1. Spirit Fanfics >
  2. Nosso Futuro >
  3. Um Lugar Chamado Tokyo

História Nosso Futuro - Um Lugar Chamado Tokyo


Escrita por: ellebrocca

Notas do Autor


Volteiiiii! Gente eu to feliz de mais q a fanfic esteja ganhando rumo ❤️ É maravilhoso ver todos q me acompanharam nos comentários, isso me deixa muito feliz e empolgada para continuar a história 🥰

Foto do capítulo com o rosto do nosso Jiraiya do futuro para ajudá-las na imaginação 😍

Capítulo 2 - Um Lugar Chamado Tokyo


Fanfic / Fanfiction Nosso Futuro - Um Lugar Chamado Tokyo

Capítulo Dois

 

Pov’s Tsunade:
 

A cafeteria na qual Jiraiya me trouxe é um ambiente bem diferente do que estou acostumada em Konoha. O lugar é do mesmo tamanho que um restaurante, com várias mesas de vidro e poltronas ao invés de bancos. Pode-se dizer que é bem luxuoso, essa tal Tokyo deve ser uma cidade onde a fortuna vive. Há uma vitrine com vários salgados e doces, a maioria eu nunca experimentei, ou nem sabia que existiam. Jiraiya me permitiu escolher qualquer coisa que eu quisesse, mas mesmo que uma parte de mim queira recusar sua simpatia minha fome consegue me fazer mudar de ideia e escolher uma boa quantidade dos salgados e doces que havia naquela vitrine.

A recepcionista iria levar nossos pedidos assim que escolhêssemos uma mesa para nós, e Jiraiya preferiu uma mesa ao lado da janela inteiramente de vidro com vista da rua movimentada lá fora. Eu sentei de frente para ele, e em menos de um minuto a recepcionista trouxe nossos pedidos. Tentei ao máximo manter a pose para comer aquele salgado, mas quando senti aquele novo sabor derretendo na minha boca perdi toda a minha postura de durona e comecei a comer como uma criança sem educação. Jiraiya não disse nada sobre meu comportamento, pela expressão dele, parecia preocupado comigo.

— Agora que estamos em um local mais reservado, será que pode me dizer o que está fazendo em Tokyo? — Jiraiya começa a me questionar.

A comida entala na minha garganta, não sei ao certo o que ele quer dizer, eu não conheço nada desse lugar e muito menos conheço ele. Por mais que ele tenha o mesmo rosto do Jiraiya, como posso ter a certeza de que realmente é ele?

— Eu... Não sei ao certo. — É a única coisa que consigo pronunciar.

— Você simplesmente deixou seu marido em Paris e quis vim para Tokyo de última hora sem malas ou dinheiro? — Havia desconfiança na voz dele.

— Como assim Paris? — E que marido é esse de quem ele fala?

— Tsunade, você está de brincadeira comigo?! — Agora ele parece extremamente zangado. — O que diabos aconteceu com você?!

— Eu não sei! — Acabo perdendo o controle da minha voz, me senti pressionada.

Jiraiya notou que eu estava tremendo, e então me analisou com seus olhos. Ele voltou a ficar calmo, e sua expressão voltou a ser de preocupação.

— Você bateu a cabeça ou algo do tipo enquanto voltava para a cidade? — Ele me pergunta, mas não havia tom zombeteiro em sua voz, parecia mais uma pergunta avaliativa.

— Talvez... Não lembro direito. — Posso usar essa desculpa para evitar certas perguntas dele. Bem, quando eu cheguei aqui tive um tombo horrível durante a viajem no portal, então não menti nessa parte da história.

Para verificar se eu estava falando a verdade Jiraiya apoiou seu braço esquerdo na mesa e inclinou seu corpo para que seu rosto ficasse próximo do meu, o que fez eu prender a respiração pela sua aproximação repentina. Ele usou a mão direita para acariciar minha nuca, procurando por algum local da minha cabeça que esteja lesionado, e minha pele se arrepiava com seus dedos percorrendo meus cabelos com delicadeza.

