História Nosso Zing - O Zing

A Quarta Grande Guerra Ninja terminou e foi muito mais brutal do que se poderiam imaginar. Tantas mortes, tantas familias destruidas... Tanta dor. Após libertarem todos do Tsukuyomi Infinito, Naruto e Sasuke voltaram para a aldeia para um merecido descanso. Em breve eles fariam uma cerimonia para os caidos na guerra e depois uma festa de celebração. Os Kages estavam discutindo sobre a Aliança Shinobi e é praticamente garantido que isso resultaria em uma era de paz que estava a caminho.

Entretanto, algumas semanas depois, uma noticia de Kurama impactou Naruto com força e todos aqueles que o conheciam. Ao final da guerra, o chackra dos Bijuus foram, inconscientemente, absorvidos por Kurama e tornando a raposa mais forte do que nunca e – por consequência – Naruto também. O Uzumaki acabou sofrendo uma pequena mutação, se revelando longas orelhas de raposa – semelhantes as de Kurama - no top de sua cabeça e nove longas e felpudas caudas atrás dele. Como se isso não bastasse, Naruto havia de alguma forma, desbloqueado o Rinnegan com a essência das nove Bijuu’s em seu corpo e somando isso mais o aumento do poder de Kurama, mais seu domínio sobre o Senjutsu e mais sua Kekkei Genkai do clã Uzumaki, havia dado algo a Naruto que muitos sonharam em ter.       

Imortalidade.         

Não se tratava de simplesmente parar de envelhecer. De acordo com Kurama, a regeneração de Naruto havia aumentado para níveis tão altos, que suas células se curavam e se multiplicavam muito mais rapido do que morriam e isso se provou certo quando Naruto, em um momento de pânico, pegou uma kunai e perfurou seu coração.

Antes mesmo de retirar a lâmina por completo, o ferimento já estava curado.

Kurama tinha certeza que mesmo se Naruto arrancasse seu coração ou destruísse sua cabeça, ele estaria curado antes mesmo de seu corpo “perceber” que havia alguma parte faltando.

Essa notícia praticamente destruiu Naruto. Saber que ele era imortal, era o mesmo que dizer que ele mais cedo ou mais tarde, estaria novamente sozinho.

Naruto implorou para Kurama para ajuda-lo, mas isso era algo que estava além até mesmo da capacidade da Bijuu e Naruto, amargamente, teve de aceitar isso.

E isso, leva a situação atual.

- Naruto, você sabe que não precisa fazer isso. – Kakashi, o novo Hokage, diz para Naruto quando ele veio entregar sua bandana.

Naruto sabia que se ficasse, ele seria forçado a ver seus amigos formarem famílias, envelhecerem e morrerem. Isso trouxe uma sensação de inveja que Naruto não conseguia conter e não queria sentir. Ele era alguém que valorizava seus amigos, vê-los morrer era a ultima coisa que ele queria.

Também havia o fato de que as outras aldeias poderiam se sentir ameaçadas por Naruto agora e acabar com a pouca paz que estavam conseguindo.

- Eu preciso Kakashi-sensei. – Naruto diz e trás uma de suas caudas até a mesa de Kakashi, entregando sua bandada a ele. – Eu não suportaria ver meus amigos morrerem de velhice e me deixando sozinho aqui. Sem contar que as outras aldeias podem temer a minha existência. – Diz em um tom triste. – Eu já cancelei meu contrato com os sapos e já me despedi de todos, então estou aqui para dar meu adeus. – Explica.

- Como está Hinata? – Kakashi pergunta preocupado.

Naruto desviou o olhar, a culpa o corroía ao se lembrar da herdeira do clã Hyuuga. Quando soube dos planos de Naruto, Hinata o abraçou em lágrimas, implorando para que ele não fosse ou que a levasse com ele. Mas Naruto não podia permitir isso, pois era aqui que a familia e os amigos dela estavam. Ele também não queria entregar seu coração a ela para em algumas décadas ela morrer de velhice.

Ele estava sendo covarde e sabia disso, mas Naruto não podia se permitir essa dor.   

- Destruída. – Naruto diz honestamente. – Mas espero que, eventualmente, ela me entenda e siga com a sua própria vida. Enfim, muito obrigado por tudo Kakashi-sensei e adeus. – Diz e explode em fumaça branca, revelando ser apenas um Kage Bushin.

Sozinho em seu escritório, Kakashi desceu seus olhos para a bandana.

