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História NOT TODAY - Prólogo


Escrita por: WendyAh e nutella-is-life

Notas do Autor


Olá leitores, tudo bem?
Essa história é uma "parceria" entre a @nutella-is-life e eu, que nós fizemos com muito amor, lágrimas e risadas!
Esperamos que gostem, galeris!

Capítulo 1 - Prólogo


Fanfic / Fanfiction NOT TODAY - Prólogo

Capitulo 1

 

JaebumOn

 

Nossa ultima música daquela noite foi Fly, havíamos acabado de fazer a performance quando saímos do palco, logo depois de agradecer aos nossos fãs. O auge da carreira havia chegado, e com isso não tínhamos nenhum lugar em branco na nossa agente. Tudo parecia dar certo nas nossas vidas, estávamos faturando mais do que qualquer outro grupo de k pop e a imprensa nos cercava a todo o momento. Nossa empresa ganhou auto reconhecimento no mercado e os números de trainees aumentaram consideravelmente. Tudo parecia estar indo muito bem, até que descobrir estar redondamente enganado.

 

A van que usaríamos estava nos esperando no estacionamento. Deveríamos ir direto para o hotel, descansar o máximo de horas possível até o nosso próximo compromisso. Nossos seguranças nos cercavam, assim como empresários e os staffs, enquanto a mídia se espremia nas grades de segurança, gritando por entrevistas e procurando o melhor ângulo para fotografar. Éramos vigiados por tudo e todos, 24h por dia.

 

O plano era seguir do teatro onde nós nos apresentamos rumo ao hotel onde passaríamos a noite, e então no dia seguinte ir para o nosso fansing em Busan. Porém não foi bem isso que aconteceu. Foi logo depois de um baque surdo vindo de cima, que pessoas começaram a gritar e se desesperar, saindo correndo do lugar o mais rápido possível. Demorei a entender o que se passava, pois no momento seguinte nossos seguranças se fecharam a cima do grupo, formando uma espécie de barreira protetora. Foram vários sons idênticos ao primeiro, um após o outro, só então eu pude entender o que se passava: Um tiroteio.

 

Estávamos sobre um ataque com armas de fogo, e por conta disso, várias pessoas estavam feridas ou até mesmo mortas, jogadas ao chão, coisa que pude ver pelo canto dos olhos. Além de toda a confusão, gemidos de dor podiam ser ouvidos a todo nosso redor, de pessoas pedindo ajuda, desesperadas. Alguém gritava ordens, as quais como “Corram para o carro”, “Protejam o grupo” e “Se abaixem”, mas nada que fosse muito bem executado. Todo o grupo foi se fechando no interior de uma espécie de casulo, e tudo ia pessimamente mal, mas não há nada que não possa piorar.

 

De repente, o segurança que me protegia dos disparos se apoiou totalmente em mim, jogando seu peso em minhas costas. Primeiro, pensei que fosse alguma tentativa de me proteger, mas depois, quando vi pelo canto dos olhos que a minha camiseta estava empapada de sangue escorrendo do corpo do homem e parando no meu, que eu entendi que ele não estava me protegendo, mas sim estava morto. Pensei em deixar o homem cair morto no chão, junto com outros seguranças que se encontravam no mesmo, já que seu peso me machucava, mas ao pensar melhor, resolvi aguentar a dor. Se eu tirasse seu peso de cima de mim ficaria totalmente exposto, e com certeza eu seria mira fácil para quem nos atacava naquele momento. Era egoísta da minha parte pensar assim, mas eu era muito novo para morrer, eu zelava pela minha vida.

 

Youngjae chorava freneticamente ao meu lado, assim como Jackson, e eu segurava minhas lágrimas como podia, assim como os outros membros. Nós tínhamos as seguintes opções naquele momento: 1) Ficar ali sem fazer nada, apenas esperando o ataque cessar ou até levarmos um tiro na testa e passar daquela pra melhor- ou pior, quem sabe. 2) Sair correndo e tentar a sorte. 3) Sentar e chorar. 4) Esperar um milagre. Eu só queria sair dali o mais depressa possível, e eu juro que se eu tivesse parado e pensado no que eu faria a seguir, daria um tiro em mim mesmo naquele momento.