— Talvez você não esteja mentindo pra mim, até porque suas roupas provam isso. — Ele usa sua indireta através das minhas roupas sujas de terra. — Você deve ter tombado durante sua viajem, e se realmente bateu sua cabeça talvez tenha perdido a memória. Vamos ter que ir no hospital depois para verificar...

— Não! — Seguro seu pulso tendo uma reação repulsiva, deixando Jiraiya com uma sobrancelha erguida. — Eu não quero ir no hospital hoje, quero ficar quieta. — Corrijo minha frase para não levantar mais suspeitas. Sou eu que quero entender esse lugar, e não Jiraiya que precisava descobri quem sou eu de verdade.

— Você deve estar confusa por causa da batida, eu entendo. — Jiraiya volta a se posicionar no seu assento, e sinto falta do contato de sua mão em minha nuca. — Certo, eu vou te ajudar com o que precisar, mas teremos que marcar um dia de você ir no hospital. Pelo menos para fazer uns exames. Pode ser?

Confirmo com a cabeça e em silêncio.

— Obrigada por me compreender.

— Depois do que aconteceu entre nós, era o mínimo que eu poderia fazer.

Entre nós? O que ele quer dizer?! Devo ter feito uma cara bem interrogativa, pois Jiraiya corou e virou seu rosto para a janela. Assim que eu abri a boca para questiona-lo algo vibra no bolso dele, e fico em alerta. Era algo novo pra mim, o que não é novidade, tudo nessa cidade é novo pra mim. Jiraiya tira um aparelho retângulo similar ao aparelho que a moça na qual encontrei hoje mais cedo possuía, só tinha uma cor diferente, era prata e com o desenho de uma maçã mordida na borda na parte frontal.

— Mas que porra... — Xinga Jiraiya ao olhar o nome de alguém na tela do aparelho. Arregalo os olhos com o linguajar que ele usou, quase nunca vi Jiraiya dizendo palavrões na minha frente. — Só um minuto. — Ele pede para mim a pressiona um botão verde do aparelho e o leva até seu ouvido. — Antes de você me culpar...

— Onde caralhos você se meteu?!

Fico chocado ao ouvir a voz de outra pessoa saindo daquele aparelho, de algum modo alguém estava conseguindo se comunicar com Jiraiya a uma longa distância.

— É uma longa história, houve um imprevisto que eu tive que resolver. — Explica Jiraiya.

— Cara, se liga! Você não pode simplesmente desaparecer durante o ensaio! Temos só mais três dias até o nosso show, e a banda não toca sem a ajuda do guitarrista! Assim você fode a gente, Jiraiya!

— Eu prometo que vou ensaiar hoje em casa, e amanhã de manhã vamos nos reunir no estúdio como a gente havia combinado. — Remarca Jiraiya. — Por favor, quebra essa galho pra mim... — Jiraiya faz uma pausa e olha em minha direção. — Eu realmente preciso resolver um problema, e você sabe como eu sou, adoro me envolver em encrenca.

Mordo os lábios para não sorrir e dar a corda para ele, é como se o lado maneirão que meu antigo Jiraiya possuía tivesse sido herdado por esse Jiraiya do futuro.

— Desde que isso não prejudique na nossa performance... Amanhã às nove no estúdio, e sem atrasos!

— Valeu, Ash. Até amanhã.

Jiraiya guarda o aparelho no bolso de sua calça jeans e pega sua xícara de chá, bebendo com cautela enquanto observa a vista da janela. Aproveitei a distração dele para analisá-lo um pouco mais, ele é um pouco diferente sem aquelas marcas de nascença nos olhos, mas o que mais me chamou a atenção foi o suporte em forma de guitarra que ele carregava em suas costas mais cedo. O suporte estava encostado na janela ao seu lado, e depois que ele falou com seu “amigo” sobre a questão de uma banda decidi pesquisar mais a fundo.

— Você toca?

Jiraiya voltou sua concentração para mim, e então apoiou sua mandíbula na mão esquerda sobre a mesa.

