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História Nothing really mattered until... - Get Nasty.


Escrita por: rafaellapaloma

Notas do Autor


Babes, primeiro me desculpem pela demora mas meu notebook quebrou e ficou no conserto esse tempo todo... Segundo: boa leitura!! yay

Capítulo 11 - Get Nasty.


                                "He was close tried to domesticate you, but you're an animal" 

Eu estava voltando para o internato. Ainda com aquela conversa na minha cabeça, Thalia não comentou nada comigo e quando estávamos descendo, o elevador parou no andar de Percy. Seu pai, Nico e o mesmo entraram.

E então, tudo ficou tenso.

Poseidon e Atena se encararam, talvez se reconhecendo. Nico beijou minha testa e abraçou Thalia enquanto Percy ainda continuava afastando encarando a pequena tela onde os números iam diminuindo.

-Atena? -ele perguntou, um pequeno sorriso brotando em seus lábios

Minha mãe abriu um sorriso, meio contagiante e medroso.

-Poseidon. -ela abriu os braços, esperando por um abraço que foi prontamente recebido -Quanto tempo.

O pai de Percy cheirou os cabelos dela, beijando seu pescoço e a parte exposta do ombro, senti como se eles fossem fazer sexo no meio do elevador, fiz uma careta que minha mãe pode ver, mas ignorou. Eu, definitivamente, estava com ciúmes daqueles carinhos.

Pigarreei e Poseidon me encarou.

-Annabeth! -ele bagunçou meus cabelos, observando minha mochila -Está indo para o Argos?

Assenti com um meio sorriso.

-Muito cedo, não?

-É, tenho que arrumar algumas coisas lá. Adiantar deveres, essas coisas. -dei de ombros

-Percy também está indo. Você vai, Nico?

-Ah, não, decidimos que vamos assistir um filme, não é, Thals?

-Uhum, se você não forçar a barra com aqueles filmes de terror.

-Olha, vocês vão juntos...

-Pai, eu não vou para o Argos e você sabe disso. -Percy resmungou, com os braços cruzados, evitando me olhar

Dei um sorriso.

-Sem problemas, Poseidon. Esse cara aí me dá umas trezentas cortadas por dia, já estou acostumada, valeu?

Atena encarou Percy, avaliando-o e empinou o nariz.

-Você deveria espanca-lo, querida.

-Sua calma continua me admirando, Atena.

-E seu jeito calmo continua me irritando, Poseidon.

Ambos sorriram com as provocações. Eu e Percy tivemos um mesmo ato e pensamento: caretas de nojo.

O Argos, por sorte, era muito longe de onde eu morava. E, por sorte, eu estava ao lado do motorista, então era obrigada a ver Nico e Thalia rindo toda hora, como um casal clichê e apaixonados que eram. O carro de Poseidon nos seguia, quando paramos no cinema perto do Argos onde o casal ficaria, ele também nos esperou e então, nos seguiu até a escola.

-Lembre da consulta do psiquiatra.

-Onde ele vai estar?

-Ele vai te mandar uma mensagem. Não falte, por favor, Annie.

Revirei os olhos.

-Ok, mãe. Agora não ache que esse cara vai me curar de uma coisa que eu nem sei.

-Vai ficar tudo bem, garota. -minha mãe disse e sorriu para mim quando parou no estacionamento de visitas da  escola.

Agarrei minha mochila que estava no tapete do carro, inclinando-me para dar um beijo em minha mãe.

-Não vá embora. Eu ainda sinto sua falta. -murmurei, contra todo meu orgulho

Atena sorriu, afagou meus cabelos e se afastou.

-Eu não irei. Não se preocupe, vai ter que me aturar por muito tempo ainda.

Bufei, risonha e desci do carro.

Poseidon parecia conversar seriamente com seu filho que apenas assentia, quando me viu, seus olhos verdes brilharam e acenou alegremente para mim. Lhe mandei um beijo, observando seu filho me encarar sem muito interesse, mesmo assim continuei parada esperando que a conversa chegasse ao fim, o que não demorou muito, e Percy viesse ao meu encontro, o que também foi fácil.

-E ai? Bronca do papai? -provoquei

-Não enche.

Percy olhou sobre o ombro como se estivesse avaliando alguma coisa ao seu redor e apressou o passo. E então, sumiu de minha vista.

                                                                             ***

O treino foi fantástico. Pela primeira vez, tinha escolhido a minha própria música, escolhido os passos, as manobras, os saltos. Tudo! Eu estava tão orgulhosa até porque nosso próximo jogo seria nesse sábado, no nosso campo. Meus pensamentos estavam completamente focados em vencer, sentia que tudo estava dando certo. Estávamos no vestiário, as meninas ainda cantavam com vozes totalmente desafinadas. Calcei meus tênis e sorri.

-Nós vamos arrasar nesse campeonato! -gritei balançando a minha regata branca no ar

Clarisse riu, rebolando em cima do banco, fingindo um strip.

