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História Nossa história de amor - Capítulo 1


Escrita por: Anibiza

Capítulo 1 - Capítulo 1


O relógio despertou e eu quase o taquei pela janela.

Eu ainda estava praticamente dormindo, mas mesmo assim fui ao banheiro. Eu tomei a melhor ducha da vida, a água fresca daquelas que parecem te purificar por dentro e por fora. Para mim, a hora do banho era sempre a melhor, o momento para refletir sobre tudo, tudo mesmo.

Depois de sair do banho eu vi que estava em cima da hora, o que era normal para mim. Tive que correr para terminar de me arrumar.

Eu desci correndo como eu sempre fazia todas as manhãs.

-Bom dia mãe, bom dia pai.-Eu falei indo em direção a cozinha.

-Atrasada de novo, Lurete.-Minha mãe estava preparando panquecas.

-É mãe, o banho estava bom.-Eu peguei uma maçã qualquer e joguei na mochila.

-Se você demora tanto, por que não acorda mais cedo?

Eu não respondi.

-Finalmente posso te desejar bom dia filha.-Meu pai brincou.

-Você sempre dá razão à ela.

-Não dou não.

-Dá sim.

-Para!-Gritei-As panquecas já estão prontas?

-As suas sim, ali em cima da mesa.-Ela apontou para o prato cheio de panquecas.

Peguei um pouco de café, enrolei as panquecas e me dirigi à porta.

-Tchau gente.-E fechei a porta.

Fui para estação de ônibus e fiquei lá esperando comendo minhas panquecas. Quando o ônibus chegou eu sentei lá atrás.

Duas estações depois o Castiel subiu.

Ele me viu e sentou ao meu lado.

-E aí?-Falei de boca cheia.

-Oi.-Respondeu na sua delicadeza de sempre.

-Então tá.

Eu virei para ficar observando a vista. Quando eu percebi lá estava minha panqueca menor do que estava antes. Quando olhei para o Castiel, ele estava com a boca cheia e rindo da minha cara.

-Isso não tem graça, era meu café.

-Tem sim.-As palavras quase não saiam da sua boca de tanta risada que ele dava.

-Sinceramente, por que você não se comporta como o Armin? Ele não faria isso.

-Agora você me deixou irritado.-Ele parecia realmente irritado, até parou de rir.

Eu não sei explicar bem, mas acho que sinto algo pelo Armin. Toda vez que eu passo perto dele ou estou perto dele eu sinto borboletas no meu estômago. Minhas bochechas ficam mais vermelhas que o cabelo do Castiel.

-Tá, desculpa. Foi uma ofensa contra o Armin.-Brinquei.

-Ha, ha. Não sei essa graça que você vê nesse garoto. Ele é bem estranho.- Castiel riu.

-Você que pensa.-Corei.

Castiel deu seu sorriso malicioso, mas não disse nada.

-Escola Sweet Amoris, repito, Sweet Amoris.-O motorista gritou.

Nós dois saímos do ônibus e entramos na escola. Estava todo mundo reunido no pátio.

Num canto pude ver o Armin jogando. Eu não sabia se devia ir lá falar com ele então fiquei ali parada.

-Por que você não vai lá falar com seu amorzinho?- Castiel sussurrou no meu ouvido.

Mais uma vez eu fiquei corada. Eu resolvi ficar por ali mesmo, ele parecia super ocupado com seu jogo, o que pare ele era super importante.

Eu me sentei num canto. Coloquei os fones de ouvido, fechei os olhos e fiquei lá, pensando.

Gostava de pensar. Refletir sobre tudo que estava em minha volta. Aquele era o meu momento sozinha, sem ninguém para atrapalhar. Mas alguém resolveu atrapalhá-lo.

Eu senti alguém me cutucar. Abri os olhos e vi que era o Alexy.

-Ah oi, Alexy.-Eu pausei a música-Como vai você?

-Tô bem, e você?

-Ah, estou bem também. E o Armin?

-O que tem ele?-Alexy parecia confuso.

-Se ele está bem.

-Por que você não vai descobrir?

Alexy era muito esperto, eu não podia deixar ele descobrir que eu gostava do Armin. Já não bastasse o Castiel me perturbando e o Alexy também.

Eu resolvi ir na direção do Armin. Quando eu cheguei perto dele eu só ouvia seus comandos.

-Pula, para o lado, atira, esquerda, direita.-Parecia que era ele que estava fazendo os comandos porque ele se mexia igual à eles-Não.

Eu ouvi o gamer over do jogo. Pelo menos com isso ele percebeu que eu estava lá.

-Ah, oi Lurete. Quer ver esse meu jogo novo?-Ele balançou o console.

-Uma outra hora talvez.-Eu sentei ao seu lado.

-Tudo bem então.

Nós ficamos por um momento quietos. De repente ele me deu um abraço. Foi totalmente inesperado que nem pude reagir direito. Do outro lado do pátio eu só via o Castiel rindo ao lado do Lysandre que não entendia nada. Depois que eu percebi o que estava realmente acontecendo eu retribui o abraço.