— Comecei a quatro anos, um pouco depois que você se casou e partiu de Tokyo para morar em Paris, algo que você provavelmente não se lembra mais. — Ele responde.

Era tudo o que eu queria! Talvez eu consiga obter mais informações vinda dele sem parecer uma maluca, afinal, eu preciso saber quem é essa outra Tsunade que ele pensa que eu sou.

— Com quem eu me... Casei?

— O nome dele é Dan, vocês se conheceram no Ensino Médio.

Dan?! Ele também está nesse futuro?! Depois de descobrir que meu falecido namorado casou-se com o meu outro eu perdi totalmente a fome. Como eu vou entender esse lugar e as pessoas que estão vivendo aqui se sou fraca demais para esse tipo de informação?

— Você está bem? — Pergunta Jiraiya assim que eu deixei bem nítido o quanto fui pega de jeito. — Se lembrou de algo?

— Talvez, sim. — Murmuro. — Alguns borrões.

— Já é um começo. — Jiraiya vira sua cabeça para olhar o relógio da parede, parece que ele está preocupado com o horário. — Meu ônibus vai passar aqui em dez minutos, você quer ir comigo até a casa dos seus pais? Ou você também não se lembra deles?

— Não lembro de quase nada. Só de você, por mais estranho que possa parecer.

— Bem, mesmo que você não se lembre, a gente se desentendeu feio na última vez que nos vimos. E se você pretende ficar perto de mim quero que você esteja ciente pelo menos disso, para não ficar algo desconfortável futuramente. — Jiraiya me avisa.

Fiquei curiosa em saber qual foi o motivo desse desentendimento, mas como eu não sou a Tsunade que ele pensa talvez isso não vá prejudicar nossa relação.

— Está tudo bem. Você é a única pessoa no momento em quem posso confiar.

— Sabe de algum lugar que você possa dormir hoje?

— Não. Pra falar a verdade, tenho medo de ficar sozinha.

Jiraiya volta a olhar para o relógio, fazendo uma expressão de quem estava pensando. Seja lá o que estiver passando na cabeça dele, espero que não seja uma ideia de me deixar na casa de algum conhecido dele.

— Eu tenho um quarto disponível no meu apartamento, se você quiser pode ficar comigo por um tempo, pelo menos até recuperar suas memórias. — Para Jiraiya era só um favor, mas para mim foi uma benção divina. — O que acha?

— Se não for incômodo.

— Você nunca foi um incômodo pra mim. — Ele se levanta e coloca o suporte no formato de guitarra em suas costas. — Melhor a gente se apressar, se não vamos perder o ônibus.

Engulo todo o café que ainda sobrou da minha xícara e o sigo até a esquina da cafeteria onde continha uma placa que informava “Parada de Ônibus” em siglas japonesas. A mesma carroça de metal enorme que trouxe por onde Jiraiya desceu hoje mais cedo agora estava se aproximando de nós. Então quer dizer que essa carroça se chama “Ônibus”. Uma porta se abre para a gente subir, e fico de boca aberta em ver vários assentos com algumas pessoas sentadas que estavam indo para algum lugar daquela cidade.

— Escolha um lugar, eu pago nossas passagens. — Diz Jiraiya próximo do meu ouvido.

Andei até metade do pequeno corredor e escolhi dois assentos disponíveis para nós, e sentei ao lado da janela. Quando o Ônibus começou a andar segurei firme no braço de Jiraiya por conta do pânico, mas aos poucos eu fui me acostumando. É como andar por cima da Katsuyu, porém com mais velocidade. Tive a oportunidade de ver o resto da cidade, e conhecer mais lugares durante a viajem. Tokyo é uma cidade fascinante, devo admitir, e a tecnologia está muito avançada.

Nossa viajem durou vinte minutos devido a cidade ser enorme, e quando Jiraiya me pediu para segui-lo até a saída do ônibus deduzi que chegamos ao apartamento dele. Agradecemos ao homem que conduzia o ônibus e entramos em um prédio de quatro andares, onde embaixo havia um pequeno mercado e um bar. Subimos até o ultimo andar, o número do apartamento de Jiraiya era 403, e ao adentrar o local fiquei impressionada com a mobília moderna e a organização. A sala era bem espaçosa e era junto com a cozinha, tendo uma mesa de balcão como separação dos dois cômodos. Logo à frente estava um corredor com quatro portas, um deve ser o banheiro, e as outras três devem ser os quartos.

