CARL ON
Após o show o Aaron nos levou ao “camarim”, que na verdade nada mais era do que uma parte atrás do palco onde os cantores costumavam ensaiar.
Aaron: Karol, preciso falar com você. – Ele disse assim que ultrapassamos as cortinas que serviam de portas.
Entramos no local e a Karol estava beijando um garoto, na verdade mais pareciam se engolir. Aaron puxou o garoto fazendo eles se desgrudarem.
Aaron: Lucas, por favor nos deixe sozinhos. – O garoto apenas deu de ombros e saiu.
Eu: Ai Aaron, não posso nem me divertir que você já fica espantando os meus paqueras. – Ela disse zangada enquanto cruzava os braços.
Aaron: Eu preciso da sua ajuda para uma coisa muito impor...
O Aaron nem terminou de falar e a Karol já começou a beijar outro garoto que havia passado pela gente. Novamente o Aaron puxou o garoto que foi embora meio chateado.
Karol: Mas que coisa Aaron.
Aaron: Dá pra me escutar?! Eu preciso de você pra uma coisa...
E novamente ela deixou o Aaron falando sozinho pra beijar outro garoto que também passou por aqui. E mais uma vez o Aaron puxou o garoto que foi embora.
Aaron: Já chega?! – Ele parecia realmente zangado.
Eu: Qual é Aaron?! Você quer que eu preste atenção em você justo aqui?! Onde passam os meninos mais gatos de Alexandria?! – Ela parecia falar tudo aquilo numa boa, como se fosse completamente normal.
Aaron: Vem aqui. – Ele puxou ela para um canto mais isolado e nós fomos junto. – Ótimo, aqui você vai me escutar.
Quando parecia que ela estava prestando atenção no Aaron, a mesma se vira devagar para mim e vem em minha direção roçando os lábios nos meus. Até que o Aaron á puxa novamente.
Aaron: Mas que coisa. – Ele disse zangado.
Karol: Ai, ta bom, parei, eu vou te ouvir agora.
Aaron: ótimo, preciso da sua ajuda, você vai ter que ensinar o Carl defesa pessoal sem armas, porque nós pretendemos invadir Alexandria.
Karol: Ok... “Invadir Alexandria”? Vocês já estão aqui dentro. – Ela tirou graça com a situação.
Aaron: Você me entendeu, vai ajudar ou não.
Karol: Pode ser. – Ela deu de ombros. – O que eu ganho com tudo isso?
Aaron: Você pode nos ajudar a comandar Alexandria.
Karol: Hum, não me interesso muito por isso, mas acho que pode ser legal. – Karol não pareceu estar muito convencida.
Aaron: ótimo, para disfarçar o tempo que vão ficar juntos você o Carl terão que fingir serem namorados.
Karol: Agora sim você me veio com uma boa proposta Aaron. – Ela deu um belo sorriso malicioso para mim.
Aaron: Venham, vamos para a minha casa, lá é mais seguro.
Andamos até a casa do Aaron onde o Eric nos recebeu com uma bandeja cheia de frutas.
Rick: Precisamos pegar armas. – Meu pai disse sério, apesar dele ter rido com toda a cena da Karol, ele ainda parece estar nervoso com essa situação.
Aaron: Pensei que tínhamos combinado de não machucar ninguém, é para isso que chamamos a Karol, ela vai nos ensinar, principalmente o Carl que ainda não sabe, á nos defender sem usar armas.
Rick: Eu sei, mas as armas são apenas garantia, não vamos usá-las, somente em casos de extrema emergência.
Eric: E como sugerem que a gente pegue a arma?! Não sei se você sabe, mas elas ficam num arsenal e se qualquer um ver a gente entrando lá o nosso plano vai pro ralo.
Karol: Temos pelo menos a chave? – Ela perguntou sentada em cima de uma mesa.
Aaron: Eu tenho, fico encarregado de cuidar de lá de vez enquanto.
