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História Northern Lights - (Malec) (Shortfic) - Her body aches when she's awake


Escrita por: Jess_Daddario

Notas do Autor


"Às vezes dói demais e tudo só piora se chorar na frente dos outros... Então eu só escrevo... Mesmo sendo mais difícil com as lágrimas."

"Ele nunca teve amigo... Ele nunca se apaixonou... Então ele o conheceu, se apaixonou, e então disseram que ele não poderia tê-lo... E a queda no chão foi menos dolorosa que a perda."

Capítulo 3 - Her body aches when she's awake


Fanfic / Fanfiction Northern Lights - (Malec) (Shortfic) - Her body aches when she's awake




-Ok, qual desses é o melhor filme: Frozen ou Irmão Urso? - perguntou sorrindo perverso.

-Oh, por favor, Magnus. - Alec disse fazendo cara de entendido. - Se você quer dizer no quesito melhor filme que mostra a relação entre irmãos, eu diria Irmão Urso sem pensar duas vezes. - revirou os olhos.

-Ah, mas Frozen é interessante, vai! - fez cara de cachorro pidão.

-Interessante é completamente diferente de “uma história excelente” como você disse a quinze minutos atrás. - sorriu desdenhoso.

-Você é insuportável, Lightwood! - bufou revirando os olhos.

-O rabugento de trinta e dois anos aqui, não sou eu.

Magnus o olhou com os olhos cerrados. E Alec sorriu desafiador.

-Capitão América ou Homem de Ferro?

-Pergunta clichê, Homem de Ferro?

-Marvel ou DC?

Alec revirou os olhos.

- Warner. - Magnus riu.

-Mulher Maravilha ou Supergirl?

-Mulher Maravilha sem dúvidas.

-Loki ou Lex Luthor?

-Deus que afrota! - exclamou indignado. - Loki.

-Você é modinha, Alexander.

-Falou o cara que julgava o Thor desde o primeiro filme e em Thor Ragnarok o elogiou até os cravos do pé. - acusou.

-Mas você tem que concordar, eles cagaram nos primeiros filmes! O personagem é incrível e nos dois primeiros filmes… - Magnus moveu a mão pra baixo fazendo barulho como se algo tivesse caído. Alec gargalhou.

-Ok, o personagem foi meio desvalorizado.

-AHA! - gritou sorrindo vitorioso.

-Mas a culpa não foi do personagem, então você ainda está errado na história. - disse convicto.

-Céus, por que eu comecei a discutir com um nerd de dezessete anos? - revirou os olhos.

-Porque, por ter trinta e dois, você se acha mais esperto do que alguém de dezessete como eu. - sorriu ladino.

Magnus o encarou com desconfiança.

-Madonna ou Britney?

Alec gargalhou.

-Você está mesmo me afrontando Magnus Bane? - cerrou os olhos.

-Você ainda não viu nada. - sorriu malicioso.

-Britney.

-Meu Deus, que monstro! - exclamou Magnus dramaticamente.

Alec gargalhou alto. Seus ombros se sacudiam e seus olhos lacrimejavam, enquanto ele ria como nunca antes.

-Hollywood está perdendo um ótimo ator. - brincou, parando de rir.

- Eu sei, é um absurdo não terem me contratado. Eu seria uma galã bem melhor que Brad Pitt. - disse convencido. Alec riu divertido.

-Vejo que o dia de vocês começou animado. - anunciou Jace entrando no quarto.

-Bom dia, Doutor Wayland. - disseram juntos.

-Bom dia, rapazes. - sorriu simples, caminhando até Alec. - Quero que respire profundamente, ok? - Alec assentiu.

Ele inspirou profundamente e expirou lentamente, seu peito subindo e descendo devagar, enquanto Jace colocava o estetoscópio nas costas de Alec.

-Vamos ter que fazer uns exames. - disse se levantando de onde estava.

-Algo de errado, Doutor? - foi Magnus quem perguntou.

-Os pulmões deles estão um tanto fracos, por isso a respiração ofegante e lenta. Os pulmões precisam de descanso, então teremos que colocá-lo no oxigênio. Mas antes o exame de rotina. - explicou, vendo os enfermeiros entrarem na sala, levando Alec de lá. - Magnus. - chamou sentando ao lado dele.

-Sim, doutor? É algo sério com Alec que você não quis falar na frente dele? - perguntou preocupado.

-Eu notei que você e Alec se tornaram muito próximos nessas duas semanas que tem estado de repouso. - começou suspirando.

-Sim…? - Magnus estava receoso com aquela conversa, sentia que não era coisa boa.

-Eu cuido da saúde do Alec desde que ele nasceu. Ele é frágil, Magnus. Nasceu de sete meses com problemas nos pulmões. Ele parece normal fisicamente, mas a saúde ele é bastante frágil.

-Eu já entendi que ele é frágil, Doutor. Mas por que está me dizendo isso? - perguntou se ajeitando na cama, incomodado com o assunto. Jace suspirou.

