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História Nosso Amor - O rato branco


Escrita por: ElizabethEliane

Notas do Autor


Me perdoem pelo atraso meus leitores maravilhosos! Espero que gostem ;)
Me desculpem pelos erros de portugues e concordancia tambem, já dei uma arrumada, mas vou reler mais tarde.

É bom deixar um aviso que esse capitulo é +18, só para segurança de todos kkkkk.


Música:
Nina Simone - I Put a Spell On You: https://www.youtube.com/watch?v=aIlokowu1B0
Vestido: https://i.pinimg.com/originals/38/5c/04/385c042d8025446aeffbaae0ec6d9b1f.jpg ( o do meio com um laço, imaginar rosa kkkk)

Capítulo 45 - O rato branco


Fanfic / Fanfiction Nosso Amor - O rato branco

Candinho estava muito feliz que a mãe havia se mudado para Piracema. Desde que tiveram o bebê, ele passou a ficar mais ocupado, queria aproveitar todos os minutos que tinha com o filho, não perder nenhum passo de seu desenvolvimento.

Ele praticamente cresceu sem um pai, mas tudo seria muito pior se não tivesse as visitas do Professor Pancrácio todos os meses, para saber que a vida poderia ser bela se enxergada com outros olhos.

Ontem a tarde, sua mãe havia levado Pirulito até a estação de trem para visitar Maria, Celso e Aninha. Estava tão feliz em finalmente ter um irmão, não importava que não fossem de sangue, ele seria para vida toda. Olhou para o lado e viu Filomena amamentar o menino, não havia cena mais linda que ele pudesse presenciar.

Ela parecia tão apaixonada pelo filho, que lembrou-se que ainda não havia arrumado tempo para visitar a mãe. Por que não agora?

- Onde vai Candinho? – questionou Filomena ao ver o marido calçar os sapatos.

- Visita a mãe d’eu e o Professor. Você quer vir?

- Agora não posso. – falou mostrando o pequeno nos braços. – Mas Candinho, você não acha melhor ligar?

- Ligar por que? A mãe d’eu vai gosta da surpresa! – afirmou animado.

- E se ela não estiver em casa?

- Eu volto embora.

- Ok então. – falou Filomena desistindo de argumentar com o marido. Sendo mulher e tomando por base as poucas vezes que havia visto o casal junto, sabia que eram muito apaixonados um pelo outro. As vezes parecia difícil tirar a mão do esposo no primeiro ano de casado. Não que ela soubesse disso com Candinho, mas quando estava apaixonada por Ernesto, lembrava-se que qualquer momento a sós era apenas dos dois.

O melhor que tinha a fazer era torcer por eles e por Candinho.

 

Candinho subiu na carroça e foi em rumo a casa dos pais. As janelas de cima estavam abertas, então, estavam em casa. Mas ninguém apareceu para o receber, como não ouviram o som do cavalo? Então não estavam em casa. Mas antes de afirmar qualquer coisa, desceu da carroça e aproximou-se. Podia ouvir claramente um musica tocando ao fundo, por isso ninguém o estava escutando. Bateu na porta da frente e ninguém ouviu, então resolveu dar a volta e tentar a porta da cozinha. Ficou feliz ao vê-la aberta, mas nada o preparou para o que viu a seguir.

- MÃE!

Anastácia assustou-se com o berro ao seu lado, estava tão nervosa que só reconheceu que era Candinho quando o viu. Instintivamente afastou o Professor para longe de si. Não conseguia pensar em nada para dizer.

Se a mãe estava sem palavras, Candinho queria estar dormindo em um momento desses. Desde que encontrou sua doce e recatada mãe, nunca imaginou que a encontraria sentada em cima da mesa da cozinha, ainda mais agarrada entre beijos com o Professor.

Pancrácio estava mais vermelho que um pimentão, não sabia como seria capaz de dar sermões ao menino depois de ser pego assim. Graças aos céus que ele não demorou mais, se não realmente os pegaria em uma situação comprometedora.

- O que significa isso? – perguntou em choque enquanto virava o rosto nervoso, sem ser capaz de olhar para mãe.

- Não foi nada de mais Candinho... não fique imaginando coisas. – falou Anastácia ao descer de mesa.

- Então por que a senhora estava aí em cima?

- Foi um rato! – falou sem pensar

- Um rato! – afirmaram Candinho e Pancrácio juntos.

