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História Notes (Lésbica) - Crebo.


Escrita por: Lesbicahfuturista

Notas do Autor


Boa tarde, amores, espero que gostem, estou explorando mais a adolescência da Lua. Estive sumida pois me apertei com os estudos, mas não deixo de postar!!!

Capítulo 72 - Crebo.


Capítulo Septuagésimo Segundo 


 

- Lulu, mamãe Mai disse que você vai se atrasar! - Ícaro entrou no quarto de Anna Lua e pulou na sua cama a abraçando.

- Quantas horas? - Lua perguntou sonolenta.

- Ela falou que já é hora de levantar, eu e a Flor já até tomamos café da manhã.

- Minha filha, você nem levantou ainda? - Eduarda apareceu na porta do quarto.

- Eu não posso me atrasar, eu vou levar nosso projeto hoje! - Maria Flor gritou do corredor.

- Ninguém vai se atrasar, minha filha - Maia.

O despertador tocou novamente indicando que o tempo da soneca já havia se esgotado.

- Não dá tempo de tomar banho mais não viu? Só tomar café da manhã para irmos embora - Duda.

- Du, cadê aquela minha camisa branca? - Maia.

- Na primeira gaveta do closet, carinho.

 

Lua levantou atordoada, eram muitos estímulos e vozes para a cabeça dela, um monte de mensagens chegou no seu celular, ela pode ouvir enquanto estava no banheiro. Tinha uma prova mais tarde e um frio tomou conta de sua barriga por isso, mesmo quando estudava ela era tomada pelo nervosismo. Faria a prova, almoçaria, iria para a natação e mais tarde quem sabe faria uma caminhada com Godóia e Sol junto de Alex e Maria Flor.

Pegou sua mochila e partiu para o andar debaixo, não comeu quase nada, pois estava sem apetite.

 

- Pegou seu resumo?

- E sua apostila?

- Já vai levar a mochila da natação?

- Hoje tem treino? - Ela foi tomada por uma enxurrada de perguntas das duas mães.

- Posso faltar hoje? - Foi a única coisa que ela conseguiu perguntar.

- Não tem prova hoje?

- Aham.

- Então a resposta é não.

 

Relutante Anna Lua entrou no carro com a mãe e os irmãos no banco de trás, foi deixada junto deles na frente do colégio. Ela esperou por Maria Flor que chegou 5 minutos depois de carro com Elisa.

- Que cara é essa? - Maria perguntou.

- Bom dia pra você também.

- Pelo visto só pra mim mesmo, porque você com essa cara não tem nada de bom no seu dia.

- Tô exausta, quero que a semana termine logo.

- Nervosa com a prova?

- Só um pouco, estudei bastante.

- Ah, pois eu estou uma pilha de nervos, nem sei como não entrei em pane ainda.

- Você gosta de química, Flor.

- Eu gosto dela, mas ela não vai com minha cara! Natação hoje?

- Aham, almoça comigo?

- Claro que sim.

Entraram para a sala e se sentaram nos seus respectivos lugares.

- O que cê tem? - Felipe perguntou para Anna Lua no intervalo.

- Caraca tô tão horrível assim hoje?

- Horrível não tá, mas digamos que não está no melhor tom de pele e nem com a melhor expressão. - Alex completou.

- Só estou cansada essa semana, mais cansada do que nas outras, não posso?

- Claro que sim, você pode tudo ou quase tudo, toma, comprei pra você - Maria Flor passou a barra do chocolate favorito de Anna Lua para suas mãos.

- A sua amizade é um deleite pra mim! - Anna Lua sorriu um pouco.

- É sim, agora me passa esse fone de ouvido, vou te mostrar algo novo que descobri ontem à noite - Flor.

Ouviram música nos minutos de intervalo e fizeram fofocas rotineiras com o grupo, posteriormente voltaram para a sala e tiveram a tão temida prova. Que no fim não foi tão terrível assim.

