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História Not Today - Imagine BTS - O único brilho no meio da escuridão


Escrita por: venslybrr

Notas do Autor


ATÉ QUE ENFIM!

Capítulo 2 - O único brilho no meio da escuridão


Fanfic / Fanfiction Not Today - Imagine BTS - O único brilho no meio da escuridão

Jenny

 

O fuso horário já estava me deixando enjoada naquele avião. Estávamos prestes a pousar no aeroporto de Los Angeles quando olhei pelo vidro. O tempo estava completo ensolarado, o que me fazia lembrar dos tempos em que eu e as meninas íamos à praia.

   Vensly não gostava muito de ir, e ela era a que ficava a mais mal-humorada quando chegávamos. Mas ela tinha de ir, por não querer ficar de fora. Era engraçado ver ela correndo pela praia com cara de raiva, segurando os chinelos e reclamando da areia grudando no seu corpo.

   A Kah ficava muito animada ao ir à praia. Ela ficava cantando no carro com a Lílian, e depois ficava irritando a Vensly até elas começarem a se bater. Eu me preocupava e achava todo o tempo que elas poderiam se machucar, então ficava pedindo para elas pararem, mas ninguém me levava a sério por que eu falava rindo.

   Sentia saudades daquele tempo em que dizer coisas sem sentidos, ir para todas as festas que víamos pela frente, já havia virado rotina. A grande questão naquele momento, é que eu estava sozinha.

   Após a separação com as meninas, que por acaso foi muito doloroso, segui meu sonho e me mudei para Paris para fazer aulas de teatro. O tempo foi passando, fui atuando em várias peças, e finalmente fui chamada para fazer a minha primeira aparição em um filme de romance.

   Eu realmente era boa nisso, e mal sabia. Conheci várias pessoas ao longo desse ano meio louco, e agora cá estava eu voltando para o país onde abandonei a todas. Voltando para o lugar onde eu comecei. Não sabia o que iria fazer, como iria organizar a bagunça que já estava feita.

   Há alguns meses atrás, recebi a proposta de conhecer Hollywood, algo que me fez saltar de alegria. Eu amava todos os filmes de lá, e as minhas grandes inspirações também estavam lá. Só bastava eu ir ver no que dava, e ver o que o destino me aguardava.

   Eu acreditava muito em destinos. Acho que tudo tem um propósito. Não sei porque de eu estar indo justo para LA, mas esperava que algo de muito bom estivesse por vir. E acho que eu sentia isso fluindo dentro de mim.

   Quando saí de Paris, de algum modo eu sabia que não iria mais voltar do mesmo jeito. Algo de muito grande estava prestes a vir, eu tinha certeza. Mas não sabia o que.

   O avião aterrissou, o que me fez ficar mais enjoada ainda. Meus seguranças prepararam tudo, e logo nós saímos. Minha assessoria vinha logo atrás com os meus pertences, menos uma coisa que não teria que sair de mim nunca. Meu colar.

   Um tempo atrás, meu namorado, Kyle, morreu com um tiro no coração. Isso foi logo após minha saída de Nova York. Nenhuma das minhas amigas ficaram sabendo de nada, e eu fiz questão de manter tudo em segredo.

   Assim que chegamos em Paris, ele me levou no topo da torre Eiffel, e me deu um colar de um coração partido, enquanto ele tinha a outra metade. Quando morreu, o colar foi levado para os achados e perdidos de uma cidade próxima do necrotério, o que me deixou muito chateada. A única coisa que me restara dele, era o colar que eu carregava no pescoço. 

   O ar estava incrivelmente quente, um clima que eu sabia que Vensly odiava, o que me fez rir. Pus meus óculos de sol, e saí em direção ao carro. Estava tonta e minha cabeça estava baixa. Olhei de relance, e consegui ver claramente um paparazzi que não fez questão de se esconder.

   Andei mais rápido, e já estava começando a ficar enjoada. Às vezes me pegava questionando se eu realmente gostava de fazer aquilo. Mas quando as luzes do palco se acendiam e gritavam “ação”, sabia que era aquilo mesmo que eu realmente queria. 

   Entrei dentro do carro. LA que me espere.

