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História Nossa Surpresa - Fantasma do passado


Escrita por: SlenderMWoman

Notas do Autor


Então, meus amores, vou ser bem direta.

Para quem não sabe, depressão é uma doença que você não desejaria nem para seu pior inimigo; ela te faz, principalmente, sentir que você é um lixo e tudo que você faz é horrível e que será um fracasso. E é claro que isto aconteceu comigo em relação a fic. Eu sentia que nenhum capítulo que eu fiz/fazia ficava bom de jeito nenhum, tanto que chegui a pensar em excluir a fic e desistir de tudo, juro. Varias vezes.

Mas, então, eu re-li capítulo por capítulo, lendo cada comentário de vocês e isso me deu uma inspiração que, nossa, foi indescritívelmente RENOVADOR, e isso me deu uma inspiração mais forte para continuar a escrever essa história que eu amo tanto compartilhar com vocês.

Resumindo, eu sou muito grata pelo icentivo que me deram e peço que tenham paciência cmg, pois, infelizmente, não tenho o domínio sobre a depressão. Mas, no ritmo que eu conseguir, irei continuar com a história e postando assim que eu não estiver tão mal.

Xoxo, Euzinha.

Capítulo 21 - Fantasma do passado


Fanfic / Fanfiction Nossa Surpresa - Fantasma do passado

- Quem é Aldrich Killian? – Steve perguntou à Tony com uma feição de preocupação e seriedade.

Tony ficou trancado em seu laboratório desde o incidente de manhã, e neste tempo, recebeu uma ligação de Happy falando de Killian chegando nas Indústrias Stark, e que agora estava com Pepper na sala dela, mostrando seu “cérebro gigante”. Ele se lembrava de Aldrich Killian como apenas mais um fã nerd seu que dava uma de inventor, por isso não acreditou quando o motorista disse que ele estava “bonitão” e nem se preocupava que ele pudesse ser, de alguma forma, uma ameaça, nem para as indústrias e muito menos para Pepper.

- O que? – falou Tony, distraído.

- Aldrich Killian. Que você estava conversando sobre ele com o Happy.

- Ah, tá. Era só um nerd que eu conheci há anos em uma “convenção de cientistas”, como você diria. Ele tentou me mostrar um projeto que ele tinha, e, bem...

- Você enrolou ele.

- Por que você fala como se fosse óbvio? – fingiu-se ofendido. – Mas sim, eu fugi dele. E não me arrependo.

- Tony.

- Steve, se você o visse, iria concordar comigo. Ele era louco.

- Por que você não dá uma chance aos outros? Ele parece ser muito inteligente, considerando que ele estava presente nesta “convenção”. E sendo um admirador seu, não vejo problema algum.

- Te dou um probleminha: maluco. – falou dando de ombros. – Mas, não vamos ligar para isso. Finalmente parou de se preocupar com o garoto?

Steve deu um suspiro longo, dando um riso forçado logo depois.

- Tudo bem, eu admito que exagerei antes. É só que, depois que ele desap... – parou para escolher bem as palavras, ao ver como um ar de culpa tomou conta da feição de Stark. – Depois do incidente, temos que ficar de olho nele mais ainda.

- Eu garanto que isso não vai acontecer de novo, já te disse isso. – Tony disse com convicção e um pouco de raiva.

- E eu acredito em você, Tony, já lhe disse. Por que está na defensiva? 

Foi então que a ficha caiu para Stark: ele sempre começa a se colocar em autodefesa quando chega à pensar no assunto, principalmente quando surgia da boca de outra pessoa, mesmo que não estivessem falando diretamente com ele.

- Tem razão, desculpe. Não sei o que deu em mim. Acho... acho melhor eu continuar trabalhando aqui. – virou-se para não ter que olhar nos olhos do loiro, pois sabia que ele iria insistir no assunto até arrancar alguma resposta.

Steve até pensou em fazer isso, mas sabia que pressionar só poderia piorar as coisas. O que lhe resta fazer é conquistar a confiança do gênio o bastante para que ele não se sinta desconfortável para falar com ele. Para Rogers, seu grande desejo sempre foi ter uma relação que esbanjasse confiança, e pensar que isso talvez não existisse no seu relacionamento com Stark, lhe partia o coração.

- Vou ajudar a Wanda com os treinos. Só não fique o dia inteiro preso aqui, Tony. Aposto que o Peter também não gosta disso. – falou antes de sair do cômodo, sabendo que não iria ouvir resposta alguma.

Àquela altura, Peter já tivera sua última aula, e o que mais queria no momento, era sair de lá o mais depressa possível. Passou o dia inteiro fugindo de Gwen, querendo nenhum contato com a ex. Para sua sorte, tiveram apenas uma aula juntos, mas isso não foi o bastante para Gwen não querer ir atrás do garoto em qualquer oportunidade que aparecesse. Desde sair e entrar nas salas o mais rápido que conseguisse e se esconder no banheiro durante o intervalo, seu plano estava tendo êxito, até então sentir o peso de uma mão em seu ombro, fazendo-o virar bruscamente com o susto.