-A mãe do Alec é extremamente protetora com a saúde do filho desde sempre, ainda mais agora. Ele não tem muitas amizades, ele não sai de casa e não faz nada além de tomar remédios e ter pessoas em cima dele pra ele não fazer nada o tempo todo. Eu não vejo problemas em ele ter amigos, mas… Eu não quero que ele se iluda de que pode ser livre como um ser humano de saúde perfeita, porque você o encoraja com suas histórias de viajar pelo mundo.

-Diga logo, doutor, não gosto de rodeios. - falou friamente. Jace suspirou se levantando.

-Seus exames sairam hoje e você não está com nenhuma sequela, está perfeitamente saudável para receber alta, e foi o que eu fiz.

Apesar de estar feliz pela notícia, Magnus sabia que viria mais.

-Seus pais estão vindo te buscar hoje e você terá que ficar uns dias em casa, pra ter certeza de que está bem recuperado.

-O que isso tem haver com o Alexander? - perguntou já sem paciência.

Jace se virou e olhou bem nos olhos de Magnus.

-Você vai sair do hospital e não vai mais vir ver o Alec. - disse rápido e sério.

-Não é você quem decide isso. - falou com raiva.

-É melhor eu fazer isso do que a mãe dele, Magnus, acredite em mim. - disse por fim e saiu da sala, deixando Magnus sozinho, pensando.






*




-Muito bem, já podem levá-lo para o quarto. - disse o doutor Blackthorn.

-Obrigada, doutor. - agradeceu Lydia.

-Lydia, eu posso ir andando? - perguntou Alec com a voz abafada pela máscara de oxigênio, fazendo beiço. - Por favor. - pediu vendo Lydia negar com a cabeça. - Ah, qual é Lydia, só hoje, vai! Estou a duas semanas nesse hospital, deitado naquela cama, sem poder mexer um músculo, nem pra ir fazer cocô, acredita? - perguntou indignado, fazendo Lydia rir.

-Tá bom, mais só hoje.

-Eeebaaa! - exclamou batendo palmas animado.

Lydia ajudou Alec a descer da cama e segurou uma mão dele, para auxiliá-lo, vendo ele começar a andar pelo corredor do hospital.

Alec observava cada detalhe do hospital, - mesmo já sabendo onde ficava cada lugar de cor - acenando para os médicos que passavam por ele, sorrindo.

-Você está empolgado hoje. - observou Lydia, sorrindo.

-É. - disse simples, dando de ombros. Um silêncio se fez presente entre os dois, até Alec voltar a se pronunciar. - Lydia, você já gostou de alguém? - perguntou sem olhar para ela.

Lydia, mesmo estranhando a pergunta, respondeu.

-Já. Muitas vezes. - fez uma pausa. - Por que?

-Curiosidade. - mais um pouco de silêncio. - Já gostou de alguém mais velho que você?

-Já.

-Quantos anos de diferença?

-Dois, por que?

-Quando eu perguntei mais velho, quis dizer pelo menos uns… quinze anos, de diferença. - olhando por cima do ombro, Alec viu Lydia franzir o cenho, antes de sorrir largamente.

-Isso não tem nada haver com um asiático magia que você está dividindo o quarto, tem? - perguntou sorrindo maliciosa.

-O que? Não! Não, não tem nada haver com o Magnus, ele é só meu amigo e, tá ele pode ser um pouco bonito…

-Um pouco?

-Ok, bastante, mas definitivamente, não tem nada haver com o Magnus! - disse num único fôlego, parando quando chegaram ao quarto. - Cadê o Magnus?

-Acho que ele foi fazer exames. - disse Lydia.

Alec murchou um pouco, se sentando na cama.

-Que pena, queria que ele visse eu andando. - disse baixo, apenas para si mesmo, mas Lydia ouviu, e sorriu pequeno, arrumando Alec na cama e saindo do quarto, deixando-o sozinho, esperando Magnus.







**





-Senhor Lightwood. Senhora. - cumprimentou. - Sentem-se, por favor. - pediu se sentando em sua cadeira, vendo os pais de Alec fazerem o mesmo.

-Por que nos chamou aqui, doutor? - perguntou Robert, direto ao ponto.

-Esses aqui são os raios-x do cérebro do Alec. - falou se levantando e colocando as fotos em cima da mesa, acendendo a luz. - o tumor de localiza numa parte delicada do cérebro, como eu suspeitava. Estão vendo isso? - apontou para a pequenos pontos na foto, eles assentiram. - É o tumor. Está se espalhando cada vez mais rápido.

-Então faça a cirurgia. Nós autorizamos. - disse Maryse.

-Senhora Lightwood, a senhora não está entendendo a gravidade da situação…

-Não, quem não está entendendo é o senhor! - exclamou o interrompendo. - Esse tumor está no meu filho! Não está em você ou em alguém da sua família, então é você que não sabe a gravidade do problema! O Alec vai fazer essa cirurgia e tirar esse tumor, para poder ser um adolescente normal como sempre quis ser!