-Certo, menos. -Thalia resmungou, ainda com um sorriso -Você mandou muito bem hoje.

-É, eu sei. -dei de ombros e visualizei meu telefone

Desde que acordei estava esperando a mensagem do psiquiatra, ele não tinha entrado em contato nenhum, até agora. Quando vi a tela do meu Iphone piscando, tentando chamar minha atenção esperando por uma mensagem, não sabia se me sentia ansiosa, aliviada ou mais medrosa do que já estava.

A playlist das líderes de torcida já tinha mudado, agora era Work From Home da Fifth Harmony. Fingi estar animada enquanto colocava meu casaco dos jogadores de futebol que ganhara do Seth. Respirei fundo, enfiando meu celular no bolso do casaco enorme, abrindo um sorriso.

-É isso aí meninas. A gata aqui está vazando. -mandei um beijo para as meninas, subindo pelo banco e batendo quadril com Clarisse -Nos vemos por aí. Não se atrasem para o treino de amanhã! Três em ponto, depois da aula. -gritei enquanto já corria para os corredores

Estava vazio, como sempre. As atividades extracurriculares não eram tão severas quanto em Califórnia, então todo mundo provavelmente estava se preparando para as provas, coisa que eu não estava. A mensagem dizia claramente para o encontro ser perto da sala de música, apenas.

Ou o cara era louco, ou ele... Sei lá. Respirei fundo várias vezes, percebendo que eu não estava ansiosa e sim, com muito medo. Assim que cheguei ao corredor da sala de música, parei de andar.

A Argos precisava melhorar as paredes a prova de som; com passos lentos, me encaminhei para a porta aberta onde Izzy estava na soleira, avaliando alguma coisa em sua prancheta com um ar maravilhado, no mesmo momento a voz de Percy ecoava.

-I never see the forest from the trees... -então, a voz parou, apenas o som do piano ecoando por todo local, podia ouvir o suspiro dele e em seguida, continuar -Baby, I'm a little blind, I think it's time for you to find me...

-Não dá! -resmungou e todo som harmonioso parou

-Você consegue, Percy. Pode mudar aquelas notas do começo, eu sei quão difícil é, você precisa de inspiração, querido. Nada que uma boa viagem para Holanda possa resolver, você sabe... Annie? Olá, querida. Estava sentindo sua falta nas aulas de costura.

Arregalei os olhos, enfiando as mãos no bolso do casaco e encarando os dois lados, como se estivesse sido pega em flagra. Dei um sorriso amarelo, verificando se tinha outra mensagem. Nada.

-Hm, oi, Izzy. É que com as líderes de torcida, está bem difícil passar por lá.

-Querida, você deveria ir. Sabe aquela calça que você começou fazendo, tive ideias incríveis. Você é ótima no desenho, pode levar mais longe.

-Talvez, eu vá. As garotas precisam de uniformes novos. -pisquei

O moreno apareceu na soleira, apoiando-se em alguma coisa e dando um meio sorriso.

Com certeza, ele é o garoto mais bipolar que já conheci.

-Oi. -disse, virando-se para Izzy -Você precisa me ajudar.

-Annie, você pode vir conosco? Quero dizer, se puder e não tiver que estudar...

-Aposto que ela tem que estudar. -Percy disse forçando um sorriso

-Na verdade... -encarei por cima de Izzy vendo Salomão conversar com alguém na sala ao lado, dei um grande sorriso e balancei a cabeça -Coisas podem esperar.

Izzy deu um sorriso enorme, puxando pela mão. A sala de música era maior do que vista por fora. Tinha vários instrumentos, tipos variados de violões, teclados elétricos, uma mesa de DJ, flautas postas como se fossem aquelas colheres em uma cozinha. Trombones, violinos, variados tipos de microfones, os baixos estavam espalhados de acordo com a cor, e as guitarras estavam expostas pelas paredes com autógrafos e tudo mais. No canto da sala, ao lado do palco, estava um piano.

Um lindo e gracioso piano de calda, lustroso e preto, deveria ser a única coisa que dava vida para aquela sala, tirando, claro, pela bagunça de papéis amarronzados por cima dele. Tentei visualizar, mas eram apenas garranchos e notas que eu desconhecia, então me mantive calada, remexendo minhas mãos nos bolsos, ansiosa pelo que eles tinham a me mostrar.

-Desculpe por ontem. -Percy disse ao meu lado enquanto Izzy revirava uma caixa cheia de microfones

-Acho que você está precisando de um psiquiatra. -brinquei

Ele continuou calado e me encarou, sério.

-As coisas não andam muito bem. E obrigado por ter me oferecido a carona... Peça desculpas a sua mãe por eu ter saído daquele jeito.

Dei de ombros, ignorando tantas desculpas que eu não conseguia entender.

-Está pronto, querido. Venha. -A professora chamou, acenando a mão com um sorriso grande

Percy foi até onde Izzy estava, ignorando o microfone, argumentando que ninguém precisava vê-lo cantando. Pediu para que ela fechasse a porta também, sentou-se em frente ao piano, embaralhou os papéis e Izzy sorriu, orgulhosa ao meu lado.

