História Now United - E se fosse verdade? EM REVISÃO! - Pregnant

POV Josh

Fiquei parado apoiado na batente da porta sem saber o que fazer.

Andei para perto da cama, só para ter certeza se ela era. E para a minha tristeza: Sim, era a Any.

Ela tava com o rosto corado, cabelos bagunçados, o corpo um pouco suado. O cara tava dormindo ao lado dela, subiu uma raiva que se eu pudesse, eu espancaria ele até a morte.

Dei uma olhada por todo o quarto. Havia roupas espalhadas em todos os cantos. No criado mudo não havia mais a foto que tiramos na nossa viagem para o Brasil ou a caixinha de joias que eu tinha dado para ela no Natal.

Era como se a gente nunca tivesse junto.

Saí da casa dela puto. Lágrimas de raiva escorriam pelo meu rosto. Não sabia se era raiva do cara, até porque eu queria estar no lugar dele, ou se é raiva dela ter seguido em frente sem mim.

Acho que é os dois.

Peguei o buque e os chocolates, deixei a porta da frente do jeito que tava e voltei para o meu carro.

Coloquei o buque no banco de trás com cuidado, daria ele para a minha mãe, não gastei quase 100 dolares a toa. Joguei a minha cabeça para trás e chorei.

Ela realmente havia seguido em frente.

Voltei para a empresa puto da vida. Precisava de algum tipo de distração e sabia que eu não encontraria isso no meu apartamento.

Estacionei o meu carro na mesma vaga de sempre. Já eram quase nove da noite, não é possível que tenha mais alguém aqui.

Utilizei o meu cartão de acesso privado e fui para o meu andar, não via a hora de estar na minha própria sala.

: O que faz aqui? – pergunto para a Maya que estava deitada no sofá perto da mesa da secretaria.

Maya: Estou terminando de olhar umas tabelas. Quer participar? – assenti e fomos para a minha sala. Tirei a minha jaqueta preta e a joguei em uma da poltronas, joguei os meus sapatos para um canto e sentei na cadeira com os meus pés em cima do banco.

Algo bem, relax!

Maya: Quer me contar o que foi que aconteceu para você estar com esse rostinho vermelho e esses olhinhos inchados?

: Eu vi a Any dormindo com outro. –sussurro.

Maya: É por causa disso? – assinto. – Beauchamp, eu vou ser bem sincera com você: Você também dormiu comigo, esqueceu? Não adianta ficar bravinho com ela só porque ela fez uma coisa que você também fez!

: Eu sei... Eu só não esperava disso dela. Me magoou... – ela suspira, pega uma cadeira e senta ao meu lado.

Maya: Sabe por que a decepção dói tanto?

: Não.

Maya: Porque ela nunca vem de um inimigo. – suspira e ficamos em silencio por um tempo. – Eu... Eu tenho que te contar uma coisa.

: Pode falar! – digo encarando a pilha de papéis em cima da minha mesa.

Maya: É sério. Olha para mim. – fiz o que ela pede. – Depois da viagem para NY, eu comecei a ter uns enjoos, tonturas, etc.

: Você tá bem? – pergunto preocupado.

Maya: Deixa eu falar! Então, eu fiz um teste de gravidez. E deu positivo. – PUTA QUE PARIU,

: Puta que pariu, Maya. Não brinca com uma coisa dessas. Quem é o pai? – ela me olha brava. – CARALHO, FUDEU, FUDEU MUUUUUITO!

Como assim um filho? Não Deus, eu não estou pronto para criar uma criança nesse momento.

Mas você sempre quis ser pai, idiota.

Eu sei, besta, mas eu não sei o que fazer agora que eu vou ser.

A MINHA MÃE VAI ME MATAR!

: Mas... A gente não usou camisinha? – pergunto. Eu não me lembro muito daquela noite. A única coisa que eu lembro é de acordar ao lado da Maya, ambos completamente nus.

Maya: Camisinhas estouram. – eu não digo nada. Só fico encarando a parede com cara de peixe morto. – Tudo bem se você não quiser assumir, eu farei de tudo para que essa crian...

: Claro que eu quero assumir. – a interrompo. – É o meu filho que tá aí. Não sou nenhum babaca de te deixar gravida e não assumir essa responsabilidade. – ela sorri.

