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História Not a love story - Get Stoned - Taylor



Notas do Autor


E aí, meus qriiiidos? Eu sei que não era pra ter dois caps seguidos da mesma personagem, mas eu tô tentando cobrir as gurias que tão ocupadaa e tal.
Enfim, espero que gostem ;*

Capítulo 25 - Get Stoned - Taylor


Dormi maravilhosamente depois de um banho incrível naquele chuveiro com jatos laterais e luzes coloridas, mas acordei sufocada ppr um travesseiro.
-Acorda, boneca! Vamos, que Milão não espera por ninguém.
Heath. Maldito.
Ele tirou o travesseiro do meu rosto antes que eu realmente tivesse problemas, mas me impediu de gritar mil e uma ofensas com um beijo fervoroso - e com gosto de vodka.
-Você acabou de chegar, não foi?
-Obviamente. - disse ele, piscando pra mim e ficando de pé. - E quero te levar pra sair, dar uma volta, sei lá. Férias fora de época, que tal?
-Quem me dera isso se parecesse com férias. - me descobri e andei um pouco pelo quarto, esticando os músculos. - Que horas são?
-Nove horas.
-Hm... Tenho de estar no ateliê à uma.
-Temos tempo. Vamos, vista-se. - Heath jogou a minha mala em cima da cama e a abriu totalmente.
-Não disse que tínhamos tempo?
-Tempo que não pretendo gastar com você escolhendo roupas.
-Como se eu fosse o tipo que perde horas com isso. Tsc tsc, esqueceu tudo que sabe sobre mim, Heath? - enquanto falava, eu pegava um short jeans desgastado e uma camiseta com a silhueta de Tyler Durden.
Me vesti em menos de dois minutos e já fui calçando minha bota sem salto, de cano curto. Heath já havia descido, me avisando pra descer assim que estivesse pronta.
Ele me esperava lá embaixo, com um par de capacetes nas mãos.
-Adivinha o que eu aluguei pra gente?
-Heath, eu te amo! - peguei um dos capacetes e saí da casa correndo.
Duas Vespas vermelhas estavam paradas lá embaixo. Fazia uns bons anos que eu não pilotava uma dessas. Seria ótimo retomar isso.
*
-Parece uma criança de cinco anos pilotando! - gritei pro Heath enquanto o ultrapassava pela quarta vez.
Vespas não são exatamente os veículos mais radicais do mundo, mas vir pra Itália sem ter uma dessas pra se locomover? Sem chance.
-Taylor! Tay! Para ali na frente, Ligeirinho!
Parei rindo e desci da Vespa, me apoiando nela enquanto esperava Heath desligar a dele.
-Agora vem comigo. - Heath me puxou pela mão, entrando numa cantina.
O garçom nos cumprimentou num inglês arrastado, com sotaque italiano forte, mas Heath pediu o cardápio e o vinho em italiano, o que obviamente aliviou o rapaz.
Logo ele voltou com uma garrafa de tinto seco e um cardápio.
Heath leu as opções rapidamente e fez o pedido. Eu levei algum tempo pra me familiarizar com alguns termos, mas a maior parte era usada nos Estados Unidos também.
-Pasta bolognesa, per favore.
Arriscar italiano depois de tanto tempo soou engraçado até pra mim.
-Café/almoço tipicamente italiano? Alguém está tentando me conquistar? - questionei, arqueando uma sobrancelha e bebericando do vinho na minha taça.
-Eu não preciso te conquistar. Eu nunca precisei.
-É horrível admitir que é verdade... - balancei a cabeça como se estivesse indignada. - Um brinde a quem pode se dar ao luxo de pular o passo da conquista. - brinquei e ergui a taça. Heath tocou a dele na minha com um ruído baixo e deu risada.
*
-Tem certeza de que quer entrar comigo? Anne pode estar te esperando com uma katana. - perguntei já na entrada do ateliê, com Heath enroscado à minha cintura.
-Ela não deve ter força nem pra levantar uma dessas. - Heath bagunçou meu cabelo e me beijou demoradamente. - E eu sou seu guarda-costas. Não vou te deixar entrar no covil sozinha.