-Watch my life pass me by, in the review mirror, pictures frozen in the time are becoming clearer...

A professora estava ao meu lado, encarou-me confusa enquanto Percy continuava a cantar com os olhos fechados, parecia envolvido na música, fazendo caretas que só o deixavam mais sexy. Mexi-me, desconfortável, ele parecia um anjo cantando a música, parecia confortável e calmo. Sentia meu corpo se arrepiar com sua voz, era profunda, sentimental. A música parecia ser dele, e eu acreditaria, se já não conhecesse a música. Eu queria sentar ao lado dele e cantar, ou acompanha-lo no refrão.

Era perfeito.

-Não era essa música. -Izzy resmungou ao meu lado -Mas continua ótimo. Nós já treinamos essa. -Seu tom de voz era baixo, ela não queria atrapalhá-lo e isso era visível.

Dei de ombros, estava adorando vê-lo cantar, calmo. Eu só o via frio, risonho e concentrado, nunca o vi calmo. Apenas cantando. Deveria ser por isso que eu sentia inveja de Rachel porque ela poderia pedir para ele cantar a hora que ela quisesse e ele iria.

Tirando o fato que ele já cantou para que eu dormisse, eu estava com muita inveja daquela ruiva.

-Take what's left of this boy, make me whole once again...

Ele mudou a letra da música, e voltou com batidas fortes no piano, inclinando-se, sua voz parecia mais grave e rouca enquanto ele se erguia um pouco para cantar. Voltou para o refrão, Izzy parecia confusa, mas dava para ver o quanto estava orgulhosa daquela voz e daquele garoto.

-Will take what's left...

Não demorou muito para chegar ao fim e assim que chegou, ergui minhas mãos batendo palmas e escutando mais palmas.

Salomão, Izzy, eu e um cara loiro que eu desconhecia batíamos palmas enquanto um Percy corado levantava-se.

-Obrigado. -disse, mas sua voz era baixa demais, aposto que os que estavam perto da porta nem ouviram.

-Está ótimo, Percy, mas já tínhamos treinado essa música, por que não cantou sua nova composição?

-É, por quê? Aposto que deve estar tão perfeita quanto essa.

-Eu não compus essa. -ele falou, a máscara confusa dividida entre ser frio ou carismático impregnou em seu semblante

-É, eu sei, mas ficou ótima. Adorei sua voz, cara. -soquei seu ombro com um sorriso- Então, eu estou atrasada para um compromisso. Obrigada pelo convite, Izzy. -pisquei para a professora que voltava para o piano, procurando alguma coisa- Você foi ótimo.

-Vai se encontrar com o Seth? Ou vai procurar outra vítima? -Percy segurou meu braço com força, dei um sorriso irônico

-Esse problema agoraé meu. Por que você não vai satisfazer a dona Rachel? Ela ficou bem animadinha depois daquela festa do Ares. -levantei os ombros, dando uma de inocente.

O moreno apertou mais sua mão ao redor do meu ombro, me fazendo arfar mesmo continuando com um semblante irônico, querendo brincar com ele.

Salomão pigarreou, fazendo com que o aperto de Percy parasse rapidamente e se voltasse para a gente.

-Senhor. -disse em um cumprimento.

-Ahn... -o loiro se pronunciou pela primeira vez, provavelmente seria um aluno novo e por sinal, muito gostoso -Vocês conhecem Annabeth Chase?

Eu e Percy nos entreolhamos, confusos, puxei meu braço dando um sorriso grande, pensando estar sensual e sexy.

-Eu. Esta sou eu, gato. -dei pulinhos, saltitando até ele

-Srta. Chase. -Salomão revirou os olhos -Vou lhes deixar sozinhos por ora, você foi muito bom, Sr. Jackson.

Percy meneou a cabeça, aproximando-se de nós, provavelmente querendo ouvir nossa conversa.

-Olá, sou Thomas Jones, seu psiquiatra. -deu um sorriso grande -Eu estava nessa sala ao lado, acho que minha mensagem não chegou.

Cara gostoso. Eu tinha que agradecer a minha mãe por procura-lo.

-Você tem um psiquiatra? -Percy ficou ao meu lado, confuso.

-É, melhor ficar calado em relação a isso. -dei uma cotovelada forte em seu estomago, o que o fez curvar-se.

Thomas olhou tudo aquilo, estranhando o ato, porém quando saí da sala, ele me encaminhou para a sala ao lado.

Parecia uma sala de psiquiatra mesmo.

Tudo era rústico. Desde a mesa de carvalho no meio da sala, as janelas abertas com aquelas cortinas mais claras que tabaco, o carpete era fofinho e todo lugar era arejado. Em um canto no fundo da sala, um divã roxo escuro estava exposto atrativamente, em frente ao mesmo, uma poltrona do papai reclinada. O psiquiatra tocou minhas costas com a mão aberta e sorriu, amigável.