— Sei que não é como os apartamentos de luxos que você está acostumada, mas é a única coisa que dá pra pagar com o dinheiro que eu ganho. — Diz Jiraiya.

Eu estava pensando que isso era um apartamento de luxo, pois em Konoha são esses lugares que os ricos vivem. Se em um apartamento com um espaço desse é considero algo “humilde”, fico me perguntando como realmente é um apartamento de luxo.

— Pra mim é perfeito. — Elogio o local. — Então, é aqui onde você se esconde quando não está resgatando garotas que perdem a memória? — Faço uma brincadeira para aliviar aquele clima silencioso, e funciona, consigo fazer Jiraiya rir.

— É, esse é a minha toca. Vou te mostrar o seu quarto.

Ele me guia até a porta que ficava ao lado do banheiro, localizado na ponta e final do corredor, e logo à frente era outro quarto que desconfio que seja ocupado por Jiraiya. O quarto onde eu iria ficar era muito aconchegante, tendo uma cama de solteiro com cobertores dobrados na ponta e um pequeno guarda-roupa.

— Você não trouxe nenhuma roupa, não é? — Questiona Jiraiya, e confirmo com a cabeça. — Posso te emprestar umas roupas minhas, mas já vou avisando que ficarão largas.

— Eu não me importo.

— Ok. Vou te dar uma toalha para você tomar um banho, enquanto isso eu lavo essas suas roupas cafonas.

— Não são cafonas!

— Sinto muito, mas parece que você saiu de um livro medieval, a minha vó costumava usar umas roupas assim.

— Você não ia pegar uma toalha pra mim? — Mudo de assunto para ele parar de me incomodar.

Jiraiya morde o lábio inferior para conter um sorriso e vai até o seu quarto pegar uma toalha de banho dentro do seu guarda-roupa. Os minutos que levei para me lavar foram tempo suficientes para eu processar tudo o que aconteceu comigo hoje. Viajei para três mil anos no futuro graças a um artefato Otsutsuki; Não tenho a mínima ideia de como vou voltar para casa; Jiraiya está vivo nesse futuro e até agora não sei como; De alguma maneira Dan também está aqui e existe outra de mim que está casada com ele.

O único argumento que consigo encontrar para explicar toda essa situação é de que esse Jiraiya que está me ajudando seja na verdade uma reencarnação do meu Jiraiya. Desde pequena ouvi histórias da minha avó sobre pessoas que reencarnam em vidas futuras, e geralmente quando isso acontece é pelo motivo da pessoa ter sido morta antes de cumprir seus objetivos na Terra, e a reencarnação seria uma outra chance de vida para a pessoa realizar todos os seus deveres e desejos no mundo. Deve ser isso, nesse futuro Jiraiya reencarnou, existe uma reencarnação minha, assim como também existe a reencarnação do Dan. Será que outras pessoas na qual conheço também reencarnaram nesse futuro? A minha família que Jiraiya havia mencionado também é reencarnação dos meus falecidos parentes?

Havia ainda muitas perguntas rondando minha cabeça. Termino meu banho e visto as roupas que Jiraiya me deu, e não me surpreendo delas terem ficado bem grandes no meu corpo. A camiseta dele foi até meus joelhos, me dando a sensação de que eu estava usando uma camisola enorme, pelo menos meus seios poderiam ficar livres e sem serem notados. Pela a minha sorte, ou quase, Jiraiya tinha um estoque de calcinhas, que segundo ele, eram calcinhas das garotas que ele levava para o apartamento alguns anos atrás e nunca mais voltaram para buscar suas peças de roupas íntimas. Jiraiya me garantiu que as calcinhas estavam limpas, mas era desconfortável saber que estou usando uma peça de uma mulher que já se deitou com ele.