 

Emily

 

As luzes de Londres se acendiam na minha face como o ima de um elefante. Já não havia mais o que reclamar, e nem como fugir. Estava com muito medo de que tudo que eu planejasse desse errado, o que me deixava nervosa.

   Já passava de meia noite, mas não conseguia parar, e muito menos pensar em nada. Andava descontrolavelmente como uma louca correndo risco de ser atropelada, mas continuei.

   O porão que meu assistente falara ficava à duas quadras de onde eu estava, e enquanto me aproximava, conseguia pensar em tudo ao mesmo tempo, com a adrenalina subindo pelas paredes do meu cérebro, como se fosse um filme de ação.

   Tinha de descobrir a verdade sobre meus pais biológicos, custe o que custar. Meu assistente do jornal me ajudara muito com isso atualmente, o que me deixava sem palavra para descrever uma pessoa tão bondosa e atenciosa, mas sem nem ao menos pensar que aquilo poderia ser algum tipo de sentimento.

   Olá pequeno cérebro. Meu nome é Emily Gilbert e meus pais morreram num acidente no Ceará. Vivo órfã dês de que isso aconteceu. Um ano atrás, após a trágica e desesperada despedida das minhas amigas e de Nova York, saí em direção ao meu lugar, Londres, para me tornar uma jornalista famosa, e no ano que se passara, uma coisa muito estranha aconteceu.

   Descobri que eu era órfã, e os meus pais mortos, na verdade, eram meus pais adotivos, que me fizeram acreditar que eram de sangue. Mas como eu falo, para ser da família, não precisa ser de sangue, basta saber reconhecer.

   Após essa descoberta chocante, vivo numa completa bagunça emocional, onde de alguma forma tenho que descobrir como faço para achar meus pais biológicos, só para conseguir respostas para algumas perguntas que eu faço a mim mesma todos os dias.

   Nesse curto espaço de tempo em que eu pensava em tudo isso, consegui chegar ao porão, onde recentemente ficava uma loja de bonecas esquisita. Entrei, olhando por cima do meu sobretudo preto e minha toca vinho, se alguém que não estava preocupado com sua vida, me observava.

   Nada encontrado. Ao abrir a porta, o velho barulho do sino tocando me fez ter um pouco de medo, que fez meu coração disparar mais do que já estava. Várias bonecas estavam empilhadas em prateleiras presas às paredes.

   Olhei ao redor, e estava consideravelmente escuro para uma noite tão cheia de luzes. Meu olhar foi direto ao balcão onde estava uma mulher, quase da minha idade.

   — Posso te ajudar, moça? — Perguntou a mulher que saiu do balcão com um olhar assustador, que fez minha garganta ficar seca e minhas mãos congelarem.

   — Travis me mandou aqui. Ele disse que eu poderia conseguir ajuda de uma mulher chamada Dana — falei, e logo o rosto da mulher ficou mais sereno, e leve.

   — Eu sou Dana.

   — Prazer, Dana. Me chamo Emily Gilbert — falei, estendendo a mão. Dana me ignorou, e deu de ombros.

   — Você quer descobrir a verdade sobre seus pais biológicos, não é? — Perguntou, e começou a andar. Guardei minha mão que conhecia claramente o vácuo, e segui ela nos passos mais rápidos que eu conseguia.

   — Sim. Como você pode me ajudar? — Falei, e novamente fui ignorada. A mulher me levou a uma sala pequena, e eu já estava começando a ficar assustada.

   Ela abriu a luz da sala, que fez eu virar o rosto, pois era muito clara para o escuro que eu estava. A sala tinha cheiro de mofo e estava cheia de caixas de papelão e papeis por toda parte.

   — Claramente você não vai conseguir informações por mágica — flou a mulher, e logo após saiu.

   Ok, Emily, são só papeis você lida com isso todo o dia. Acho que não iria sair dali facilmente. Então comecei pela primeira prateleira.

   Procurei, procurei, procurei e não achei. Estava perdendo as esperanças como nuca. Li tanto, que minha vista começara a ficar pesada. Foi ficando mais escura, mais pesada, mas escura...