-Sua mãe me disse que você nunca teve um tratamento desse tipo, então... -apontou para a poltrona em frente a mesa -Podemos começar devagar, ou você prefere o divã?

Encarei as duas opções, sentando-me no divã.

-Eu não sei como essas coisas funcionam. Você só me faz perguntas, certo?

Thomas balançou a cabeça, pegando uma prancheta transparente que estava em cima da mesa de carvalho, e vindo até mim, ajeitando sua poltrona, a aproximando de mim.

Ele era lindo. Com aquele cabelos curtos loiros bagunçados, e os azuis bem claros, fazia me lembrar Luke, tirando que os olhos do meu primo eram bem mais escuros. Senti-me nostálgica, imaginando que em uma segunda, Luke estaria em uma de suas piores ressacas com uma garota que ele nunca viu na vida e resmungado com os pais porque não queria ir para aquela escola de playboys incubados.

-Não necessariamente. Podemos brincar de jogo da velha.

-É, algum tipo de piada psiquiátrica?

-Pode me chamar de Tom, aliás.

-Annie.

-Certo, Annie. Vamos começar falando do que você acha da Argos. Eu estudei em um internato dos catorze aos dezessete.

-Eu estou odiando. -sorri -Ficar presa não é uma coisa bem legal para uma californiana.

-Ah, você é californiana? -dei de ombros -Isso é legal, eu amo aquele lugar.

-Todos amam.

Ele concordou, e encarou-me inclinando a cabeça para o lado.

-Certeza que não prefere brincar de jogo da velha? Eu estou tão cansado de trabalha,r que encontrar uma garota bonita e rebelde como você me fez querer descansar.

-Se você estiver dando em cima de mim, e isso for um jeito discreto de pedir para transar, eu topo. -meu sorriso era enorme, e eu estava empolgada, começando a tirar minha jaqueta, mas o idiota apenas riu

-Não, não estou fazendo querendo fazer sexo com você, até porque seria pedofilia. E embora, não pareça, depois dos vinte e um, você fica com medo do governo.

Meneei a cabeça, bufando e de qualquer jeito tirando o casaco. Ficando apenas de regata branca com o top preto.

-Já que você gosta do típico psiquiatra velho... -suspirou, cansado -Vamos para as perguntas. Por que saiu da Califórnia?

-Minha mãe. -dei de ombros, Thomas fez um gesto pedindo para que eu me deitasse e obedeci, mesmo que me sentisse uma mulher com crise no casamento como nos filmes.

-Hm... Por que, exatamente? Se quiser dizer, claro.

-Coisas. -Tom maneou a cabeça, pedindo por mais.

-Você disse só se eu quiser.

-Você não quis brincar de jogo da velha comigo, então, vou ser um psiquiatra chato.

Arregalei os olhos e ri do seu jeito infantil, o loiro apenas deixou um meio sorriso escapar e percebi que isso fazia parte de sua consulta.

-Eu quero comer. Podemos comer alguma coisa na cantina? Um chocolate quente, talvez?

-Você vai parar de me despistar?

-Talvez, não sou tão fácil assim.

-Sim ou não?

Revirei os olhos e coloquei o casaco sobre meu ombro.

-Vamos logo.

Thomas me acompanhou. Ele parecia muito perdido quando eu virava pelos corredores, indo até o sul do prédio e entrando no refeitório vazio, como sempre. Tinha a suspeita de que as pessoas levavam o mercadinho para seus próprios quartos, Tom foi até a máquina de cappuccino enquanto eu pedia uma cestinha de donuts que a tia logo me deu com um sorriso simpáico. Sentamos em uma mesa central, eu com a cestinha de palha cheia de donuts açucarados e ele com duas canecas enormes de cappuccino.

-Eu coloquei creme demais, eu acho. -pensou, encarando uma das canecas

-Tudo bem. -peguei de sua mão, avaliando a temperatura ao redor e enfiei meu dedo, misturando

Thomas fez uma careta, mas logo deu de ombros, começando a beber seu cappuccino e comer um dos donuts.

-E entãao, por que saiu de California?

-Minha mãe não vivia lá. Eu aprontava demais, festas... Drogas, essas coisas.

-E o seu pai? -perguntou, distraído.

Travei. Deixei o donut de lado e rodei minhas duas mãos na caneca, bebendo o cappuccino compulsivamente até que sobrara apenas um dedo. Thomas avaliou minha reação, apreensivo, tentando procurar meu olhar com aquela expressão calma.

-Aconteceu alguma coisa, Annie?

Sorri e balancei a cabeça.

-Meu pai morava em Cali também, mas meus pais se conheceram em Nova York.

-E eles se mudaram, então?

-Minha mãe trabalhava em Nova York e eu morei com ela por um tempo quando eles se separaram, mas depois... -estreitei meus olhos, procurando me lembrar o que tinha acontecido- Eu morei com meu pai.