- Oh! Calma, cara. – disse Harry, levantando as mãos em sinal de redenção enquanto ria da cara de alívio do amigo. – Por esse seu medo, acho seguro dizer: Eu não disse?

- Eu não acredito ainda. Por que ela voltou, assim, do nada? – olhou confuso para Harry. – Você não acha que ela vai querer reatar comigo, acha?

- Olha, a única coisa que eu sei é que você continuar fugindo, não vai fazer com que ela vá embora de novo. Para de ser medroso, tem que enfrentar os seus med...

- Peter! – os dois lançaram o olhar para de onde o grito veio, vendo Gwen acenando de longe e indo em sua direção.

- Agora, é com você. Boa sorte. – Harry falou antes de correr para longe dali. E bem que Peter queria fazer o mesmo.

- Oi! – Gwen disse docemente, ao se aproximar do rapaz.

- Oi. – Peter tentava não demonstrar o desconforto em ter seu plano de fuga fracasso. – Então... Você voltou.

- Pois é. Loucura, não? – pôs uma mecha do cabelo atrás da orelha, dando um leve riso, o que Peter sempre achou adorável nela. – O departamento de polícia decidiu que meu pai era mais necessário aqui, então, o transferiram de volta pra cá. – o garoto ia assentindo conforme ela falava. – Me desculpe por não conseguir manter contato com você, era muito coisa nova para se adaptar. Eu senti sua falta. – colocou uma das mãos no braço de Peter até chegar à sua mão, fazendo-o sentir uma leve corrente correr pelo seu corpo, que sentia desde a época do namoro.

- Está tudo bem. Sei como é difícil essa de se adaptar – soltou a mão da garota, gentilmente. – Porque tive que me adaptar à ficar sem você. – pensou, lembrando de como isso o destruiu na época. Ele teria que terminar essa conversa antes que outra memória indesejada surgisse. – Desculpe, Gwen, mas eu realmente preciso ir. Falei para minha tia que ia direto para casa depois da aula. Não quero deixá-la esperando.

- É, melhor não deixar mesmo. Ela é um amorzinho. – os dois sorriram, mas o da garota pareceu um pouco sem graça de repente. – Será que seria muito incômodo eu ir lá só para dar um oi?

De repente, o sorriso de Peter também diminuiu. O dia inteiro esperou para a aula acabar para poder ir à casa da tia e esfriar a cabeça, até resolver o que fazer em relação à Wade e, agora, a Gwen. Mas ela estava pedindo para o acompanhar, se auto convidando. Não conseguiria achar nenhuma desculpa convincente e que não fosse rude para dar a ela, mas, por outro lado, era apenas um “oi” rápido, não era como se Stacy ficasse colada à ele o restante do dia.

- Tenho certeza que ela vai adorar te ver. – Peter disse com certeza, fazendo Gwen retribuir com um sorriso grande e carinhoso, fazendo-o suar frio, como se estivesse se apaixonando pela primeira vez de novo. 

Durante o caminho, não foi diferente. À medida que iam conversando, não podia deixar de notar os mínimos detalhes de Gwen, como acabava fazendo enquanto estavam no relacionamento, seja na aparência ou em seu jeito, para ver se eles haviam mudado. Não só permaneceram inalterados, como também pareciam ter ficado mais atraentes para ele, fazendo-o pensar se seria possível ainda estar apaixonado pela garota. Definitivamente, não era o melhor momento para começar a ter essas dúvidas: ainda estava se acostumando à morar com seus super pais adotivos, tentando manter um equilíbrio entre eles e a tia, sua vida como Homem-Aranha e, principalmente, a possibilidade de ser homossexual e trabalhar seus sentimentos por Wade, que também é mais velho para ele. Se pudesse, pediria à Gwen que lhe desse um tempo para organizar a vida, mesmo que ela não tivesse nada a ver com seus problemas. Ela não escolheu partir; ela não escolheu; ela não escolheu ser a paixão de Peter. Ela era apenas mais uma consequência que ele arranjara.

- É impressão minha ou aquilo é quem eu estou achando que é? – A loira apontava para cima, tirando o outro de seus pensamentos, fazendo-o olhar também.

Mesmo com o sol batendo contra a figura, era inconfundível o formato da armadura de Stark. O traje robótico estava sobrevoando em cima dos jovens, e Peter, como fã do Homem de Ferro desde pequeno, sabia que aquela com certeza não era a velocidade máxima que ela conseguia percorrer. Então, Tony lançou um aceno para os dois, que Gwen respondeu igualmente tentando conter o entusiasmo e Peter fez o mesmo, mas com a confusão explícita em seu rosto. Depois do rápido momento, a armadura aumentou a velocidade, saindo do campo de vista de seus espectadores, o que deixou o garoto ainda mais confuso, e a garota, maravilhada.