Karol: Sussa, eu vou lá. – Ela saiu de cima da mesa a qual estava sentada. – Só vou precisar que o garoto venha comigo. – Ela apontou para mim.
Rick: Sem chance.
Karol: Ué, por que não? Pensa que eu vou fazer o que?
Rick: Não sei, só sei que eu não te conheço direito e não confio em você.
Karol: Ah, qual é?! Eu sou só a garota que canta num palco improvisado para um monte de gente sem esperança de vida.
Rick: Não estou nem aí, você não vai.
Karol: ótimo, então vai lá tentar pegar as armas, quando te virem e te expulsarem de Alexandria não diga que eu não te avisei.
Meu pai a encarou zangado por um tempo, mas logo percebeu que ela tinha razão.
Rick: Está bem, mas acho bom voltarem logo e, Carl, volte logo, por favor.
Eu: Pode deixar pai. – Disse enquanto a Karol me puxava para a porta.
Caminhamos tranquilamente até o arsenal, para que ninguém desconfiasse.
Eu: É aqui, vamos entrar. – Quando eu tirei a chave do meu bolso para colocar na porta ela me beija.
Ia me desvencilhar do seu beijo, mas duas coisas me impediram, uma pessoa estar passando por nós e o fato dela beijar muito bem. Não estava acostumado com isso, nunca beijei uma garota na vida, então estava meio perdido, principalmente pelo fato de que o beijo da Karol não era calmo, na verdade era bem agressivo e mais agitado. Assim que a pessoa passou por nós eu me separei dela.
Eu: Por que você fez isso? – Perguntei com as bochechas quentes, acho que estou corado.
Karol: Se ficássemos aqui parados o cara que passou provavelmente ia perguntar o que estávamos fazendo, você ia ficar nervoso e podia até mesmo estragar o plano, mas ele não vai interromper o nosso beijo só pra perguntar o que estamos fazendo.
Eu: Acho que faz sentido. – Falei meio envergonhado ainda.
Karol: Vamos logo.
Abri o cadeado e fui entrando na sala, peguei algumas armas que meu pai tinha pedido para levar e peguei outra para mim. Me preocupei em pegar as do fundo, assim demorariam para sentir falta. Quando me virei a Karol me beijou de novo, pensei que fosse por causa de alguém então retribui, mas logo ela me soltou.
Eu: Por que fez isso de novo? Não tinha ninguém vindo.
Karol: Eu sei, dessa vez fiz porque quis. – Ela deu de ombros e voltou a olhar as armas.
Quando fui na direção dela vi uma sombra na janela, então a puxei e coloquei contra o chão para que ninguém de fora pudesse nos ver aqui dentro pela janela.
Karol: Ui, o que foi isso?! – Ela deu um sorriso malicioso.
Eu: Shiu, tem alguém lá fora. – Falei sussurrando.
Karol: Pode pelo menos soltar os meus pulsos?! – Ela disse ainda com a mesma cara de malícia, só então percebi que estava pressionando seus pulsos contra o chão.
Eu: Desculpe. – Soltei os pulsos, mas continuei em cima dela.
Karol: Sabe Carl, estou gostando muito dessa idéia de fingir namorar você. – Ela levantou a perna se esfregando na minha.
Eu: Até parece. – Falei meio debochado.
Karol: Como assim? – Ela pareceu levemente ofendida.
Eu: Quem é que gostaria de me namorar?! Tenho um buraco no lugar do olho, é a coisa mais repulsiva que eu já vi. – Virei minha cabeça um pouco para o lado.
Karol: Eu acho sexy. – Ela virou a minha cabeça com a suas mãos e lambeu parte do meu “olho”.
Eu: Ka-rol. – Fiquei nervoso e me levantei bruscamente.
Karol: Acho melhor irmos embora. – Ela falou com um sorrisinho malicioso. – Outro dia terminamos o que começamos.
Seguimos para fora do arsenal e caminhamos para casa. Essa Karol, me deixa sem fôlego, mas acho que ela está me escondendo alguma coisa, o que será?!
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