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História Nossas Canções - Fim?


Escrita por: letterstoevans

Notas do Autor


Quanto tempo faz que não apareço por aqui... Mil perdões, meus amabilíssimos! Sei que os decepcionei com a insistente demora, mas realmente não consegui postar antes. Espero que entendam e que o capítulo esteja à altura de suas expectativas e que também possa compensar a demora.

Este é nosso penúltimo capítulo e... Bom, não vou mais me prolongar, pois não quero chorar, devido ao clima de despedida. Feito com muito amor e carinho.
Boa leitura. <3

Ps.: Ouçam as canções, vale a pena.

Capítulo 82 - Fim?


Muito tempo não se passou, até que eu pudesse constatar o carro sendo estacionado em frente à nossa nova casa. Nossa casa. Meus sapatos estavam atirados em um canto do automóvel, junto com o casaco, o colete e a gravata do Chris que, fez questão de abrir a porta e me carregar no colo, bem como nos filmes, os noivos extasiados de felicidade, adentram a casa recém construída para eles. Na rua fazia um silêncio absoluto e a noite estava tão bonita, tão calma que era como se ela soubesse que nada no mundo poderia e deveria nos atrapalhar, era como se fosse nossa confidente, nossa cúmplice.

- Sonhei tanto com esse momento, minha estressadinha. – ouvi suas palavras doces, ditas com suavidade e paixão. Enlacei minhas mãos em seu pescoço e sorri sem mostrar os dentes, enquanto o vi fechar a porta com o pé.

- Tem certeza de que isso não é um sonho? – brinquei e dei-lhe um selinho.

- Se for, acho melhor que ninguém nos acorde. – Chris completou e deu-me outro selinho, desta vez o aprofundamos em um beijo quente e demorado.

- Esta foi a noite mais maravilhosa e inesquecível de toda a minha vida, meu amor. – encarei o oceano de seus olhos.

- A noite ainda está só começando... – vagou e sorriu ao contemplar minha expressão de “o que você vai fazer comigo?”. – Feche os olhos, não vale trapacear! – pediu e eu o fiz. Fechei-os e encostei meu rosto entre seu ombro e pescoço. Ansiosa e curiosa dei o máximo de mim, para que não descumprisse com o combinado. Percebi que ele subia os degraus da enorme escada que dava acesso ao nosso quarto e não contive um riso frouxo, ao notar que ele ria também.

- Falta muito, Chris? – perguntei inquieta.

- Acalme-se, nada de estresse. – disse em um quase sussurro.

- Eu quero você. – propositalmente, esbocei uma voz manhosa.

- Eu também quero você, minha baixinha! Quero mais que tudo na vida, mas tenha calma, estamos chegando. - percebi que ele havia parado de subir os degraus e me senti aliviada ao constatar que se isso acontecera, ele só podia já estar no quarto. Ouvi um barulho sutil que imaginei ser de um isqueiro, ouvi também uma música começar a tocar. Não era qualquer música, era uma que Chris estava cansado de saber que eu amava demais. You Gotta Love Someone, do meu incomparável Elton John. Sorri ainda de olhos fechados. – Aguenta só mais um segundo. – pediu e senti que estava sendo deitada sobre a cama, com muita calma e delicadeza. – Pronto! – quase que rápido demais, libertei minha visão e, a primeira coisa que avistei foi o par de olhos azuis que vidravam nos meus.

Expandi meu olhar para além deles e descobri um quarto iluminado apenas por algumas velas (o que explicou o barulho do isqueiro), avistei vários vasos contendo rosas vermelhas, iguais às pétalas que se espalhavam por sobre a colcha branca da cama. As pétalas se concentravam pelo chão também e, impecavelmente deslumbrante era a vista que tinha a janela enorme. Através da vidraça, se via o céu negro imenso, cravejado de estrelas brilhantes e, no momento em que estava prestes a desprender uma lágrima, meus olhos se chocaram contemplativos com o mar azul dos olhos de meu amado, novamente.

- Eu te amo. – foi o que consegui dizer, antes de puxar-lhe para um beijo lento e despreocupado. Enterrei minhas mãos em seus cabelos e senti sua língua se enroscando na minha, como esperei a noite inteira para sentir. Chris acariciava meus cabelos enquanto aprofundava mais o beijo. Minhas mãos agora mudaram de localização, foram imediatamente para suas costas, sentindo cada músculo se contraindo por baixo da camisa branca, sentindo sua boca quente, degustando meu pescoço. Gemi.

