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História Nossas Memórias- Lutteo - Um Encontro, Um Horário


Escrita por: DoYeonjun

Notas do Autor


Olá!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Quem mais tá em quarentena?
Bem, pelo menos acho que terei mais tempo livre em casa, não garanto que poderei postar sempre, mas vou tentar
Vamos ler???
Espero que gostem

Capítulo 9 - Um Encontro, Um Horário



Narrador Ocuto

No domingo, logo pela manhã, após voltar de sua corrida, Matteo pensa em passar o dia sozinho em casa, talvez assistir um filme, ou fazer uma faxina... Mas tinha medo de não resistir a essa vontade louca de correr até a casa ao lado e inventar uma desculpar qualquer para falar com sua vizinha

O homem já estava enlouquecendo com essa vontade, tudo que queria era passar o dia todo ao lado de Sol, queria inventar uma desculpa qualquer para falar com ela, quem sabe a convidar para alguma coisa, talvez sair, ir ao cinema... Mas no fundo de seu ser se repreendia a cada pensamento "errado"

Matteo se culpava, e tinha medo do que poderia estar sentindo por Sol, não sabia se realmente estava se interessando por ela, ou se a semelhança com Luna era o que lhe afetada tanto. Por medo, prefere manter distancia e sufocar essa sentimento, cortar o mal pela raiz.

Por isso, decide que é um ótimo dia para visitar sua família, inteira-los sobre sua vida, e tentar não pensar nas duas mulheres que andam ocupando sua mente.

Depois de algumas horas de viagem em seu carro, o homem estaciona em frente a casa de seus pais, logo lembra que alguns meses atrás estava nesse exato lugar, com Luna sentada no banco do carona, no dia em que foi apresenta-la para sua família

Claro, seus pais e seu irmão já a conheciam, Luna já havia ido lá algumas vezes para trabalhos escolares, mas naquele dia, Luna estava entrando na casa como sua namorada, não como "a colega que o odeia".

Com essa lembrança, Matteo fecha os olhos com força e reprime um suspiro de dor. Solta seu cinto de segurança e desliga o carro, em seguida desce do mesmo acionando o alarme. Depois de duas batidas na porta, sua mãe o recebeu com um largo sorriso

- Filho?! Que bom te ver!- diz o puxando para um abraço apertado- Que saudade, meu amor! Por que não avisou que vinha?

- Queria fazer uma surpresa- ele a solta e sorri feliz ao ver Helena, tinha consciência que também sentia falta dela, mas só percebeu o quanto até que a viu

- Como você está?

- Estou melhor. E o pai? Cadê o Michael?

- Seu pai está na gargarem cuidando do carro, Michael foi no mercado pra mim. Entra, Matteo

Ela o puxa para dentro de casa e Matteo suspira sentindo o cheiro de família que não sentia há bastante tempo. Olhou em volta percebendo que os porta-retratos com fotos de seu irmão, seus pais, e suas, por toda parte, em vários momentos de sua vida.

O rapaz havia esquecido o quanto sua mãe gostava de tirar fotos, mesmo contra a vontade dos filhos, como a vez em que os obrigou a parar de brincar no parque para tirar uma foto, porque eles estavam muito lindos e Helena queria guardar o momento antes que se sujassem

- Você está com fome?- Matteo é tirado de seus pensamentos quando recebe o bombardeio de perguntas direcionadas a si- Quer algo para beber? Está com frio? Como é a nova casa? Está gostando? Os vizinhos são legais? O emprego é como você queria? Está gostando da cidade? Sente falta da gente? Fez novos amigos? Precisa de algo...?

- Mãe, calma- ele diz rindo da empolgação de Helena- Estou ótimo, as coisas estão indo bem

- E como você está sobre a Lu...- ela para antes de pronunciar o nome que Matteo já conhecia bastante- Está melhor mesmo?

- Sim, esse tempo está me fazendo bem- o rapaz responde mudando sua expressão descontraída para algo mais sério, fica assim quando lembra de Luna

Logo seus olhos correm as prateleiras de fotos, e mesmo de longe, consegue ver uma foto de o dia de sua formatura na faculdade, um dia inesquecível para ele e sua família

A beca preta que lhe caiu muito bem; o sorriso de orelha a orelha, estampando sua felicidade; o capelo preto, que ele não gostou por achar estranho; o diploma em mãos, pelo qual tanto batalhou... e o que mais lhe chamou atenção:

A bela moça que vestia o mesmo que ele, e lhe abraçava de lado, sorrindo amplamente. Era Luna. Quando se formaram juntos em Gastronomia.