 

Jenny

 

O cheiro dos coqueiros da cidade perto da entrada de Holywood, já estava me deixando tranquilizada. Não sabia como me acalmar, pessoas falavam no meu ouvido dentro do carro, já não tinha mais nenhum sossego. Queria que a noite chegasse logo para que eu pudesse ver a lua, e saber o que devo fazer.

   Não sabia como dia iria terminar, e como de costume, estava tendo um mal pressentimento. Quando eu era mais nova, sempre eu tinha mal pressentimento sobre tudo que acontecia, principalmente na escola.

   Bela sempre me falava que eu parecia bem estranha falando isso, mas eu sempre respondia com um sorriso. Algo dentro de mim gritava para eu tomar cuidado, como se fosse uma advertência, e que cada passo que eu desse, fosse cauteloso e cuidadoso.

   Os portões dos estúdios se abriram depois que meu assessor passou o cartão pelo segurança. Tudo lá era tão lindo, tudo se movia tão rápido que me lembrava Nova York.

   Todos pareciam ocupados com tudo e todos para falarem algo de realmente interessante com alguém do que simplesmente: “Está na sua hora de gravar”. Sabia que ali era meu lugar, mas minha mente parecia confusa, e me fazia pôr em dúvida muitas coisas.

   — Suas malas senhorita Smith — disse meu segurança, o que me fez perceber que era aquilo mesmo que eu estava falando. Era daquele jeito que acontecia. Então resolvi falar outra coisa com ele do que apenas isso.

   — Muito obrigado, Senhor. Como foi seu dia hoje? — O segurança me olhou confuso, e essa pergunta fez minha maquiadora parar, deixar o celular de lado e olhar para mim com a velha cara de “o que diabos você está fazendo”.

   — Foi... ótimo, obrigada por perguntar — falou ele, parecendo contente.

   — Me fale mais! Os detalhes! — Falei, o que fez ele rir, e minha maquiadora olhar com cara de desgosto.

   — Vamos, minha querida — falou ela, me pegando pelo braço e me levando.

   — Fiz algo de errado? — Perguntei, e ela arregalou os olhos.

   — Você estava parecendo uma velha fofoqueira — falou, e eu ri.

   — Sabe, as pessoas gostam quando você se interessa por elas — falei, e ela começou a andar e voltou a mexer no celular. A acompanhei.

   — É, Jenny, elas gostam. Mas não é problema seu.

   — Você precisa aprender a ser um pouco mais gentil.

   — Gentil eu já sou todos os dias — falou.

   Entrei por uma porta grande. Ali era a recepção. Nem acreditava que eu estava realmente lá. Tudo que eu havia batalhado estava na minha frente. Estava tudo programado. Após gravar meu primeiro filme de Hollywood, voltaria para a França.

   Uma crise existencial bateu em minha porta. O que eu faria da minha vida? Irei passar o resto dela toda se preocupando em fazer filmes, dar autógrafos, entrevistas, e coisas luxuosas?

   Queria mais que isso. Queria que alguém realmente chegasse em mim e perguntasse se eu estava bem. Se eu ouvisse isso, desabaria na mesma hora, e finalmente falaria chega para tudo. Não aguentava mais viver daquele jeito.

   Depois da morte de meu namorado, tudo passou a não fazer mais sentido. O meu sentido era ele. Como passaria o resto da minha vida sozinha, e quando estivesse velha olhasse para trás, e me der conta de que nada fiz?

   Esse medo assombrava minha vida a cada momento. Os tempos da minha escola eram muito mais fáceis. Mas ainda havia uma esperança. Eu sabia que havia. De alguma maneira, eu iria encontrar uma maneira de realmente viver. A minha esperança nunca iria escapar de minhas mãos.

   — Por aqui, senhorita — falou meu segurança e eu o segui. Entramos em um corredor onde pessoas passavam rapidamente, e algumas olhavam.

   Ao sair do corredor, entramos em uma sala enorme, onde uma mulher estava sentada numa cadeira gigante e preta. Ela usava óculos, e examinava atentamente uma revista nas suas mãos.

   — Senhora Graham? — Disse meu segurança, e logo ela olhou. Soltou o jornal em cima da mesa e então levantou-se.

