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História Nos Braços de um Sedutor Irresistível - Capítulo XXIX


Escrita por: Mackenzziee

Notas do Autor


A distância entre a amizade e o amor pode ser a distância de um beijo.

Capítulo 29 - Capítulo XXIX


Fanfic / Fanfiction Nos Braços de um Sedutor Irresistível - Capítulo XXIX

Adam Levine

 

 Me lamentei pelo fato de que um casamento não pudesse ser como o meu relacionamento com Amy. Era bom demais sentar-se diante da lareira, rindo dos velhos tempos, com alguém que me conhecesse tão bem. Pena que não podia casar com minha melhor amiga.

Mais uma vez, me contentei em observá-la. Até então, não notei que as mãos dela eram graciosas, que a linha de seus ombros era delicada e sensual, que seus lábios eram cheios e convidativos. Conclui que Amy possuía a boca mais gostosa de beijar dentre todas as mulheres que tinha conhecido: doce, quente e receptiva.

Havia um farelinho de biscoito ali. Sem pensar, segurei-lhe o queixo com os dedos e tirei o farelo com o polegar. Deliciando-me ao contato passei de novo o polegar pelos lábios carnudos.

Amy entreabriu os lábios e passou de leve a ponta da língua pelo meu dedo. E foi então que me dei conta de que vínhamos nos aproximando daquele momento há muito tempo.

Voltei a passar o dedo pelos lábios dela e, então, sem pressa, me inclinei para beijá-la.

Amy não se mostrou surpresa. Me recebeu com ardor, deslizando as mãos pelos meus ombros e enroscando os dedos nos meus cabelos ainda molhados.

Após alguns instantes, ele afastei o rosto para fitá-la e ri.

— Nós dissemos que isso não ia acontecer.

— Eu sei. Isto tudo é uma loucura.

No momento seguinte, estávamos nos beijando de novo, com ardor renovado. E era bom, era ótimo! Uma coisa tão boa não podia estar errada.

— Não devíamos estar fazendo isto — Amy murmurou, sem descolar os lábios dos meus.

— Concordo plenamente.

Abaixei a cabeça para beijar-lhe o ombro, sentindo o pulso acelerar. Sabia que estava prestes a perder o controle por completo.

— Amy, quero fazer amor com você! — murmurei com desespero, sabendo que devia me afastar, impedir que fossemos mais longe.

Mas, então, meus lábios voltaram a encontrar-se com os dela e eu soube que era tarde demais.

Amy retribuiu o beijo, entregando-se ao desejo por inteiro e com ardor.

Havia dez mil razões para não deixar aquilo acontecer. Ainda assim, eu não tinha forças para parar.

Então, eu a deitei no tapete, soltei o cobertor, deixando-a nua.

— Você é a coisa mais linda que já vi — murmurei, depositando beijos leves em seu pescoço, seios e ventre. — Como nunca fizemos isto antes?

— E- eu não sei...

— Há muito tempo venho desejando isso — sussurrei, beijando seus seios — Tempo demais. Amo a sua pele, o seu perfume, o seu sabor...

Amy segurou o meu rosto me beijou-o, e com um sorriso, envolveu-me nos braços e entregou-se à magia da paixão.

E foi mágico. Eu a conhecia por inteiro, como um conquistador retomando terras que lhe haviam sido roubadas. Sabia exatamente onde tocá-la, e como, e que palavras murmurar ao seu ouvido, para provocar-lhe sensações intensas. Afastei suas coxas com gestos delicados, acariciando-a na intimidade. Então, parei.

— Amy... diga que está tudo bem. Diga que está tomando alguma coisa. — Apoiei a testa no ombro dela, com um gemido. — Por favor, esteja tomando alguma coisa.

Amy abriu os olhos, só então como se dando conta do que eu estava falando.

 

— Ah, Adam... — Ela fechou os olhos. — Não diga. — Ele tentou rir, mas não conseguiu. — Amy, Amy, não é isso o que quero ouvir!

— Minha câmera! — Amy murmurou com voz trêmula. — Pegue minha câmera.

O que? Mas que merda é essa?! Pensei. Por que ela ia querer uma câmera agora? A menos que... Me ergui e a fitei, e ela sorriu.

— Não estou sugerindo que tiremos algumas fotos e esqueçamos o resto! Pegue a câmera.

Achando que ela havia enlouquecido, estendi o braço e apanhei o estojo de couro.

— Abra. Vai encontrar o que precisa...

Ainda com ar cético, abri o estojo e espiei. Então, sorri e tirei um preservativo de lá.

— Posso perguntar por que carrega isto?

— É uma longa história, mas é a Gina que deve agradecer. Foi ela quem colocou os preservativos aí, por razões que nem vou começar a explicar.

— Gina? — falei surpreso.

— Ela pensa que inventou estas coisas.

Beijei-a aliviado.

— E eu que pensava ser o inventor!