 

Por impulso olhei nos olhos de Youngjae e transmiti um dos olhares de amigos que apenas nós intendíamos. Eu tentava passar coragem para o garoto, o que pareceu funcionar, já que o mesmo engoliu o choro e entendeu o que eu queria fazer em seguida, mesmo que fosse praticamente suicídio. Ele apenas assentiu e segurou minha mão, apertando com força antes da ação.

 

Joguei o corpo do homem o qual eu usava como escudo até aquele momento  e puxei Youngjae para fora daquele bolo humano, fazendo-o correr logo atrás de mim. Corremos em direção contrária da entrada, rumo a van que nos aguardava. Era sem qualquer sombra de duvida a maior burrada da minha vida, sair correndo no meio de um tiroteio totalmente exposto a objetos de metais altamente letais que poderiam se enterrar em nossos corpos a qualquer segundo. Mas era melhor isso do que esperar “sentado” pela morte certa. Podia sentir a mãos de Youngjae tremer mesmo enquanto corríamos e também podia sentir meu estomago revirar dentro de mim, fazendo com que eu precisasse ser forte para não vomitar no meio da corrida.

 

A van que nos esperava não estava muito longe, então eu apenas gritei para Youngjae:

 

_Corra para a van e entre na minha frente, não olhe para trás, tudo vai ficar bem.

 

Ele não hesitou em me obedecer, ele saiu em disparada na minha frente jogando-se ao banco do passageiro como se escapasse de uma bomba de Hiroshima. Os tiros não deram brecha por longos segundos, saindo de cima dos prédios e acertando em vidros, latarias de carros, paredes e pessoas. Era totalmente horrível tentar fugir da morte quando você esta no meio dela, e poderia morrer ou se machucar a qualquer momento. Fui logo depois de Youngjae e me joguei ao banco de qualquer maneira, tentando apenas me safar dos tidos. A van em si parecia um transformer depois de uma guerra, lataria perfurada, vidros trincados, retrovisores destruídos e bancos rasgados. O típico cenário de uma guerra de filme, mas dessa vez, real.

 

Youngjae e eu nos abaixamos no banco de trás, com o canto dos olhos pude ver o resto do grupo correr também em direção a van, desesperados para saírem daquele tumulto. Conforme chegavam eles iam se jogando no banco, e não esperavam se ajeitarem para outro entrar em seguida, foram todos em uma sequencia desengonçada.  O motorista não esperou nem mesmo que fechássemos a porta para dar a partida, pisou no acelerador com tudo e arrancou do lugar, deixando somente a marca de borracha do pneu no chão do estacionamento.

 

Nos arrumamos nos bancos da van e tentamos acalmar nossas respirações aceleradas. Mark ao meu lado gemeu de dor, segurando o braço esquerdo logo abaixo do ombro. Direcionei meu olhar para lá e me assustei com o que vi. A mão que segurava seu braço estava coberta de sangue, assim como sua blusa e parte da calça. O sangue escorria fresco, escapando por seus dedos e manchando tudo que via a sua frente.

 

_Mark, você tá ferido, precisamos ir a um hospital- gritei para o motorista.

 

_Não. Foi só de raspão, estão tudo bem. Vamos para o hotel!- respondeu entre gemidos de dor.

 

_Nada disso. Motorista, vamos para o hospital. Rápido!

 

...

 

O clima estava tenso na pequena sala onde nos botaram para discutir a atual situação do grupo. Vigiados 24h por dia com pessoas suspeitas que poderiam atirar no grupo a qualquer momento. Não podíamos sair da empresa por nada, nem mesmo dar declamações a imprensa. Não podíamos usar as redes sociais ou fazer ligações, apenas pudemos fazer um pequeno vídeo para os nossos fãs para dizer que estávamos bem, tudo para manter a segurança do grupo, mesmo que isso significasse nos isolar do mundo.