Franzi o cenho e me soltei dos braços de Heath.
-Eu não preciso de proteção.
Me virei e abri a porta do ateliê. Entrei deixando-a aberta para que Heath passasse e a fechasse.
Nenhuma supresa. A mesma decoração de boutique retrô de sempre.
Anne estava no balcão, conferindo alguns desenhos do marido dela
-Taylor. Adiantada, que milagre. - seus olhos castanho-claros fluíram de mim para Heath, dando uma risadinha de deboche quando o encarou. - Você, faça o favor de ir embora. Taylor vai passar um bom tempo aqui. Vá.
-Não tão rápido, Anne. - num terno cinza claro obviamente feito sob medida, o aclamado Sr. Momsen surgiu. - Acho que tenho algo pra você rapaz.
-Eu não vou desfilar. - disse Heath, cruzando os braços.
Enquanto meu "pai" se aproximava de Heath, Anne me rodopiava, apalpando minha cintura, minha barriga, minhas coxas... criticando qualquer ganho de massa que notasse.
-É óbvio que não! Um pato deve ser melhor em catwalk do que você. - disse ele, com desdém, mas observando o corpo de Heath com um olhar clínico que aprendi a reconhecer. - Ainda toca?
-Quê?
-Bateria, imbecil. Austin Winkler está sem baterista e você substitui bem, ao menos visualmente. Ainda toca?
-Hmm... Toco, toco sim. Você disse Austin Winkler?
-Você é surdo ou o quê?
Comecei a balbuciar sílabas desconexas ao ouvir aquela conversa.
-Aus... Austin Winkler? Ele vai ao desfile? Ele vai cantar? Por que não me avisaram? - indaguei, olhando fixo para Anne, que não voltava o rosto pra mim nem por um segundo.
-Não vinha ao caso. A única coisa que importa é que você vai desfilar.
Bufei. Eu odiava aquilo.
Mas a imagem de Austin comigo nos bastidores era animadora.
-Qual a onda de vocês esse ano? Quanto de maconha fumaram pra criar o evento?
Anne me beliscou forte na parte de trás da coxa com as unhas vermelhas enormes.
-Não desrespeite o trabalho que te dá todos os luxos que tem.
-Apenas responda a merda da pergunta!
Anne apenas abaixou a cabeça, indignada.
-Sexo, couro e rock 'n' roll. - resumiu Pierre. - Por isso o Austin. Por isso você. Por isso seu amigo vai continuar aqui. Agora vamos, temos que acertar as roupas.
Fomos para os fundos do ateliê. Subi numa base de cerca de vinte centímetros para fazer a primeira prova.
Tirei a roupa que estava usando, ficando só de lingerie.
-O sutiã também. - disse Pierre, pegando a única capa que estava numa arara ali perto. - Tome.
Tirei o sutiã e peguei a roupa das mãos dele. Pierre simplesmente se sentou e ficou esperando eu terminar de me vestir. Heath ficou parado, olhando a cena como se achasse estranho demais aquilo tudo.
A roupa até que era bacana. Uma saia mullet de couro preto e cintura alta, justa da barriga até a metade das nádegas, depois descendo solta. A jaqueta de couro vermelha não tinha zíperes nem fivelas nem botões. Era completamente lisa e reta. Adesivos próprios para contato com a pele a mantinham no lugar, exibindo o espaço entra meus seios. O scarpin de salto 15 era revestido em couro preto. Nada mal.
-O que pensou pra maquiagem?
-Um olho bem escuro mas marcado com brilho. - disse Pierre enquanto me girava, analisando o caimento da roupa no meu corpo. - Com alguns desenhos se espalhando em direção ao resto do rosto também. E nada de batom. A boca vai ficar completamente pálida.
-Hm. Bom.
-A roupa está boa. Tire e devolva à arara. - disse ele. Então, virando-se pro Heath, prosseguiu: - Agora é sua vez.
-Mas eu só vou tocar.
-Sim. E vestido como eu bem entender. Deixe de não-me-toques, vou apenas tirar suas medidas.