   — Ó! Você deve ser a tão conhecida Jenny Smith — falou ela, vindo em minha direção, com um sorriso no rosto.

   — Sim, você deve ser a Senhora Graham — falei, e ela deu dois beijos em minhas bochechas.

   — A, por favor, só Sandy — falou, voltando para sua cadeira. Ela parecia bem animada.

   — Prazer, Sandy — falei, e logo ela me olhou da cabeça aos pés.

   — Vou te examinar agora — falou, logo após um tempo, levantou-se e novamente veio em minha direção.

   Ela me fitava friamente e me olhava sem parar. Fiquei imóvel enquanto ela rodeava olhando tudo. Fiquei com muito medo de não ser boa o suficiente para trabalhar com eles.

   — Hm... — Falou ela, olhando para mim. — Corpo bem feito, cabelos ondulados e castanhos... não! Marrom. Olhos da cor do cabelo, usa óculos, lábios de Angelina Jolie — falou, e eu ri. — Hm, dentes perfeitos.

   Ela me olhava friamente. Pela sua descrição, acho que eu tinha ido bem nesse teste. Ela me encarava e eu já estava ficando nervosa, mas aguentei, e encarei ela de volta. Ela passou um bom tempo me encarando, e eu fiquei imóvel sem desviar meus olhos.

   — Você tem uma capacidade de encarar pessoas por muito tempo, isso é bom — falou ela, voltando para a cadeira e sentando. — Bom, Jenny. Você é bem bonita e não tem nada de drástico que eu queira mudar. Agora eu vou fazer a pergunta que eu sempre faço para as pessoas que eu entrevisto. Você aceita fazer algumas mudanças?

   — Como assim? — Falei, meio confusa.

   — Seu cabelo é médio, e acho que não combina com o seu tipo de rosto. Você toparia fazer algumas mudanças nele?

   Pensei bem sobre aquilo. Eu estaria mudando quem eu era, ou só o meu cabelo? Muitas pessoas se confundem com essa coisa de globalização e padrão na sociedade, quando na verdade não passa de uma coisa simples como só um corte de cabelo.

   — Posso mudar meu cabelo — falei, e ela gostou.

   — Vou lhe apresentar então ao nosso cabelereiro Renê — falou, e já ia saindo.

   — Espera! Então quer dizer que eu ganhei o papel? — Perguntei, e ela balançou a cabeça.

   — Após a transformação, você vai passar por alguns testes de atuação. Quando terminar, você vai para casa, e volta amanhã para as gravações, ok?

   — O.k., obrigada — falei, animada.

   — Saiba, Smith. Se você não aparecer amanhã, está fora — falou, e depois saiu.

   Eu conseguia fazer aquilo. Eu realmente consegui o papel. Amanhã, nada nem ninguém iria me impedir de chegar naquele sete. Uma onda de felicidade bateu em mim de repente. Mas por que eu sentia que aquilo não era a grande reviravolta na minha vida?

Emily

 

Acordei no mesmo lugar onde eu dormi. A luz continuava aberta, e meu braço estava dormente. Havia lido metade daquilo na noite, e nada havia encontrado. Havia umas caixas atrás de mim, então me escorei e acabei pegando no sono.

   Não sabia que horas eram, mas sabia que tinha que estar no trabalho às sete da manhã. O TRABALHO!

   Me levantei rapidamente enquanto me espreguiçava, e procurei minha bolsa muito rápida. Olhei o meu celular, e eu estava atrasadíssima, pois eram já oito e vinte. Corri. Deixei a luz aberta mesmo, tirei o casaco, pois lá estava quente, então fui direto para porta de entrada, e Dana estava lá.

   — Por que você não me acordou? — Perguntei, brava.

   — Além de emprestar minha loja, meus documentos e minha paciência para você, eu ainda tinha que te acordar? — Perguntou, como se não estivesse se importando.

   — Dane-se! — Gritei, e corri para o lado de fora. A porta fez o mesmo barulho do sino, o que me fez ficar ainda mais estressada. Corri na rua, e consegui pegar um taxi.