-E onde ele está? Ele vem te visitar?

Encarei-o, assustada, como se ele estivesse brincando com meus sentimentos, com meu psicológico. Respirei fundo, pensando em tudo para bloquear aqueles sentimentos de perda.

-Ele morreu.

Thomas continuou me encarando, querendo ir mais fundo.

-Onde?

-Em Cali. -respondi, minha voz estava trêmula e então, pude entender porque ele era um ótimo psiquiatra.

-E você gosta de lá porque...

Suspirei, voltando a tomar consciência do que eu falava, encarando-o como se ele fosse o culpado do que aconteceu comigo.

-Pra que você quer saber?

Thomas deu de ombros, e apontou para o cappuccino, como se pedisse para eu continuar bebendo-o. Fiz o que ele pediu, de alguma maneira, aquilo me acalmou, bebi o resto, que não foi muito, e voltei minha atenção para os donuts que ainda vagavam pela caixinha de palha.

-E então...

-Porque minha família vive lá. Meu avô Cronos, meus tios... Todo mundo. -dei de ombros, como se não ligasse para aquilo

-E como seu pai morreu?

Tossi, tudo veio com uma enxurrada.

O calor, o tormento, a tontura e a confusão, sentia como se não conseguisse respirar mais uma vez, senti apertos por todo meu corpo, senti minha pele queimando, cada espaço livre do meu corpo pegava fogo. O fogo irradiava em meus olhos e então, tudo estava frio. Ainda não conseguia respirar e dessa vez, não era pelo fogo ao meu redor, era pela água que adentrava minhas narinas e molhava todo meu corpo. Toquei o topo de minha cabeça e algo nojento e pastoso descia pela minha testa. Entrei em pavor, me debatendo, esperando sair dali.

Era como estar em um pesadelo e ter certeza de que aquilo era real.

Tentei respirar mais uma vez, no entanto, tudo que veio foi uma fumaça, mesmo que eu ainda sentisse meu corpo molhado. Tentei abrir meus olhos e tudo que vi foi uma imensidão azul a minha frente, meu corpo ardia com o contato da água fria, como se fosse álcool por cima de feridas que nunca iriam curar.

Eu gritei, o mais alto que pude.

Senti meu corpo caindo, mas eu não estava ali.

Eu estava do outro lado do mundo.

Á beira do mar, encarando uma mansão em chamas.

                                                                               ***

Meu corpo estava pesado e eu não conseguia escutar muitas coisas, além de minha mão presa a algo e uma briga baixa que eu tentava ignorar.

Resmunguei, tentando me encostar na cabeceira da cama.

Abri os olhos, usando o máximo de força que ainda me restava e massageei minhas têmporas.

A primeira coisa que vi foi borrões. Pessoas a minha frente, eram poucas, mas mesmo assim me fez ficar tonta. Quatro braços abraçaram meu pescoço, exalando preocupação.

-Ar. -pedi, tentando respirar, mas nada vinha, eu estava entrando em desespero até que as pessoas saíram de cima de mim e alguém enfiou água em minha boca.

Isso foi o suficiente para que eu voltasse a fechar os olhos, bebendo a água de bom grado e então, empurrando o copo para longe e voltando a encarar as pessoas nítidas.

Thalia e Silena, as duas estavam de lados opostos da cama. Nico estava encostado em um canto, falando no telefone, parecia nervoso, mas quando viu que eu o encarava, suspirou aliviado, desligando o telefone e ficando ao meu lado.

Perto da porta do banheiro, Percy e Thomas estavam de braços cruzados, ambos, com raiva.

-O que aconteceu? -perguntei

Assustei-me com minha própria voz, estava rouca e mesmo com os grandes goles de água que tomara, ainda sentia minha garganta arranhar e reclamar. Agarrei o copo das mãos de Silena e bebi todo conteúdo em segundos.

-Você não lembra? -Thalia mandou um olhar preocupado para Thomas a procura de respostas

As emoções vieram tão rápidos quanto antes, porém antes que eu me perdesse, meu psiquiatra ficou em minha frente, afastando Silena e segurando minhas bochechas.

-Annabeth. Aqui. Olha, foco. -pediu, apontando para seus próprios olhos e suspirei, aliviada já que aquelas sensações sumiram rapidamente- Isso, garota, muito bem. Agora, respira fundo. Alguém busque mais água, por favor. Continua com o foco. -seu tom de voz era aveludado até mesmo para dar ordens

-Obr-Obrigada. -disse, soltando o ar, me sentindo relaxada

-Só foi um susto. -Tom avisou, passando os dedos sobre meu rosto, acima de minha sobrancelha, ainda me encarando com aqueles azuis claros, sem desviar o olhar.

A calma transbordou pelo meu corpo e me afastei.

-Estou bem, obrigada.

-Ainda vai querer continuar com as consultas? -ele sorriu, um sorriso brilhante e contagiante

-É, claro que não. -Percy se pronunciou, avançando um passo

Todos o olharam, assustados, até ele parecia assustado demais, no entanto continuou o que iria falar.