*
Heath saiu de lá bufando e praguejando consigo mesmo.
-Hey, não precisa ir se não quiser. - falei, tentando sondar a reação dele.
-Relaxa, Tay, vai ser legal. Mas é que ser pais me dão nos nervos. Principalmente seu pai.. Pensa que tem poder demais.
-Mas ele tem mesmo poder demais. - comentei rindo. - Ele não é pior que a Anne. Ou você releva as babaquices dela só porque ela é gostosa?
-Bem... É um diferencial e se considerar. - Heath riu e me puxou pra perto, apertando com força minha cintura e descendo as mãos para minha bunda. - Mas ela não é nada comparada a isso.
-Deixe de ser abusado, Sr. Ledger. - fiquei na ponta dos pés e mordi seu lábio inferior. - Agora acho melhor irmos pra sua casa...
-Sim. Quanto antes avisarmos à minha mãe que esse tal desfile será em Londres, melhor.
Sim, o desfile seria na Inglaterra. De última hora Pierre Momsen decidiu que Milão não tinha absolutamente nada a ver com o que ele tinha em mente. Ele havia mudado o evento para um salão em Londres cujas paredes de tijolos internas imitavam uma galeria de esgoto. Eu conhecia o lugar. Alguns shows ótimos aconteciam por lá - entre eles, um dos últimos shows do Hinder com o Austin como vocalista.
Eu me lembrava muito bem daquela noite.
*
Depois de explicarmos a Florence o porquê da mudança repentina e virarmos a noite assistindo a filmes de terror, Heath e eu nos despedimos pela manhã, pegando uma mochila com poucas coisas e rumando para um aeroporto particular onde o jato da "família" Momsen nos aguardava.
-Estão atrasados. - disse Anne assim que entramos.
Ela estava bebendo champagne e usando óculos escuros. A bolsa minúscula Versacce onde ela só deveria ter guardado seu celular e preservativos de tamanhos variados para quando escolhesse alguns modelos para foder com ela nos bastidores, já que ela e Pierre não eram exatamente um exemplo de harmonia matrimonial.
-Dois minutos. E, até onde sei, a estrela desse desfile serei eu, não você. Então, por favor, fique quieta.
Heath se sentou ao meu lado, mas só depois de abrir o frigobar e pegar uma garrafa de whisky - passando muito mais perto de Anne do que o realmente necessário.
Podem me chamar do que quiserem, mas eu curtia ver o joguinho de sedução do Heath pra cima de outras mulheres, era absurdamente sexy.
Como nós sempre pulávamos esse passo, o jeito era vê-lo assim com outras mulheres.
Mesmo depois de estarmos todos ali - exceto Pierre, que seguiria de helicóptero mais tarde -, o jato continuou parado.
-Quem ainda estamos esperando?
-Continue esperando e verá... "Estrela". - disse Anne, com um tom irônico e fresco que chegava a me dar nojo.
Heath e eu ficamos trocando mensagens pelo Whatsapp, apenas esboçando expressões faciais de divertimento, atraindo olhares desconfiados de Anne.
Uns dez minutos depois, o piloto acionou as turbinas. Eu me segurei no assento quando vi Austin entrando com mais dois caras e duas garotas, mas fingi que aquilo não havia me afetado em nada.
-Senhora Momsen, senhorita Momsen... - repetiu ele, com um sorriso sugestivo no rosto.
-Taylor, por favor. - sorri em resposta.
Os caras que estavam com ele se apresentaram, eram o guitarrista e o baixista. Heath foi apresentado e as garotas continuaram incógnitas - eram apenas os brinquedinhos sexuais dos dois músicos.
-Bem, espero não ter que ser o único a me virar sozonho hoje. - brincou Heath, rindo e olhando na direção da Anne. Eu tinha que admitir, mesmo com Anne sendo uma cretina, aquilo seria muito interessante.
-E você, Austin? Costuma se virar sozinho? - perguntei enquanto cruzava as pernas inconscientemente. Eu já previa a resposta, o que só me dava vantagens.
-Eu sou casado, docinho... - disse ele, com uma expressão divertida de pesar.