 

- Já fez o trabalho? - Maria Flor perguntou para a amiga enquanto elas almoçavam na casa de Lua.

- Só falta imprimir e você?

- Acho tanta besteira imprimir essas coisas, sabia? Tipo depois não vamos fazer nada com o papel, os professores podiam aceitar algo por meio da nuvem, sei lá. Preciso fazer a conclusão do meu.

- Total, eu acho uma besteira também. Eu acho que estou ferrada naquela prova de sexta-feira.

- Mas é geografia, você é boa em geografia.

- Não estou tão segura disso. Quantas horas, Rafa?

- Oi, amorzinho, quase 13 horas.

- Você vai levar a gente lá na natação?

- Vou sim, mas ainda não está na hora de irmos.

- Eu daria de tudo para dormir durante a tarde toda! - Lua.

- Eu daria de tudo para nadar na praia, isso sim, o Greg deve surfar hoje - Maria.

- E que dia aquele menino não surfa? Aquele lá surfa até se o mar está um cubo de gelo- Rafaela disse.

 

Lua e Flor foram para a natação de carona com Rafaela que aproveitaria para pegar Maria Flor e Ícaro na escola. Anna Lua deu tudo de si na natação, sempre fazia isso, poderia estar o mais cansada que fosse, mas se entrasse em uma atividade seria para ganhar, nadou um de seus melhores tempos naquela piscina e se banhou no vestiário, a água quente fez com que ela relaxasse, voltou para casa de carona com João, pai de Flor. Jantou com a família e terminou alguns detalhes no trabalho para segunda-feira, depois fez a única lição que tinha, caindo na cama antes das 22h da noite para fazer a única coisa que estava querendo durante todo o dia, dormir.

 

- Mamãe, onde está o meu uniforme do futebol? - Anna Lua perguntou enquanto tomava uma vitamina.

- Na lavanderia, bebezinho - Maia respondeu.

- Ah se eu não coloco esses fones pra carregar ontem à noite, hein? - Duda disse colocando a caixinha dos fones de Lua em cima da mesa.

- Eu sempre esqueço, obrigada, mamãe! - Falou e colocou a caixinha na mochila.

- Vai fazer algo depois do futebol? - Maia perguntou para a filha.

- Ainda sem planos.

- Ah, até a hora do almoço isso muda, vocês sempre inventam algo. - Duda.

- Verdade.

- E a chuteira nova, como está?

- Acho que ainda esse mês eu paro de estranhar no meu pé.

- Você é igualzinha à sua mãe, cisma com um calçado e usa até ele desmanchar - Duda falou. Maia sorriu cúmplice de Lua.

 

Dessa vez Maia foi quem levou a turminha para o colégio, prometendo que os encontraria para  a hora do jantar. O primeiro tempo de aula foi tranquilo, quase sonolento, então vieram o segundo e o terceiro tempo, até chegarem ao intervalo.

 

- Vamos ver o treino hoje - Felipe declarou.

- Nós vamos ver o treino e depois podemos dar uma voltinha na praia, o que acham? - Alex.

- Acho perfeito - Anna.

- Estou dentro - Flor.

 

Voltaram para a classe e tiveram os dois últimos horários, sendo educação física no último. Formaram dois times para jogar queimada e se divertiram bastante, saindo revigorados da aula. Lua voltou para casa e foi almoçar, às 14h30 deveria estar no campo de futebol para o treino, o futebol assim como tocar guitarra era um hobby que ela trazia consigo desde muito nova, mas naquela semana ela realmente estava exausta até mesmo para executar um hobby tão querido na sua vida. Porém, defendeu a maioria dos chutes na partida, alguns vieram como uma bomba, outros não exigiram uma grande defesa por parte dela. Entrou para o vestiário e se banhou animada por imaginar como seria o passeio da tarde na companhia dos amigos.

 

- Jogou bem hoje hein, Lua!

- Você também foi incrível no ataque, Mari!

- Vai fazer o que agora à tarde?