-Ela desmaiou. A pressão dela baixou. Só disseram que você preparou um cappuccino para ela, talvez seja um psicopata querendo mata-la. É claro que ninguém vai deixar vocês dois sozinhos de novo.

Thomas pigarreou, levantando-se da cama, seu semblante mudando de calma para irritado.

-Eu estou sendo pago para dar consultas para a Srta. Chase, a não ser que você seja pai, ou algum parente superior à essa senhorita, além de um colega de classe com ego inflado, espero que abaixe seu tom de voz e deixe que a Annabeth decida o que quer fazer. Só irei parar as sessões se a mãe dela parar de me pagar.

Sorri com seu pequeno discurso, Thalia piscou o olho e Silena sorriu, apertando minha mão.

-Você que decide. -Silena falou, com aquele seu tom de voz firme que me deixava feliz- Desculpe, primo, mas... Ele está completamente certo.

Percy me encarou, talvez esperando que eu ficasse do lado dele.

-Vamos sair daqui, cara. -Nico o empurrou pelos ombros- Nos vemos depois, Annie.

O moreno fez um beicinho e bateu a porta devagar do meu quarto antes de sumir.

Eles estavam na área feminina ou estava sonhando? Percy na ala feminina? Percy Jackson? Aquele cara todo certinho que quase morreu quando eu fui para a ala masculina? É, uau

-Eu quero continuar. -falei, mas não estava tão firme em minha decisão, na verdade, só queria afrontar Percy porque se toda vez que eu desmaiasse, ele fosse enfrentar o Tom, seria uma bom começo para virarmos realmente amigos.

Ri com meus próprios pensamentos, bebendo mais um pouco da água que Thalia trouxera.

-Nossa sessão está encerrada por hoje, então. -Tom piscou, dando um beijo em minha bochecha- Nos vemos na quarta, tudo bem?

Assenti, animada. Vendo-o sair pela porta e minhas primas sorrirem.

-Ele é muito gato! -Silena suspirou, saltitando na poltrona em que estava sentada

-É! Eu acho que vou ficar em depressão profunda se esse cara não for meu psiquiatra. E aí, ele vai ter que fazer algumas coisinhas extras. -Thalia disse, lambendo os lábios.

-Sua safada! -joguei meu travesseiro em cima dela- Parem de tarar meu psiquiatra

Ambas riram.

-É, eu sei que vocês queriam aquele cara na cama de vocês, mas não. -mandei língua e levantei-me, ainda sentindo uma tontura fraca, mas ficando em pé com um sorriso- Vou tomar um banho, que horas são?

-Sete.

Arqueei as sobrancelhas, confusa.

-O que aconteceu comigo, afinal?

Silena deu de ombros, parecendo tão confusa quanto eu.

-Você desmaiou. -Thalia avaliou o que eu ficaria, entretanto continuei parada, encarando-a -Pelo menos foi o que a tia da cantina e o Thomas disseram, daí o Nico estava lá por perto e o ajudou a trazê-la pro seu quarto, ele nos avisou e viemos correndo.

-E por que o Percy estava aqui?

Silena e Thalia deram de ombros, escondendo alguma coisa.

-É sério.

-Não sabemos. -Silena prometeu- Acho que ele estava com Nico, quando chegamos, ele já estava aqui brigando com o Thomas.

-Brigando? -disse, interessada

-É, eles estavam gritando um com outro. Achei que o Percy-Certinho fosse bater nele. -Thalia riu e me empurrou para o banheiro- Agora, vai tomar seu banho porque perdemos tempo demais com você.

-Ah, eu sei. -dei um sorriso, abraçando-a e chamando Silena para participar de nosso abraço coletivo

-Agora, podem ir, se quiser. Eu... Quero ficar um tempo sozinha, pode ser?

Ambas assentiram, Silena foi primeiro, abrindo a porta e esperando por Thalia que antes de me largar, mostrou o maço de cigarro com um sorriso cínico, colocando por dentro de seus jeans e acompanhando Silena.

Maldita Thalia.

Suspirei, contentando-me com o silêncio do meu quarto. Liguei meu som, gostando quando o som de Burn começou a tocar estrondosamente pelo meu quarto, foi relaxante.

Demorei demais no banheiro e saí sem toalha, pingando por todo quarto, vesti uma camiseta masculina e uma calcinha short confortável, jogando alguns livros no chão, colocando em minha cabeça que eu iria começar a estudar para as provas porque depois de amanhã seria treino atrás de treino e Ally não me perdoaria se não vencessemos dentro de casa. Tudo bem que se aqueles meninos idiotas inventassem de perder seria um grande pé no saco, mas eu daria meu máximo. E se eles precisassem de uma diva inspiradora, aqui estava eu e aquelas gostosas das líderes de torcida.