Ao sair do banheiro ouço Jiraiya tocando sua guitarra na sala, e me aproximo cautelosa para apreciar a música. Como o sofá é de costas para o corredor ele não percebeu que fiquei o observando tocar aquelas notas agitadas. É estranho ver ele tocando um instrumento, mas ao mesmo tempo é lindo, parece que ele saiu de um daqueles livros de romance adolescente. O dia passou rápido depois que cheguei ao apartamento, e quando percebi já era de noite.

Jiraiya fez uma janta para nós, e fiquei sem reação quando descobri que ele sabia fazer Ramen, sem dizer que os temperos estavam excelentes. Depois da refeição voltei para o meu quarto para ficar sozinha. Devido a minha preocupação em não saber como voltarei para Konoha não consegui dormir, apenas fiquei sentada naquela cama encarando minhas mãos. Concentrei meu chakra em meus dedos até que uma energia esverdeada se iluminasse, demonstrando que ainda tenho meu poder dentro de mim. As pessoas desse futuro não possuem o mesmo chakra que eu, como se elas não o tivessem mais.

Isso quer dizer que vai chegar um momento em que os humanos não serão mais ninjas, e não irão mais possuir habilidades naturais como os elementos do fogo, água, relâmpago, vento e terra. Se isso é verdade, eu não posso mostrar os meus poderes, pois as pessoas podem achar que sou um monstro ou algo do tipo. Estou bem encrencada, não posso confiar em ninguém, e mesmo que Jiraiya esteja me ajudando não posso contar para ele quem sou. Ainda não. Preciso de tempo.

Jiraiya bate na porta do meu quarto antes de entrar e escondo rapidamente minhas mãos embaixo das cobertas para ter tempo do meu chakra sumir.

— Tudo bem por aqui? — Ele pergunta.

— Sim. Só estou tendo dificuldade para dormir.

— Suspeitei. — Jiraiya entra no meu quarto e se aproxima da minha cama. — Eu vi uma pequena luz por baixo da sua porta e deduzi que você estivesse com dificuldade pra dormir, então trouxe isso.

Ele me entrega uma pílula do sono para me ajudar a dormir esta noite, e não sei ao certo como agradecê-lo. Me dói em ter que esconder tanta coisa dele por medo de ser julgada, ou talvez por ele ser um homem comum que não merece carregar todos os meus problemas nas costas quando posso resolver sozinha. Engulo a pílula em silêncio, sentindo minhas pernas tremerem com o olhar de Jiraiya sobre mim.

— Obrigada. — Sussurro agradecida.

— Se precisar de mais alguma coisa, estarei no quarto da frente.

Ao se virar para ir em direção a porta eu seguro firme em seu pulso, um movimento que nem mesmo eu previ, mas não consigo ficar longe dele.

— Posso pedir mais uma coisa?

— Claro.

— Dorme comigo?

Eu sei que pareceu estranho, mas um dos meus maiores medo é acordar e saber que tudo isso não passou de um sonho, mesmo que eu queira voltar pra Konoha. Seja como for, Jiraiya está vivo nesse futuro, e não quero perdê-lo de novo.

— Acha que isso vai te ajudar a dormir? — Ele me pergunta sem nenhum tom de malícia em sua voz.

— Sim.

— Tudo bem. Eu fico aqui até você dormir.

Dou espaço para ele se deitar comigo, e como a cama era de solteiro tivemos que ficar bem perto um do outro. Jiraiya se deitou de lado, de frente para mim, e eu para ele. Ficamos em silêncio, tendo nossas respirações como o único som naquele quarto. O cheiro dele é de pasta de dente com um leve aroma de nozes em seus cabelos platinados. Quase o mesmo cheiro que ele possuía na sua outra vida, porém o único aroma que falta é o de tabaco. Saber que ele estava comigo, bem próximo de mim, deixou meu corpo relaxado e seguro. O que me fez ter facilidade para dormir, e pode ter sido só impressão minha, mas tive uma sensação de que Jiraiya acariciou meu rosto cautelosamente alguns segundos antes do sono me levar naquela noite.

 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...