- Só andar por aí com minha turma, talvez ir à praia.

- Hm, pode crer, legal, às vezes eu apareço por lá também, mas vou dar uma voltinha de bike hoje, queria ver se você animava, mas fica pra próxima então.

- Animo super qualquer dia desses, outro dia fiz um circuito incrível com minha mãe. Depois temos que fazer uma trilha de moto também, você só me enrola, né? - Marina riu.

- A minha moto tá no conserto, quando ficar boa eu juro que te falo e vamos.

- Sei, tô só esperando. Bom, vou lá, bom pedal pra você.

- Boa andada por aí pra você! - Se despediram com um abraço e Anna Lua saiu do vestiário, encontrando Maria Flor já do lado de fora com os garotos do lado de fora, Alex estava com McKay, seu cachorro e Anna Lua fez um carinho na cabeça do cão que abanou o rabo alegremente em resposta.

 

- Por favor, preciso mais que tudo de um sorvete agora, só digam que sim - Lua.

- Está aberta a caça ao melhor sorvete da cidade para essa bela dama degustar - Maria Flor.

- Eu como secretário dessa missão posso sugerir de irmos no… - Felipe.

- Rufos! - Os quatro pronunciaram juntos e McKay latiu como se concordasse com todas aquelas palavras. 

Andaram até chegarem na sorveteria preferida deles, fizeram os pedidos em seguida, Anna Lua se esbaldou em um pote com os sabores de caramelo salgado e frutas vermelhas.

 

- Tô escrevendo um livro - Maria Flor declarou.

- Como assim? - perguntou Felipe.

- De poesias - Anna Lua completou.

- Como ela sabe e a gente não? - Alex.

- Vocês sabem agora! - Flor.

- Amor, o furo da notícia chega aqui primeiro pra depois cair nas mãos do público - Anna Lua deu um piscadinha em sua direção.

- Quando fica pronto? - Felipe.

- Talvez esse ano, talvez quando eu tiver 40 anos.

- Mas isso é um intervalo muito espaçoso.

- É que a Flor é uma pessoa espaçosa, né, rapazes?

- Sim, sou eu quem deixo minha amiga quase cair da cama quando durmo com ela porque tomo todo o espaço do colchão! - Maria falou encarando Anna Lua que sorriu com a provocação.

- Reclama desse jeito, mas quase toda semana as duas dormem juntas! - Alex.

- Obrigada por sair em minha defesa, Alê.

- Vamos dar um pulinho na praia? - Felipe sugeriu.

- Bora - o restante do grupo concordou em uníssono.

 

Chegaram na praia e encontraram Georgina na areia, desenhando enquanto o irmão estava na água surfando, Ruy havia ficado em casa.

O tempo estava nublado, mas por algum motivo isso não foi impedimento para que eles entrassem na água gelada, nadaram um pouco e voltaram para a areia, brincaram com McKay até se cansarem e decidirem ir para casa antes das 17 horas. Otto foi buscar Felipe para o jantar e acabou por dar carona para o restante do grupo e deixar cada um no seu devido endereço. 

Anna Lua subiu com as roupas úmidas para o quarto e foi se banhar. Descendo para o primeiro andar só depois de alguns minutos, brincou um pouco com a irmã e ajudou Eduarda a cortar alguns legumes na cozinha, para fazerem o jantar. Quando Maia chegou abraçou cada um ali presente e quis saber sobre o dia de todos. Ícaro fez um monólogo sobre o quanto ele achava necessário experimentar a sobremesa antes da janta e jurou que não perderia o apetite caso experimentasse apenas uma pequena colher da torta que os aguardava após o jantar. Maia tirou um pouco da torta em uma colher e deu na boca do garoto, que era simplesmente alucinado por torta com frutas vermelhas. Jantaram sem muito drama, já que não havia nada de novo no cardápio, geralmente quando os três filhos precisavam experimentar algo novo no jantar isso desencadeava uma grande série de frases dramáticas e até mesmo engraçadas.

