- Aguarde – Megan repetiu – para eles é fácil, eu não vou aguentar ficar aqui olhando pro nada. Eu preciso fazer alguma coisa – se levantou e Ally segurou seu braço.
- Você vai pra sua casa e não vai fazer nada, entendeu? – Meg se deu por vencida sem nem mesmo ter tentado discutir e saiu.
- Senti sua falta amorzinho – Jeremy falou assim que ela abriu a porta de casa.
- SEU NOJENTO, DESGRAÇADO – partiu para cima dele tentando agredi-lo que a deteu rindo – onde está meu filho?
- Procura lá em cima onde ele sempre fica – ela se soltou e subiu as escadas correndo.
- Arthur... – correu até o berço onde Mah estava ao lado.
- Eu não falei que a criança estava segura? Eu já dei um banho nele, é melhor deixa-lo dormir Meg.
- Eu não posso ficar longe dele, essa noite eu durmo aqui Mah – ela assentiu – você ficou sabendo algo do...
- Luke? – Jeremy a interrompeu entrando no quarto – acho que ninguém sabe dele ou talvez só uma pessoa.
- Por favor, Jeremy, solta o Luke... – correu se ajoelhando nos pés dele.
- Mah sai – ele falou autoritário e a mulher saiu.
- Jeremy... – falou ainda no chão.
- Que fofa você fica quando implora pela vida do seu amante... Ah Megan você brincou com a pessoa errada. Eu juro que não queria fazer nada, um pouco sim porque nunca fui com a cara dele, porém você me obrigou.
- Solta ele e eu faço o que você quiser, eu prometo Jeremy – ele pareceu pensar.
- Vou pensar na proposta ou quem sabe eu me compadeça do casalzinho e mande os dois juntos e direto para o inferno?
- Me diz o que você mais quer e eu te dou – segurou na perna dele que ia saindo.
Jeremy olhou para o berço – Tudo bem, você me convenceu. Eu quero o Arthur pelo Luke, você vai registrar essa criança como meu filho e depois pode sumir deixando ele comigo – Megan engoliu em seco, não podia deixar o filho.
- Pede outra coisa? Eu estou te implorando... Meu filho não.
- Okay, segunda-feira vamos registrar a criança como meu filho e já que você não aceitou a proposta Luke continua comigo.
- Você não pode – ele se levantou dando um tapa no rosto dele que colocou a mão em cima.
- Ninguém me bate Megan, ninguém e eu vou me lembrar disso – desferiu um soco em seu rosto fazendo-a cair então saiu.
- Ele não vai registrar essa criança e o Luke vai voltar – Mah entrou no quarto falando, seus olhos antes claros e doces agora estavam escuros e sombrios – nem que para isso eu mate meu próprio filho.
- Não precisa mais entrar nisso, a culpa não é sua – Megan falou.
- Eu não preciso, eu já entrei – ela saiu batendo a porta.
- Entra – Jeremy falou ouvindo uma batida na porta do escritório.
- Com licença – Mah entrou – nós precisamos conversar um instante.
- Se veio pedir pela ordinária está perdendo seu tempo, e eu gosto muito de você para te colocar no meio da história.
- Não é sobre isso filho – ele sorriu.
- Eu sempre gostei quando você me chamava de filho, me deixava calmo e eu esquecia um pouco que meu pai era a única pessoa que se importava comigo. Eu sempre te vi como uma mãe.
- E eu sou sua mãe, sua mãe biológica – ele a olhou sério.
- Qual a da piada? – soltou uma risada tirando a cara fechada.
- Isso não é piada, eu te coloquei nessa porcaria de mundo e não a Juliette como você pensa. Você tem os traços da sua avó materna e apenas o temperamento do seu pai – ele soltou uma risada alta.
- Você não sabe mentir Mah – ela respirou.