- Sim... o senhor já se esqueceu? – perguntou olhando profundamente nos olhos do marido.

- Ahhh é mesmo... o rato. – afirmou colocando a mão na cabeça teatralmente.

- Você sabe meu filho... na cidade não vemos muitos desses bichos por ai, os empregados sempre deram um jeito. Então quando eu estava cozinhando e vi um rato, eu gritei! – falou colocando a mão no coração. – Subi em cima da mesa e Pancrácio veio me ajudar levando o bichano para fora... o que você viu foi apenas um beijo mais caloroso de agradecimento.

Pancrácio sorriu em silêncio com a resposta mirabolosa da esposa... infelizmente eles nem haviam chegado perto de ser agradecidos.

- E essa colher na mesa? Posso experimentar o doce? – perguntou ao ver a panela no fogão.

- Não! – gritou Anastácia um pouco mais alto que o normal. Não queria que o doce estragasse pois já haviam colocado a colher na boca. – Quer dizer..., não querido... eu estou terminando de dar o ponto, e além do mais, vai saber onde esse ratinho passou? – terminou sem jeito.

- Então eu vou esperar... adoro doce de abobora. – falou sentando-se na cadeira da cozinha.

- Eu lavo para senhora. – afirmou Pancrácio tirando a colher de madeira da mão da esposa e se virando em direção a pia para esconder sua excitação dos dois.

- Antes disso querido, por que você não busca algumas amoras para sua mãe? Ai poderei fazer uma geleia enquanto o doce de abobora esfria, e você poderá levar para Filomena.

- A senhora precisa de muitas? – perguntou feliz em ser prestativo.

- Não muitas... pense no tanto que você come e me traga o dobro. – falou Anastácia observando o filho pensar. – Você pode pegar alguma vasilha ou sacola do armário.

Anastácia observou o filho pegar uma grande sacola para colher as amoras, teriam sorte se chegasse ao menos metade do saco cheio, sabia que ele não resistiria a comer algumas enquanto estaria lá.

Após o jovem sair, Pancrácio viu Anastácia olhar seu reflexo no espelho na cozinha e arrumar o cabelo antes de voltar a trabalhar.

- Sabe...se não fosse a senhora, eu não me lembraria desse ratinho. – falou divertido enquanto brincava com ela.

Anastácia olhou sem jeito para o marido e pegou a colher limpa da sua mão.

- Isso é tudo culpa sua o senhor sabe... eu odeio mentir... eu não era assim. – falou indignada.

- Quem contou a mentira foi a senhora... eu não a forcei a nada. – retrucou se aproximando da esposa.

- E o que mais eu poderia dizer? – perguntou enquanto ele chegava cada vez mais perto.

- A verdade... Candinho é um homem adulto, sei que entenderia. – falou antes de dar lhe um beijo apaixonado nos lábios.

- Ainda penso que ele é um rapaz inocente... quero que ele continue assim. – falou entre beijos. – Agora vá, tenho muito a fazer.

Pancrácio afastou os lábios do dela e deu-lhe um sorriso, ainda ia se divertir muito com essa história de rato.

 

Após alguns minutos, Candinho voltou com as amoras e Anastácia fez uma deliciosa geleia para os dois. O filho havia comido tanto doce que ela ficou com medo que ele tivesse uma bela dor de barriga. Depois que todos se empanturraram de doce, decidiram não jantar, ela então subiu para o quarto e tomou um banho relaxante para dormir. Não se lembrava como era cansativo ficar o dia todo na cozinha.

Ao sair do banho, surpreendeu-se em não encontrar o marido no quarto, era incomum, mas não completamente estranho. Aproveitou o tempo sozinha e terminou de se arrumar.

Pancrácio havia descido para arrumar um sanduiche para si, sabia que a esposa estava cansada e não queria incomoda-la com isso, mas ao subir ficou maravilhado com o que viu. Sua bela mulher estava em pé com uma perna apoiada no baú em frente a cama passando algum tipo de hidratante no corpo. Seu robe parecia estar frouxo no corpo, provavelmente a seda estava deslizando por causa do creme. O cabelo estava em um meio coque solto, preso por uma fita na cabeça; ele sempre a via com o mesmo penteado, se já não conseguia manter seus lábios afastado de seu pescoço, agora que ela estava mais relaxada, faria morada tranquilamente junto a ela.