 

A filha mais velha do casal fez a lição e subiu para o quarto para ver o final de um programa que exibia videoclipes na TV. Cochilou e acabou dormindo até cerca de 2 horas da manhã. Quando despertou momentaneamente pôde sentir uma dor no ouvido e na cabeça no geral. Detestava esses cochilos que faziam com que ela acordasse desnorteada, virou para o lado e tentou pegar no sono novamente, totalmente sem sucesso, sentia seu corpo ruim, seus braços moles e quando foi xingar por conta disso a garganta também protestou. Lua então se levantou e foi para o banheiro, lavou o rosto e se encarou no espelho, tinha os olhos vermelhos assim como a bochecha e a ponta do nariz, e se perguntou se havia deixado o ar condicionado do quarto ligado, devido ao frio que sentia. Voltou ao quarto se sentando na cama e tentando ao máximo fazer com que aquela sensação passasse, mas ao passo em que ela abria o olho aquilo parecia aumentar, quis muito evitar precisar chamar as mães, se sentia péssima quando ficava doente ou dava trabalho para Mai e Duda, mas não conseguiu evitar, se levantou pela segunda vez naquela madrugada e foi na direção ao quarto das mães, abriu a porta e se sentou no chão no lado em que Eduarda dormia.

- Mamãe? Mamãe? - Chamou.

- Oi, meu amor? - Quem respondeu foi Maia já acendendo o abajur no seu lado da cama.

- Mamãe, eu não me sinto bem. - Assumiu escorada na cama.

Maia que já estava de pé acendeu as luzes e se agachou até onde a filha estava.

- O que você está sentindo, minha vida?

- Tudo doendo - e passou a mão pela testa, ouvido e garganta.

- A mãe vai cuidar de você, tá bom? Du, Duda, acorda, Duda. - Chamou a esposa algumas vezes enquanto passava a mão pelo rosto de Anna Lua.

- Oi, Mai que luz acesa é essa? 

- A Lulu está passando mal, Du, acorda.

Em instantes Eduarda já se sentou e ficou em alerta, encontrou a filha do seu lado e a encarou.

- O que você tem, minha vida? - Lua sorriu um pouco já que Maia e Duda perguntaram a mesma coisa com quase as mesmas palavras.

- Garganta, ouvido, meu rosto e meu corpo doendo.

- Senta aqui na cama. - Duda se levantou e Maia pegou a filha e a colocou na cama. - Bebe um pouco d’água, já vai passar, vamos cuidar de você, tá bom? - disse colocando o copo na boca dela.

- Enche a banheira lá, amor, vamos dar um banho nela. - Maia pediu e Duda foi na direção do banheiro. Lua agarrou a mão da mãe que a beijou.

Quando Eduarda voltou Maia deixou Anna Lua em sua companhia para ir buscar alguns remédios no primeiro andar, voltou com tudo que era necessário.

 

- Aqui, vida, seu suco de maracujá. - Maia colocou em sua mão um copo com tampa. Ela e a esposa deram os remédios para a menina que tomou tudo sem muito protesto. Minutos depois Lua estava no colo de Maia indo para o banheiro, parecia um neném indefeso, e com certeza manhoso, pois era assim que ficava quando estava doente, não havia necessidade dela estar no colo de Maia, mas nessas situações as mães a mimavam. O casal banhou a filha com cuidado e a secou voltando com a menina para a cama em seguida.

 

- Tá melhorando, Lulu? 

- Mais ou menos, não sei.

- Você já vai ficar boa, meu amor.

Duda foi até o quarto de Lua e voltou com suas cobertas, a cobriu e fez um carinho em seu rosto, depois se escorou em Maia.

- Vai dormir já já - Mai disse.

- Ela não ficava doente assim há um bom tempo, tadinha.

- Daqui uns 4 ou 5 dias ela já vai estar boazinha.

Deram mais um pouco de água para Lua e ficaram conversando deitadas, velando o sono da filha até cochilarem.



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