História Nosso destino... - Capítulo 01

Dias atuais...

  Anahí se considerava a maior azarada do mundo, já que o seu ex chefe e noivo, que era advogado, e ela uma das secretárias dele, o estava traindo com a sócia dele, uma tal Alejandra sei lá de quê. E como se isso não bastasse, ele terminou tudo com ela e a despediu sem mais nem menos. Desempregada, traída, sem noivo, e quase sem ter para onde ir, era assim que Anahí se encontrava, ou seja, a situação não estava nada boa para a mesma não estava nada boa, bem na verdade, estava bem longe disso.

Se não fosse a sua irmã mais nova que trabalhava com fotografia, ter lhe oferecido o apartamento para as mesmas dividirem, Anahí estaria mesmo na rua. Dulce Maria, a irmã mais nova da loira, ela nunca gostou do ex namorado da mais velha, já que Leonardo Maldonado tinha cara de mal caráter mesmo, e dos piores que existiam, por assim dizer, pena para Anahí, que ela só percebeu isso no momento em que ela o viu com outra mulher, e que ele terminou tudo que eles tinham, somente porque a mesma nunca quis se entregar a ele, e nem era rica como a Alejandra.

Dulce Maria era uma das cinco melhores fotógrafas do país, o seu estúdio era no seu apartamento, o que meio que a fazia trabalhar mais em casa do que na rua. A menos é claro, quando tinha algum evento importante que a mesma tinha de ir, apenas para marcar presença, fotografando tudo. Anahí tinha muito orgulho de sua irmã, sendo que, há uns três anos, o homem que ela amava a deixou para fugir com uma mulher casada, algo que a mesma não havia superado até hoje, e agora a loira entendia, e muito bem, o porquê disso, pois ela também acabou sendo abandonada pelo noivo, que na verdade, não passava de um grande canastrão, por assim dizer.

- Anne você teve foi sorte em se livrar daquele traste que você insistia em chamar de noivo - Diz Dulce, ambas estavam tomando o café da manhã, era domingo - Já imaginou se isso tivesse acontecido depois do casamento de vocês? Teria sido um escândalo, e isso, no mínimo, mana.

- Acho que sim - Ela suspira, mal tocando na comida - Eu só queria arrumar logo um emprego e terminar a minha faculdade de pediatria, já que esse é o meu maior sonho, e eu amo muito crianças, até pensava em ter algumas com o Leonardo, antes dele fazer o que fez comigo.

- Tenho certeza de que logo você consegue um emprego - Se lembra de seu amigo Christian, e do quanto ele era afim da Anahí - Talvez você até consiga um trabalho com o Chris, já que ele sempre teve uma quedinha por você, Anne.

- Bem mana, em primeiro lugar, eu não entendo nada de imobiliária, em segundo lugar, eu vejo o Chris, apenas como um bom amigo, só isso - Ela então suspira mais uma vez, pelo que parecia ser uma eternidade em uma pequena fração de segundos, por assim dizer - E em terceiro e último lugar, quero ter um emprego por causa do meu currículo, e não porque o meu chefe é afim de mim, e você sabe muito disso, Dul.

- Okay, me desculpe, Anne - Levanta ambas as mãos, em forma de rendição - Não tá mais aqui quem falou.

Bem longe dali...

Alfonso era um dos melhores engenheiros do país, além de estar se especializando em arquitetura, mas agora que a sua irmã mais nova estava prestes a se casar, o mesmo precisava de duas coisas, a primeira era uma babá para a sua filha, e a segunda, uma esposa. A noiva ele já tinha, seu nome era Angelique Boyer, a meia irmã de um de seus colegas de trabalho, Sebastian Rulli, pelo menos, era isso, o que eles diziam para todo mundo. Mas lhe faltava ainda uma babá, para o seu pequeno anjinho de apenas três anos de idade. Sua irmã era formada em pedagogia, mesmo nunca tendo exercido a profissão de professora, para tomar conta da pequena Lupita, sua sobrinha. Só que agora, a mesma depois de ter sofrido uma grande desilusão com um tal de Christian Chávez, estava tentando refazer a sua vida ao lado de um dos melhores amigos de Alfonso, William Levy, um homem que a amava de verdade, bem ao contrário do tal Christian, que nunca a amou, como a mesma merecia, e ainda merece.

Alfonso tinha conseguido uma fortuna considerável, fazendo bons investimentos, e trabalhando como engenheiro, em pouco menos de três anos. Mas mesmo sendo rico agora, ele continuava humilde, e tratando todos de modo igual, independentemente do status e da posição social, algo que sua filha e irmã admiravam muito. E apesar da sua cara fechada, ele era um bom homem, cheio de cicatrizes por causa de um falso amor, que quase o destruiu há um pouco mais de três anos, por assim dizer.