— E eu pensava que você havia tornado uma boa idéia ainda melhor — Amy falou, passando os braços ao meu redor pressionando o corpo contra o meu

— Tenho uma idéia que acho que vai interessá-la.

— Estou esperando.

— Bom. — Com uma risada abafada, desembrulhei o preservativo. — Quantos deste você tem?

— Um monte. No mínimo.

— Isto soou como um desafio — murmurei, me posicionando sobre ela. — Mas pode levar um dia inteiro.

— Tenho o dia inteiro de folga.

— Então, sugiro começarmos logo — murmurei ao ouvido dela.

 

E começamos.

 

A última coisa de que eu tinha consciência era de ter ouvido Amy gemer de prazer ao sentir que eu a penetrava. Naquele momento, um pensamento insano me ocorrera: fazer amor com Amy era como voltar para casa. Dali por diante, tudo fora desejo, paixão e prazer, seguidos de uma verdadeira explosão de emoções quando, juntos, atingiram o êxtase.

A princípio, me movi devagar, querendo que aquilo durasse para sempre, incapaz de sequer pensar em estar em outro lugar, que não dentro de Amy, respirando o mesmo ar, partilhando as mesmas batidas do coração. Ela não era minha somente naquele momento, era parte de mim e do meu mundo.

Me ergui nos braços para fitá-la, fascinado. Amy tinha os olhos fechados, aos lábios entreabertos e sua pele refletia o brilho das chamas da lareira.

Embriaguei-me com a visão de Amy arqueando os quadris, amando-me com ardor. Por que não fora sempre assim? Por que eu havia passado tanto tempo em busca de um arremedo de amor, quando podia ter tido o amor verdadeiro, por todos aqueles anos?

Segurei a cabeça dela entre as mãos. Amy abriu os olhos, permitindo-me ler mensagens que me tiraram o fôlego. Então, eu sorri e ela também. Sem dizer nada, continuamos a sorrir e olhar um para o outro, até que foi impossível continuar pensando, tentando compreender. Nos abandonamos à paixão.

Não demoramos muito a atingir o clímax, sacudidos pelas ondas intermináveis de prazer, murmurando os nomes um do outro com satisfação quase selvagem.

Após alguns momentos de imobilidade, rolei para o lado e a abracei com força. Amy relaxou nos meus braços. E ficamos assim por muito tempo, ouvindo a chuva cair no telhado da cabana.

Levantei duas vezes para alimentar o fogo. Então, voltei a deitar ao lado dela, puxando o cobertor sobre nós dois. Fizemos amor de novo, pouco tempo depois. Desta vez, demoramos, sem pressa, e nos amamos olhando nos olhos, sem dizer uma palavra, até quase o final.

Então, eu me sentei e puxei-a para mim, fazendo-a sentar-se sobre o meu colo. Passamos a tarde inteira fazendo amor, esquecidos da chuva, da Levine Electronics, do mundo.

Enquanto Amy preparava chá, eu descobri que o sofá se transformava numa imensa cama.

Encontrei lençóis e travesseiros no armário e preparei um verdadeiro ninho de amor diante da lareira. Amy trouxe uma bandeja com chá e biscoitos, que nós dois saboreamos recostados nos travesseiros, debaixo das cobertas, numa confusão de braços e pernas. Eu me sentia exausto, satisfeito e completo.

Quando terminamos, coloquei a bandeja no chão e virei-me para Amy com um brilho no olhar, que não tinha nada a ver com os reflexos do fogo. Minutos depois, estava dentro dela de novo, mais uma vez envolto pela sensação de que aquele era e sempre fora o meu lugar.

Deitado de costas, me permiti o prazer de simplesmente relaxar e observá-la. Nossos olhares se encontraram e ambos sorrimos. Não precisávamos de palavras, pois sabíamos através do olhar o que cada um sentia, pensava, queria, desejava. Era como se houvéssemos voltado a ser crianças, quando podíamos ler os pensamentos um do outro.

Deixei-a conduzir o ritmo, daquela vez, sabendo que ela confiava em mim para juntar-se a ela no momento certo. E foi assim. Quando notei a respiração dela tornar-se mais irregular, os movimentos ainda mais, soube que ela estava perto, muito perto do êxtase. Só então comecei a me mover, deleitando-me com o modo como ela arqueava as costas e atirava a cabeça para trás, sem conter os gemidos roucos. E, ao pressentir que ela se encontrava a um passo do clímax, rolei sobre ela, sentindo a explosão de Amy sob o peso de meu corpo, ouvindo seu grito final, de pura satisfação e prazer, para segui-la de perto e encontrá-la no paraíso.

Naquele momento, ocorreu-me que não precisaria de mais nada, se pudesse passar o resto da vida junto daquela mulher.


Notas Finais


Uma cena que eu tentei suavizar o máximo possível para que não ficasse vulgar.


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