, naquela cadeira de descanso de dois lugares. Um sofá pequeno  –Me diga – se tornou repentinamente séria -, Lê Austen?

– Mas é claro! Seria certamente triste se não lesse

– Estou feliz em ouvir isso, falando sério, Srta. Kim

– Acredito em tua palavra

– É um prazer vê que se delicia de uma historia tão satisfatória, esta que é A Abadia de Northanger – abriu novamente um sorriso, dessa vez de orgulho – Poderia me dizer o que achas até agora de Catherine? Bem, ainda não está nem próxima ao fim, onde está exatamente?

– Onde fora convidada a se retirar da abadia. E sim, Srta. Hwang,  estou bem próxima do fim

Aquela frase pareceu-lhe ameaçadora. Mas logo o sorriso que ela trouxe após, a tranqüilizou de qualquer coisa

–Me perdoe

– Não peça perdão por algo tolo – cruzou os braços e observou a porta fechada da sala, parecia entrar diretamente no livro em meio de seus pensamentos – Acredito que Catherine seja uma garota decidida demais para sua idade, não tem medo do que pensam dela quando falas as coisas? – não obtera resposta alguma, então pôs se a continuar – Eu não teria coragem de contar ao homem pelo qual estou apaixonada que acho que seu pai matou sua mãe – virou a cabeça para Stephanie agora, exigindo uma resposta daquela que estava paralisada – Você diria?

– Com certeza não – fora sua vez de entrar na história do livro, então olhou para suas mãos destampadas – Eu guardaria este fato para mim, mas... Catherine é curiosa, quer saber o que realmente aconteceu

– Não, não penso assim. Catherine se deixou levar pela sua imaginação. Catherine é uma garota imatura, mas que terá muito a aprender

Talvez fosse daquele jeito, mas ela perdoaria Catherine por sua tolice, era tola também. Logo lhe veio seu irmão na cabeça, de que deveria comentar sobre aquele que deveria ser o motivo de sua aproximação.

– Deveria conhecer meu irmão – interferiu o silêncio

– Por que? Ele lê Austen? Que coisa!

– Não! Mas ele é um homem interessante

Não era. Nunca se interessar a por ler um livro na vida. Stephanie ganhou rubor por aquela mentira, a pior delas. Levantou envergonhada e chamou seu irmão que se escorava em sua mãe como uma criancinha. Sua mãe dera um tapinha nela piscando de leve enquanto voltava a conversar com as mulheres mais velhas, aquelas que tinham tudo a ver com a Sra. Hwang. E o caro homem, Sr. Hwang, já se encaixara a jogar xadrez. Se interessara a mais velha dos Hwang, por Yuri, que já era casada com um homem que estava naquela sala, e era quase tão bem sucedida quanto seu pai. Yoona, a mais nova, entrou, se sentando ao lado da irmã do meio.

– Esconda esse livro, antes que o papai chegue – Yoona pedira ajeitando seu vestido

Antes estava séria com aquela advertência, mas assim que bateu os olhos nos dois se aproximando, abrira um sorriso. Estava nervosa Stephanie mesmo que nunca hesitasse, era como se estivesse envergonhada de seu próprio irmão. E a culpa que sentira mais tarde por aquele sentimento! Vergonha de seu irmão, como podia? O motivo era que Taeyeon se mostrara uma moça séria apenas ao falar sobre Catherine Morland e seus atos negligentes de uma garota irresponsável de suas próprias ações na abadia. Uma coisa que Stephanie tinha certeza era de que seu irmão seria igual Srta. Catherine escrita como heroína no romance de Jane Austen.

– Senhorita, este é meu irmão, John Hwang – fez como se entrasse o homem a ela. Ele estava tão envergonhado quanto Stephanie, diante de uma moça bela, bela demais

Taeyeon se levantou devagar, e entregou sua mão em direção a ele, que só depois de entender o ato, beijou as costas da mão tampada. Stephanie vira que Srta. Kim queria revirar  os olhos. É claro que ele deveria beijá-la a mão. Quis bater no irmão ao seu lado. Até ela, mulher, sabia como um homem deveria agir com outra mulher.

– É um prazer conhecê-lo, John – suspirou pegando o livro de Austen da mesinha –, mas agora tenho que me dar ao trabalho de esconder meu romance já que homens como meu pai acham tão nojento e enfadonho os romances que nos esforçamos a ler. Devíamos ler história, não é irmã? – aquela que fora proferida a pergunta abaixara a cabeça – Até o jantar – e então se retirou

Stephanie viu que a insinuação sobre o romance era para levar John a se afastar dela, era estranho, talvez fosse casada. Mas em questão do livro, aquele não via nada de errado em ler romances. Podia ser tolo, mas não podia de modo algum ser machista. Sendo irmão de uma moça que defendia todos os dias a leitura de seus romances. Ele podia ser o pior homem a se casar, mas deixava de lado qualquer desrespeito às mulheres e ao que elas faziam ou não em razão a suas vidas.


Notas Finais


A abadia de Northanger foi um romance de 1803 escrito por Jane Austen, de forma escondida, já que na época mulheres não podiam escrever livros. A insinuação de Catherine fora dada por ela ser uma garota que se deixava levar pelas suas ideias e sua imaginação fértil, deixando assim sua vida transtornada, mas no fim, suas ideias sempre estiveram certas, e por Taeyeon não ter lido até o fim, e ser uma moça com outras opiniões, a via como uma adolescente irresponsável e imatura.


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