 

Entrei no escritório às pressas enquanto minha barriga estava gelada. A grande recepção estava lotada naquela hora, e eu ficava cada vez mais nervosa com o que a minha chefe iria dizer.  

   Peguei o elevador e estava lotado. As pessoas olhavam para mim de um modo estranho. Não havia tomado banho, escovado os dentes, nem comido algo. Estava completamente ferrada.

   O elevador parou no terceiro andar, onde eu trabalhava. O local era grande, e tinha enormes janelas de vidro. Vários computadores ficavam em cima de mesas, onde nós trabalhávamos.

   — Emily! — Sussurrou Travis, meu assistente. Ela se levantou, e olhou para mim com o rosto assustado. — Não vou nem perguntar como foi a noite.

   — Não pergunte — falei, sentando na minha mesa de trabalho.

   — Você conseguiu alguma informação? — Perguntou ele, meio receoso.

   — Sabe outra coisa que eu não consegui? — Perguntei, respondendo ocultamente. — Comer café da manhã! Pode pegar um café para mim?

   — Olha, você deveria ter comido pelo ou menos algo — falou, e eu olhei para ele com uma expressão facial que até me dava medo. — Você quer com leite ou sem leite? — Perguntou ele.

   — Sem leite — falei, e ele saiu.

   — Quer dizer que você não conseguiu respostas?  — Perguntou, antes de ir ao elevador.

   — Eu estou com fome Travis! — Falei, e ele pegou o elevador rapidamente.

   Eu realmente estava chateada. Pela primeira vez, achei que eu iria conseguir alguma coisa sobre os meus pais, mas tudo que eu encontrei foram vários nadas, e ainda estava cheia de coisas para fazer.

   — Aham! — Uma voz atrás de mim falou, e eu sabia quem era. Essa voz continuava me dando medo. Era a voz da minha chefe. — Outra vez atrasada Gilbert! — Gritou ela, enquanto eu me virava lentamente.

   — Senhora Fabray! — Engoli seco.

   — Uma hora e meia. O que você fez a noite toda garota? — Eu ia responder. — Não importa o que você fez. Para minha sala agora! — Falou.

   Eu realmente achava que iria ser despedida naquela hora. Minha pele que já era branca, ficou mais ainda. Minhas palmas estavam suadas, e eu levantava da minha cadeira com a barriga tremendo. O meu sonho iria ser desmoronado. Abri a porta, e entrei na sala dela. Era a maior de todas, e cheia de computadores.

   — Senhora Fabray, eu posso explicar! — Falei, e logo ela fez sinal para eu me calar. Baixei a cabeça. Não a nada que eu podia fazer para reverter a situação.

   — Você conhece a banda BTS? — Perguntou, e logo eu levantei a cabeça, um pouco impressionada com a pergunta. O que aquilo tinha a ver?

   — Conheço, Senhora. Por que? — Perguntei, um pouco nervosa.

   — Essa banda...

   — Grupo — corrigi, e ela me fitou.

   Eu amava o BTS. Ano passado, quando morava em Nova York, nós estávamos cada dia mais apaixonadas por eles. Acompanhávamos tudo que acontecia, tínhamos nossos favoritos, dançávamos as danças, e cantávamos as músicas. Conhecia eles mais do que muita gente. E falar sobre eles, me fazia lembrar de tudo que eu e minhas amigas havíamos vivido.

   — Você realmente gosta deles, não é? — Perguntou, e eu balancei a cabeça, afirmando. — Isso melhora a situação. Diversas revistas e jornais fazem matérias deles todos os dias, e nós não temos nada. Mas eu queria realmente fazer uma coisa melhor do que os outros fazem. Conversando com algumas pessoas, concluí que devo mandar um infiltrado para Seul, e conseguir a melhor matéria já vista.

   Não acreditava no que estava ouvindo. Será se era realmente aquilo? Era o que eu estava pensando? Eu finalmente iria realizar o sonho de conhecer eles?

   — Isso quer dizer... — comecei.

   — Haverá uma festa da cidade que ocorre uma vez por ano. Ela é uma festa realmente importante, que, inclusive, terá o BTS livre. E você é a nova convidada da festa — dei um pulo de alegria. Não acreditava que aquilo estava realmente acontecendo. Eu iria realmente conhecer eles. Dei um gritou, e ela arqueou as sobrancelhas.