- Poncho precisamos conversar - Era Maitê, só ela o chamava assim, ela joga um jornal bem na mesa de Alfonso, onde a manchete principal era o seu noivado com Angelique Boyer - Pode me dizer o que significa isso? Heim, hermanito?

- Exatamente isso que você está pensando, vou me casar com a Angelique, Maitê - Diz ele de olho em alguns projetos, ambos estavam no escritório dele que ficava na casa do mesmo - Sendo que a Lupita precisa de uma mãe, e eu de uma esposa, e quem melhor do que a Angelique para ocupar esses papéis na minha vida?

- Eu não penso assim, como você, Poncho, a Angelique era a melhor amiga da Heloísa - Suspira, e então massageia as próprias têmporas, com dor de cabeça - E pode ter sido muito bem ela, quem convenceu a Heloísa a te deixar, já que até onde sabemos, essa loira oxigenada sempre teve uma queda por você, Alfonso.

- Por favor, minha irmã, nunca mais diga esse nome na minha frente - Ele falava do nome de sua ex esposa. Ex esposa só no falar, já que nenhum deles jamais assinou os papéis do divórcio, e um ano depois que tudo aconteceu, Christopher e Heloísa foram dados como mortos em um acidente em alto mar em um barco - E de mas a mas, eu já me decidi, vou me casar com Angelique, queira ou não, assim como sei que você vai se casar com o Will, em breve, minha irmã.

- Okay, faça como quiser - Diz Maitê, cansada de argumentar com o cabeça dura do seu irmão - Já coloquei o anúncio que você me pediu no jornal, tal qual como você queria, e não se preocupe as candidatas e selecionadas serão entrevistadas, por mim.

- Excelente - A mira bem nos olhos, e dá para ela, um de seus raros sorrisos, que eram lindos - Nem sei o que vai ser de mim sem você, Tetê. Obrigado por tudo, de verdade mesmo.

- Não precisa me agradecer - Ela também sorri - Pois sei que você faria a mesma coisa, por mim.

Um pouco distante dali,

Alguns dias depois...

Depois de ser recusada na sua terceira entrevista de emprego, só naquela semana, Anahí estava pensando em trancar a sua faculdade de pediatria, por um tempo indeterminado. Dulce não concordava nem um pouco com isso, mas não podia fazer nada, a ruiva queria poder ajudar bem mais a loira, só que não podia, sendo que a situação financeira da mesma também não era das melhores, por assim dizer.

A resposta que ambas estavam esperando apareceu no jornal que Dulce sempre lia pela manhã, algo que a mesma seria a salvação para a sua irmã. Só não sabia que isso iria mudar não só a vida dela, mas a sua também. Dulce estava mais do que feliz, em poder ajudar a sua irmã, bem mais do que já estava ajustando, naquele exato momento. Anahí por sua vez acordou mais uma vez na força do ódio, cansada de só receber não em todas as entrevistas de emprego que ia, mesmo o seu currículo sendo um dos melhores de todo o país, e tudo isso, só porque ela era jovem e bonita demais, como se isso fosse algum defeito.

- Ontem recebi mais dois não's, se eu receber mais um nem sei o que faço da minha vida, Dul - Ela pega uma torrada e começa a passar manteiga na mesma - As vezes acho que as pessoas pensam que eu sou burra, e por causa disso, não me dão nenhum emprego, só pode.

- Não desanima, Anne - Diz Dulce Maria, animada, tentando animar a sua irmã mais velha, naquele exato momento - Mesmo porquê, eu acho que sei como posso te ajudar, minha irmã.

- Sério? - Franze o seu cenho, e junta as suas sobrancelhas - Como?

- Assim - Lhe entrega o jornal na parte dos classificados de emprego, onde a mesma marcou um em especial para a sua irmã, algo que era bem a cara delal - Esse emprego, ele foi feito pra você, Anne, e eu não tenho a menor dúvida disso, minha irmã.

- De babá? - Lê atentamente o anúncio, com atenção - Tem mesmo certeza disso? Tudo bem que eu adoro crianças, só que, eu não tenho experiência nenhuma como babá.

- Relaxa, Anne - Diz Dulce comendo uma tortilha recheada com moranco e leite condensado - Você vai tirar essa entrevista de letra, e ainda vai ficar com esse emprego.

- Será? Será mesmo, Dul? Sei não, viu, mas isso não me parece uma boa ideia, não.