- Eu te amo muito, Babbi. – nossos olhos voltaram a se encontrar enquanto tentava controlar minha respiração. Acariciei seus braços, apertando-os brevemente, me sentindo segura, amada, protegida. – Minha esposa. Minha mulher. – saíram de seus lábios, essas palavras roucas, convictas e provocantes.

- Meu marido. Meu homem. – disse minhas palavras com a mesma convicção com que ele disse as dele. Meu corpo queimava para sentir o toque de suas mãos, a música nos preenchia, emoldurava nosso amor, as estrelas nos aplaudiam, a lua parecia mais bonita e a chama das velas nos convidava a querer mais e mais. Distribuindo beijos em meu ombro, Chris foi me virando aos poucos na cama, até que eu ficasse de bruços. Afastou os cabelos que cobriam minhas costas, deixando-as livres. Seus dedos habilidosos foram abrindo aos poucos, as fitas amarradas que continham nas costas de meu vestido e, em cada pedaço de tecido que ele abria, ia depositando um beijo na pele que ficava exposta. Seus lábios macios faziam meu corpo inteiro se arrepiar. Ao abrir todo, teve um pouco de trabalho para fazer com que a peça saísse por completo, afinal sua saia era bastante grande. – Isso está muito demorado, precisa de ajuda? – brinquei e não contivemos um riso.

- Sou a favor de alguma lei que priorize o direito dos noivos de todo o planeta! Sofremos com esses vestidos complicados, porra! – ele se fez de revoltado e continuei abafando meu riso de contra a cama.

- Bobo! – me virei e, rapidamente tratei de me desvencilhar daquele vestido, deixando que ele escorregasse para o chão. – Problema resolvido, ô noivo mais sofredor e lindo do mundo! – sorri e voltei a ficar de bruços, o deixando com cara de bobo, ao admirar meu corpo diante dele, vestindo apenas uma calcinha rendada branca. Não demorou, para que seus lábios e dedos, ambos quentes, começassem a me percorrer, fazendo-me gemer baixinho. Senti o toque de suas mãos, subindo de meus pés até a bunda, depositando um breve e gentil aperto no local. Sua boca deixava um rastro de beijos molhados e, pequenas mordidas pelo decorrer das minhas costas, encontrando meus ombros. Ondas de prazer me atingiram quando senti o peso do seu corpo sobre o meu e, as mãos grandes agarrando em cheio, meus seios, apertando-os, acariciando-os, torturando-me. Sua barba roçando em meu pescoço e nossos cheiros se misturando.

- Você é minha. – sua voz soou rouca e sedenta ao pé do meu ouvido.

- Oh, Chris! Sua. Somente sua, pra sempre sua. – disse em meio a minha respiração acelerada e rapidamente, dei um jeito de me virar, ficando de frente para aquele monumento em forma de homem. O vi carregado de desejo, vontade, paixão... O vi transbordando amor, assim como eu também estava. Nossos dedos apressados empenharam-se em abrir os botões de sua camisa branca e deixei que ele a jogasse em algum canto do quarto. Como eu ainda estava em certa desvantagem no quesito “quem está mais vestido”, tratei logo de ajudar com que Chris se desvencilhasse da bela calça preta que usava. Apenas uma calcinha branca e uma cueca boxer preta nos separavam.

- Nunca vou cansar de repetir o quanto você é linda, Bárbara. – fechei os olhos, saboreando essas palavras que me atingiram como bálsamo. – Cada curva do seu corpo, cada pelinho que se arrepia quando estou por perto, o seu cheiro, seus cabelos que me fascinam, sua boca... Você foi feita pra mim, sob medida, muito mais do que eu sonhei.

- Assim como você foi feito todo pra mim. Cada pedacinho seu me pertence e, cada pedacinho meu pertence a você. Deus nos fez para que fôssemos um do outro. Você é tudo pra mim, Christopher. – proferi essas palavras derretendo-me sob sua pele quente, inundada de um desejo que me consumia.