- Não que isso tenha, de fato, impedido alguém algum dia, não é?
Ele riu alto, mas trocou de assento, ficando um pouco mais próximo de mim.
-Gosto do seu estilo, Taylor. Essa noite vai ser muito boa.
-Muito boa mesmo.
Austin disse algo ao Heath que fez os dois trocarem de lugar, assim Austin ficou ao meu lado e Heath ao lado de Anne, que estava com os olhos distantes, olhando para além dos vidros do jatinho.
-O que aquelas nuvens têm de tão interessante? - perguntou Heath para Anne assim que se sentou, aproximando-se dela mais do que os assentos permitiam.
-Pra começar, elas não são você, rapaz.
-E elas também não têm whisky. - disse ele, estendendo a garrafa de Jack Daniel's na direção dela.
Ela que, surpreendentemente, tomou a garrafa da mão de Heath - deslizando seus dedos sobre os dele - e se serviu de uma dose.
Enquanto isso, Austin passara o braço pelo meu ombro, falando ao meu ouvido.
-A gente já se conhecia?
-Um pouco... Nada muito... íntimo.
-Hm... Whatever, isso nem importa, certo?
-Certíssimo.
Austin se aproximou mais, descendo a mão em direção ao meu seio, puxando o tecido da minha camiseta.
-Sutiã bonito.
-O que tem por baixo é mais bonito ainda.
-Aposto que sim.
Austin se inclinou na minha direção, roçando os lábios no meu pescoço e tocando meu seio.
-Não se incomoda?
-Com quê?
-Eu fazer isso na frente da sua mãe, enquanto o seu amigo ali faz aquilo ali com ela.
Voltei a erguer os olhos na direção dos dois.
Anne tentava manter a pose diante das investidas de Heath, mas não parava de beber whisky - agora direto da garrafa - o que estava dificultando pra ela e facilitando pra ele. Heath pousara a mãe sobre as coxas de Anne, que estavam cruzadas com força. Pelo movimento sutil do dorso da mão de Heath, ele estava tentando estimulá-la.
-Bem, é a primeira vez que a vejo como alguém normal, eu acho. - ri baixinho e voltei a olhar na direção dele. - By the way, não é sexy? Inspirador?
Virei o rosto dele na direção de Anne e Heath, e depois dos músicos com as garotas em seus colos no fundo do jato.
-Com você do meu lado? Muito.
-Bom saber... Mas eu não dormi muito bem essa noite e pretendo ficar acordada até bem tarde hoje, então acho que vou dormir um pouco. Recomendo que faça o mesmo... Poupe energias. - pisquei pra ele e coloquei meus fones.
Deixei Boys Don't Cry no repeat enquanto dormia. Não faço ideia de quanto tempo se passou, do que aconteceu enquanto eu dormia... e essa era a melhor parte.
-Tay, chegamos... - Heath se antecipou ao Austin, tirando meus fones e me acordando.
-Ah, que maravilha. - resmunguei. - Lá vamos nós passar três horas em cabelo e maquiagem.
*
Bem, não foram três horas de cabelo e maquiagem. Para minha infelicidade, foram quatro horas e meia.
-Vá se vestir, querida. - disse o cabelereiro depois de passar duas horas levantando aquele topete a la Amy Winehouse carregadíssimo de laquê.
Fui até onde estavam as modelos que ainda não haviam saído ou que já haviam voltado para a troca de roupas e me vesti calmamente. Primeiro a saia, depois os sapatos, depois a jaqueta.
Anne ficava a todo momento me lembrando de que eu não podia me sentar ou sequer encostar minha bunda em alguma coisa, para manter a forma da roupa, então eu fiquei de pé, apenas apoiando a palma da mão numa parede ou outra.
-Srta. Momsen?
-Eu.
Uma mulher magra e muito pálida, com olhos rasgados mas traços ocidentais, com os lábios cheios pintados de vermelho, estava parada atrás de mim com uma caixa branca de acrílico cheia de coisas.
-Seus acessórios.
-Valeu.
