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História Now or Never - L3ddy - What a coincidence...


Escrita por: ladyarrozdoce31

Notas do Autor


Boaaa leitura

=)

Capítulo 3 - What a coincidence...


Fanfic / Fanfiction Now or Never - L3ddy - What a coincidence...


Luba p.o.v

Frustrado. Era assim que eu poderia descrever o que estava sentindo, sentado e sozinho naquele sofá, enquanto todos os meus amigos estavam dispersos em meio aquele bando de adolescentes animados. Se a minha avó estivesse aqui, com certeza estaria curtindo mais do que eu.

Faz meia hora que cheguei e fiquei sozinho, com meu copo quase vazio de refrigerante, só observando o movimento​. Por falar em bebida, Mauro e Chris já estavam totalmente altos, de longe eu observava os dois amigos na pista de dança, com seus passos desgovernados e nada sincronizados. Karen e Gabbie, com certeza foram para o andar de cima à procura de algum quarto vazio para se pegarem sossegadas, quando as duas ficavam bêbadas acabavam transando e no dia seguinte nunca comentavam, isso claro, depois de pararem de questionar o porquê de não terem a mínima ideia do que poderia ter acontecido para que acordassem nuas e abraçadas na cama. Eu e Lucas éramos os únicos a saber disso.

E por falar​ em Lucas... Acho que já deu para eu contar umas quatro garotas​ que ele beijou nos primeiros quinze minutos que chegamos, pois quis aproveitar que Maju ainda não tinha chegado para se divertir. Era difícil saber como ele aguentava aquela garota superficial o dia inteiro. Uma vez cheguei a perguntar isso a ele, e a resposta foi "ela fode bem". 

Urso pilantra, mal havíamos colocado os pés para dentro da casa e já tinha uma lontra pendurada em seu pescoço.

"Prometo que vai ser divertido", "Confie em mim", "Vamos nos divertir"... Até parece! 

Eu não deveria estar surpreso, eu não deveria estar com aquela cara enorme de trouxa, enquanto todos curtiam a festa. Eu mais parecia uma parte da decoração...

Eu devia ter bebido muito, enchido a cara e subido na mesa. Depois eu poderia culpar a bebida, se por um acaso resolvesse chutar o balde e jogar na cara daquele moreno imbecil tudo que eu sentia de verdade por ele. Mas, sair de fininho de lá, parecia ser a melhor opção. 

Terminei de beber o meu refrigerante, que já estava quente. Me levantei, segui em direção a porta e alguém esbarrou em mim no caminho. Eu estava pronto para me desculpar quando a figura masculina na minha frente apenas sorria.

— Wellinton?

— E aí, Luba? — cumprimentou-me com um abraço. Um abraço carinhoso, reconfortante e longo. 

— Que coincidência boa, cara.

— Pois é, o Gustavo me convidou e resolvi só dar uma passadinha aqui, de última hora... Mas, e você? — perguntou ao se afastar e me olhar — Nunca foi muito fã de baladinhas, o que faz aqui? 

— E não sou mesmo... eu só vim dar um pulinho aqui, eu ja estava indo pra casa, inclusive. Mas, se você não se lembra, eu te acompanhava nas festas  quando estávamos juntos.  

Wellinton e eu namoramos por cinco meses, foi meu primeiro namorado, mas estávamos mais para amigos. Nós nos beijávamos normalmente, mas nunca passou disso. Eu acabei decidindo terminar tudo, ele era um cara legal, carinhoso e tudo mais, mas meu coração gritava que eu estava errado em querer esquecer o meu verdadeiro amor com outra pessoa. Não que eu tenha usado o Well para esquecer o Lucas, mas tinha esperança que a gente desse certo, de verdade. 

Foi uma esperança frustrada, porque na verdade eu sempre fui fodidamente apaixonado pelo T3ddy.

Wellinton nunca soube o real motivo da gente ter terminado, eu não quis dizer por receio de ele pensar que tinha sido um joguete nas minhas mãos para esquecer outro cara. Usei a clássica frase feita de fim de namoro "não é você, sou eu", e ele meio que já desconfiava que eu não nutria outro sentimento por ele que não fosse o de amizade.

— Disso eu não posso discordar. — sorriu de lado. — Então, posso te acompanhar até em casa?

— Imagina, não quero incomodar. Aproveite a festa.