Mark estava totalmente sensível após aquela noite, o medo o consumia por completo, assim como o desespero de estar sozinho em qualquer lugar. Jackson era quem passava a maior parte do tempo com ele agora, e calmava o garoto quando o desespero lhe invadia. Mesmo depois de uma semana do ocorrido, Mark parecia reviver o momento várias vezes ao dia, ele sempre foi o mais calado de nós, mas agora era quase raridade o ouvir falar alguma coisa, e por isso medidas foram tomadas pela empresa, resultando na contratação de uma psicóloga. Yugyeom parecia ter sido o menos afetado. Ele não se pronunciou sobre o assunto em nenhum momento fora o necessário, e passava a maior parte do tempo na sala de ensaio.

 

Nossos horários vagos haviam aumentado já que praticamente todos os nossos compromissos haviam sido desmarcados por questão de segurança. A empresa num todo temia outro ataque como o que havíamos presenciado já que além de nós, outros grupos estavam sendo atacados por equipes anônimas, tanto virtualmente quanto fisicamente. No dia anterior tinha sido a vez do Monsta X se pronunciar sobre atividades suspeitas ao redor da Starship, logo depois foi BTS, EXO, BlackPink e Hyuna. Todos estavam assustados ao extremo, tanto que a aparição desses grupos estava quase nula.

 

_Alguém quer começar a dar ideias do que fazer ou vamos ter que fazer Minha-Mãe-Mandou?- manager Park perguntou impaciente.

 

_Precisamos de uma equipe competente de seguranças. O que aconteceu com Mark não pode se repetir!- se pronunciou um staff, o qual o nome eu desconhecia. Olhei para Mark e o mesmo estava calado e de cabeça baixa.

 

_E quem vocês pretendem contratar? Os vingadores?- rebateu Jackson

 

_Seria uma boa...- incentivou BamBam.

 

_Parem, estamos falando sério!- repreendi.

 

_Desculpa- os dois falaram em uníssono, os nervos de todos estavam à flor da pele.

 

_Que tal profissionais de HapKido?- Jinyoung sugeriu como um perfeito gênio, sempre dando boas ideias.

 

_Quem?- perguntou nosso outro manager, manager Min.

 

_Profissionais de hapkido, profissionais de uma arte marcial especializada em técnicas de socos, chutes, rolamentos, escapes, esquivadas, torções e técnicas de alongamento- explicou Jinyoung trazendo a atenção de todo mundo.

 

_Além de englobar técnicas com várias armas como bastões, espadas, bengalas, facas, leques, essas coisas- completei concordando totalmente com a ideia do Jinyoung.- Eles poderiam ficar sempre em alerta nas nossas saídas e nos proteger de possíveis ataques.

 

_Eles são verdadeiras lendas- completou Jinyoung concordando comigo.

 

_E quem garante que eles iriam dar conta de nos proteger?- perguntou Mark receoso.

 

_É um tiro no escuro certamente, mas nós precisamos tentar alguma coisa, não podemos abandonar uma carreira toda por culpa desses ataques, não justo agora que estamos no nosso auge- disse torcendo para que o meu pequeno discurso convencesse Mark e o resto do pessoal.

 

_Jaebum tem razão. Podemos fazer vários testes com os profissionais, testar suas habilidades- disse manager Park convencido.

 

_Não sou totalmente a favor da ideia- disse JYP, que até então não tinha se pronunciado em nenhum momento- Mas é melhor do que não fazer nada.-  acabou concordando.

 

_Estejam prontos as 6:30 da manha, vamos atrás de uma academia de HapKido testar os profissionais. Vamos sair cedo para não chamar a atenção de seja lá quem for que esteja cercando a empresa- disse o manager Min.

 

_Tudo bem- disseram todos os integrantes, mas um permaneceu quieto.

 

_Eu não vou- falou Mark.

 

_Como assim, não vai?- perguntei- Vamos todos, Mark.

 

_Não, eu não quero ir- disse decidido.

 

_Mas, Mark...- comecei, mas depois de olhar em seus olhos eu me calei. Mark era um tanto sensível em relação a tudo o que acontecia, então ele precisava do tempo dele.- Tudo bem.

 

_Eu vou ficar com ele, tudo bem?- Jackson perguntou pegando a mão do amigo, apenas assenti.

 

_Ok, agora que já esta tudo decidido, vão dormir. Amanhã vai ser um longo dia- disse manager Park e todos concordaram. 


Notas Finais


O que acharam pessoas?

Até o próximo capítulo!


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