Maya: Posso te dar um abraça?

: Claro que pode. – então nos abraçamos. Pude sentir que a manga da minha camisa ficou um pouco molhada por conta das lagrimas.

CARALHO, EU VOU SER PAI!

Se o bebê da Shiv for menina e o meu for menino, eu vou ensinar o meu filho a dar em cima dela.

Quero ver o Bialey puuuto da vida!

Que fantástico!

Maya: A gente vai criar esse filho juntos. Podemos dividir os dias da semana, feriados, te a questão da escola... Meu Deus, a gente tá muito fodido, Josh. – diz contra o meu ombro e eu dou risada.

: Sim, querida, estamos. Mas essa ´´irresponsabilidade`` será a melhor coisa que aconteceu nas nossas vidas. – ela continua chorando. Quando dou por mim, estou chorando junto com ela.

Maya: Você está feliz? – pergunta me olhando. Seu rosto estava vermelho e molhado por conta das lagrimas, o cabelos um pouco bagunçado e os olhos abertos.

Ela estava tão... Linda!

Encarei a sua boca e por um momento eu tive uma enorme vontade de beija-la, e foi o que eu fiz.

Ela ficou surpresa no inicio, mas depois começou a corresponder.

Maya: Josh... – diz se afastando. – Você só fez isso porque está triste com a Any...

: Maya... Só cala a boca e volta a fazer o que estava fazendo. – ela sorri e volta a me beijar.

POV Any

Acordei com uma dor de cabeça terrível. Eu não lembrava de quase nada da noite anterior. Só tinha alguns flashes na minha mente da conversa que eu tive com o David, e depois, PUFF, não lembro de nada.

Olhei o meu quarto e tudo aparentava estar normal. O porta retratos com uma foto minha e do Josh continuava no mesmo lugar de sempre, assim como a minha caixinha de joias que ele me deu.

Por que que eu to lembrando dele mesmo?

Olhei para o meu corpo, nem sei como eu consegui vestir um pijama quando eu cheguei.

Afinal, como e que horas eu cheguei?

Andei até a cozinha na procura de um remédio para curar essa dor de cabeça horrível. Aproveitei também para comer uma banana e me joga no sofá.

: Por que tem pétalas amarelas aqui? – pergunto segurando algumas pétalas amarelas que estavam caídas ao lado do balcão da cozinha. – Eu hein!

Deixei aquela ´´sujeira`` no chão e fui tomar um banho. A minha vontade de ir trabalhar hoje pé igual a 0, mas infelizmente é uma coisa que eu preciso fazer.

Passei uma maquiagem simples pra disfarçar a minha cara de ressaca e as olheiras. Vesti um terninho preto, com uma calça justa e um salto baixo da cor preta.

****

Daisy: Tia Any! – pego a minha sobrinha no colo e a giro no ar.

: Oi, meu amor! Cadê o Thomas?

Joalin: Thomas, para de ficar apertando o botão do elevador e vai falar com a Any. – ahh, já achei.

Thomas: Tia Any, a gente pode tomar sorvete? – pergunta grudado na minha perna.

: Claro que podem. Fiquem quietinhos ali no sofá que eu vou conversar com a mamãe de vocês. – deixo a Daisy no chão e eles vão para o sofá. – O que vocês estão fazendo aqui? Estou trabalhando, anjo.

Joalin: Eu sei, linda. Não tem nada mais legal do que receber uma visita dos seus sobrinhos favoritos, né? – Aham, claro!

: Seja sincera, querida. Quais são as suas intenções?

Joalin: Ok, eu te conto. Mas promete que não vai falar nada para as crianças?

: Prometo.

Joalin: Eu vou ao shopping comprar o presente do chá de bebê da Shiv, mas se eu levar eles, eles irão ficar me infernizando para irem pro parquinho.

: E você decidiu que seria uma boa ideia deixar eles aqui? – pergunto com uma sobrancelha erguida.

Joalin: Qualquer coisa você chama o Josh, aí vocês já treinam para quando tiverem filhos. – solto um suspiro de tristeza.