- A senhora está com um cheiro tão bom. – disse a abraçando apertado enquanto cheirava sua nuca.

- O senhor me assustou. – falou ao sentir um arrepio. – Onde esteve?

- Apenas desci um pouco. – disse após dar lhe um beijo no canto dos lábios e se deitar.

- Pelo visto a geleia ficou boa. – falou Anastácia feliz ao se deitar ao seu lado.

- Deliciosa querida. – falou com um sorriso.

Anastácia sorriu com o atrevimento do marido e indicou com os dedos onde estava sujo em seus lábios.

Pancrácio limpou sem jeito os lábios com a língua, em seguida virou se para a esposa.

- Ah antes que eu me esqueça... – disse chamando sua atenção. – Queria parabenizá-la por sua criatividade.

- Como?

- O rato!

- Ora, mas o senhor não se lembra do ratão que entrou na cozinha?

- E como ele era? – perguntou ao se levantar um pouco e colocar um braço em volta dela.

- Grande... – falou passando a mão por seus braços. – Todo branco... e parecia um pouco velho para enfrentar uma mulher sozinha. – concluiu atrevidamente enquanto tocava seu cabelo suavemente.

- Sorte a minha que cheguei logo para lhe ajudar. – sorriu antes de dar-lhe um beijo. – E ele não lhe fez nenhum mal, certo? – perguntou enquanto alisava sua perna com a mão que estava livre.

- Não... – disse Anastácia mordendo os lábios tentando se concentrar na história dos dois.

Pancrácio olhou para esposa abaixo de si e não resistiu em subir sua mão um pouco mais, até alcançar a lateral de sua calcinha. Consequentemente Anastácia fechou os olhos esperando por ele... de repente sentiu seus lábios quentes em seu pescoço.

- Muito bom... – falou com a voz ofegante enquanto descia os dedos em direção a seu centro.

Anastácia nem se lembrava do que estavam falando mais... só sentia seu coração bater descontroladamente a cada toque seu.

Pancrácio olhou para esposa e a encontrou com os olhos fechados e os lábios entreabertos, ela parecia tão desejável... precisava dar esse prazer aos dois. Aproximou seus lábios dos dela e lhe deu um beijo apaixonado. Podia sentir os batimentos do seu coração e o corpo dela tremerem de desejo.

Enquanto se beijavam enfiou um dedo em sua intimidade e sentiu seu corpo mexer de prazer. Movimentava o dedo habilmente dentro dela enquanto deslisava a língua em seus lábios pedindo acesso a esposa.

Nem foi preciso pensar muito, assim que Anastácia sentiu a língua do marido, abriu sua boca e passou a devorar seus lábios com uma fome surpreendente. De algum modo, algo dentro dela a fazia pensar que tudo estava muito mais empolgante.

Pancrácio adorava o gosto daquela mulher, poderia parecer redundante, mas depois que a provou, passou a ver a vida com outros olhos. O cheiro dos dois estava aguçando seus sentidos, e por mais que estivesse pronto para o finalmente, ele adorava brincar com ela, isso apenas o deixava mais excitado.

Sentindo seu corpo se derramar sobre sua mão, tirou uma das mãos que segurava seu rosto, enquanto a beijava e colocou em um dos seios, lembrou-se que ainda não havia dado nenhuma atenção a eles.

Após massageá-lo, passou o dedo suavemente por seus mamilos e sentiu a esposa gemer sobre seus lábios... que doce som. Já estava com saudades de ouvi-la.

Isso fez seu sangue palpitar ainda mais dentro de si..., se continuassem nesse ritmo não poderia aguentar muito mais. Então colocou o segundo dedo dentro dela, querendo fazê-la gozar antes de si.

Ao sentir seu núcleo se apertar sobre o homem, Anastácia sentiu o corpo tremer de desejo, a cada movimento seu, pensava que ia se desfazer ali mesmo. Precisava recuperar um pouco de controle. Soltou uma das mãos que estava em seu braço e desceu para agarrar seu membro.

Pancrácio sentiu sua pequena mão apertar seu membro por debaixo da calça do pijama. Quando ela passou os dedos por sua cabeça, sentiu seu corpo gelar de prazer.

Ela precisava esperar... aumentou a velocidade dentro dela, e quando sentiu seu corpo arcar de desejo, retirou a mão de seus seios e pegou a mão da esposa de dentro da calça e colocou-a acima da cabeça. Ao vê-la tremer, aproveitou e colocou o outro braço dela junto ao primeiro, e prendeu os dois com sua mão que era muito maior.