Delicadamente, Chris apanhou algumas pétalas que estavam sobre a cama e as deixou cair sobre meu pescoço, seios e barriga, acariciando suavemente, desfrutando da vista que tinha de mim, provocando arrepios em meu corpo que se arqueava diante do seu toque, inebriando-me com seu olhar azul que me queimava, me possuía e faziam de mim, a mulher mais feliz do mundo. O vi dedicar tempo maior ao meu ventre. Tão cuidadoso, carinhoso e feliz, ele depositava curtos beijos no local, sorrindo um sorriso sem medo, sem preocupação, sem pressa de acabar, fazendo com que meu sorriso se alargasse também.

- Obrigado, meu amor. – Chris desprendeu estas palavras em uma quase oração, seus olhos brilhantes repletos de promessas, planos e gratidão. Senti-me poderosa por tê-lo entregue a mim, senti-me uma criancinha ansiosa para correr livre pelo campo, de encontro ao sol. Chris era meu sol. Enfiei minhas mãos nos ainda bem penteados, fios macios de seu cabelo, acariciei, bagunçando propositalmente enquanto nossos lábios se juntavam em perfeita sintonia, mais uma vez. A canção repetia por vezes que me faziam perder a contagem, nossos corpos começavam a se deleitar no suor ardente de nosso desejo.

- Oh, Chris! – minha voz abafada, suplicava por mais. Gemidos que não se contentaram em ficar presos se misturaram com a sensação divina de sentir o toque de meu amado, na parte do meu corpo que pulsava constantemente por ele. Sedentos, seus dedos adentraram o único pedaço de renda branca que me cobria. Circulando os movimentos repetidos e cada vez mais profundos e intensos, enfiou um dedo em mim. Entreabri meus lábios, permitindo que o prazer me dominasse enquanto minhas mãos se deliciavam nos cabelos bagunçados. Nossas respirações descompassadas, sua ereção divina e, provocantemente implorando que eu a libertasse daquela maldita boxer preta.

- Porra, Babbi! Você me leva a loucura! – Chris gemeu rouco, continuando o delicioso e torturante movimento de vai e vem, agora com dois dedos. Soltei um suspiro profundo, cravando minhas unhas em seus ombros, aproveitando parte de suas costas. Meu sorriso satisfeito era inegável. – Toda minha, molhada pra mim, oh céus! Eu quero você, eu te desejo com todas as minhas forças. – apertou seus olhos, passando a língua por entre seus lábios rosados e macios.

- Eu quero você, Chris. Eu desejo você do mesmo jeito, com todas as forças que estremecem meu corpo. – sussurrei sensualmente, colando meus lábios em sua orelha, depositando uma mordida no local, logo em seguida. – Vem pra mim, me fode! – provoquei pausadamente, acariciando sua barba enquanto sua mão insistia em me entorpecer de tesão. Seu sorriso tão perturbador e quase muito perverso deixou transparecer a excitação que ele tinha, em me ver pedir o que ambos queríamos. Estávamos em chamas, à flor da pele, insaciáveis. Dançávamos aquela obra de arte que se misturava com a canção, nosso ritmo era intenso, quase desesperado.

- O bebê... – pausou e vagou cuidadoso, protetor, preocupando-se em ir com um pouco de calma, como o perfeito cavalheiro que sempre foi. O amei ainda mais por esse gesto, o desejei ainda mais. Tomei-lhe os lábios carinhosamente, mostrando meu consentimento, minha plenitude e adoração por aquele momento que era mais, muito mais do que se pode explicar. Chris me preencheu, me dominou inteiramente, entrando e saindo de dentro de mim, lentamente, aumentando a velocidade das estocadas profundas, conforme eu pedia por mais. Meu corpo se chocando a ele, o puxando pra mais fundo, minhas pernas enlaçadas em seu quadril, nossas línguas se buscando, se pertencendo, enquanto eu arranhava aquelas costas que eram minha bênção e minha perdição. Senti o orgasmo nos atingir no mesmo momento, minhas pernas tremiam, a respiração pesada dele descansava em meus cabelos suados.

- Te amo tanto, meu branquelo. – disse baixinho, ofegante, acarinhando seu rosto perfeitamente desenhado por todos os anjos do paraíso. Ele era meu paraíso. Selou-me os lábios docemente.

- Eu te amo muito, minha estressadinha. – sorriu abertamente ao pronunciar o apelido que eu tanto amava. Sorri junto. Por segundos, esperamos que nossas respirações se acalmassem e depois, sem deixar que nossos olhos se desencontrassem, gemi ao senti-lo saindo de dentro de mim, gentilmente, deixando-me um beijo calmo no pescoço.