: A gente não voltou... – digo de uma vez. - E nem vamos.. – ela fica em silencio e com a boca aberta.

Joalin: Por que? O que aconteceu?

: Ele não te contou? – ela nega. – Parece que alguém vai ser papai...

Joalin: Você tá gravida? Ai meu Deus! A ANY TÁ GRAVIDA! – ela grita.

Dai-me paciência!

Thomas: A senhora tá gravida, tia? – pergunta com o seu sorriso banguela.

: Não, meu anjo. A titia não está gravida. É a sua mãe que não sabe ouvir as coisas e fala o que não deve! – lanço um olhar mortal para a Joalin que apenas dá de ombros.

Joalin: Se você não tá gravida, que está? – diz e senta na poltrona.

: A Maya.

Joalin: O QUE? CRIANÇAS TAPEM OS OUVIDOS. – eles fazem o que ela pede e eu fico viajando na maionese. – Aquela puta ruiva, filha do satanás com o diabo, mas que tem olhos lindos está gravida? – assinto. – E É DO JOSH? – assinto novamente. – Puta merda!

Daisy: Mamãe, a gente já pode tirar as mãos do ouvido?

Joalin: Podem. Quem quer ir tomar café com a tia Any? – os dois abrem um sorriso enorme.

Ahh, não tem como dizer não para esses pestinhas.

Pedi para a minha chefe uma horinha de folga e ela logo aceitou quando viu a carinha de cachorro pidão dos dois.

Fomos para o parque mais próximo e sentamos em um banquinho enquanto tomávamos sorvete de chocolate.

Daisy: Titia, a senhora e o tio Josh brigaram? – pergunta com a boca toda lambuzada de sorvete.

: Tipo isso...

Thomas: Por que?

: Coisas de adulto. – digo limpando a sua boca com o guardanapo.

Daisy: A minha mamãe diz que o tio Josh é um ´idiota imbecil estupido que só sabe fazer merda`. – diz como se não fosse nada.

Aposto dez dólares que essas palavras saíram da boca da Joalin, apostam quanto?

: Quem te disse isso, Day? – jogo o potinho de plástico fora e seguro na mão dos dois para atravessar a rua. – A mamãe Joalin.

A Joalin é uma desbocada.

Voltamos para a empresa e eu deixei as crianças assistindo desenho no meu notebook enquanto eu desenhava algumas coisas no meu computador. Quando já estava no finalzinho da tarde, a Tay chegou com meio mundo de sacola.

Tay: Obrigada por olhar eles. Você sabe que a gente te ama, né?

: Eu sou uma pessoa especial na vida de muita gente. – ela ri. – Até amanhã, gata. – dou dois beijinho no seu rosto e me despeço das crianças. – Até amanha, chatos.

Daisy: Até amanhã, titia! – dou um beijo na sua testa.

Thomas: Até amanhã, titia mais legal de toooodo o universo! – nele eu dou um abraço.

É o Thomas, não tem como não apertar ele todas as vezes que ele diz algo fofo.

*****

O dia seguinte chegou, e com ele, o chá de bebê da Shiv.

Tomei um banho com direito a uma ótima hidratação e finalização. Vesti um vestidinho estampado com uma sandália preta e uma bolsinha também preta.

Já tinha colocado a enorme sacola de fraudas no fundo do carro.

Frauda é caro pra caralho!

Tranquei tudo e joguei o endereço da fazenda no GPS. O chá seria em uma fazenda que pertence a família do Bailey.

Otimo lugar para descobrir o sexo de um bebe. É bom que as vacas já abençoam.

Nem sabia aonde era o lugar, mas depois de me perder umas três vezes, finalmente achei aquela casa amarela enorme que ficava no meio do mato.

Tirei tudo de dentro do carro, dei o presente para o Bay guardar e fui para a mesa onde estava o povo.

: Cheguei, amores meus! – dei um beijinho em cada um e sentei ao lado do Noah.

Noah: Você tá bem? – sussurra em meu ouvido.

: Estou sim, obrigada! – sorri sem mostrar os dentes e foquei no pratinho de salgadinhos que estavam chegando.

Josh: Sentiram minha falta?

Não olha pra trás, Any. Não olha.

Foda-se, já olhei.