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História Not a love story - Stranger - Taylor



Notas do Autor


Oi, povo lindo!
O capítulo ia ser nais longo, mas prefiri parar em um ponto que desse pra mudar o POV sem cortar muito, hehe
Enfim, espero que curtam :*

Capítulo 13 - Stranger - Taylor


Quando Anne e Pierre anunciaram que me largariam aqui, fiz questão de escolher tudo do mais caro e complicado. Isso incluía o quarto um pouco mais espaçoso e de acesso mais difícil. Era meu paraíso pessoal.
Que agora parecia mais um Carnaval fora de época.
Depois de meia hora e de revirar minha imensa caixa de DVDs duas vezes, ainda não tínhamos decidido o que assistir. Eu poderia ter um HD cheinho de filmes, mas qual a magia nisso?
-Escolham logo a porra do filme! - disse Heath, jogando pipoca em mim e acertando Nelly por tabela.
-Por que não enfia esse balde no seu... - Nelly obviamente não queria ser tããão politicamente incorreta na frente do britânico sentado ali no chão e olhando pra ela como uma criança olharia pra sua primeira professora gentil e bonita quando ela dá seu primeiro ataque de nervos. - No seu nariz, Heath. Enfia isso no nariz.
Enquanto Heath ria de Nelly tentando disfarçar o palavrão que quase saiu, aproveitei pra encher a mão de pipoca e enfiar um punhado na boca dele.
-Prooonto, fica bem mais bonito assim, Heath. - falei apertando as bochechas dele e k forçando a mastigar as pipocas.
Aparentemente, Alice não gostou do tapa que Heath deu na minha bunda quando me levantei e fui em direção à TV. Essas garotas tinham sérios problemas com ciúmes. Eu até entendia a sensação de prioridade de Nelly e Christie sobre Tom e Depp, mas eu conhecia Heath literalmente desde a maternidade. Nasci uma semana depois dele e nossas mães acabaram fazendo amizade no período pré-parto. Aprendemos a falar, andar, escrever e tocar guitarra juntos. Não tem sentido ter ciúmes de uma amizade que dura tanto quanto minha vida.
Nelly enfiou o braço na caixa de DVDs e tirou um filme ao acaso.
-Pronto, vai ser esse aqui.
Ela me estendeu a capa sem me deixar ver que filme era.
-Que não seja comédia romântica. - falei, virando a capa e vendo a foto de um Hannibal jovem na capa. - A Origem do Mal! Nelly, eu te amo!
-Tá, tá, eu sei. Agora coloca esse DVD.
Coloquei o disco no aparelho e joguei os controles pra Christie, passando entre ela e Depp pra chegar até minha cama.
Eles estavam sentados no chão, assim como Nelly, Tom e Heath. Alice estava numa ponta da cama, com as pernas caídas cada uma em um ombro de Heath e mexendo no cabelo dele. Fala sério, por que diabos eles AINDA não se pegaram?
Jared me esperava de braços abertos e com um sorriso pervertido encostado na parede.
Respondi o sorriso e engatinhei até ele. Batia palmas para apagar a luz. Esse clapper me fazia feliz demais.
-Esse filme não começa logo? - impacientou-se Christie depois dos cinco trailers e de alguns minutos de créditos iniciais.
-Shhh, Christie! - disse Nelly, com a voz tão trêmula que me forçou a imaginar o que as mãos do professor de física estariam fazendo fora do alcance dos meus olhos.
Melhor não pensar. Aliás, impossível pensar em qualquer coisa. Jared sussurrava as falas do filme no meu ouvido. Aquela voz rouca e o hálito mentolado me impediam.completamente de prestar qualquer atenção ao filme.
Eu estava mordendo os lábios pra não começar a gemer na frente de todo mundo.
O filme acabou cedo demais. Chris bateu palmas e as luzes se acenderam. Ela foi direto pro banheiro - e duvido que ela estivesse com problemas intestinais. Depp achou graça na corrida dela e foi atrás.