- Adeus Naruto e que você encontre a felicidade, onde quer que ela esteja.  – Kakashi diz em um tom baixinho para si mesmo.

EM ALGUM LUGAR...

Naruto estava ocupado fazendo uma matriz de kanjis complexa quando recebeu as memórias de seu clone. Ele não podia ficar nas Nações Elementais pois, eventualmente, ele seria encontrado, então Kurama estava ensinando a ele um Fuuinjutsu para pular dimensões.

Kurama negaria até o fim dos tempos, mas estar selado em Mito e Kushina teve suas vantagens e a principal era ele entender Fuuinjutsu.

- Terminei. – Naruto diz mentalmente para seu amigo.

- Bom. Lembrando Naruto, o destino para esse Fuuinjutsu é algo completamente aleatório e uma vez que você deixa uma dimensão especifica, você não pode mais voltar a ela. Em outras palavras, isso é um adeus definitivo para essa dimensão. Tem certeza? – Kurama pergunta uma ultima vez.

- Sim, eu tenho. Muitos se sacrificaram por essa paz e não deixarei o sacrificio deles ser em vão. – Naruto diz e faz uma sequência de selos. – Estilo Uzumaki: Lágrima Dimensional!  - Diz espalmando suas mãos na matriz de kanji’s e transferindo o máximo de chackra que ele conseguiu.

Em um flash de luz branca e uma explosão que nivelou toda a floresta, Naruto desapareceu para sempre das Nações Elementares.

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Depois da explosão, Naruto acordou no meio de um deserto e após encontrar algumas pessoas, Naruto descobriu ter pousado em algum lugar chamado Egito e de lá, ele resolveu vagar pelo mundo inteiro.

Primeiro, ele descobriu que esse mundo era muito maior que as Nações Elementares, dividido em 6 continentes, 193 países e incontáveis cidades que Naruto perdeu a conta depois de algum número. Depois ele descobriu que havia várias línguas que eram faladas nesse mundo, mas graças ao seu Rinnegan, mais especificamente, sua habilidade do Caminho Humano, Naruto poderia aprender qualquer língua falada em dois segundos, então ele não teve problemas de comunicação.  Em seguida, ele descobriu que as pessoas desse mundo não tinham qualquer conhecimento sobre o chackra – para a sua alegria – e era muito mais desenvolvido tecnologicamente que sua dimensão natal. Ele, particularmente, adorou essas invenções chamadas de celulares.

Mas ao que parecia, mesmo sem o chackra, as pessoas ainda desenvolveram outros meios para se matarem pelas razões mais estupidas possíveis. Ele viu claramente momentos em que os humanos foram bons, mas também que foram maus.

Ele resolveu permanecer neutro. Ele não apoiaria os humanos, mas também não tentaria destrui-los. Pelo menos, não sem uma razão.

E agora, 102 anos depois que ele chegou a esse mundo, Naruto se encontrava dormindo entre os galhos de uma arvore com suas características de Kitsune a mostra. Ele esteve por todo o mundo, mas nada como a Mãe Natureza para faze-lo se sentir em casa. Em pouco tempo, ele acordou e se espreguiçou, olhando para o céu, vendo que a lua estava cheia e iluminava a floresta com seu brilho encantador. Naruto tinha o hábito de trocar entre ser diurno e noturno, para não ficar entediado. 

Sim, apenas 119 anos de idade ele já estava encontrando a segunda pior coisa que vinha com a imortalidade, o tédio.

- Bem, vejamos o que a noite preparou para mim. – Naruto diz e pula do galho da arvore em que dormia, para percorrer a floresta. Em pouco tempo, ele encontrou alguns adolescente seguindo trilha pela montanha  e um deles, um ruivo com uma mochila ridiculamente grande, escorregou e rolou caminho a baixo.

Ou pelo menos iria se um cipó não tivesse saido de uma das árvores e se enrolado nele, para impedir sua queda e o levar até mais a frente com seus amigos, antes que eles percebessem.

- Maneiro... – O ruivo diz com um sorriso ao ver o cipó voltar para dentro do tronco da árvore.

Seja por ter ganhado o Rinnegan, por ser parente distânte dos Senjus ou qualquer outra coisa, Naruto havia adquirido o Mokuton também e com muito mais dominio do que Hashirama poderia ter tido.