- Sabe sua marca de nascença? – ele assentiu e ela levantou a manga da blusa revelando a mesma – me chame de mentirosa se quiser ou apenas de mãe – ele a olhou confuso.
- Como pode?
- Posso te contar? – ele concordou e ela explicou como tudo ocorreu.
- Meu pai não fez isso, ele era uma pessoa boa – Mah riu entre algumas lagrimas que caíram ao relembrar a triste história.
- Tão boa que retirou você de mim exatamente igual você está fazendo com a Megan, eu tentei te dar o amor que fosse necessário, mas parece que não adiantou. Quando você se machucava e vinha indefeso para o meu colo eu tinha a melhor sensação de mundo, a sensação que podia te proteger de você mesmo e te impedir de virar um monstro. Isso não aconteceu, você virou uma cópia do seu pai, uma criatura repugnante e sem coração capaz de usar uma criança para atingir seus objetiv...
- CALA A BOCA – Jeremy bateu na mesa gritando – eu não sou um monstro e meu pai também não era – começou a chorar – eu jamais faria mal ao Arthur.
- Eu sei meu amor – o abraçou – vamos começar uma nova vida, solta o Luke e o deixa em paz com a Megan, você sempre gostou tanto do Japão. E se nos mudássemos pra lá? Ou então Paris? Jeremy não acaba com a vida dessa garota e nem com a sua. Vocês vão ser infelizes juntos e você é bonito, arruma a namorada que quiser, por favor? – ele piscou o olho forte.
- Eu não posso Mah, agora não. Eu prometi pro Parker que jamais ia terminar com a Megan e não vou descumprir – ela respirou fundo.
- Ele morreu, você não precisa...
- Eu preciso – falou saindo rápido e a deixou ali olhando para o nada.
Nesse exato instante ele tinha um encontro com Andrew Hemmings e James Carter, seguiu para o escritório onde encontrou Lunna conversando tensa com os dois. Ele havia se esquecido de que Andrew deveria conhecê-la e ela lhe lançou um olhar bravo.
- Vejo que se conhecem – falei ao me aproximar.
- Ela felizmente é a ex- do meu filho – Andrew respondeu.
- Felizmente? – a garota protestou – eu deveria agradecer por me livrar daquele insuportável do seu filho que esta tendo o que merece – Andrew fechou os punhos.
- Chega Lunna – Jeremy disse tirando-a da cadeira e se sentando – Vai buscar um café para nós – ela assentiu e saiu – agora podem falar o que traz os cavalheiros aqui.
- Você deve imaginar – ele sorriu – eu preciso lhe contar algumas coisas em relação aos negócios feitos entre seu pai e o James – Andrew falou.
- Vá em frente – Jeremy como sempre mantinha um sorriso no rosto e o homem contou tudo o que para fraudar os pagamentos.
- Acho que você não detém poder sobre minha filha – o rapaz riu alto.
- Acha mesmo que meu pai nunca me contou disso James? Não importa se foi um jogo sujo ou não, você caiu nele e agora está fora.
- Isso é ilegal, você está chantageando a Meg e forçando-a a se casar com você – Andrew interveio.
- Que interessante. Leve-a de volta e eu acabo suas famílias inteiras, não sobra um ser para reconhecer os cadáveres – James engoliu em seco calando-se.
- Meu filho está com você? – Andrew questionou e Jeremy assentiu – solte ele e prometo que jamais voltara a incomodar.
- Tarde de mais – falou – ele já teve as chances dele.
- O café – Lunna entrou na sala.
- Não precisa mais, os senhores já estão de saída – apontou para a porta – caso queira um emprego meu pai sempre falou bem de você ‘Andy’ – falou rindo e os homens saíram irritados.
- Moleque insuportável – James falou entrando no carro.
