História Uma Nova Versão De Você - Eu Quero Você...

“... - Ryu!” O que ouve? -Pergunto de pé, a sua frente, e em seguida o menor me beija de língua, colocando seus braços ao redor do meu pescoço para intensificar o beijo. – Ryu! O qu... -Ele me beija novamente e me direciona até a cama, ficando sentado em cima de mim, assim acabo sentindo sua ereção.

- Eu quero você... -Ele pega minha mão e a leva a sua entrada. Sua expressão excitada estava me deixando louco. – Aqui dentro. -Perco todo o controle que tinha.

Uso minha magia para fechar a porta e consigo criar uma barreira como a de Anna. O derrubo e fico por cima do moreno, o beijando enquanto fazia caricias por seu corpo. Ele gemia mais que o normal ao sentir meu toque em sua pele, o que me deixou com mais tesão. Como eu já estava apenas de cueca o ajudo a retirar sua roupa e ficamos nus ao retirar minha última peça de roupa. Desço meus beijos por seu pescoço e abdômen até chegar em seu membro. Coloco o mesmo em minha boca e começo os movimentos de vai e vem com a cabeça. Não demorou para ele lançar o pré gozo, então paro de masturbá-lo, vendo seu rosto extremamente corado e sua respiração acelerada.

Coloco meu membro em sua entrada e o adentro devagar. Ouço gemidos de dor do menor e vou com mais calma, mas o moreno entrelaça nossas mãos e acena que sim com a cabeça, então termino de penetrá-lo e o ouço gemer mais alto.

Pouco depois começo a estocá-lo, o ouvido gemer loucamente de prazer a cada estocada que dava. Quando estávamos perto do ápice o beijo, intensificando o orgasmo. Gozo dentro dele e ele em nossos abdomens. Caio ao seu lado ainda dentro do menor.

 Estávamos ofegantes e melados. Ao me virar para ele o vejo dormindo tranquilamente. Arima, meu lobo, nos olha ao acordar, mas em seguida nos ignora, voltando a dormir em sua caminha no chão. Saio de dentro de Ryu e o abraço dormindo. Pouco depois também adormeço.

Ouço batidas na porta. Mesmo que minha barreira ainda esteja de pé conseguimos ouvir os sons exteriores, apenas eles que não podem nos ouvir.

- Natsu, o jantar está pronto! -Diz tia Mabel ao bater na porta.

Ao ir acordando desfaço a barreira de som e a respondo ainda com a porta trancada.

- Já irei descer!

- O Ryu está com você? Não o encontrei em lugar algum.

- Ele está me ajudando.

- Ok, espero vocês lá em baixo. -Diz e sai.

Levanto a barreira novamente, por precaução. Ao virar o rosto vejo Ryu sentado no chão ao lado de Arima, que ainda dormia tranquilamente apesar do berro que Ryu deu, com o cobertor envolta do corpo, corado e me olhando assustado.

- O-o-o que... N-nós... -Ele olhava para um ponto, pasmo, perdido em pensamentos.

- Você não se lembra? -Pergunto confuso e levemente irritado, e o vejo corar até as orelhas, baixando a cabeça.

- ... L-lembro.

- Não é a primeira vez, pra que essa surpresa? -Pergunto me levantando e indo até o mesmo, ainda nu.

- É-é a primeira!... A primeira que você... -Ele vira o rosto envergonhado, mas depois me olha furioso. – Porque você gozou dentro?!

- Que?! Você que pediu! Estava praticamente implorando! -Digo irritado.

- Não foi por minha causa! Foi culpa da Anna! -Diz e eu me acalmo, ficando confuso.

- Porque dela?

- Ela me chamou pro quarto dela e me serviu um chá. Ele falou umas coisas loucas e depois de um tempo comecei a me sentir estranho. Quando me dei conta já estava em frente à sua porta. -Ele fica, de sua expressão envergonhada, para uma extremamente furiosa. – Ela provavelmente me drogou! E você se aproveitou!

- E-eu? Eu nem sabia disso! -Digo me defendendo.

- Então quer dizer que ela me drogou depois que VOCÊ saiu do quarto dela apenas porque ela apenas quis?!

- ... P-pode parecer suspeito, mas eu não sabia de nada! -Ele se levanta ainda irritado e corado, põe sua roupa e sai do quarto.

- Com licença! -Diz fechando a porta brutalmente.

- AHHhr! -Me deito na cama olhando novamente o teto, irritado, passando as mãos nos cabelos, até bate-las com força na cama, bufando. – O que ela tá aprontando?

Desço para o jantar e ao chegar no cômodo vejo todos já na mesa.

- Que demora! Esqueceu que só começamos a comer quando todos estão a mesa? -Pergunta Jiselli irritada, com Rebeca ao seu lado na mesa.