Peguei a caixa e apoiei no balcão do meu espelho. Um par de luvas de couro, sem dedos, dessas de motoqueiro. Um tipo de coleira, ou qualquer coisa semelhante. Uns cintos que imitavam correntes finas e prateadas.
Okay. Nenhuma das esquisitices que estilistas tanto amam.
Mais meia hora circulando por ali. Encontrei o camarim dos músicos, vazio. Os balcões cobertos de doces e chocolate.
-Obrigada, Odin!
Devorei três barras de chocolate, um saquinho de balas de goma e bebi umas doses da vodka que estava ali.
-Céus! Taylor! - Anne estava na porta, bem atrás de mim, com uma expressão extremamente indignada por me encontrar com a quarta barra de chocolate nas mãos. - Você só pode ter sido trocada na maternidade!
-Me avise se descobrir que isso é verdade. Darei uma festa.
-Estamos atrasadas. Largue essa barra de gordura e venha.
A segui até o espaço atrás da passarela, apinhado de modelos que pareciam cabides ambulantes. Tão magras que me faziam parecer obesa. Não que eu me incomodasse, ao menos eu comia tudo que tinha vontade.
Fui anunciada e entrei, a clássica postura de cabideiro que Anne me ensinara. A locutora falava sobre as peças - e, obviamente, ressaltava meu parentesco com Pierre e Anne.
Estava tudo perfeito, do jeitinho que meus "pais" gostariam que fosse. O que quer dizer que eu estava insatisfeita. Era horrível que eles sempre tivessem tudo perfeito, que o mundo tivesse aqueles dois como exemplo. Mas concluí minha volta normalmente.
A chuva de flashes era um incômodo relevante - exceto por eu saber que as vadiazinhas fúteis do Gosling devoravam as revistas de moda alimentadas pelas fotos tiradas por aqueles fotógrafos.
-Fui bem, mamãe? - perguntei sarcástica.
-Poderia ter sido melhor. - disse ela, enquanto o locutor anunciava a fila final.
As modelos foram se encaminhando para a passarela. Eu encerrei a fila, seguida por Anne e Pierre, que iam de mãos dadas. Eu sabia que o plano era ficarmos nós três no fim da passarela, Pierre ao centro, com Anne e eu ladeando-o.
As modelos terminaram sua volta, batendo palmas para a coleção e seu criador.
Paramos, nós três. A feliz e perfeita família Momsen, que desmentia todos os escândalos que apareciam - até os que pareciam impossíveis de desmentir, como as traições de Pierre, os garotões de Anne e meus vícios.
Quando o primeiro flash bem posicionado queimou meus olhos, abri a jaqueta, exibindo os seios por alguns segundos até que Pierre notou e me empurrou para trás, num movimento impulsivo.
-Pra dentro. - ele murmurou entredentes.
-É pra já. - dei uma piscada pra ele e dei meia volta, rebolando lentamente em direção ao backstage, ainda com as abas da jaqueta completamente soltas, alternando entre exibir e velar meus seios enquanto eu andava.
Novamente, o espaço logo após a passarela estava apinhado de modelos, que me encaravam julgadoras.
-Que é? Não tenho culpa se vocês vomitaram seus seios e não podem mostrá-los. Bulimia é uma doença séria, é melhor se tratarem. - falei, sem parar de andar e sem focar os olhos odiosos de nenhuma delas. Eu só queria a vodka do camarim dos músicos. Só isso.
*
Fiquei sentada por basicamente meia hora, tomando vodka e comendo aqueles ursinhos de goma.
A música da banda se transformara num ritmo eletrônico gritante, o que quer dizer que eles haviam terminado o que tinham de fazer.
Heath e Austin entraram no camarim, aos risos.
-Taylor! - disse Heath me puxando pra cima e me abraçando. - Você foi o melhor acontecimento da noite!
-Vou voltar a ser a "estrela" do Gosling?
-Sem dúvida! - ele riu enquanto me colocava no chão. - Hey, vou pegar o cheque que seu pai me deve e procurar ocupação pro resto da noite. Não me espere.
-Eu não vou. - respondi ao Heath, mas mantinha os olhos fixos en Austin.