Ao sentir seus braços presos por ele, aquilo parecia certo e errado ao mesmo tempo, nunca ouviu nenhuma senhora..., nem jovem, contar-lhe algo assim. Estava excitada e queria mostrar-lhe de alguma forma.

Após dar um gemido de prazer ao ver sua esposa assim, sentiu a mesma avançar sobre seus lábios e morde-los sensualmente... ele adorava suas mordidas sobre seu corpo.

Ainda o beijando ativamente, ao ouvir seus gemidos, mordeu seus lábios com um pouco mais de força que o necessário.

Pancrácio se afastou ao sentir a dor aguda e o gosto de sangue na boca. Anastácia abriu os olhos e viu o canto dos lábios mais vermelho que todo o resto.

- Oh.. me desculpe meu amor... – disse sem jeito com os olhos famintos.

- Eu sei querida. – falou tentando disfarçar a dor que estava sentindo ao ver as pupilas dilatadas cobrindo quase todo o brilho dos olhos verdes. – Acho melhor deixar minha boca longe de você um pouco. – falou brincando com ela.

- Se o senhor me soltar, eu cuido de você... – falou Anastácia maliciosamente com terceiras e até quartas intenções.

Pancrácio olhou para língua dela deslisando pelos lábios e sentiu-se muito tentado em solta-la. Mordeu os lábios e sentiu o gosto do sangue ao fazer pressão na boca. Ergueu seu corpo sobre ela e lhe deu um beijo na testa antes de alcançar seus seios com a boca.

Sentiu seu corpo enrijecer-se na hora, sua língua nos mamilos a fazia ter pensamentos impuros como alimentá-lo como uma mãe faria com um filho. Forçou os braços tentando se soltar, mas ele a prendeu com mais força e voltou a movimentar os dedos dentro dela intensamente. Era um toque tão bom, que ela queria que aquilo nunca acabasse, poderia pedir por mais e mais a qualquer momento... apenas quando ele alcançou uma área específica em seu corpo, foi que sentiu o corpo se apertar e uma dor, misturada com prazer que pensou não ser capaz de aguentar. Antes que percebesse, deu um grito em seu quarto e sentiu o corpo relaxar de prazer.

Pancrácio sentia seu corpo tremer enquanto lambia e mordiscava seus seios, não demorou muito para senti-la gozar em sua mão e ouvir seu grito de prazer. Olhou para o anjo que tinha abaixo de si e sentiu seu membro apertar mais uma vez. Soltou seus braços e tirou-o da calça para encaixar-se nela. Ao fazer isso, ela mexeu-se um pouco, talvez ainda estivesse com o corpo sensível.

Anastácia mordeu os lábios ao sentir o marido dentro de si, ela não queria ser tocada, parecia que a incomodava..., mas quando ele se moveu um pouco para ficar em uma posição melhor, ele sentiu no fundo, uma pontada de prazer.

Pancrácio olhou para a esposa com a respiração pesada e passou a movimentar-se dentro dela. Anastácia mordeu os lábios tentando se controlar com a nova onda de prazer que estava sentindo em seu corpo. Ao gozar novamente, muito mais rápido que a primeira vez, sentia o corpo mole e o marido mexer-se dentro dela. Abriu os olhos e viu o suor escorrer por seus cabelos brancos. Levantou um dos braços e delicadamente secou as gotas que estavam em seu rosto. Estava tão grata por tê-lo junto a ela, sabia que não precisava de mais nada para ser feliz.

Ao sentir a esposa tocar seu rosto amorosamente, enquanto ele se esforçava para terminar (já não era um homem jovem), não demorou muito e sentiu seu liquido escorrer dentro dela e seu corpo fraquejar de prazer. Ainda dentro dela, deitou a cabeça entre seus seios e descansou para recuperar as energias.

- Eu não me canso de dizer o quanto o amo. – falou Anastácia dando um suave beijo em seus cabelos.

- Eu também minha querida... eu também. – falou antes de pegar a mão da esposa e levar aos lábios apaixonado.

 

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Pancrácio estava no banheiro acabando de se vestir, não entendia porque tinha que usar um colete se nem era padrinho de ninguém.