- Estava ocupado. Tive que tomar um banho por causa do Arima.

- Ele ainda está dormindo? -Pergunta meu papa e me sento a mesa.

- Sim, mas acordou e pulou em cima de mim. Eu acabei perdendo o equilíbrio e cai no pote de sache dele.

- Você devia estar bem melado. -Diz Anna e a olho furioso.

- É, mas vou colocar o pote no seu devido lugar mais tarde. -Digo a olhando e tento manter a calma em seguida.

- Cadê o Ryu? -Pergunta meu pai.

- Ele foi trocar a comida do Arima. -Falo e o menor entra em seguida, ficando em pé ao meu lado, devidamente arrumado.

-  Ryu, nunca entendi o porquê de você ficar parado de pé. Coma com a gente. -Diz papa o olhando com um sorriso.

- Posso comer na cozinha mais tarde. -Diz recusando educadamente o convite enquanto se curvava levemente em agradecimento. Anna, que estava ao meu lado, se levanta e senta Ryu em nosso meio, a força enquanto sorria forçadamente.

- Deixa de desculpas, só fique sentado.

Acho melhor não contrariar ela. Achei que Anna iria fazer mais piadas de duplo sentido para nós, mas não os fez. Ryu passou o jantar todo quieto, falando apenas quando uma pergunta era direcionada a ele. Após o jantar papa me chama para a conversa do qual havia comentado mais cedo. Ele me leva a seu escritório e nos sentamos em duas cadeiras, uma de frente pra outra. Pouco depois ergue uma barreira, provavelmente de som, ao redor da sala. Já sei onde Anna aprendeu isso. Pelo jeito Jiselli não era a única que ela seguia.

- Então, sobre o que queria conversar? -Pergunto e ele me olha sério.

- É sobre seu futuro filho.

- C-como assim? Que filho? -Pergunto confuso, mas tentando manter a calma.

Não consigo deixar de lembrar do que fiz mais cedo com Ryu.

- Todos os primogênitos da família do Reino do Fogo herdam o Monstro do Fogo Azul. -Diz calmo.

- Disso eu já sei. Eu tenho metade dele em mim. -Digo ainda um pouco tenso.

- Eu destruí a outra metade pouco depois de você nascer. Eu o prendi em meu corpo e depois conseguimos selá-lo no corpo de seu avô, junto com sua ajuda e da minha mãe. Ele nunca irá conseguir escapar de lá. Achei que assim você estaria seguro, mas metade dele conseguiu escapar de mim e ir para você durante seu nascimento. Eu só consegui prende metade dele porque seu avô Lúcifer, enquanto estava sem sua alma, me sequestrou e me drogou, uma droga que faz a gravidez ser muito mais rápida. Com isso o monstro conseguiu ir metade dele para você e a outra prendemos.

- Não entendi onde você quer chegar, papa. -Digo nervoso.

- Você já deve ter reparado. -Ele me olha nos olhos, sério. - Eu não sabia até olhar os registros do castelo... Todos os possuidores do Fogo Azul têm que gerar seu descendente em seu ventre. Só assim ele será passado para o próximo hospedeiro e não se libertará. Você terá que se casar com um homem e gerar uma vida dentro de você.

- Que?!

- Todos na nossa família têm o dom de engravidar ou ser engravidado por quaisquer sexo.

- Disso eu também já sabia, m-mas... Eu não consigo dar à luz a um bebê!

- É claro que consegue. Você já está na idade em que tem que achar alguém para ser seu parceiro. Mesmo sendo apenas metade, você ainda tem o monstro dentro de si, e, se não tiver um herdeiro, ele pode se libertar. Como é apenas metade acho que pode demorar mais tempo que o normal, mas de qualquer jeito você deveria ir pensando no assunto. Você já é quase um adulto, achei que deveria te contar. -Diz um pouco cabisbaixo.

- M-mas... Não tem outra forma? -Pergunto sem conseguir disfarçar o pânico.

- ... Não que eu saiba. Sempre foi assim, desde o selamento do monstro.

- ... Mas... -Sinto lágrimas escorrerem de meus olhos e papa me abraça.

Nunca havia me sentido tão impotente antes.

Desde aquele dia ando meio que evitando Ryu. Continuamos juntos, mas sempre que estamos sozinhos o dispenso e não converso mais. Vou achar uma solução, mas até lá preciso ficar o mais longe dele que eu puder, se não, não sei se poderei me controlar.

Por sorte tem uma poção que as pessoas tomam no dia que fizeram sexo, para evitar que engravide, que tem 99% de eficácia. Se não fosse isso, eu mesmo já teria matado Anna pessoalmente.

Os dias foram passando e já era o dia dos aniversários das minhas primas. Vou ter que conversar com Anna para explicar o que ouve, ela deve entender. O problema... É QUE ELA NÃO QUER ME VER! Ela anda me ignorando todos esses dias! Ela aparece durante as refeições e depois some! Preciso falar com ela antes da festa...

