- Espere disse que tinha algo para me dizer. - Digo pelo celular
- Não era nada de mais. Você falou por mim. - Dá um risinho do outro lado.
- Ahh. – Digo.
- Já contou aos seus pais? – Pergunta ele.
- Não e nem vou. – Respondo.
- Katniss por quê? – Pergunta ele.
- Porque estou de castigo. – Digo suspirando.
- Mas eles precisam saber você não acha? – Diz ele.
- Sim, mas não agora, só serviria parar arranjar mais encrenca Peeta. – Digo e escuto ele bifar do outro lado.
- Hunf - suspira - tudo bem, mas não podemos ficar assim por dois meses, não acha? – Diz ele.
- Certo, resolvemos isso depois, amanhã na escola conversaremos. – Digo em resposta.
- Vai conversar com quem? - Pergunta meu pai
- Jô preciso desligar, tchau. - Digo e antes queria Peeta diga algo desligo.
Ligação off
- E então? - Pergunta meu pai
- Johanna. - Digo sentando na cama.
- Johanna? O que aconteceu? – Pergunta ele curioso.
- Ela quer conversar comigo. – Digo simplesmente.
- ahh sei. – Diz ele como quem não acredita.
- O que? Você não acredita? – Pergunto arqueando uma sobrancelha.
- Acredito. – Diz ele, mas não caio nessa.
- Não, você não acredita. Esta desconfiado quer ver minhas conversas por acaso? - Estendo o celular a ele.
- Não - nega - só achei que fosse outra pessoa. – Diz ele me encarando serio.
- Um garoto. E sem fosse um? Hein? Qual o problema? Eu tenho amigos sabia? – Digo um pouco alto.
- Sim, mas esses garotos... – Começa ele, mas o interrompo.
- Eles nada, são meus amigos e pronto! Vai ficar assim pra sempre agora?! – Me exalto.
- Katniss eu só estou preocupado, entenda isso. – Diz ele tentando me acalmar.
- Não, você esta paranoico, achando que todos agora do sexo masculino que eu tenho contato, são pessoas com quem eu tenho alguma relação! – Exclamo com raiva.
Ele suspira cansado.
- Desculpe, talvez eu esteja exagerando. – Diz ele encarando o chão.
- Talvez? – Digo irônica.
- Está bem, estou exagerando mesmo. – Ele assume.
- Ahh. – Solto com um ar de finalmente assumiu.
- Desculpe, com licença. – Diz ele se virando.
- Pai? – Chamo.
- Sim? – Diz ele.
- Vou ter realmente que ficar assim por dois meses? – Pergunto.
- Sim, vamos ver se durante este tempo não revemos algumas coisas. – Diz ele, eu sabia, ele podia voltar atrás.
- Ok. – Digo já tendo um pequeno sorriso.
Mensagem on
- Desculpe, meu pai chegou ao quarto e começou a perguntar quem era.
- Entendi, achei estranho àquela hora, mas entendi agora.
- Bem, melhor conversarmos por mensagem.
- Ok. Resolvemos o assunto amanhã então?
- Sim.
- E então o que a minha namorada esta fazendo?
- Bem ela esta conversando com o namorado, mas infelizmente vai ter de parar.
- Ahhh, quem chegou afinal de contas?
- Sua sogra.
- Ah entendi, é importante então.
- Bem tchau Peeta, até amanhã.
- Tchau, amanhã quero a senhorita para mim, bjs.
- Possesso? Não imagina haha.
- Não estou possesso, só quero um tempo com minha namorada, porque parece que por enquanto não podemos ficar mais de cinco horas mais ou menos juntos, e nem é durante todo esse tempo, porque não temos todas as aulas juntos.
- E o tempo na escola não ta bom não?
- Não. – Diz ele – Quero mais tempo.
Rio e ele me acompanha.
- Para que exatamente hein? – Indago com segundas intenções.
- Para tudo. – Diz ele.
- O que seria tudo? – Pergunto.
- Tudo que minha mente permitir pensar e for possível fazer. – Diz ele.
- Exemplos? – Digo.
- Beijos, muitos, e transa, com certeza, sair, ficar com você em todos os momentos que eu puder. – Diz ele, e sinto que esta sorrindo.
- Gosto da ideia, ideia aprovada. – Digo mordendo os lábios.
- Que bom saber não é mesmo? – Diz ele debochado.
Rimos.
- Boa noite.
- Boa noite.
Mensagem off
- Já acabou sua conversa? – Pergunta minha mãe.
- Ah já. – Digo olhando para ela.
- Certo, então acho que precisamos conversar. – Diz ela se aproximando.
- Tudo bem, mas sobre o que? – Pergunto confusa.
- Filha, você realmente se cuida? – Pergunta ela direta.
- Ahn sim. – Digo um pouco envergonhada, eu não gostava muito de falar disso, ainda mais com meus pais.
- Se precisar eu... – Interrompo-a antes que diga o resto.
Acho que não importa a idade que eu tivesse eu me sentiria assim.
- Mãe, eu sei, a senhora estará aqui, tudo bem, mas já sei o que fazer. – Digo de uma vez.
- Certeza? – Diz ela olhando em meus olhos.
- Ótimo. – Diz ela e me abraça. – Minha filhinha esta crescendo – me aperta em seus braços, sinto minhas bochechas espremidas, apesar disso retribuo.
- Pois é agora a senhora poderia me soltar? Esta tirando meu ar. – Digo arfando.
- Ah que saudade, quando você era pequenininha... – Diz ela.
Lá vêm, aquelas lembranças de quando a mãe começa “você era tão bonitinha”, “uma fofura”, dava para afundar um dedo em você de tão gordinha”...
E se deixar ela não para.
- Tudo bem, mas mãe eu cresci. – Digo.
Ela solta um muxoxo e se levanta, beija minha cabeça calidamente e diz.
- Eu sei, mas sinto falta. – Diz ela.
A puxo e a abraço.
- Bem eu vou descer, tenho que terminar algumas coisas. – Diz ela e sai de meu quarto.
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