História Now United: Complicated - Noah Urrea - Editada - Capítulo 053

Domingo - 03:32am

Pov's Heather Duke

Eu havia conseguido um cigarro de maconha com o Krys. Não gosto da ideia das pessoas saberem que eu uso essas coisas. Não que eu queira pagar de Santa. Ok, quero sim. 

Mas enfim, Krys me deu o cigarro e eu fui para o porão fumar de boa.

Eu estava na escada sentada, ouvindo a música alta e em bom tom. Era a música Empire State of Mind e eu simplesmente amo essa música com todo o meu coração.

Estava fumando de boa, simplesmente sentindo a fumaça entrar pelos meus pulmões e fazer efeito até chegar em meu cérebro e paralisá-lo, dando a sensação de liberdade e leveza.

Ouvi a maçaneta da porta se abrindo e então o som parecia mais nítido, pulei de susto. Escondi o cigarro do lado da minha perna e olhei para trás.

- Hey... No... Noah. - Minha expressão foi de estranheza.

Ele olhou para trás, acho que pra ver se alguém estava olhando, desceu uns degraus da escada e fechou a porta.

- Eai! - Sorriu se sentando um degrau a cima de mim. - Não sabia que você fumava.

Traguei o cigarro e o encarei sem dizer uma palavra, soltei a fumaça e falei:

- Poisé, você não sabe muitas coisas sobre mim.

Ele sorriu e mexeu nos cabelos. E aquele pequeno gesto o deixou mais charmoso ainda.

- Você tem razão. - sorriu e colocou a língua entre os dentes. Em seguida passou a mesma pela boca a deixando levemente úmida. - Passa o cigarro aqui. - estendeu a mão.

Entreguei o mesmo para ele.

Vi ele tragar, segurar a fumaça e depois soltar. 

Cada movimento dele era perfeito. Ele jogou os cabelos pro lado e me olhou. 

- O que foi? - perguntou-me. 

Eu não respondi. 

- Eu sou lindo, eu sei. 

Minha vez de sorrir.

 Ficamos em silêncio. E então eu encostei minha cabeça em sua perna e ele passou as mãos em meus cabelos.

Fechei meus olhos bem apertados na tentativa de afastar meus pensamentos e minhas vontades.

Eu só quero beijar aquele garoto mais uma vez. Oh Deus e como eu quero.

Cada vez que ele tocava em mim me fazia arrepiar até a minha espinha.

Eu já tinha uma noção de que ele a Sina estavam ficando - de novo-  e sinceramente... aquilo estava me machucando, e sem permissão nenhuma eu estava sentindo um pouco de ranço dela. Mesmo sabendo que ela não tem um pingo de culpa nessa história. Afinal ninguém tem. A única coisa que aconteceu é que, eu e Noah somos duas pessoas destinadas a não ficarem juntas.

Foda-se! Foda-se os sentimentos. 

Olhei para ele que parece ter lido meus pensamentos. Ele se levantou e foi até a porta, a trancou e eu agradeci, pois Any estava de marcação comigo, pronta pra me pegar no pulo.

Eu desci as escadas e então ele me puxou com força para si. 

Seu beijo era intenso e gostoso. Ele também parecia estar saciando por um beijo meu.

Como eu senti falta daquela boca, como eu me segurei todo esse tempo?

Minhas mãos foram parar nos cabelos dele. Eu passava a mão neles enquanto as mãos dele percorriam pela minha bunda.

puxei seu cabelo para trás, fazendo nossas bocas se separarem.

- Por favor não faz isso. - resmungou com os olhos fechados.

Eu ri com os dentes cravados nos meus lábios.

Ele abriu os olhos e ficou me encarando.

E a cada batida da música que agora era outra - Kraazy - ele batia na minha bunda.

- Agora essa música é definitivamente nossa. - Sorriu e beijou meu pescoço.

Aquilo me fez arrepiar.

- Já temos a nossa música.

Ele parou de me beijar e me olhou.

- Qual?

- Quase um casal. Conhece?

Encarei ele séria, eu não estava brava nem nada. Só acho que está música combina mais com a gente.

Noah não disse nada, apenas continuou me beijando. Mas ele também havia sentido o clima que tinha ficado no ar, depois que eu tinha dito sobre a música.

Ele me colocou pra cima de um freezer e puxou minha blusa para cima.

Eu arfei quando ele começou a beijar meu pescoço lentamente enquanto suas mãos percorriam pelos meus seios.

E nessa hora eu já estava paralisando.

Ele tirou meu sutiã e começou a chupar meu seio direito, minhas mãos foram nos seus cabelos o ajudando em seus movimentos.

Aquilo estava muito bom.

Noah com toda a certeza sabia do seu potêncial para essas coisas.

Com certeza ele estava de mal jeito naquela posição. Pra nossa sorte havia uma poltrona no porão. Fomos para lá e eu me sentei em seu colo e continuou o que estava fazendo só que agora sem camisa.

Eu estava abrindo o zíper de sua calça e claramente ele estava com tesão, o seu celular começou a tocar.

- Não atende. - Pedi quase como um gemido.

Noah não ia atender se não fosse pela insistência. Ele olhou a tela do seu celular e estava escrito bem grande "Joshhh".

Revirei os olhos e bufei.

- Alô

- Noah, onde você está?

- Aqui.

- Aqui onde?

- Na festa.

- Aaaah! Não estou vendo você. Achei que estava com a Sina.