-Sexo no meu banheiro não! - gritei. Tom e Jared fingiram surpresa.com meu tom de voz, mas estavam quase rindo. Bati duas vezes na parede. - Isolamento acústico interno. Saiu um pouco caro, mas valeu a pena. Vocês não vão embora, né?
-Claro que não! - disse Nelly, vindo na minha direção e me dando um tapa doloroso na coxa direita. - Acha que vamos te largar com esse pedobear aí? - disse ela, em tom de brincadeira.
-Ah, Nelly, qual é? Quero garantir a nota de artes do bimestre! - resolvi entrar na bricadeira. Jared fingiu sentir-se ofendido e falou, fazendo biquinho com ar ressentido:
-Não foi isso que você disse no bar.
-Ah, eu tava chapada, - falei sem conseguir prender o riso.
-Então a senhorita usa maconha? - Jared apoiou as mãos nos quadris e armou um falso olhar inquisidor. Ergui as mãos em sinal de rendimento.
-Juro que não farei mais. Palavra de escoteira!
-Ela largou as Valquírias. Não acredite nela. - disse Christie, arqueando uma sobrancelha e voltando do banheiro. Acho que tinha jogado uma água no rosto, a julgar pela palidez um pouco maior do que antes.
-Você deveria me apoiar! - fingi indignação e fui pra minha mini-cozinha batendo os pés, quase marchando.
Nelly veio atrás de mim em silêncio, o que me fez quase gritar quando me virei e dei de cara com ela. Essa guria sempre foi sorrateira demais pro meu gosto.
-Acha que o Heath tá pegando a Alice? - Nelly, seeempre direta.
-A julgar pela ceninha dos dois lá embaixo? - Nelly fez que sim com a cabeça e eu prossegui: - Ainda não. Mas aposto a palheta do James Hetfield que não passa de hoje.
Nelly riu alto. Ela era tão expansiva e exagerada e gritante que não poderia não ser minha amiga.
-Mas e quanto a você e o Hiddleston? Pode me dar detalhes! Ele beija bem? Ele tem pegada? - exagerei de propósito na empolgação, fazendo uma mímica de um cara encoxando alguém.
Tudo bem eu não conseguiria imaginar o inglesinho ali fazendo isso nem que eu quisesse.
Ele devia ser infinitamente mais elegante do que eu até fodendo no cúmulo da excitação. Britânicos e sua elegância irritantemente constante.
-Tom? Ele é ÓTIMO! - Nelly praticamente se derreteu só de lembrar do beijo do cara. Ele deveria mesmo ser incrível. Nelly não era fácil assim de conquistar.
Peguei umas latas de refri e de energético na geladeira e coloquei no primeiro pote de pipoca limpo que encontrei.
-Curtiu a pegada da terra dos Beatles? - falei dando irsada enquanto voltava pra sala, o que fez Nelly dar um tapa na minha cabeça em reprovação, como se dissesse "você-fala-demais".
Essas reações dela só me faziam rir ainda mais.
-Se alguém quiser álcool, que arranje.
Jared me olhou estranho, com um olbar que me fazia imaginá-lo dizer "é toda errada mas não bebe?".
-Tay tem todos os defeitos e problemas do mundo... exceto pelo álcool. - disse Christie rindo (e obviamente sendo irônica, já que eu passava metade da vida de ressaca).
-Que defeitos? Eu sou perfeita! - joguei um beijinho pra Chris, que respondeu com um dedo do meio. Minhas meninas. Educadíssimas.
-Alguém tem alguma ideia de algo pra fazer? É sexta-feira e me recuso a dormir cedo. - disse Alice, com uma expressão indignada.
-Eu tenho uma ideia do que podemos fazer. - Heath parecia mesmo cheio de "ideias".
Alice fez cara de julgamento, mas Heath a impediu de falar - ele apertou as bochechas dela, como fazia comigo ou com as meninas quando falávamos demais.
-Eu nem falei e você já está julgando, Alice? É feio tirar conclusões precipitadas. - Heath tentava soar sério, mas aquele sorrisinho sacana não saía dos cantos dos lábios dele. - É sexta à noite e ninguém quer ficar aqui, não é? Tem um bar bacaninha com música ao vivo aqui perto. É melhor do que ficar na escola.
Todo mundo se entreolhou.
-Que tipo de... música? - perguntou Tom, parecendo receoso da resposta.