-Eu entendo que a senhora esteja preocupada com seu filho, mas a cirurgia é arriscada. Alec pode não sobreviver. A melhor opção é não fazer.

-Pra ele morrer com as dores na cabeça, é isso? - gritou nervosa.

-Não, tem remédios que ajudam a ele suportar a dor. Ele não vai sentir dor nos próximos meses de vida. Isso se ele quiser viver. É escolha dele.

-Meses? Se ele quiser? Não, meu filho não vai morrer! Ele não tem que querer, ele vai fazer a cirurgia, ele vai viver anos! E só vai morrer quando estiver velho! Ele vai me enterrar e não ao contrário!

-Senhora Lightwood, por favor…

-Não! Se você não quiser operar meu filho, eu vou caçar alguém que faça! - gritou saindo da sala.

-Senhora Lightwood! - gritou a seguindo.

Ele os seguiu pelo corredor, vendo que eles pararam na porta do quarto de Alec, onde o mesmo estava em pé.

-Alec, o que está fazendo fora da cama? - perguntou se aproximando dele.

-Magnus. Ele foi fazer exames e até agora não voltou, aconteceu alguma coisa? - perguntou preocupado, encarando os olhos de Jace.

-Vou ligar para o hospital da Noruega. - anunciou Robert.

-O que, Noruega? Não, Doutor cadê o Magnus? - perguntou com a respiração ofegante.

-Alec se acalme. - pediu Jace.

-Não, por que o Magnus não está aqui, o que tem o hospital da Noruega? - perguntou desesperado, sentindo seu peito arder, levou a mão até ele, apertando a camisa.

-Nós vamos para Noruega, fazer sua cirurgia, não se preocupe filho.

-Não… - puxou o ar com força. - Não podemos ir, Jace vai fazer minha cirurgia, não é? - perguntou encarando Jace, que negou com a cabeça. - Isso… isso quer dizer… que… não pode me ajudar? - lágrimas invadiram seus olhos.

-Sinto muito, Alec, mas é uma operação muito arriscada e você pode morrer antes mesmo de tirarem o tumor. - respondeu baixo.

Alec balançou a cabeça e tentou controlar a respiração.

-Quanto tempo me resta?

Jace o olhou. Alec merecia saber a verdade.

-Seis meses. - sussurrou baixo.

Alec entrou em choque momentaneamente. Mas respirou fundo e focou em apenas uma coisa.

-Cadê o Magnus?

-Ele recebeu alta e foi pra casa.

-Ele não iria sem se despedir… iria? - sussurrou para si mesmo.

-Sinto muito, Alec.

-Vamos pra Noruega amanhã de manhã. Já que não pode fazer mais nada pelo meu filho, amanhã o pagamento será depositado. Posso levar meu filho pra casa? - disse friamente.

-Vou preparar os papéis.

-Não, não podemos ir pra Noruega.

-Silêncio, Alec. Você não tem querer.

-Não podemos viajar, o Magnus...

-Já chega, Alec! - gritou Robert, fazendo o menino se encolher. - Nós vamos pra Noruega, vamos fazer essa cirurgia e você vai ser um adolescente normal!

-EU NUNCA VOU SER NORMAL! - gritou assustando a mãe.

-Alec, se acalm…

-NÃO! VOCÊS NÃO SABEM O QUE É SER APRISIONADO DENTRO DE CASA, SEM PODER SAIR OU FAZER AMIZADES, E QUANDO EU FINALMENTE FAÇO UMA, VOCÊS QUEREM ME TIRAR DELA! TENHO DUAS ESCOLHAS, MINHAS ESCOLHAS! - bateu contra o próprio peito - E EU NÃO QUERO MORRER EM UMA MESA DE CIRURGIA COM MEU CRÂNIO ABERTO! ESSA É MINHA ESCOLHA, NÃO DE VOCÊS!

-JÁ CHEGA ALEXANDER! - gritou Robert.

-NÃO! EU NÃO VOU COM VOCÊS! EU… - Alec sentiu a cabeça latejar e o pulmão doer. - de novo… não… - ele caiu no chão.

-Alec, meu filho, fala comigo, por favor, DOUTOR!

Alec gritava com as mãos na cabeça, tentando respirar, inutilmente. Os médicos se aproximaram e o levantaram, o levando para dentro de uma sala.


-Meu filho, deix…

-Não! - impediu Jace.

-Mas ele é meu filho! - protestou gritando.

-Um filho que pode morrer agora, porque a irresponsável da mãe dele não o deixa viver! - gritou a olhando friamente. - Agora cale a boca, fique sentada aí e me deixe fazer meu trabalho que é salvar o seu filho!

Dito isso entrou na sala e trancou a porta. Deixando Maryse e Robert agoniados para trás.






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