- Eu poderia ficar assim, olhando pra você por horas, por uma eternidade. – nos contemplávamos. Chris deitado ao meu lado, apoiando a cabeça em sua mão esquerda, desviando com seus dedos cuidados, os fios de cabelo em meu rosto. Beijei-lhe os dedos em seguida.

- Você sabe que eu também ficaria, Babbi. – sorriu.

- Vinho? – indaguei divertida.

- Dança comigo? – Chris respondeu-me com outra pergunta. Sua expressão doce, com as sobrancelhas arqueadas.

- Mas antes o vinho. – revidei e rapidamente levantei-me da cama, enrolando o lençol branco em meu corpo, imitando um vestido longo.

Alcancei a mesinha onde a garrafa já aberta, se encontrava no meio de duas taças, algumas pétalas ao redor fizeram com que meu sorriso se expandisse de uma orelha a outra. Ao me virar, observei Chris sentado no centro da cama, o lençol cobrindo parte de suas pernas, seus cabelos alvoroçados, seu olhar perdido no meu. Ligeiramente me desviei daquela visão maravilhosa e continuei com o que estava fazendo, despejei a bebida escura nas taças e aumentei o volume do som, cuidando para desativar a repetição e, deixar com que depois de You Gotta Love Someone, tocasse qualquer outra música que, estava certa de que seria perfeita. Cautelosamente, voltei para a cama, atenta para que as taças não caíssem, devido ao meu vestido improvisado que precisava ser segurado, ou cairia também. Comecei a rir quando subi na cama, despertando a risada frouxa e gostosa do Chris. Ele pegou as taças e aproveitei para me sentar em seu colo, livrando-me dos lençóis que nos cobriam.

Estávamos de frente um para o outro, de maneira que minhas pernas envolveram sua cintura. Nossos rostos quase colados, a música nos embalando. Apossei-me de uma das taças, bebi um gole generoso e o abracei forte. Segurei-me em suas costas, enquanto suas mãos passeavam pelas minhas. Nossos peitos nus e quentes, unidos um ao outro, juntando as batidas dos nossos corações. Abraçados, nos balançávamos ao som de Elton John ainda. Chris passou uma de suas mãos para meu cabelo. Acariciou, inalou seu cheiro e deixou um beijo molhado em meu pescoço.

- Tem certeza que não pisei no seu pé, na primeira vez que dançamos? – brinquei e não contive uma risada baixa, de contra o seu ombro.

- Meu pé ficou doído pelos dez dias que se seguiram. – ele falou sério, tanto que fiquei surpresa e o encarei rapidamente, meus olhos um tanto quanto arregalados.

- Porque você nunca me contou isso? – questionei intrigada.

- Porque isso nunca aconteceu. Não houve pé doído, porra nenhuma! – divinamente ele começou a rir, satisfeito por ter feito com que eu acreditasse por algum momento. De imediato, dei um leve tapa em seu ombro, cuidando para não derramar o vinho.

- Odeio você! – tentei segurar o riso, mas isso era impossível.

- Repete! – exigiu tentando parecer sério.

- Odeio voc... – antes que eu pudesse terminar, seus lábios atacaram os meus, fervorosamente, devorando-me, sugando o gosto da bebida que continha em minha boca, deixando-me provar do mesmo gosto que continha na sua. Gosto de uva, de paixão. Acariciei sua nuca com a mão que estava livre, enquanto a mão livre dele me puxava pra mais junto de si, pressionando o meio de minhas costas.

- Só queria te ver estressada. – disse após o beijo.

- Palhaço! – encarei seus olhos, transbordando amor e ternura.

- Será que tem palhaços em Paris? – repentino, indagou.

- Como assim? – estava confusa e no rádio, iniciava I Don’t Want To Miss A Thing, Aerosmith.

- Tem palhaços em Paris? – repetiu e percebi um ar de menino que estava aprontando alguma coisa.

- Como eu vou saber? Essas criaturas parecem querer dominar o mundo! – rimos juntos, ele certamente rindo da minha fobia.

- Porque se houverem, eles vão se ver comigo e com meu escudo, afinal eu sou o herói da relação. – brincou, fingindo a imponência e postura que a palavra “herói” praticamente exigia.

- Será que você pode ser mais claro, por favor, Capitão!? – cada vez eu entendia menos, no entanto passei a desconfiar do que seria, a partir do momento em que ele começou a distribuir beijos em meu rosto.