“Ao menos não vou ter que usar gravata” – pensou aliviado ao ver Anastácia refletida no espelho do banheiro.

- Pancrácio você já está terminando? Quero que ajude Pirulito, por favor. – falou Anastácia ficando estressada enquanto rodava a saia de todas as maneiras no corpo e não conseguia fechá-la.

- Estou quase. – disse após passar seu perfume. – E a senhora?

- Quase! – respondeu nervosa. – Só me deixe sozinha tudo bem... eu descerei em um instante.

Pancrácio saiu do banheiro e encontrou a mulher apenas de combinação, do mesmo modo que estava quando a olhou a cinco minutos atras.

- O que está acontecendo? – perguntou ao se assustar com o tom de sua voz.

- Eu não consigo fechar esta saia... ela parece não servir. – respondeu frustada.

- Eu não me lembro de vê-la com ela.

- É nova... Emma me deu de presente quando nos mudamos para cá, disse que seriam elegantes, mas não tão luxuosas para alguém que mora no campo.

- Então é isso!

- O que? – perguntou sem entender em que conclusão o marido havia chegado.

- Ela provavelmente lhe deu o tamanho errado, por isso não serve.

- Pode ser... – falou Anastácia infeliz. – Mas o que vou vestir agora?

(Mãe, pai, vamos!... o Candinho vai me levar no lago!) – falou Pirulito animado do outro lado da porta.

Anastácia olhou em direção a porta e já colocou a mão na cabeça se sentindo preocupada.

- Que tal aquele vestido rosa com um laço na cintura? – sugeriu Pancrácio tentando ajuda-la. – Eu a vi usando poucas vezes.

(Mãe!)

- Eu vou conversar com Pirulito. – disse Pancrácio ao estender a mão parando a esposa. – Fique ai, logo venho busca-la.

Anastácia sorriu para o marido e esperou ele fechar a porta. Assim que saiu posou em frente ao espelho e passou a observar seu corpo. Com a mão na cintura, apertou a um pouco e concluiu que ela parecia normal. Talvez um pouco inchada, mas nada que todos não estivessem, estava fazendo muito calor desde que Pirulito voltou de São Paulo.

Abriu o guarda-roupas e pegou o vestido rosa transpassado que estava no cabide. Passou o braço por dentro das mangas e deu duas voltas na cintura antes de amarrá-lo com um belo laço na frente. Calçou os sapatos de salto branco e foi até a penteadeira terminar de se arrumar.

Pancrácio abriu a porta do quarto e ficou feliz em encontrá-la vestida. Ao ver o laço rosa em sua cintura refletido no espelho, ficou encantado em como o vestido era capaz de deixa-la ainda mais magra. Aproximou-se e colocou a mão em sua cintura, antes de dar-lhe um beijo na bochecha enquanto ela terminava de colocar os brincos.

- Tão linda... – disse antes de soltá-la e fechar as janelas para saírem.

- São seus olhos apaixonados. – falou sem jeito enquanto decidia mudar um pouco o cabelo; ao invés dos rolinhos habituais, puxaria apenas um dos lados com um grampo enfeitado que havia ganhado de presente de Dona Camélia.

- Minha querida, mesma não a conhecendo, eu seria capaz de reconhecer que é uma bela mulher!

Anastácia sentiu as bochechas esquentarem com o elogio do marido, havia ficado completamente encabulada.

- E Pirulito? – perguntou tirando o foco de si.

- Pedi que se comportasse se não, não o deixaria ir nadar com Candinho. Expliquei que todos estávamos animados com o noivado de Mafalda e Romeu, mas ele teria que esperar.

- Me desculpe por atrasar... – falou sem jeito. – Ainda bem que pensamos em chegar bem mais cedo.

- Não estamos atrasados querida..., mas eu ouvi você conversando com a empregada, em como estava com água na boca só de pensar em provar a feijoada de Dona Manuela.

- Foi? – perguntou constrangida com medo do marido pensar que ela pareceria uma gulosa.

- Foi sim, e não tiro sua razão! – admitiu a surpreendendo. – Comi apenas uma vez, e me lembro de ser maravilhosa.

- Então vamos embora logo, se não o senhor vai me deixar com mais desejo do que já estou! – afirmou sorrindo e esperou o marido passar para finalmente fechar a porta.


Notas Finais


Espero que tenham gostado do capitulo! Um grande abraço e até breve ;)


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