Assim que vê a foto, o rapaz se perde em pensamentos, memórias desse dia. Helena logo percebe a mudança no semblante do filho e se antecipa

- Desculpa, eu deferia ter tirado isso dai- a mulher diz indo pegar o quadro para tira-lo da vista, até que Matteo a alcança

- Não, deixa ai.- ao falar, o rapaz pega o quadro e fixa seus olhos em Luna. Ela estava feliz nesse dia, ambos estavam, a formatura aconteceu exatamente no dia do aniversário de dois anos de namoro, coincidência? Duas datas tão importantes sendo comemoradas juntas

- Foi um dia lindo. Eu fiquei tão orgulhosa de você, Matteo- o rapaz escuta e levanta o olhar de encontro ao de sua mãe, sorriu.- Você sempre foi um orgulho pra mim- a mulher diz fazendo carinho no rosto dele

- Obrigado

Os dois sorriem e logo escutam a porta da frente se abrindo, era Michael, irmão mais novo de Matteo, que acabou de voltar do mercado. Logo os rapazes sorriem e vão de encontro ao outro.

- E ai? Que bom que veio! Achei que já tinha esquecido a casa antiga- diz Mike brincando

- Decidi presentear vocês com minha presença

- Um bom filho a casa torna, não é?

Logo os rapazes sorriem e se abraçam, ambos sentiam falta um do outro, e Helena fica extremamente feliz com a cena, ama vê-los juntos

Enquanto isso, Sol decidiu dar uma volta pelas ruas outra vez, na esperança de lembrar algo, clarear suas memórias, ou pelo menos sair de casa, já como Victor estava fora não queria ficar sozinha.

Caminhou sem saber bem para onde ir, até que chegou a uma sorveteria e decide entrar. Ao colocar um pé para dentro, teve um déjà vú, um flash, apenas a imagem de estar sentada numa mesa de sorveteria dessa filial.

Logo decide pedir um sorvete de flocos e vai para numa mesa perto da janela, assim que se senta, sua mente é invadida por lembranças



Eu estava tomando um sorvete com Ámbar, nós conversávamos e ríamos bastante, eu gostava de estar com ela, eramos amigas. Sua companhia me deixava feliz

Enquanto falávamos, sem querer acabo me sujando com sorvete que caiu no meu pescoço, não entendo como fiz a magia para sujar o pescoço e não a blusa. Preferia melar a roupa como as pessoas normais. Quem é que suja o pescoço?

O que me preocupa é o colar que uso, não quero suja-lo com nada. Por isso decido tira-lo imediatamente, deixando-o em segurança dentro da minha bolsa nova, para que eu não perca, ou quebre. É um colar importante para mim

- Como você é desastrada- Ámbar comenta rindo e mostro a língua pra ela

Fomos para o banheiro e ela ficou segurando minha bolsa enquanto eu me limpava reclamando por ter me sujado e Ámbar ria.

- Puxa que linda!- minha amiga comenta- Essa bolsa é nova?

- Sim, presente da Carol

- Aff aquela vaca não me deu nada- Ámbar diz brincando e nós rimos- Me empresta? Quero usar ela hoje a noite

- Tudo bem, só não perde, nem suje, nem rasque.

- Deixa comigo

Depois disso, acabei de me limpar e fomos logo embora. Ámbar levou a bolsa, com o colar dentro, eu esqueci de pega-lo de volta




Enquanto isso, na casa da família Balsano, uma visita não muito ilustre aparece, e se surpreende em ver Matteo ali. Era Monica. Desde antes dos jovens namorarem, Helena e Monica eram amigas, ambas viam o casal como seus filhos, e ficaram muito felizes com o relacionamento

- Olá Matteo, que bom te ver por aqui- Monica comenta ao abraça-lo

- Decidi visitar os meus pais, morar sozinho é ótimo, mas o almoço em casa é impagável

- Que bom que está seguindo em frente, fico feliz por você, Matteo

- Obrigado. Não está sendo fácil, mas estou tentando

- Luna ficaria feliz por você.- logo o semblante da mulher muda ao pensar na moça- Sinto tanta falta da minha filha