- Talvez você possa gostar da ideia de prolongar nossa lua de mel, em algum quarto que possua uma janela de frente para a Torre Eiffel... – vagou despreocupado e meus olhos se inundaram, dando espaço ao meu sorriso incrédulo.

- Chris... Não. Você não pode estar falando sério... Não brinca comigo. – despejei estas palavras a ele que, apenas me observava sorridente.

- Mal posso esperar para usar aquelas roupas de frio e andar pelas ruas iluminadas à noite, de mãos dadas com você, matando os outros caras de inveja. – seu tom de voz era calmo e especialmente romântico. Finalmente associei tudo aquilo, enquanto Steven Tyler rasgava a canção. Apenas abracei fortemente o homem da minha vida. As lágrimas não se seguraram, não sei se devido a tanto amor, devido à música, à felicidade, deve ter sido por tudo junto.

“I don’t wanna miss one smile

I don’t wanna miss one kiss

I just wanna be with you

Right here with you, just like this

I just wanna hold you close

I feel your heart so close to mine

And just stay here in this moment

For all the rest of time…”

- Como você consegue ser tão perfeito? Você é o melhor marido do mundo, o melhor namorado, amigo, o melhor homem que existe, e sabe qual a melhor parte disso tudo? – indaguei e vi sua expressão confusa e divertida, o vi abrir a boca para falar, mas não deixei. – Você é meu. Só meu. – rapidamente e euforicamente comecei a espalhar incontáveis beijos em todo o seu rosto, o fazendo rir. Éramos as duas pessoas mais bobas, apaixonadas e felizes do universo.

- Se eu sou tudo isso é porque tenho você ao meu lado, baixinha. – tocou meu nariz com seu dedo indicador. – Por você, eu sou melhor a cada dia, eu quero ser o melhor por você e pra você. Eu faço tudo pra te ver feliz, minha mulher. – suas duas últimas palavras ecoaram no mais fundo de mim, foram ditas com tanta convicção, com tanta certeza e segurança.

- Meu homem. – sorri também absolutamente segura e convicta. – Você já é a minha felicidade, toda a minha felicidade. Será um sonho, meu amor. – o vi abrir seu maior sorriso e então selei seus lábios, quando tentávamos controlar nossa vontade de sorrir pelo resto do tempo do mundo.

- Quero realizar todos os seus sonhos que, desde o dia em que nossos caminhos se cruzaram, são nossos sonhos. – segurou meu rosto em suas duas mãos.

- Posso pedir então...? – vaguei esboçando a típica carinha de uma criança quando pede algodão doce.

- Peça tudo que quiser, meu amor. – consentiu e esperou que eu continuasse. Seus olhos tão carinhosos e gentis.

- Quando novinha, eu sonhava que, em minha noite de núpcias... – pausei devido à timidez. – É bobo, promete que não vai rir de mim? – ergui as sobrancelhas enquanto um Chris curioso me admirava.

- Não prometo nada! – zoou.

- Sonhava em contar as estrelas do céu, abraçada em meu marido. – despejei as palavras rapidamente e esperei sua reação que, era exatamente o que eu imaginava: um sorriso escancarado e um abraço cheio de amor.

- Vem! – pegou nossas taças praticamente vazias, as colocou sobre o belo criado mudo e, em seguida me ajudou a levantar de seu colo.

- Não podemos ir desse jeito pra frente daquela enorme janela. – estávamos nus e começamos a rir.

- Verdade! Não queremos ser presos por atentado ao pudor, queremos? – brincou.

- Só se for na mesma cela. – incentivei a brincadeira. O admirei vestindo sua cueca e calça, assim como percebi que ele me admirava quando vesti minha calcinha e sua camisa branca, servindo-me de vestido.

- Como sempre, minhas camisas ficam melhor em você do que em mim. – pegou-me pela mão e conduziu-me até a janela de vidraça enorme e aberta.

Aconchegamo-nos um ao outro, ao som de Don’t Cry, Guns N’ Roses. Chris, por trás de mim, me envolvia no calor de seus braços fortes e sem camisa alguma que os escondesse. Delicadamente inalava e beijava meu cabelo, enquanto lentamente, quase imperceptível, nos balançávamos ao som da música. Suas mãos em minha cintura. Este era mais um, dos incontáveis momentos ao lado dele que eu queria que fosse eterno. As estrelas estavam lá, tão cintilantes e infinitas, eram nossas.