E, claro, que eu estava contando com uma festa perfeita no pub do tio Ares com bebida de graça, provavelmente ele estaria tão feliz por seu time preferido ter ganhado que nem ia se importar se sua sobrinha favorita ficasse feliz com ele.

Suspirei, desabando no chão e abrindo o primeiro livro de filosofia, abrindo um caderno de anotações e começando a rabisca-los com pontos importantes.

Batidas ecoaram na minha porta.

Bufei, irritada, acho que as meninas não entendiam muito bem o que era querer estar sozinha, joguei meus cabelos ainda molhados para trás e abri a porta, encostando-me na soleira com brutalidade.

E eu nunca fiquei tão feliz por ter colocado uma camisa transparente e estar sem sutiã.

Percy corou assim que me viu, enfiou as mãos no bolso e encarou por cima do ombro.

-As meninas ainda estão aí? -perguntou

Balancei a cabeça dando um meio sorriso.

-O que veio fazer aqui?

Ele suspirou, empurrou-me pela barriga e fechou a porta atrás de si, trancando-a.

-Ah, agora você quer fazer sexo selvagem? -arqueei a sobrancelha, prendendo um riso enquanto ele se jogava onde eu estava antes no chão

-Eu só vim ver se você estava bem, não faça eu me arrepender.

Assenti sem esperar por mais respostas, sentando ao seu lado e inclinando-me, talvez demais, para copiar, deixando minhas coxas entrelaçadas o máximo que eu pudesse.

-Não adianta, eu não vou fazer sexo com você. Eu só vim ver se estava bem mesmo.

-Já pode ir embora, se quiser.

-E te alertar... Aquele cara é estranho. Você apagou, literalmente. Você não tem um pingo de medo com que ele possa fazer com você?

-Medo...-balancei a cabeça, pensativa

-Se veio aqui me fazer desistir de uma coisa que eu quero, Percy, pode ir embora.

-E o que você quer? Além de fazer sexo selvagem comigo, claro. -aproximou-se, segurando meu queixo com força

Foi quase impossível de me afastar. Seu cheiro era inebriante e me afogava, não como antes, sem conseguir respirar, entretanto eu respirava mais rápido querendo guardar aquela fragrância máscula nas profundezas da minha mente e revivê-la sempre que eu pudesse. Aproximei-me e sorri.

-Eu quero entender. Quero entender porque você não faz sexo comigo.-murmurei

Percy riu. Seus olhos se estreitaram e sua boca se abriu, mostrando os dentes brancos e alinhados. Soltou meu queixo e encostou as costas na cama.

-É, sério, por que você não leva nada a sério?

-Eu ouvi alguém dizer uma vez... -murmurei, ficando de frente para ele- A vida é curta demais para ser levada a sério. Eu concordo.

O moreno assentiu, ponderando o que eu disse.

-Talvez seja verdade. -deu de ombros- Mas, você está bem? Pensei que você não fosse acordar nunca.

-Ah, estou. Nada que um banho morno não faça. -sorri agradecida- Vocês avisaram para minha tia?

Ele balançou a cabeça e aquela expressão de mistério e raiva voltou.

-O Thomas disse que ele próprio avisaria. Aquele cara é estranho, por que ninguém acredita em mim?

-Porque talvez você só esteja com ciúmes. -levantei os ombros na defensiva, mas Percy bufou e deitou-se na minha cama, encarando o teto

Afastei os livros com o pé e fui até o frigobar.

-Um refrigerante? -balancei a Coca quando o vi encarar

Assentiu, levei duas latinhas e sentei ao seu lado.

Abrimos e continuamos calado, percebi que tocava a playlist das líderes de torcida, agora era Music Feels Better.

Percy sorriu, agora apoiado pelos cotovelos enquanto encarava o som em formato do emblema do Rolling Stones.

-Vocês mandaram muito bem no treino de hoje.

-Sério? Obrigada! -disse empolgada, aproximando-me dele- Sabe aquela hora que montamos a pirâmide? Eu pensei que ia cair, e morrer. Aquilo é horrível, mas graças aos céus, eu tenho uma boa coordenação motora.

Ele riu e acabou com sua latinha, jogando-a no chão sem atrapalhar enquanto eu tagarelava sobre como é difícil fazer uma coreografia.

-Mas, e ai, como está o time?

Deu de ombros, voltando ao seu estado pensativo.

-Bem, eu acho.

-Vão vencer? -perguntei, apreensiva

-Talvez. Vamos jogar contra Preston. Eles são bons, até demais. Não sei bem o que o treinador quer fazer, mas sei que vai ser difícil. Precisamos de muita motivação.

Pulei em cima da cama.

-E olha quem vai estar lá! -abri um sorriso, feliz

Percy riu e puxou minhas pernas, fazendo eu sentar em cima da barriga dele, a Coca caiu sobre sua camiseta vermelha, entretanto ele não pareceu ligar, colocando-a no chão, assim como a sua.

-É, talvez, você seja uma boa garota.