- Calma que nem tudo está perdido – James o olhou – você viu aquela moça com quem conversamos, a tal de Lunna? Ela estava em SY algum tempo atrás, isso pode ser um sinal que tem rabo preso dela por lá. E se for na policia e ela é pega como cúmplice do sequestro do Luke automaticamente o Jeremy dança junto, porque ela vai entregar tudo o que sabe pra se livrar.
- Como você tem tanta certeza? – perguntou apenas.
- Ela tem cara de que faz esse tipinho.
- Como vamos fazer pra ir pra SY há essa altura? – ele sorriu.
- A Liz vai nos ajudar lá – falou pegando o telefone e ligando para a esposa.
- Andy querido, alguma novidade? – ela perguntou atendendo.
- Mais ou menos, não quero te preocupar agora. Só preciso que você vá descubra se aquela tal de Lunna tem algum problema ai em SY, não importa o que for, descubra e nos conte.
- Tudo bem, mas por onde vou começar? – ela perguntou.
- Começa pela policia, depois vai pro hospital, escola, corpo de bombeiros... O que você achar que pode ajudar vai.
- Claro, vou chegar a policia e falar: ‘Oi, você poderia me informar algum problema da Lunna?’ – ele riu.
- Claro que não, tenta convencer eles a te falar algo. Se não tiver você tenta soltar uma grana e por fim se não der certo... Eu confio na sua bunda amor, eu não resistiria – ouviu-a bufar.
- Meu próprio marido falando isso... Tudo bem, eu darei meu jeito.
- Não esqueça que você é minha. Te Amo Liz – ela riu.
- Eu também te amo, Andy.
Liz pegou sua bolsa e foi para a delegacia central de Sydney, se ela tinha algo era lá. Entrou e viu Will, um velho colega de escola seu.
- Will? – ela perguntou assustada por vê-lo ali.
- Conheço a senhora? – ele perguntou.
- Seu eu, Liz. Nós estudamos juntos, não se lembra? – ele sorriu.
- Como você mudou. Está muito mais bonita – ela agradeceu, ele lhe daria as informações que precisava.
- Você também está mudado, parece mais maduro do que na nossa adolescência e mais sedutor – se sentou na frente dele.
- Impressão sua – falou envergonhado. Estava dando certo.
- Modéstia sua. Não vai me perguntar o que vim fazer aqui? – ele riu.
- Claro no que posso ajudar?
- Eu preciso saber se você tem algumas informações sobre uma conhecida minha – explicou quem era Lunna e ele sorriu.
- Por incrível que parece vou poder te ajudar Liz, mas não vai sair de graça – ela sorriu desconfortável – $ 15 mil.
- Perfeito. Me diga tudo o que pode mandar aquela vaca para a cadeia.
-Alguns meses quando eu ainda não era delegado, ela veio aqui e me pagou para eliminar um cara que estava chantageando ela daqui de dentro. Obvio que aceitei, eu precisava da grana para pagar o tratamento de saúde da minha esposa, porém eu não ia matar ele. Dei uma boa surra no cara e prometi deixar ele vivo caso ficasse quieto.
- Isso não incrimina ela sem te incriminar – ele negou.
- Ainda não acabou. Como o rapaz não é bobo aproveitou que eu assumi como delegado há algumas semanas e contou porque estava chantageando ela. Lunna tentou matar duas garotas, Megan e Emma, é provável que a senhora conheça – ela assentiu curiosa.
- Me conte tudo o que ela fez – ele explicou tudo o que aconteceu na época e Liz sorriu.
- Só estou esperando o momento certo de registrar o depoimento dele e ai expedimos um mandato de prisão para ela.
- Qual é esse momento?
- Preciso ter certeza que ela não vai falar que me pagou para matar o garoto, se não adeus meu cargo.
- E se eu te prometer que você não vai sair do cargo se mandar prende-la agora?
- Como posso ter certeza disso Liz? – falou desconfiado.
- Apenas confie em mim – segurou a mão dele que assentiu mesmo relutante – ótimo, sei onde ela está pra facilitar o trabalho.
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