Depois que Josh falou isso Noah me encarou como se estivesse pedindo desculpas.

Eu fingi não me importar. Peguei meu sutiã e minha blusa e coloquei.

Eles encerraram a ligação e Noah se levantou ajeitando sua calça e pegando sua blusa.

- Heather, me escute...

Olhamos para a porta e parecia que alguém queria entrar.

Nos encaramos incrédulos.

- E agora? - Perguntej.

- Vamos sair daqui normal. - disse ele naturalmente.

- O seu cu! Não quero que ninguém nos veja juntos. - Olhei pelo porão e havia um janela que dava para fora. - Escala aquilo ali e vai por fora. - apontei para um monte de tralha que estava perto da janela. - Vou abrir a porta.

Empurrei ele em direção a janela e fui subindo as escadas. Quando eu vi que Noah já tinha saído do porão, abri a porta. Não tinha ninguém ali esperando e eu agradeci.

Ninguém me notou saindo dali. Continuei caminhando como se eu tivesse quase transado lá embaixo.

Eu estava decidida em ir embora. Senti alguém me puxar com força pelo braço e me dei de cara com a Any com uma cara não muito boa. 

- Acha mesmo que eu não percebi nada? 

Era óbvio que ela já tinha se tocado do meu sumiço e do de Noah. 

- Eu estava no seu bico - ela apontou o dedo para mim. - Eu sabia que uma hora ou outra vocês iam se render. Acha que eu não percebi as trocas de olhares a noite Inteira? Mesmo quando tentavam disfarçar sempre acabava pegando um olhando para o outro sem nem mesmo se dar conta. 

Eu me fiz de louca, não queria continuar o assunto. Fingi um bocejo e disse: 

- Amiga eu estou muito feliz em te ver, mas tenho que ir pra casa, já está tarde. - A abracei e dei as costas para ela que ficou me seguindo até a parte externa da casa, enquanto todos estavam bêbados demais para perceber o que estava acontecendo. 

- Não pode ir embora assim Heather. Não pode. Você tem que dizer... 

Eu estava irritada sobre como ela estava tratando essa maldita história que nunca havia começado. 

- Você está fazendo tempestade em copo d'água Any. - A encarei. 

- Não estou! Vejo a forma que se olham... - ela respirou fundo e encheu os olhos de água. - Eu não quero que finja que não sente nada pelo Noah. Você está o magoando e se magoando.

- Amo você Any, mas não tem o direito de dizer como eu devo mostrar meus sentimentos a alguém. 

- Também amo você. Mas você ainda não percebeu?

- Percebi o que? 

- Quando a gente não diz o que sente, o outro vai embora, sem saber que talvez tivesse motivos para ficar.

Eu senti uma vontade imensa de chorar. Então respirei fundo, engoli o choro e falei: 

- Ninguém vale a pena. Pelo menos pra mim. E infelizmente, eu não encontrei o amor da minha vida como você encontrou o Josh. 

- Você acha mesmo que não encontrou? - falou séria, me desafiando de um jeito que somente ela consegue fazer. 

- Tenho que ir amanhã a gente se vê.

Dei as costas pra ela e fui até a esquina esperar o Táxi. 

Pov's Narradora

Domingo - 05:37am

Todos já haviam ido para sua casa. Reunir os amigos de verdade - mesmo que todos não tenham ido - era felicidade na certa. Any estava imensamente feliz por ter tido mais uma noite com seus melhores amigos. E ela mal conseguia dormir por causa da adrenalina e emoção misturada. Josh havia a ajudado a tomar banho e meio que organizou a casa enquanto Any tentava dormir. 

Noah que estava no quarto de visitas havia chamado o amigo para contar o que havia acontecido. 

- O cheiro dela é convite pra eu perder o juízo. - Disse Noah se sentando na cama, enquanto estava só de toalha enrolada na cintura e a outra secando seus cabelos. 

- Ela é complicada. - Josh falou. Ele torcia pelo amigo, mas sabia que Heather era água parada. 

E ele sempre acreditou naquele ditado onde diz que águas paradas são águas fundas. Ou seja, ela era complicada demais. 

- E quando você ligou e disse aquilo, você tinha que ver a cara dela, mano. Eu queria te matar e me matar também. Fiquei com tanta raiva. Pois, ainda tinha esperanças de ficar com ela. 

Josh tinha sua opinião formada e não queria machucar ou confundir mais ainda o amigo. 

Ele se levantou do pequeno sofá onde estava e disse, batendo no ombro do amigo. 

- Minha mãe sempre disse que se você gosta de duas pessoas, sempre fique com a segunda. Porque se realmente gostasse da primeira não teria espaço para gostar da segunda.

- É, você pode estar certo. - Noah fingiu concordar, mas ele não queria ter escutado aquilo. Ele estava com vontade de chorar.

- Vou dormir, Boa noite. 

- Boa noite, mano. 

Josh fechou a porta e Noah pegou o celular, abriu a conversa com Heather e pensou em mandar uma mensagem. 

Ele escreveu várias coisas, mas apagou todas. Ele ficou olhando para a tela do celular na esperança de ler um "digitando", mas não havia nada. 

Ele esperou por um tempo até que se cansou. E decidiu que Josh estava certo. 

Se Heather realmente gostasse dele, ela teria dado um sinal ou teria dito. Ela teve oportunidades. E então ele se deitou e esperou que o sono chegasse para tirar todo o peso e a confusão que estava sua mente.