-Eu sou uma boa garota. -afirmei, firme, inclinando-se sobre seu peito

-Não tenho tanta certeza disso. -seu tom de voz agora era baixo, atraente e rouco: perfeito.

-É? -provoquei, deixando minhas duas mãos livres em seu peito- Talvez eu seja uma garota bem má. Muito má mesmo. -elevei meu rosto, fazendo com que eu pudesse encarar seu olhos extremamente verdes

Verdes escuros. Um mar revolto, variando de cor rapidamente. Desejosos.

Suas mãos apalparam minhas coxas livres enquanto nossas intimidades roçavam propositalmente.

-Não sei se gosto de meninas más.

-Seus olhos não se livraram dos meus, assim como suas mãos continuaram rodando minha coxa, subindo para meus glúteos receosos.

-É fácil gostar. -dei de ombros

Pousei ambas mãos em seu rosto e o beijei.

A princípio, pensei que ele fosse renegar e me empurrar, porém ele continuou ali parado, esperando que eu fizesse mais alguma coisa. Passei minha língua sobre seus lábios e então, ele começou a agir. Segurando minhas costas para que eu me aproximasse dele. Meu corpo se arrepiou, apertei minhas mãos em sua bochecha, sentindo sua boca explorar a minha como se já conhecesse, lembrei-me do beijo no pub do tio Ares, só que esse era cem mil vezes melhor. Suas mãos subiram minha blusa, apertando meus seios levemente, senti que ia desfalecer com os carinhos leves, enquanto sua boca não se separava da minha e eu já não conseguia me segurar, estava caída sobre ele, apenas mexendo minha boca, implorando de maneira silenciosa que ele nunca parasse aquilo.

Prendi minhas pernas em volta de sua cintura, afastando-me.

Meu medo era que ele se esquecesse daquilo e fugisse, mas ele continuou deitado, de olhos fechados. Suas mãos saíram da minha blusa e subiram para minha nuca, segurando meus cabelos com força, não repreendi meu gemido de dor, rapidamente ele mordeu meu queixo e meu lábio inferior.

-Senti falta disso. -murmurou, ainda segurando minha nuca

Soltei uma risada confusa.

-Não foi tanto tempo assim, vai. -rebati, brincando com os fios que ficaram em cima de sua testa

Então, Percy abriu os olhos, dessa vez, assustado. Pareceu verificar se era eu mesma ali, bagunçou meus cabelos mil vezes enquanto eu ria, assustada com suas ações, com suas mãos passando com brutalidade por todo meu corpo. Tentei me afastar, mas ele me beijou novamente. Dessa vez, com mais pressa, querendo provar que aquilo não era um sonho. Correspondi, embora suas ações continuassem a me assustar.

-É... -sussurrou, ainda com um sorriso, mas não tão grande quanto o anterior- Pub do Ares. Bem atrevida, você.

Dei de ombros, sorrindo, voltando a ficar sentada em sua barriga.

-Temos aula amanhã... Não quero que Dite me veja quando tiver fazendo a inspe...

-Durma aqui. -o interrompi- Por favor. Prometo que não vai te atentar a nada.

Percy pensou nas palavras que eu disse, acariciando minhas coxas com as pontas dos dedos. Em um movimento rápido e estratégico, trocou as nossas posições e beijou meu pescoço, eu ria de sua atitude.

Afastei-o e baguncei as almofadas, Percy pareceu saber o que eu ia fazer já que me ajudou a deixar todos os travesseiros bagunçados ao redor da cama, puxou o edredom e deitou ao meu lado.

Nós dois estávamos de lado, ainda ouvindo música, agora Hey LA, ele sorria, balançando a cabeça e sorri.

-Eu cantava essa mísica quando estava sóbria.-murmurei, pensativa

-Então, você deveria ficar sóbria mais vezes.

-Era difícil. -resmunguei, fechei os olhos e balancei a mão- Não vamos falar sobre isso. Vamos aproveitar que você está de bom humor. -comemorei.

Percy riu e ajeitou meu cabelo, bagunçando ainda mais, na verdade.

-Certo, o que quer fazer? E não, sem sexo selvagem.

-Saco. -corei e abracei seu corpo, depositando meu rosto em seu peito, sentindo seu corpo quente contra o meu- Eu vou dormir. Tenho aula de Geometria no primeiro tempo. -resmunguei novamente

Percy brigou comigo sobre alguma coisa que decidi ignorar e fechei os olhos, procurando o sono.

Só sentia suas mãos descendo do topo da minha cabeça até o fim de minhas costas, meu corpo parecia acostumado com aquele carinho embora minha mente provocasse choques térmicos por onde ele tocava. Eu me sentia bem escondida ali, mesmo que fosse por uma noite.

Antes que eu conseguisse dormir, ainda o ouvi cantando, o mesmo verso que ele estava cantando antes que tivesse uma plateia, entretanto agora estava completo.


Notas Finais


Gostaram desse momento percabeth??????????????? AHH, até o próximo capitulo. xoxo, rafa


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