O castelo inteiro está movimentado desde cedo para os preparativos da festa. O reino inteiro comemora no aniversário de um membro da família real. Tenho que acha-la antes dessa festa, caso contrário estarei morto e enterrado até o fim da noite.

P.O.V. Autora:

Ryu bate à porta do quarto de Natsuko e não ouve a voz do maior, então abre a mesma. Ele vê uma elevação na cama e vai até ela, já irritado.

- Natsuko, não me ouvir bater? -Ele puxa as cobertas e se surpreende ao ver o lobo de porte médio, pelos brancos e com a cor dos olhos diferentes, sendo elas azul e roxo, deitado na cama do prateado. Uma ruga aparece na testa do moreno. – Arima, onde está o seu dono imbecil?

Arima sai da cama e começa a andar para fora do quarto, sendo seguido por Ryu. Depois de andar por algum tempo, Arima pula em cima de Natsuko, o derrubando no chão e se deitando no mesmo, e em seguida olha para Ryu.

- Finalmente te encontrei. -Diz furioso, o fuzilando com os olhos.

- B-bom dia, Ryu. -Diz o prateado nervoso e evitando olhá-lo nos olhos.

- BOM DIA? ESQUECEU QUE DIA É HOJE? -Pergunta o moreno sem paciência.

- É o aniversário das minhas primas... -Responde com receio.

- Sim. Você pode ter fugido de mim durante esses três dias, mas hoje é diferente! -Natsuko se senta no chão ainda com o lobo em seu colo. – Você tem que tomar o café da manhã e se arrumar para a festa.

- E-eu estava procurando a Anna... -Diz virando o rosto, ainda evitando olhar para o moreno em sua frente.

- A Anna já está tomando o café, então se puder me...

O moreno põe as mãos na boca e no estomago com uma expressão de sofrimento no rosto.

- O que ouve? -Pergunta Natsuko, se levantando rapidamente, preocupado. Ryu, ainda com a mão no estomago, fala com um pouco de dificuldade.

- É-é só um enjoo. Logo vai passar.

- Mas parece forte... -Diz preocupado.

- Estou assim desde ontem, não tem com o que se preocupar.

- Mas de repente assim...

- Não é nada. -Natsuko o olha ainda preocupado e desconfiado. – Não se preocupe, não estou grávido e nem doente. Fazem apenas três dias desde que transamos, e se fosse uma doença seria pior. Além disso sabe que eu tomei a poção no dia em que ficamos. É só uma gripe de fim de outono.

- ... -O prateado continua o encarando, preocupado.

- Ao invés de se preocupar, é melhor você ir andando. O dia está cheio até a noite, então vamos. -Ele volta ao normal e começa a andar.

Dessa vez Natsuko desiste e o segue para a sala de jantar. Todos já estavam saindo da mesa, exceto Anna e Jiselli que nem estavam mais lá.

- Onde você estava? -Pergunta Dipper ao filho. – O Ryu estava te procurando a um tempão!

- Nada demais. Não se preocupe, vou comer rapidamente e já irei me aprontar.

- Não se esqueça que tem que se vestir formalmente. Sua roupa já foi separada e os empregados vão te ajudar. Vou me arrumar com a Alice. -Ele começa a sair, mas para na porta. – Não se esqueça de arrumar o Arima também.

- Vai dar tempo? -O prateado pergunta preocupado ao perceber que realmente estava atrasado.

- Eu vou me arrumar e ainda arrumar sua irmã, um coelhinho e um leão até a festa. Acho que você consegue se for rápido. -Diz sorrindo e quase rindo.

- Boa sorte em aprontar o Kuro.

Kuro é o nome do leão albino de Bill. Quase todos nesse mundo tem um guardião, como o Waddles, para proteger e guiar seus donos. Normalmente cada pessoa tem apenas um, mas Mabel foi a primeira a ter dois, sendo eles o Donuts, um unicórnio branco com a crina rosa e olhos prateados, e Jujuba, uma ave grande colorida e de olhos também coloridos, além do porquinho Waddles que se transformou na Terra em sua pulseira protetora.

- Obrigado. Não se atrase! -Diz saindo do cômodo.

Natsuko se senta e olha para Ryu.

- É melhor você comer alguma coisa.

- Não, ainda estou enjoado, e além disso tenho que cuidar de uma criança que não sabe seguir o cronograma. -Diz sério e com uma expressão levemente irritada.

- Há há... Se está fazendo piadas, está bem. -Diz se virando e começando a comer.

Quando o maior se vira Ryu põe a mão na boca novamente, se apoiando na parede para permanecer em pé e tenta não demonstrar seu mal-estar que piorava cada vez mais.

...