-Eu fui lá com o Heath semana passada... - interrompi. - O bar é mesmo legal. Toca bastante rock e música cowntry.
-E a gente pode cantar e tocar se quiser... - disse Christie, quase empolgada. A maior parte da galera que ia lá pegava o microfone e o violão pra cantar Shania Twain ou alguma romântica do Bon Jovi, então, às vezes ficava um porre.
Depp e Jared tiveram uma conversa de dois segundos através de olhares. Eu achei que só mulheres faziam isso. Deviam mesmo ser amigos de longa data. Mas, talvez pelas nossas caras confusas, decidiram falar o que obviamente já haviam "conversado".
-Hey, Johnny. Ainda sabe tocar aquela sua Gibson?
-Nunca esqueci como se faz, cara. Espero que você não esteja enferrujado. E espero que você - disse Depp, virando-se pro Heath - ainda tenha a gaita que eu te dei.
Heath sorriu largamente e tirou a gaita vermelha e preta do bolso.
-"A melhor companhia de um boêmio, os melhores toques ao lábio sedento". - Heath e sua canastrice. Nosso primeiro professor de música disse isso uma vez sobre gaitas e Heath nunca mais esqueceu. Cita isso como se fosse Hamlet ou Macbeth. - A música não nos deixaria, tio.
-Já resolvemos o problema da música cowntry. - disse Tom, sorrindo e se levantando, vindo parar ao lado de Nelly. - Eu voto em ir pra esse bar.
Tom era o professor de física em meio a um professor de Artes, um instrutor de Teatro e um jovem cheio de hormônios que aspirava ao cinema, música, literatura ou qualquer arte que trouxesse prazer e prestígio. Era quase cômica a cena. Seria maldade demais rir disso?
Seria... Então continuei quieta.
Todo mumdo entrou num acordo enquanto eu me trocava no banheiro. O bar era nossa melhor e única opção. Eu ia calçar minhas botas e sair, quando Depp notou algo que eu tentei disfarçar.
-Aquela guitarra é sua, Taylor?
Merda.
-Ahn... É. É. Sim.
-Nunca me disse que ela tocava, Heath. - Depp olhava acusador para o sobrinho.
-Disse sim. Lembra? "Tio, eu tenho uma banda! Tá mais pra dupla, somos tipo White Stripes só que mais legais" te soa familiar?
Depp coçou o cavanhaque... Era pecado ter fantasias instantâneas com o cavanhaque do tio do seu melhor amigo E paquera de uma das suas melhores amigas?
-Claro. Você comentou. Leve a guitarra, Taylor. Vai tocar com a gente.
-QUÊ?
-Ela canta também! - disse Christie, agora indevidamente empolgada. Qual o problema dessa garota? Ela queria me matar de vergonha?
-Chris... eu tenho aquele vídeo seu dançando Can't Touch This. E não-tenho-medo-de-usá-lo. - falei pausadamente e olhando fixo pra Chris.
-Tarde demais pra ameaçar a Christie. Eles já sabem dos teus dons, Tay. - Heath ria. De mim. Era um patife sem tamanho.
*
O bar se chamava Angeles. O dono era de LA e fez de tudo por clima do bar remontar a Los Angeles dos anos 80. E ele fez um bom trabalho.
Parecia uma daquelas casas de show onde tocavam bandas de rock e todo mundo ficava bêbado e garçonetes gostosas serviam Jack Daniels.
Mas o cabeludo com o violão estava cantando Yesterday, dos Beatles.
-Acho que eu vou morrer. - sussurrei, então ninguém ouviu.
Juntamos duas mesas, eu me sentei entre Jared e Nelly e pedimos uma rodada de cervejas Heineken pra começar.
-Aquele cara não para nunca? - disse Alice, que estava sentada ao lado de Heath. - Por que vocês não tiram aquele microfone dele? - disse ela, olhando pro Depp e pro Jared.
-Por mim tudo bem.
Jared se levantou e soltou os cabelos do coque malfeito, deixando o ombré aparecer por completo, como quando nos vimos - quando nos pegamos - pela primeira vez.
Depp também se levantou, jogando o cabelo pra trás emquanto eles iam falar com o cara que parecia ser o gerente do lugar.
Quando o cabeludo dos Beatles terminou a música, o funcionário sinalizou pra que ele descesse do pequeno palco de madeira, dando lugar a Jared e Depp.