- Aí. Meu. Deus! – falou, muito surpresa. – O que acabou de acontecer?! Quero dizer, o Homem de Ferro acabou de passar pela gente e ainda acenou, como se nos conhecesse! Quais são as chances disto acontecer com qualquer um, entende?! – olhou para o moreno, esperando uma reação mútua à dela.

- É... Isso foi... Estranho. – Peter disse, não conseguindo esconder a dificuldade em tentar entender o que acabara de acontecer.

- “Estranho”? Sério?! – Gwen imitou a fala do outro em um tom debochado. – Peter, você é um grande fã do Stark desde o dia em que te conheci, ele acaba de passar por nós e você só diz que foi “estranho”?! – segurou o braço dele, fazendo-o parar de andar e fita-lá. – O que aconteceu com você enquanto estive fora? Você têm agido muito estranho, e sinto que não só porque eu voltei. Nem parece mais o Peter que eu conhecia.

- Talvez eu não seja mais, Gwen, sabe? Talvez eu tenha me “adaptado”. – mesmo que aquela não fosse sua intenção, fez com a loira sentisse como se fosse uma indireta para ela, como se fosse a culpada por bagunçar a cabeça do rapaz. Agora, quem se sentiu culpado foi ele. – Me desculpe, Gwen. Preciso fazer uma ligação meio privada rapidinho. Espere aí! – correu para um canto antes de ter uma resposta.

Pegou seu telefone, não de última geração como o que Stark insistiu para lhe dar, e ligou para o mesmo, que não demorou muito para atender.

- Quem é a garota? – Tony falou sem perder tempo.

- Ela é s-só uma... amiga. Você está me perseguindo? – o garoto tentou não estender o assunto em relação à Gwen.

- Ei! Eu que faço as perguntas aqui. Por que eu sinto que não é “só uma amiga”? – seu tom de voz agora era de deboche com um pouco ego subindo.

- Tá bom, é minha ex-namorada que tinha se mudado mas voltou pra cá e agora estou a levando para casa da minha tia junto comigo, ok? – Peter disse um pouco irritado, por descobrir que estava sendo vigiado como se fosse uma criança indefesa e por estar envolvendo Gwen em uma parte de sua vida que ele queria, por enquanto, manter em segredo.

- Acabou de voltar e já estão chegados de novo? Uau, pirralho, parece que você marcou a vida dela. – sorriu.

- O quê?! Não, não é nada disso! Ela não voltou por minha causa. – o mais novo falou com pânico na voz, como se isto fosse convencer o outro mais rápido.

- Vai por mim, garoto, eu conheço esse joguinho. Antes do Steve, houveram muitas outras, e acredite, elas não sairiam de outro país por causa de um homem se não achassem que valesse a pena investir. Só estou dizendo para que fique atento, antes que alguém saía ferido desta história. – tiveram alguns segundos de silêncio, o que fez o gênio perceber que não iria receber uma resposta tão cedo. – De qualquer forma, aproveite a sua tarde e se quiser carona de volta para a torre, é só ligar para o Happy.


Mesmo com a ligação encerrada, era como se a voz de Tony ainda estivesse ecoando em sua volta. Seria possível que Gwen tivesse voltado, trocado a escola em que já estava adaptada, fazer a família inteira voltar depois de uma mudança conturbada, aberto mão dessa vida completamente nova só por sua causa? Não, ela mesma havia terminado; ela que disse que os dois seguiam caminhos caminhos diferentes. Stark estava errado, não havia chance de tudo isso significar uma esperança de reatar o namoro.

- Está tudo bem? – a garota perguntou assim que Peter voltou ao seu encontro.

- Sim, tudo certo. – deu, talvez, o sorriso mais sincero que havia dado naquele dia, que foi retribuído da mesma forma. – Acho melhor irmos andando. – a outra assentiu e seguiram em direção à casa de May.

Enquanto isso, como se já fosse de se esperar, Tony ligou para Steve para contar o momento que acabara de presenciar.

- O pirralho está com uma garota! – falou com entusiasmo assim que foi atendido.

- Não é nenhum crime. – Steve disse com indiferença, não compreendendo a animação do amado.

- Não, Steve, você não entendeu. É a ex dele que voltou de algum lugar e ele a está levando para almoçar junto com ele na casa da tia dele. – o silêncio a seguir denunciou que a explicação não fez com Steve entendesse, o que fez o gênio revirar os olhos. – Significa que tem uma grande chance de ter algo rolando entre os dois! Tenho certeza que essa “volta inesperada da ex” não foi por acaso. O garoto, com certeza, tem relação com isso. – disse, convicto.

- Eu não sei, Tony. Loki disse que-

- Sim, Loki. O mesmo que tentou destruir Nova York no passado. Ele pode ter se enganado e o Peter não é gay.

- Tá, mas eu não entendo o que nós temos haver com isso. O que você quer fazer?

O barulho da armadura chegando no cômodo em que Steve estava se fez no instante seguinte, enquanto a parte que cobria a face de Stark se abriu.

- A gente tem que fazer o garoto trazê-la aqui.



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