-É, abraço deixam as pessoas mais acordadas.- E me desabraçou.

-Como assim?-Ainda estava meio desnorteada.

-Você veio falar comigo e de repente ficou olhando para o nada.-Ele riu.

-Desculpa, imaginei que você fosse puxar o assunto.

-Já que era só isso, eu posso voltar a jogar?

-Claro que pode.-Fiquei tristonha.

Só não fiquei mais com cara de tonta porque o sinal tocou e todos foram para a sala. Eu andava devagar, esperando por todos passarem. Eu novamente senti alguém me cutucar, mas agora tinha sido na cintura.

-Animada para estudar, hein.-A pessoa disse no tom sarcástico.

Eu olhei para trás e vi quem era a pessoa.

-O-oi Nathaniel. Desde quando você é sarcástico assim?

-Pare, eu estava apenas brincando com você.-Ele ficou sério.

-Desculpa, eu também estava brincando.

-Ah, tudo bem então.-Ele parecia envergonhado.

O Nathaniel era um ótimo amigo. Ele sempre me ajudava nas matérias nos seus tempos vagos.

-Eu vou indo na frente, tudo bem?-Nathaniel disse apontando para frente.

-Pode ir.

Eu ia andando devagar, me sentia triste. E nem sabia totalmente o motivo. Talvez tenha sido pela forma como o Armin me tratou. Ele não fazia por mal, mas às vezes machucava.

Fiquei andando bem devagar até que que o Castiel me alcançou.

-Gostou do abraço?-Ele foi sarcástico.

-Você só piora as coisas.-Disse com certa raiva.

-Não sabia que você se estressava fácil.

-Só não fale mais sobre esse assunto e vai estar tudo resolvido.

-Você nem sabe brincar.-e foi andando na frente.

Eu fui a última a entrar na sala. Algumas pessoas olhavam para mim tentando adivinhar o que estava acontecendo, mas ninguém veio me perguntar nada.

Me sentei na fileira do meio na segunda carteira. Ao meu lado estava a Rosalya e o Alexy.

-O que foi Lurete?-Alexy me cutucou.

-Não é nada demais.

-Não acho que seja isso. Você é toda alegre.-Rosalya entrou na conversa-Não concorda Alexy?

-Sim. Mas hoje parece que essa alegria toda foi para longe com a brisa.

-Não tem nada demais gente. Só não estou no pique hoje.-Eu me deitei na carteira.

-Olha, eu sempre sei quando tem alguma coisa acontecendo.-A Rosalya levantou minha cabeça- Vai, nós somos seus amigos, pode falar o que quiser para a gente.

-Isso é verdade, pode contar vai.-Alexy sacudiu meus ombros.

-Eu só não quero falar sobre isso, por favor.-Eu tirei as mãos dele do meu ombro-Só tentem entender.

Eles não falaram mais nada, ou pelo menos eu não ouvi. Eu voltei a ficar deitada na carteira enquanto o professor não chegava. Quando ele chegou a aula foi a única coisa que eu menos prestei atenção.

O resto das aulas passou rápido. Eu sempre chegando por último nas aulas, os mesmos cochichos e eu pouco me importando para a aula.

Quando eu estava saindo da aula eu ouvi alguém chamando meu nome. Era o Armin. Eu fui em sua direção.

-É… O Alexy…-Uma pedra bateu em sua cabeça-Ai. Digo, eu, queria saber se está afim de ir ao shopping.

-É…

Alexy saiu dos arbustos.

-Caramba Armin, te procurei por todo lugar, onde você estava.

-Eu estava aqui, oras.-Sua voz era robótica-Estava perguntando se a Lurete queira ir no shopping comigo.

-Nossa que ótima ideia, eu vou com vocês.

-Vai ser bem legal.

Eu comecei a rir. Essa peça deles me deixou mais animada. Eles ficaram me olhando como se eu fosse estranha.

-Tudo bem eu vou. Mas da próxima vez Alexy peça para mim diretamente.

-Viu eu não falei que esse seu plano não ia dar certo.

Alexy pisou no pé de Armin.

-Ai,doeu!-Armin sacudia o pé.

Alexy deu um pequeno sorriso. Ele voltou a olhar para mim e ficou esperando eu responder.

-Então vamos.- Foi a única coisa que eu disse.

Nós pegamos o ônibus para ir ao shopping. Eu me sentei do lado do Armin e o Alexy ficou no banco de trás. O trajeto todo eu fiquei super vermelha, mesmo o Armin nem dando bola para mim.

-Lurete, liga para esse viciado não. Jogo novo.-Alexy bufou

-tu-tudo bem.

-Se vocês parassem pra jogar ele, vocês não iriam querer outra vida

-Eu não sou tão fã dos games.

Ninguém respondeu mais nada. Ao invés de ficar me preocupando com alguma coisa eu decidi ouvir música. Eu coloquei os fones, fechei os olhos e me deixei levar. Eu não pensava sobre nada. A música inundava qualquer pensamento meu e eu deixava. Me sentia totalmente desligada do mundo quando eu colocava meus fones.



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