História Nosso Porto (atualizada) - Nobre Cidade

O celular de Danni despertou às 21h para ver as notas, ela estava deitada com Gael assistindo a um filme. Ela se sentou na cama com o aparelho em mãos, ele também se sentou.

- E ai? – Ele quis saber.

- Calma, estou logando aqui.. – Seus dedos eram rápidos sobre a tela do celular.

O rapaz se aproximou para ver e colocou a mão direita sobre o ombro da garota – Não passou?

Danni fez um bico – Na teórica não....

- Mas na prática passou, isso é pra se comemorar, não é? – Tentava animar – O que acontece agora?

- Terei que ir segunda na faculdade para ver... Provavelmente terei que fazer o exame.

- Então tem chances, fica tranquila! Vamos fazer as malas? São 3h de viagem daqui ao Porto. Vamos relaxar esse final de semana e vai dar tudo certo.

Danni abriu um sorriso e o selou nos lábios, depois levantaram para arrumar as malas.

No dia seguinte, acordaram por volta das 6h da manhã e antes de pegar a estrada A1, passaram no apartamento das meninas para deixar seu bebê de quatro patas, como haviam combinado anteriormente, Sam e Ana aceitaram ficar cuidando do Bartô durante o fim de semana. Na estrada, conversavam, cantarolavam as músicas do rádio e planejavam o casamento.

- Precisamos fazer os convites – Danni comentava.

- Precisa de convite? Vamos convidar muita gente?

- Claro que precisa! – Danni ria – Todo casamento tem convites! Nossa amor...

- Ta bom, desculpa – Ele ria – Nunca casei ué.

- Melhor justificativa – Ela ria – Bom... Vamos pensar: Maurício com o esposo e a filha, as meninas, nossos pais, sua irmã...

- Tá.. São só 10 pessoas? – Ele dirigia e olhava para sua noiva as vezes.

- Tem seus 3 amigos da faculdade também... – Lembrava.

- Sim, mas alguém?

- Acho que só.

- Vamos procurar algum salão pra 15 pessoas?

- Ah, podemos ver algum salão menorzinho, não precisa de muito luxo – Danni dizia.

Ele pegou na mão da garota e sorriu.

Chegaram no Porto por volta das 8h30 da manhã, atravessando a Ponte das Arrábida e rodaram pela cidade procurando hotéis para se hospedar. Passaram por Lordelo do Ouro e Foz do Douro onde se hospedaram no Hotel Residencial Portofoz.

- Aqui é bom, gostei – Danni dizia.

- Vamos tomar um café aqui no hotel e depois a gente saí pra dar uma volta. Me disseram que esse é o melhor bairro da região.

No quarto, deixaram as malas e desceram para o restaurante do hotel onde tomavam café.

- Amor, sabe o que eu to lembrando? – Danni sorria ao pegar um pão de queijo.

- Acho que sei.. – Ele sorria também, pegando pães e frutas do Buffet – A primeira vez que viajamos juntos, acertei?

Ela sorria e balançava a cabeça positivamente.

- A gente podia relembrar algumas outras coisas mais tarde – Ele sorria malicioso.

- Depois de a gente ver as coisas do casamento, talvez... – Danni mostrava a língua.

Após tomarem café da manhã, saíram de carro para dar uma volta pelo bairro. O tempo estava ótimo com um Sol lindo e céu azul. As casinhas eram parecidas com as de Lisboa, uma arquitetura bem distinta do Brasil, Danni e Gael já estavam acostumados com este formato e procuravam padarias, mercados e Clínicas Veterinárias onde a morena poderia trabalhar. Paravam em alguns comércios e perguntavam sobre o movimento e segurança do bairro e também ouviram sobre dicas de passeios, restaurantes entre outros lazeres. Ouviram bastantes elogios sobre as praias, as quais decidiram ir de tarde, depois do almoço.

- Ai amor, eu queria ir no Castelo do Queijo, aquela senhora comentou desse lugar e disse que era pertinho, vamos por favor? – Danniela quase implorava.

- Vamos sim, ela disse que era beirando a praia né?

- Sim, ela disse que é pela Avenida de Montevideu – A morena olhava as placas atenta – Ali, segue reto e vira a direita – Ela apontava.

O rapaz foi seguindo a direção que sua noiva instruía e não demorou muito para que avistassem o local. Era realmente parecido com um castelo feito de pedras e concreto, o mar batia nas laterais, era bem bonito e diferente.

- Meu Deus! Vou vir passear com o Bartô por aqui todo dia! – Danni dizia animada ao sair do automóvel e bater a porta.

O moreno olhava para a paisagem e sorria contente ao ver que sua noiva estava gostando do lugar. Ele trancou o carro e andaram até o tal do Castelo e ficaram um tempo lá, tirando fotos e admirando a paisagem e depois seguiram a pé, pela areia, até o restaurante Cufra Grill para almoçar.

- Que sonho de lugar! – A baixinha estava maravilhada com o bairro e falava com a boca cheia.

- É sim, imagina chegar do serviço e ir correr na praia? Ou ir a pé pra praia nos finais de semana? É muito maravilhoso! – Comentava o rapaz antes de tomar um gole de cerveja.

O garçom veio trazer a porção de batatas fritas e percebeu o sotaque diferente dos dois.

– Brasileiros? – Perguntou o português.

- Sim, sim – Confirmou Gael.

- Turistas?

- Nós moramos em Lisboa atualmente – Danni respondeu.

- Mas estamos conhecendo o bairro aqui porque vamos nos mudar em breve – Completou Gael.

- Ah sim! Aqui é maravilhoso, vocês vão adorar! Já visitaram o Castelo do Queijo?

- Sim, acabamos de vir de lá – Gael respondia enquanto Danni beliscava as batatinhas.

- E já foram no Sea Life?

Os dois franziram a testa e responderam juntos – Não.

- Isso é o que? – Quis saber Danniela.

- É o aquário daqui do Porto, é pequeno, mas é muito bonito – Informou o garçom.

Gael e Danni se entre olharam surpresos, os dois pensavam na mesma coisa, seria um lugar legal para a morena trabalhar de início.

- Hmm e é aqui perto? – Gael pedia informações

O garçom deu o endereço para o casal e depois os deixou terminar o almoço.

- Eu sei que não é bem sua área cuidar de animais marinhos, mas pra um começo dá, não dá? - Ele perguntava enquanto saíam do restaurante e caminhavam pela praia.

- Claro que dá. Eu curto animais marinhos, eu sou uma sereia, esqueceu? – Brincou.

- Ah é? Então vou te jogar no mar – Gael a pegou no colo e correu em direção ao mar.

- Para! Paraa! Seu doido! Acabamos de almoçar, vamos ter um troço! – Ela gritava e esperneava rindo e se debatendo.

O rapaz a colocou no chão gargalhando – Ué, sereia tem isso?

- Aí que idiota! – Ela deu um tapinha nele e continuaram a andar.