— Que isso, Lucas. Faço questão. Assim a gente conversa e põe o papo em dia... Me espere aqui, eu vou entregar o presente da Kéfera e já volto. — saiu, piscando para mim sem me dar tempo de negar sua carona ou elaborar uma boa desculpa para evitar passar um tempo com ele. 

Logo saímos da casa, que por sinal, era uma mansão enorme. Pena eu não ter visto mais dela, graças a minha total falta de entrosamento no ambiente.  Entramos em seu carro e fomos para a minha casa.

— Não se despediu dos seus amigos? — perguntou, colocando uma música qualquer no rádio. 

— Acredite, eles não vão nem notar que eu fui embora. — revirei os olhos e ele sorriu, negando com a cabeça. 

O caminho até minha casa foi melhor do que eu esperava, conversamos sobre como estavam nossas vidas. Ele me contou que voltaria para Santa Catarina no dia seguinte e que só estava de passagem por São Paulo para visitar o pai. Rimos bastante, tentando interpretar algumas canções que tocavam no rádio e nem percebi quando ele entrou na rua da minha casa. Convidei ele para entrar e ofereci uma das bebidas do meu pai, mas ele recusou e só aceitou um suco de laranja, porque estava dirigindo. 

Passamos a madrugada falando sobre muitas coisas, assunto era o que não faltava, tanto que já estava amanhecendo e sequer dormimos. Ele sugeriu da gente ver o nascer do sol e simplesmente adorei a ideia. 

Eu tinha esquecido de como era bom estar com ele, se eu pudesse escolher por quem me apaixonar não me restariam dúvidas. Assim seria mais fácil, porque era difícil ver a pessoa que eu gostava com outras pessoas. Era difícil tentar me convencer de que essa pessoa não me pertencia e nunca iria pertencer.

Um nó se formou em minha garganta, e por mais uma vez incontável, eu respirei fundo para dissipar a melancolia.

— Posso te fazer uma pergunta? Mas, quero que seja sincero Lucas, por favor. — disse em tom sério. 

Estávamos sentados no chão do terraço, observando os primeiros raios de sol fazerem sua aparição.

— Além dos meus pais, você é a única pessoa que me chama pelo nome… Com certeza eu serei sincero. — sorriu fraco.

— Por que terminou comigo? — suspirei, desviando minha atenção ao horizonte novamente.

— Eu gostava de outra pessoa...

— O T3ddy, não é? — olhei espantado. Como ele sabia? Será que dei tão na cara assim?

— C-como você sabe?

— O brilho nos seus olhos, eu achava que era bobagem minha pensar isso de você. Por isso eu implicava tanto com ele. — sorri fraco. — Eu tinha raiva, porque seu coração sempre o pertenceu e aquele imbecil nunca enxergou isso.

— Eu já me acostumei com esse jeitão largado do Lucas, sou suspeito pra falar.

— Então, diz para ele o que sente. Eu acho que vai chegar o momento em que não vai mais suportar segurar isso.

— Pra ser sincero, eu sinto que estou por um fio… Eu queria que fosse simples assim, mas tenho medo de sofrer mais ainda. Meu medo de perde-lo, faz com que eu acabe pensando em desistir da idéia.. 

— Você conhece o T3ddy melhor do que ninguém, tem certeza que ele se afastaria de você assim? 

— Não tenho certeza, mas tenho medo da resposta. — Well pôs a mão no meu queixo, me fazendo olhar em seus olhos.

— Isso você nunca vai saber sem tentar, não deixe esse sentimento te sufocar e acabar ainda mais contigo, ok? 

— Ok. — sorrimos fraco. 

Nos encaramos por alguns segundos, Well se aproximou lentamente e me roubou um beijo doce. Sua boca estava fria, nossos lábios se moviam sem maldade e me entreguei para aquela demonstração de afeto. 

Uma linda demonstração de afeto. 

— Eu preciso ir agora... Eu te ensinei certinho mesmo. — finalizou com um selinho. Me deslumbrei com as suas bochechas coradas, não muito diferente das minhas, que pareciam estar em chamas. 

— Foi bom estar com você. — disse, me sentindo grato por aquele momento. Ele sorriu, me puxando para um abraço.

— Pensa no que eu te falei, certo? — sussurrou e eu assenti. 

Voltei meu olhar para o sol, que já brilhava lindamente, enquanto eu refletia.

Talvez, Wellinton estivesse com a razão.



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