Vendo o adolescente voltar para seus amigos, Naruto seguiu seu caminho por entre a floresta e indo em qualquer direção aleatória. Após algum tempo, Naruto uma luz meio alaranjada em uma colina, assim como sentiu o cheio de fumaça no ar, o fazendo rosnar levemente de raiva.

- Se for mais um incêndio florestal, juro que estou castrando o desgraçado que o começou. – Naruto rosna e dispara pelas árvores da floreta e em pouco tempo, ele chegou a uma vila humana, com pessoas caminhando lentamente até uma garota que parecia cada vez mais assustada. Naruto notou que as pessoas estavam com forcados, tochas e... pão com alho? Que diabos? A coisa piorou quando algumas das pessoas acabaram sendo incendiadas, mas continuaram andado como se não fosse nada.

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Hoje era finalmente o aniversário de 118 anos de Mavis Drácula, filha do Conde Drácula e ela estava mais do que ansiosa por esse dia. Ela viveu a vida inteira no hotel para monstros que seu pai construiu e gerenciava, mas ela queria sair e conhecer os humanos e o restante do mundo. Ela era uma jovem vampira que queria experimentar de tudo e sair em aventuras.

Mavis era uma linda vampira de cabelos negros lisos e curtos na altura do ombro, olhos azuis celestes, presas de vampiro em seus dentes , pele pálida e com uma figura corporal esbelta e feminina. Ela usava um vestindo preto até o meio de suas cochas, longas meias pretas listradas que ocupavam a extensão de suas pernas e sapatos pretos.                

Depois de conversar com seu pai, ela rapidamente saiu do hotel para a vila humana que havia ali perto como uma experiência para quando sair pelo mundo. Seu pai sempre lhe contou histórias de que os humanos eram maus e assustadores que tentariam morder seus dedos, faze-la comer pão com alho e roubar seus doces, mas ela não queria acreditar que os humanos eram assim e estava determinada a querer conhece-los.

Assim, ela se viu na pequena aldeia que estava deserta, até que os humanos começaram a aparecer com forcados, tochas, pão com alho e dizendo que iriam morder seus dedos.

Alguns até mesmo começaram a pegar fogo por acidente.

- É normal vocês pegarem fogo assim? – Mavis pergunta olhando para os “humanos” que apesar de estarem em chamas, continuaram caminhando até ela.

O que Mavis não sabia, era que tudo isso era um plano de seu pai. Drácula havia criado aquela aldeia e os aldeões eram, na verdade, zumbis disfarçados para dar medo e desencorajar Mavis a querer sair do hotel e dos seus cuidados.

Fale sobre um pai paranoico e super protetor.        

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Tendo visto o suficiente, Naruto pulou até a multidão, ficando entre Mavis e os zumbis disfarçados.

- Tudo bem, isso já tá passando dos limites! – Naruto diz irritado e com um golpe de suas caudas, um poderoso corte de vento avança apagando todas as chamas, jogando vários zumbis disfarçados para trás e um Drácula escondido para longe. – Vem! – Naruto diz segurando Mavis rapidamente em estilo nupcial e pulando para longe da aldeia.

Quando Drácula enfim conseguisse se reorientar, ficaria completamente apavorado quando não encontrou sua filha em lugar nenhum.

E enquanto isso, pulando entre as árvores em um ritmo impressionante, Mavis se viu nos braços de Naruto e com o rosto vermelho ao sentir os braços dele a envolverem de forma protetora e quente, mas ao mesmo tempo gentil. Como ela estava com a cabeça escorada no peito de Naruto, ela conseguia ouvir o ritmo do coração dele batendo em um som estranhamente relaxante, a fazendo envolver lentamente seus braços ao redor do pescoço dele e praticamente se derreter em seus braços.

Alguns minutos depois, Naruto enfim para e desce Mavis em seus pés, para constrangimento e decepção dela.

- Obrigada por me salvar. – Mavis agradece. Ela estava prestes a se transformar em morcego para fugir dos humanos, mas Naruto tinha sido mais rápido.

- Não precisa se preocupar com isso. – Naruto diz e olha com mais atenção para Mavis, assim como ela olha para ele.

Quando seus olhos se encontraram, um choque entre azul oceânico e azul celeste ocorreu, ambos sentiram seus rostos esquentarem um pouco, assim como seus ritmos cardíacos aumentarem levemente. Um brilho rosa havia passado pelos olhos de ambos que, sem saberem, haviam tido um zing, um pelo outro.

Continua...