*
Vodka é a nona maravilha do mundo - obviamente a oitava é sexo.
Austin estava uma loucura com aquela calça de couro, mas eu apostava todas as minhas fichas em que ele seria ainda melhor sem ela.
Empurrei a peça pra baixo, enquanto ele brigava com o zíper da minha saia.
Austin estava muito mais bêbado que eu. Eu sentia gosto de vodka até quando ele simplesmente respirava contra a minha boca.
-Porra, Taylor! - Austin gemeu alto quando eu libertei seu membro da calça justa e comecei a estimulá-lo. Ele movia o quadril contra minhas mãos, intensificando os movimentos. Eu o sentia inchando entre meus dedos.
A essa altura, já estávamos ambos nus - num camarim destrancado, mas de que isso importa? -, alternando toques íntimos e beijos calorosos e parcialmente desajeitados pelo efeito do álcool.
-Taylor, tem camisinha?
-Deve ter em algum lugar... A crew do senhor Pierre Momsen sempre se prepara pra essas coisas.
Austin levantou-se de cima de mim e revirou duas ou três gavetas do balcão até encontrar um pequeno estoque de camisinhas.
Encontrou uma do seu tamanho e colocou rapidamente, voltando a deitar-se por cima de mim.
-Onde paramos?
-Na parte em que fodíamos.
-Ah, é claro. - ele se sentou e usou um braço pra me puxar de encontro a ele, me sentando em seus joelhos.
Austin me beijou, enquanto descia lentamente as mãos pelos meus seios, segurando firmemente em minha cintura. Sem aviso prévio, ele me forçou contra seu membro, me fazendo gritar ao recebê-lo todo de uma vez.
Os movimentos seguintes foram lentos, mas igualmente fortes. Mas eu simplesmente não conseguia me manter ali. Era uma transa ótima, com um cara lindo - que, by the way, era um dos meus ídolos - e gostoso, que estava fazendo tudo muito direitinho. E onde é que eu estava? Heath? Jared? Eu não conseguia simplesmente pensar que Austin Winkler estava fazendo a melhor cara de tesão do mundo enquanto me comia. Eu ficava pensando no Heath e se ele havia conseguido algo com Anne, no Jared e em seu showzinho de "nós somos um casal". Eu não era assim.
Se tinha um motivo pra absoluta maioria das garotas do Gosling me odiarem, era o fato de eu ser movida a três coisas: instinto, drogas e sexo. Onde estava a Taylor que esquecia tudo por uma boa transa?
*
-Taylor... Taylor! - Heath me sacudia, rindo. - Acorda, caralho. Vamos perder a carona.
-Hm? Ah... Heath? Cadê o Austin?
-A mulher dele ligou. Algo sobre um produtor desesperado ou algo assim.
-Ah tá... Okay... Pega minhas roupas pra mim, por favor.
Heath era mesmo um cara em um milhão. Ele já havia passado nas araras da área de maquiagem e estava com as minhas roupas normais nas mãos. Me vesti resmungando que o amava por ser tão útil.
-Bem, agora vamos então. - disse ele, passando um braço pela minha cintura enquanto caminhávamos pra fora. Subimos alguns lances de escada para o heliponto que ficava em cima do prédio.
Ao que parece, seríamos apenas Heath e eu. O que era um alívio e tanto.
-O que você bebeu, Taylor?
-Vodka. Nada demais. - respondi, enquanto entrávamos no helicóptero e colocávamos os fones.
*
Viagens de helicóptero eram uma merda, mas o lado bom era a velocidade. Chegamos a Milão numa viagem mais rápida do que quando saímos de lá para Londres.
Descemos do helicóptero e procuramos o café mais próximo.
-Você não fica mole assim com vodka não. Te conheço.
-Para de procurar o que não quer achar, Heath, por favor. - falei, mexendo o açúcar na minha xícara de chá de vanilla. - Foi vodka. E pronto.
-Okay, okay. A gente volta pro colégio logo mesmo, daí você para de me dar dor de cabeça. - ele riu de leve e bagunçou mais meu cabelo, enquanto a garçonete deixava nossos sanduíches na mesa.


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