- Eu também sinto- Matteo deixa escapar baixo, igualmente triste

Por um instante ele cogita comentar sobre sua nova vizinha, então pensa no quanto essa mulher está mexendo com sua cabeça, e não quer que Monica passe pela mesma angustia. Doía muito encontrar Sol sabendo que essa não era sua Luna. Monica não precisa passar pela mesma dor

                                     ****

Horas depois, Monica foi embora logo depois do almoço, Matteo ajudou seu pai com o carro que deu defeito, e jogou vídeo-game com seu irmão por horas, como não faziam desde que se mudou para o antigo apartamento. 

Ele sentia falta de estar com Mike, e vise versa. Passar um tempo juntos fez bem aos dois. Matteo queria mesmo se distrair, tirar Luna e Sol de sua mente, queria esquecer... um dia em família ajudou bastante.

Mais tarde recebem outra vizinha, alguém que não costuma ir lá, só estava de passagem e decidiu dar um "oi", para a surpresa de Matteo

- Oi, Matteo, como você está?- Ámbar pergunta  ao estarem sozinhos no quarto quando Mike foi chamado por Helena para ajudar em algo na sala

- Vou ficar bem- Matteo responde sentando na cama ao lado da loira

- Eu encontrei a medalhinha, aquela que você deu pra Luna, a medalhinha de lua- Ámbar lhe entrega o colar- Estava em uma bolsa que Luna me emprestou

- Eu procurei isso por toda parte, achei que estivesse com Luna no dia do acidente

- Não, ela me emprestou uma bolsa no dia anterior, e a medalhinha veio junto. Você vai ficar com isso? Achei que ficaria com a Monica

- Luna adorou o colar, foi um presente meu, eu quero ficar com ele.

- Entendo. Se a conheço bem, Luna ia preferir que ficasse com você mesmo.

- Obrigado...- ele sorri sem mostrar os dentes- Por tudo

- Não foi nada.- ela sorri igual- Eu já vou, só passei pra entregar isso

Logo a loira sai e Matteo olha com atenção para o colar, era de outro, com correntinha pequena e delicada, com uma medalhinha de lua igualmente delicada, azul, e um pouco pesada. Uma peça bonica, e cara.

Matteo olhava sentindo falta de Luna, momentos passaram em sua mente o fazendo mergulhar na nostalgia. O sorriso de Luna é algo que ele jamais esquecerá, assim como seus olhos.

A noite, Victor chega em casa, e Sol mais uma vez pergunta sobre Ámbar por haver lembrado dela outra vez, insiste par que essa história seja explicada, queria muito saber a verdade

Porém, a cada palavra, Victor ficava mais irritado, tinha medo que sua noiva lembrasse demais, coisas que não deveria, que os afastariam.

- Essa é uma coisa que não mudou em você: sua teimosia!- ele diz frustrado e irritado, então Sol coloca as mãos na cintura e o encara desafiadora

- Bom saber que sempre fui assim! Pelo menos isso sei sobre mim

Os dois continuam discutindo, mas não chegaram a lugar nem um, só estavam se desgastando, até que Victor se sente acuado e decide deixa-la falando sozinha

O homem foi para a rua e Sol foi atrás tentando falar, ele entrou no carro e deu a partida deixando-a para trás. Isso a deixa irritada e cansada

Sol estava perdendo a paciência com as escapadas de Victor, então bate o pé no chão e grita um palavrão qualquer, em seguida começa a chorar de raiva. Se perguntava porquê está com ele, o que viu nesse homem, porque nem bonito é. Não entende como algum dia se apaixonou

Mesmo assim, estava presa a ele, e precisava aguentar, pelo menos até conseguir recuperar sua memória e se virar sozinha. Tudo que Sol queria ter sua própria vida, de preferencia longe de Victor, que é um homem que realmente não lhe atrai, na verdade, lhe repele. Por isso não entende como pode estar noive dele

Um tempo depois, Matteo volta para casa em seu carro, de madrugada, e se surpreende em encontrar Sol em pé na calçada, olhando para estrada.

