História Notre Dame - Annia - Um novo amigo?

Esmeralda finalmente saiu da catetral e pode seguir para o pátio dos milagres que é o seu lar. Quem diria que nesse dia ela conheceria pessoas tão legais. Como o Quasí e Annia. Conhecer esse lado mais inacreditável de Frollo. 

Ela sabia que ele já é um canalha. Mas a ponto de assedia-lá? E dentro da igreja? Isso era realmente inaceitável. Mas também pelo fato de ele separar dois irmãos, também é revoltante. 

A mulher finalmente chegava ao pátio dos milagres mas desfarsadamente para que ninguém a seguisse. 

Assim que ela chegou, já foi recebida por Aurora que a abraçou fortemente. 

- Esmeralda!! Ah meu deus achei que você tinha sido presa! Em que pensou  em enfrentar o juíz daquele jeito!?

Disse a cigana para Esmeralda extremamente preocupada com o bem estar da amiga. 

- Fique calma Aurora...Eu só queria proteger aquele pobrezinho que estava sendo maltratado. Alías eu o conheci ontem e ele foi muito fofo comigo.

Disse Esmeralda admirada com o corcunda enquanto Aurora a olhava com um sorriso de lado. 

- Ihh me parece que ele mexeu com você né? Achei que você estava caidinha por aquele capitão da guarda. 

- Oque? Não. O Febus é apenas meu amigo, eu gosto sim dele mas não como você tá imaginando. E o Quasí...Ele é um fofo mas eu o conheci ontem mesmo. 

Ela é interrompida por Aurora. 

- E daí? Não existe essa não meu amor. Se você gostou mesmo do corcunda então porque não me fala? Não sou esse tipo de gente que vai te olhar feio só por vc ama-lo. 

Esmeralda logo começa a andar pelo pátio dos milagres junto com a amiga enquanto conversavam.

- Eu sei que é besteira. Mas está indo rápido demais não é? Nah e você não pode falar nada. Você e o Clopin por exemplo. Se gostam desde pequenos mas resolveram ficar juntos só beeem no final do ano passado. Ou seja, olha quantos anos isso. 

Esmeralda diz enquanto sorria para a amiga que ficou em silêncio. 

- Oque foi? Disse algo errado? 

Perguntou Esmeralda enquanto colocava suas delicadas mãos no ombro de Aurora. 

- Bem....Já que você tocou no assunto, eu queria conversar com você sobre o Clopin.... 

Esmeralda já a olhou com uma cara séria. 

- Eita. Oque aconteceu? Já sei, ele te deu bolo de novo? Você sabe o jeito dele ele é- 

Ela foi interrompida pela amiga.

- Não é isso! É que....Eu não quero mais me casar...

Antes mesmo que ela terminasse por completo sua frase, Esmeralda já disse em um tom surpreso. 

- Oque!? Como assim não vai mais?? Pirou de vez??

- Eu não sei sabe? Eu sei que o jeito dele é esse de sempre ficar se metendo em confusões, e não é esse o motivo de eu tomar essa decisão. É que agora eu sei que o que eu sentia por ele não é amor. Mas sim um carinho muito grande....

Esmeralda a olhava com sua triste expressão mas ela não podia fazer nada. Se essa é a escolha dela, quem poderia dizer o contrário? Ela só pode abraçar a amiga.

- e o Clopin? Já disse isso a ele?

- Não...Talvez mais tarde eu conte tudo....ele vai ficar arrasado....

Aurora sabe que isso vai machucar os sentimentos do cigano, mas a mesma não pode fazer muita coisa. Ela apenas deseja do fundo do coração que ele seja feliz e entenda a moça. 

- A última coisa que eu queria nesse mundo era magoa-lo... 

Disse ela em um tom de tristeza mas logo Esmeralda a puxa para um grupo de ciganos que estavam alí dançando. Até que a mesma disse. 

- Fique tranquila! Não pense nisso agora. Venha vamos destrair a cabeça um pouco amiga!

Esmeralda começar a dar seus belos saltos graciosos de dança e Aurora fica maravilhada com a atitude da amiga. Ela entra na dança e ambas se divertem para esquecer da tristeza. 

Enquanto isso...

Annia sai novamente do palácio da justiça para se divertir melhor na cidade. Como a mesma recebera a informação de que seu pai só voltaria ao por do sol, ela não perdeu tempo para se distraír do clima pesado que afeta o palácio. 

A mesma anda com um grande manto preto e um capuz, que escondia seu rosto para que nenhum guarda ou nenhuma pessoa veja quem realmente se escondia alí...Todos da cidade de parís a recebiam bem. Já fazia quanto tempo que não se sentia assim? Alegre, cercada de pessoas que não se intimidam com sua presença. Isso realmente a deixava bastante satisfeita. 

Mas logo a moça se perde na grande cidade de parís e acaba indo parar em um beco sem saída, e ela acaba atraindo bandidos. 

- Ora ora veja só. Oque um anjinho como você faz em um lugar como esse? 

Disse o homem quando a encurralou na parede. Mas Annia é claro, não é de ser intimidada por um homem tarado. Pelo contrário, não aprovava nem um pouco.

- Para a sua informação, eu não sou um "anjinho" e se você pensa que vai fazer alguma coisa comigo, pode ir tirando o cavalinho da chuva! 

Respondeu a moça com o tom de voz alto mas o outro bandido que estava junto segura Annia pelos braços a deixando incapaz de se defender. 

- Até que você é bastante atrevida não é? Gosto de mulheres assim. Isso me deixa bastante feliz heheheh...