- É um pouco difícil de acreditar que, finalmente estamos aqui. É tão bom... – Chris pausou e senti que me apertava mais em seu abraço, assim como eu me aninhava mais sob sua proteção. – É tanta felicidade que chega dar medo. – inclinei meu rosto para que pudesse mirar seus olhos.

- O pior já passou, meu anjo. Nada mais vai nos separar. Nós somos um só. – o tranquilizei, sentindo uma pontada de melancolia e dor, ao recordar do tempo que passamos afastados. – beijei-lhe.

- Eu não quero nunca mais ter que dormir e acordar sem você ao meu lado. Eu não quero nunca mais te perder. – seus olhos cheios d’água, assim como os meus.

- Você não vai me perder, Chris. Deus já nos abençoou. Nosso futuro vai ser lindo. – sorri e voltei meu rosto pra frente de novo. Peguei em suas mãos, fazendo questão de observar e mostrar-lhe nossas alianças e, descansei-as sobre meu ventre. Fechei meus olhos e deixei que ele acariciasse com tanta ternura e entrega, o nosso futuro. Meu sorriso era explícito quando encostei ainda mais, minha cabeça em seu peito. Seus braços me envolviam por inteira e era ali, o meu lugar preferido.

- Alice. Se for menina, será Alice. – disse carinhoso em um quase sussurro. O nome soou como o barulho do mar calmo, em meus ouvidos. Tão delicado, tão lindo, parecia nome de princesa. E era a vontade dele, era impossível não amar. Passou a ser minha vontade no mesmo instante. Alice.

- Christian, se for menino. – sorri encantada, despertando seu sorriso frouxo também. – Queria ter dois “Chris” na minha vida. – completei e o encarei apaixonada.

- Um só, não dá trabalho demais? – brincou erguendo suas sobrancelhas e me virando de frente pra ele.

- Lógico que dá!... – pausei propositalmente e logo prossegui. – Mas é o melhor trabalho do mundo! – enganchei meus braços em seu pescoço e fiquei na ponta de meus pés para que pudesse deixar um beijo lento e delicioso em seus lábios.

- Christian soa lindo, nosso pequeno Christian. – sorriu colocando meu cabelo para trás da orelha enquanto eu me apoiava com as mãos seguras em seus dois braços. – Posso imaginar nós três juntamente com o Tony, andando pela praia e, você estressadinha com os dois “Chris” da sua vida. – zoou.

- Você é um bobo, sabia? – brinquei, inclinando-me um pouco para trás. – Alice ou Christian, quero que tenha seus olhos. – contemplei seu olhar azul.

- Que tenha o seu sorriso e a cor dos seus cabelos. – emendou e eu sorri tímida.

- Que tenha a cor da sua pele. – ele riu um pouco, jogando a cabeça para trás. – Branquelo! – concluí.

- Que tenha seu coração generoso e que sempre se preocupa em ajudar as pessoas. – seu tom agora era sério.

- Que tenha a sua bondade e a sua capacidade de fazer com que tudo melhore. – continuei.

- Que não seja tão estressada, ou estressado. – riu enquanto eu o observava com uma expressão que fingia aborrecimento.

- Que não seja tão irritante! – revidei e foi a minha vez de rir, encarando seu beicinho que fingia mágoa.

- Te amo tanto. – abraçou-me forte, curvando seu corpo a fim de ficar mais compatível com minha altura e, eu por minha vez, fiquei na ponta de meus pés novamente. – Obrigado por ser minha, desde o momento que me viu descer do carro, preocupado se tinha lhe causado algum dano maior, devido ao acidente. Obrigado por ter me dito “sim” tantas vezes, por cuidar de mim, por me amar de uma maneira que pensei que nunca fosse ser amado. Obrigado por voltar pra mim e por me fazer feliz todos os dias. – as lágrimas dele estavam se segurando, mas sabia que não tardariam a cair. – Eu não sei viver sem você, é horrível. Você é a minha vida, Bárbara. Eu sou completamente, insanamente, inteiramente e eternamente apaixonado por você. Eu sou seu, minha princesa. – ao ver as tais lágrimas caindo, escorrendo por sua barba, não consegui mais prender as minhas que inundavam meus olhos. Imediatamente tratei de secar as dele, com beijos e com afagos.