   — Desculpe.

   — Não aja como criança, Emily. Ninguém pode descobrir que você é uma infiltrada. Eu quero que você descubra os assuntos mais polêmicos e faça uma matéria. Para ninguém desconfiar, você tem direito a levar três pessoas. Vocês vão ser a suposta equipe fotógrafa.

   — Muito, muito obrigado por tudo, Senhora — falei, e ela sorriu.

   — O voo será daqui a uma semana. Se prepare.

   — Obrigado — falei, e ia saindo.

   — Emily! — Gritou, e eu olhei para trás. — Acredito no seu potencial.

 

 

Jenny

 

O resultado havia ficado ótimo. Meu cabelo estava do jeito que eu queria. Ele estava bem liso, mais claro, curto, e o meus óculos combinara perfeitamente. O processo havia demorado bastante, e já era mais ou menos umas dez da noite quando eu saí do sete.

   Procurei meus assessores por todo lugar, liguei e nada. A noite estava incrivelmente fria, e eu já estava começando a ficar com medo. Tinha a solução para aquilo. Iria sair, mesmo com tudo já silencioso a noite, pegaria um taxi, e voltaria para o hotel.

   Eu conseguia fazer aquilo. Eu conseguia. Andei pelas ruas. Um homem passava com seu cachorro, e parecia estar vindo de uma caminhada. A noite estava muito sombria e assustadora. Olhei para o céu, e não via as estrelas. As nuvens cobriam a lua.

   A rua já se encontrava completamente silenciosa, e nenhum taxi estava passando. De repente, escuto atrás de mim os passos de alguém. Olho para trás, e um cara de capuz preto e manga longa me seguia.

   Realmente eu já estava começando a ficar assustada. Andei mais rápido. Todos os fios de cabelo da minha pele saltavam. Os passos atrás de mim ficavam mais intensos, e conforme ele ia se aproximando, mais eu andava rápido.

   Olhei para trás novamente. O homem já estava praticamente correndo, e eu também. E foi aí que meu desespero aumentou. Olhei para frente, e um outro cara com as mesmas características que o que corria atrás de mim, vinha em minha direção. Os dois começaram a rir, e eu estava realmente aterrorizada.

   — Olha o que temos aqui! — Falou o homem da minha frente. Estava quase começando a chorar.

   — Parece ser rica — falou o homem atrás de mim. Os dois se aproximaram, e o da frente pegou em meu braço.

   — Me deixem em paz! — Falei, alto, e já estava começando a chorar. Não sabia mais o que fazer. Estava com muito medo, e não tinha como me defender.

   — Não grita — falou um dos homens, tirando uma arma do casaco, o que me fez realmente chorar.

   — Por favor, não — chorei.

   — Me passa a bolsa, agora! — Falou o homem, sussurrando. Entreguei a bolsa. Já não estava conseguindo mais respirar.

   — Esse colar parece ser bem bonito — falou outro homem, tocando no meu colar, o que me fez ficar agonizada. Não iria entregar aquele colar por nada.

   — Entrega o colar — falou o outro homem.

   — Não! — Gritei, e eles riram. Um som de sirene que parecia ser da polícia, começou a se aproximar. Aquilo parecia ser minha única esperança.

   — Me dá o colar! — Gritou o homem, enquanto o outro puxava ele.

   — Vamos embora, cara! A polícia está vindo! — Disse o outro homem.

   — Me dá o colar!

   — Socorro! — Gritei, enquanto a sirene se aproximava. Tudo aconteceu tão rápido.

   De repente senti algo penetrando minha barriga. Queimava demais. Os caras saíram correndo enquanto a polícia se aproximava. Sentia que minha vida iria realmente acabar naquele momento. O sangue escorria por toda calçada, meu ouvido chiava de uma maneira perturbadora, e minha vista estava começando a ficar escura.

   Pelo ou menos, consegui olhar para a lua. As nuvens já não cobriam mais ela, e ela se tornava novamente a única luz no meio da escuridão.


Notas Finais


ESPERO QUE GOSTEM!


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