-Hey, boa noite. - disse Jared, ajustando o microfone pra sua altura. Ele não era tão alto quanto Tom, mas era alto para muitos padrões. - Eu sou Jared Lero e esse é meu amigo... - Jared estendeu o microfone pro Depp, que se apresentou. Eles sorriam lindamente e era impossível não sorrir também. - É, esse é o Johnny, garotas. E essa música eu escrevi a alguns anos, com meu amigo aqui. Ela se chama Conquistador.
Johnny havia levado minha guitarra. Testou as cordas rapidamente ecomeçou a música logo em seguida.
-Tay, tá reconhecendo? - disse Heath, com um sorriso enorme no rosto.
-É a música que você me ensinou pra festa de formatura na oitava série, não é?
-Essa mesmo.
A apresentação foi inesquecível, então ainda sabíamos a letra toda.
E então, Jared começou...
-This is a fight to the death, our holy war... A new romance, a troyan whore...
Enquanto Heath, Nelly e Christie faziam o coro cantando "we will, we will rise again" mais alto do que de costume, eu só congelei.
Aquela voz rouca parecia vibrar no meu útero. E os olhos azuis não se afastavam do meu rosto. "I am the best, she claimed and more", ele cantava. Tom e Alice se juntaram ao coro e eu sequer conseguia recolher meu queixo caído no chão. Ele cantava gemendo de um jeito tão obsceno quanto artístico.
Nem que fosse no banheiro desse bar, eu concluiria as coisas com ele e seria hoje mesmo.
A música terminou e eles se recusaram a cantar outra, a despeito dos gritos agudos femininos que vinham... de trás de mim?
Olhei pra mesa atrás de nós e tive a visão do inferno. O Angeles não era ambiente pr'aqueles projetos de putas que estudavam no Gosling! Era um dos muitos grupinhos de garotas frescas, falsas e "finas". Quase vomitei quando notei elas ali.
-Hey, Tay! - isso idiotamente rimava. E Nelly usava isso sempre que eu demorava pra responder, porque era irritante. - Por que não vai lá com o Heath? Canta uma das suas.
Jared havia acabado de chegar e estava se semtando quando Nelly falou isso.
Bufei. Me encheriam o saco a noite toda se eu não fosse.
Me levantei e peguei minha guitarra, enquanto Heath babava na bateria atrás do microfone.
Alice, Christie e Nelly começaram a bancar as fãzinhas só pra me deixae com vergonha. Mas era engraçado e fazia eu me soltar mais. Dei risada enquanto abaixava o pedestal do microfone.
-Oi? Eu sou Taylor Momsen...
-E eu sou Heath Ledger. - disse Heath, puxando o pedestal das minhas mãos e o devolvendo em um segundo.
-Essa música também é autoral... E se chama Going to Hell.
Olhei pra trás e Heath olhava pra mim com incredulidade. Nunca tentamos essa em apresentações porque parecia que baixava algum espírito em mim. Mas era isso que eu queria. Queria que as intrometidas da escola parassem de chamar Jared, Depp e Tom pra mesa delas. Queria extravasar uma certa raiva do mundo.
Mas o mais importante: queria revidar o fsto de Jared ter me deixado encharcada entre as pernas.
Ajeitei a saia de couro no lugar e comecei a tocar, acompanhada por Heath.
Jared me olhava como se eu estivesse nua e as meninas ainda gritavam aos risos, cantando junto quando lembravam a letra. Os olhos de Alice estavam fixos atrás de mim. Quando olhei, Heath estava sem camisa. Tocar bateria sem camisa deve ajudar a seduzir a garota de quem ele fala há anos pelo visto.
Voltei a olhar pra frebte e prendi os olhos de Jared nos meus enquanto cantava e rebolava lenta e disfarçadamente por trás da guitarra.
A noite prometia ser mais longa que de costume.


Notas Finais


Tcharam. That's folks. Taylor sendo um pouquinho mais Momsen. Jared sendo um pouquinho mais Leto, kkkkkk.


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