 O homem com as mãos no queixo da moça que não tinha chances de escapar. Isso é oque todos pensavam, até que o homem que a assediava foi surpreendido com um balde de lama na cabeça. 

A moça que não entendia absolutamente nada decidiu reagir e chutar nas partes baixas do homem que estava com a cabeça no balde. 

O mesmo cai no chão e o bandido que segurava os braços da garota, acaba soltando e indo ajudar o amigo, mas o mesmo acaba escorregando na lama e caindo de costas no chão. 

Quando finalmente, alguém aparece bem naquele local e o mesmo começa a rir da situação. 

- Hahahahahah peguei vocês direitinho! É nisso que dá quando não respeita uma mulher! 

Ele diz ainda rindo e em um tom discontraído. Nem parecia que era ele que salvou a moça de ser abusada bem alí. 

Ele usava umas roupas coloridas e também uma máscara no rosto. Ele parecia muito familiar mas Annia não conseguia se lembrar de jeito nenhum... ela tinha uma memória muito curta para lembrar de pessoas que conheceu apenas de vista. 

Até que esse "homem estranho" a puxou pelo braço saindo correndo dalí antes que os assediadores se levantassem. 

- Hey! Oque você tá fazendo!? 

Exclamou Annia furiosa pensando que ele seria mais um maluco para fazer "coisas não muito agradáveis" com ela. 

Assim os dois pararam em uma ponte que tinha uma vista também muito bonita. E o homem com seu tom vitorioso começou então o assunto. 

- Ufa ainda bem que- 

Antes mesmo de iniciar a conversa, ele já levou um soco no rosto fazendo ele cair sentado no chão. Annia havia agido por impulso e só percebeu isso quando o mesmo reclamou do golpe surpresa. 

- Ai! Porque fez isso? Eu salvei a sua pele e você me agredece com um soco. Uma forma bem pecúliar de se agredecer não é? 

Disse o mesmo ainda com as mãos no rosto. 

- Ah! Ai meu Deus me desculpa!! Desculpa mesmo, eu nem sei oque deu em mim! Juro! Aí você está bem? 

Disse ela quando o homem se levantou e a olhou com um sorriso no rosto.

- Nah não se preocupa com isso! É normal a pessoa que acaba de passar por uma situação dessas reagir desse jeito. Então....Eles machucaram a senhorita?

Disse ele ainda parecendo que não se importava, mas é apenas o jeito dele. Na verdade ele se importava muito com pessoas ao seu redor. Principalmente pessoas inocentes que sofrem algum mal. 

- Ah....Eu estou bem. Eles não fizeram nada comigo.

Ela diz em um tom baixo e escondida debaixo daquele capuz. Mas o homem parecia nem se importar se ela estava escondida ou não. "Se ela está escondida no capuz é por um bom motivo" pensava ele. 

- Sendo assim eu fico feliz! Então....até logo! 

Ele se despedia da moça mas quando o mesmo se preparava para ir embora ele é parado pela moça. 

- Espera! Por favor não vá!

Disse ela pedindo ainda com sua voz um pouco baixa. 

- Eu...Queria agradecer por ter me salvado...Alías.. qual é o seu nome? 

O homem a olhava um pouco confuso. Mas ele decidiu ser gentil com a moça e sorri gentilmente mas ainda em seu tom brincalhão e carismático.

- Certo. Muito prazer moça! Eu sou Clopin, ao seu dispor. 

Dizia ele em uma forma de se apresentar. Mas do jeito que ele acabou de fazer ela não sabia se o levava muito a sério. E sim. O homem que a salvou de ser abusada é o querido cigano Clopin. 

- Espera....Agora estou começando a me lembrar...Você é o cara que apresentou o festival dos tolos! Com essa roupa, eu ví você no festival!

A moça disse feliz em poder conhecer o apresentador e animador do festival. 

- Sério? Legal! Eu não me lembro de ter visto você no festival. 

Ele diz a olhando de cima para baixo. Claro que ele não vai lembrar, ela está encapuzada. 

- Bom....É que....eu não saio muito de casa é isso. 

Ela tenta dizer isso em forma de uma desculpa. Apenas para que ela não ter que dizer que é a filha do juíz Claudde Frollo. Mas isso não o convenceu muito.

- Hm...Tudo bem então. Você não me disse seu nome. 

Disse Clopin curioso com a moça que estava encapuzada. Annia não sabia se dizia seu nome ou mentiria. Mas se ficar mentindo não resolveria as coisas. 

- ....Annia....

Ela dizia em um tom de voz um pouco baixo mas ele conseguiu entender a moça. 

- Annia? É um nome bonito! 

Diz o cigano sorrindo alegremente para Annia. Isso por alguma razão fez com que ela ficasse feliz. 

- Bom. Eu tenho que ir agora. Mas eu gostei de você, parece ser uma pessoa legal! Então até mais! 

Diz o cigano e logo o mesmo sai andando pelo local mas logo Annia o chama pela última vez. 

- Espera!....Nós podemos ser amigos? Eu não tenho tantos amigos e... queria alguém para conversar. 

Clopin olhava para a moça um pouco confuso mas ele logo abre novamente seu sorriso gentil no rosto. 

- Claro! Podemos vir aqui se quiser! Quem sabe nesse mesmo horário? Mas saiba que talvez eu não vou poder vir sempre ok? 

- Certo! 

Respondeu a moça alegre por ter um novo amigo. Parece que nesse retorno dela vai aguardar muitas coisas. 

Assim que ela volta e começa a andar novamente pelas ruas de parís, ela se esbarra com Febus. 

Continua.