Ela parecia preocupada, então o rapaz para o carro em frente a casa e vai falar com ela, mesmo querendo fugir. Matteo não poderia evitar sentir uma força invisível o levando para a mulher, era como se seus pés tivessem vontade própria e isso o assustava

- Está tudo bem?- ele pergunta, e Sol se vira de frente para o mesmo, de braços cruzados

- Meu noivo ainda não chegou

- Ainda não?- rapidamente ele olha o relógio em seu pulso- Já passam das 03:25 da noite de um domingo. Que tipo de noivo fica fora até essa hora?

Por não saber o que responder, Sol fala por impulso, e se arrepende

- Você chega esse horário todos os dias

Só depois de falar, percebeu que mostrou interesse demais, conhecimento demais. E Matteo certamente percebeu, se perguntou como Sol sabe seu horário

- Como sabe que chego a essa hora?- ao ser contestada, Sol ri tensa e começa a brincar com as pontas de seu cabelo

- Eu fico acordada até tarde as vezes, e escuto quando seu carro para aqui na porta

- Você fica esperando por mim?- ele diz e ri, fazendo Sol abrir a boca algumas vezes, mas sem conseguir dizer algo. No fundo, ela sabia que ficava mesmo esperando por ele, só não iria admitir

- Quê? Não! Claro que não! Só tenho insonia, e escuto quando você chega... Mas em fim! Por que você chega tão tarde?

Matteo a analisa e acredita em sua explicação, na verdade, prefere não dar tanta atenção a isso, precisava manter seus sentimentos no lugar, e pensar que essa mulher se preocupa com seus horários tem efeito muito grande sobre ele. Então Matteo ri e cruza os braços tentando não se afetar

- Isso importa?- foi o que respondeu

- Claro!- Sol imita a forma como Matteo falou com ela no mercado, quando se conheceram

- Eu trabalho num restaurante, esse é meu horário

- Uhm entendi- por dentro se sente feliz por saber que Matteo estava trabalhando, e não na casa de alguma namorada como pensou antes

- E eu sou solteiro, posso chegar na hora que me der vontade, já o seu noivo... Se eu fosse você ficaria de olho aberto- Matteo estava brincando, mas não deixa de ter razão

- Você acha que ele pode estar com outra?

Matteo dá de ombros sem dar muito importância, enquanto Sol conclui que, se Victor estiver mesmo com outra, ela não ficaria triste. Na verdade, até pensa que se sentirá alivida, terá um bom motivo para terminar com ele e poder se libertar.

Porém, Matteo entende seu silencio como medo, ou algo ruim. Afinal, acabou de levantar a hipótese de que ela esteja sendo traída.

- Eu não acho que seu noivo esteja te traindo, nem conheço o cara, posso estar enganado

Balsano diz tentando não deixa-la triste, mesmo detestando o fato de que Sol tenha noivo. No fundo, Matteo queria que os dois se separassem, mesmo que não admita nem para si próprio

- Tudo bem.- Sol responde simples- É melhor eu entrar

- Não quer companhia? Posso ficar com você para não ficar sozinha- ela ri, e agora foi a vez dele de se arrepender do que disse. Não devia ter brincado com o que queria levar a sério.

- Eu posso cuidar de mim- Sol diz com um sorriso sem mostrar os dentes, com seus olhos brilhantes apontados na direção de os de Matteo. Era obvio o clima entre os dois

- Então boa noite, vizinha

- Boa noite

Com muita enrolação, ambos seguem para suas casas, mesmo querendo continuar conversando, ou apenas perto. A vontade de ambos era correr na direção do outro para trocar um longo e intenso beijo

Sol até se imaginou fazendo isso, chegando até a mentalizar o caminho que terá que percorrer, o tempo que levará, a velocidade, e a velocidade de Matteo, para que o alcance antes que ele entre em casa. Mas decide não seguir seu instinto, seria loucura, não?

Ao deitar em sua cama, Sol só pensava e se perguntava como seria o beijo de Matteo, será que beija bem? Será que seus lábios têm o mesmo sabor de Victor? Ela queria descobrir, mas não tinha coragem

Já Balsano, sentia o mesmo, e se repreendia por tal. Sabe que anda sentindo coisas por Sol, e promete que não vai deixar essa garota se meter entre ele e Luna, do mesmo jeito que Luna não deixou um outro se meter entre eles na faculdade




Notas Finais


E ai???? Oq acharam???? Mereço comentários????
Até segunda feira que vem


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