- Oh meu amor. Eu te amo tanto, Christopher. Eu também não sei viver sem você, porque você é a minha vida, você é tudo pra mim e sim, eu sou sua desde aquele momento, meu príncipe, assim como você é meu desde quando desceu daquele carro, desde quando grudou os olhos nos meus. Ali, nos pertencemos um ao outro, como almas gêmeas que somos. Obrigada por nunca ter desistido de mim, por prometer tantas vezes que estaria ao meu lado e, por estar ao meu lado. Obrigada por me proteger, por me fazer feliz a todo instante. Obrigada por ter lutado pelo nosso amor, quando eu esqueci que... – ele selou nossos lábios para que eu não terminasse a frase. - Eu sou a mulher mais abençoada e feliz do mundo. Está vendo todas essas estrelas... – apontei para elas no céu e vi o brilho refletido no rosto do meu amor. - ...Elas são infinitas, são incalculáveis, incontáveis e, era por isso que tinha o sonho de contar as estrelas abraçada em meu marido... – pausei novamente, suspirando, deixando que as lágrimas escorressem livres. Chris me observava apaixonado, encantado, levando seu polegar até minhas bochechas, na tentativa de secar meu pranto tão emocionado e feliz. -...Porque eu sonhava que esse cara seria o que faria meu coração pular dentro do peito, esse cara seria o cara certo, desde o momento em que eu não conseguisse me imaginar sem ele. E diria a ele que... – interrompeu-me.

- Nem todas essas estrelas juntas, são capazes de representar o meu amor por você. Meu amor é mais inesgotável e infinito e inexplicável que todas elas num mesmo céu. – disse como se tivesse lendo meus pensamentos.

- Como sabia que eu diria isso? – perguntei.

- É o que também sempre sonhei que diria a minha esposa. A mulher e amor da minha vida. Você é tudo que eu sempre esperei, Bárbara. – concluiu.

- Você é tudo que eu sempre esperei, Christopher. – concluí também.

- Te amo, minha estressadinha. – sussurrou.

- Te amo, meu branquelo. – imitei o tom de sua voz.

**

Meu digníssimo leitor... É...

O amor é mesmo algo bonito de se ver. Algo que eu, um simples escritor, não conseguiria jamais definir em palavras, menos ainda definiria o amor Brevans. Um amor que passou pelo inferno de terem que ficar afastados um do outro, mas que o tempo, amigo confidente dos amantes, tratou logo de resolver. Eles são as típicas almas gêmeas, onde um precisa do outro pra viver e, nenhum consegue ser completo sem o outro. Você já viu um amor assim, leitor?

Cinco meses se passaram, Paris havia recebido o casal mais meloso do mundo, de braços abertos. Foram dias de um paraíso imensurável que, talvez em outra ocasião, você me procure para que eu lhe conte com foi esta viagem. Há algum tempo de volta à Boston, algumas coisas haviam mudado pra melhor. As amigas de Babbi – com exceção de doutora Maiza que já havia marcado a data de seu matrimônio, mas o mesmo ainda tardaria um pouco-, todas casadas e felizes, algumas esperavam também por seus bebês, outras decidiram que ainda não era o momento certo. Algumas, junto de seus maridos, viajaram e estavam fora ainda. Outras se mudaram de cidade, mas nada era empecilho para a verdadeira e inquebrável amizade que unia umas às outras e, logo falaremos mais sobre isso. Babbi aproveitava para estudar o que podia, o máximo que podia, antes de o bebê nascer, pois queria se ocupar só com ele e com seu amor, bem como com o Tony, quando isso acontecesse. Em breve estaria com seu diploma em mãos. Chris mantinha seu escritório de arquitetura a todo vapor, conquistando sucesso e alegrias que eram sempre compartilhadas com a razão de sua vida.

Havia chegado o momento de descobrir se quem estava à caminho, era o Christian ou a Alice. Chris era o pai mais nervoso e ansioso que alguém já viu, imagine leitor, quando for o momento desse bebê nascer! Acho que ele desmaia! Brincadeiras à parte é lógico que eu não vou contar a você agora, o resultado da ultrassonografia, devo apenas dizer que a felicidade desse casal é algo que vem dos céus.

Pergunto-me se devo escrever um “fim”, ou apenas um “quase quatro meses depois...”



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