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História Nuance Effect - YoonMin (Concluída) - Princípio


Escrita por: TiadoscapopiK47

Notas do Autor


🚶Olá, 💃CHE GAY MEUS MIRINHOS!
✨Brilhando redondamente como um globo de luz ✨
😋 E surtando como uma lagartixa no asfalto quente 🦎🌞
🤔 Normalidade?! 👽 Eu desvio!


🤗Demorei?! Só muito né 😁 fazer k quê... E como a bomba nunca volta na mesma intensidade, agora vou avisando que a loucura vai ser tirana 🤤


👏Sim, esse capítulo que lhes trago com muito amor, doidice, dedo no cú e gritaria, - já disse que sou doida?! - vai tirar muita gente da zona de mistérios e medo!🙌


🤓Aproveitem o capítulo,😦 respirem fundo e 😵 muita atenção!


★Perdoem os prováveis erros ortográficos★


Boa leitura 📖💡!

Capítulo 11 - Princípio


Fanfic / Fanfiction Nuance Effect - YoonMin (Concluída) - Princípio


"O mundo dela era preto e branco...

E todos os dias ela tentava pintar as paredes da própria vida...

Caótico!

Quando, um certo dia, 

acabou a luz!"


*Jayne*


††††


Talvez fosse ousadia do tempo ...

Ou apenas uma regalia imposta pela vida sobre mim, pois a mesma talvez quisesse apenas meramente impor que detinha poder sobre minhas ações e desejos

E talvez fosse disso que necessitava para colocar um sorriso em meu rosto : "Deixar de lado preconceitos e detalhes"

Me deixar levar pela vida, pelo destino...

"Mas o que realmente seria meu destino?!" - pensei comigo mesmo, em meio ao beijo, sentindo os lábios macios de Jimin, agora em dúvida sobre mim e meus conceitos...

Sobre tudo...

- Yoongi?! - o ouvi indagar, após o beijo encerrar-se, abrindo meus olhos, vendo um sorriso quase imperceptível em seus lábios - Perdeu a linha de raciocínio?!

- Não! - me afastei, claramente mentindo, ao perceber a provocação quase transparente em suas palavras

Sim, havia perdido a noção do tempo; do que estava fazendo ali; do que deveria acontecer; e da real razão de estarmos fazendo aquilo

Havia me deixado levar pelo oscilar lento, e esquecido de me "concentrar"

E estava terrivelmente desapontado... Mas não sabia a razão ao certo

- Sim, você se deixou levar... - riu, parecendo satisfeito, enquanto suas bochechas rosadas expressavam vergonha - Gostou tanto assim?!

- Quê?! - meu rosto queimava - Apenas nunca beijei um homem antes! - o observei encarar o chão - Dá pra parar de sorrir?!

- E dá pra você se acalmar e prestar atenção no que estamos tentando fazer?! - pareceu sério, antes de erguer o rosto me fitando - Não iremos chegar em lugar nenhum com você perdendo o foco!

Olhei novamente para o banheiro, lembrando de toda a informação que havia tido, e do que havia conseguido descobrir por meio de Jungkook, mesmo que em um sonho, e respirando fundo tentei me concentrar

E antes que pudesse desistir daquilo tudo, encarei o moreno, com seu rosto enrubescido e seus lábios inchados

E logo notei a estranheza daquilo tudo, ao não sentir irritação pelo que havia feito, e nem mesmo arrependimento

Mas aquilo não era momento para pensar em coisas superficiais..

"Não com minha vida caindo em um buraco negro repetitivamente, maior que eu poderia aguentar, e que agora carregava em minha alma", pensei, andando até minha cama, sentando-me, sentindo a maciez do colchão, e um pesar em meus ombros

- Eu... - fechei meus olhos, sentindo o peso que emanava daquele banheiro - Vou mesmo descobrir o que aconteceu?

- Sim, irá... - o ouvi confirmar, andando até mim, sentando-se ao meu lado - Mas terá que fazer isso sozinho e não tentar nada!

- Como assim? - o analisei, encarando suas próprias mãos

- Vou apenas lhe mostrar o caminho... - pareceu pesar suas palavras - mas, não estarei lá para fazer você suportar o que irá ver... - me encarou, parecendo nervoso - Mas, quando achar que viu o bastante, estarei aqui!

Seus olhos emitiam medo, e um misto de confusão que aumentavam minha ansiedade de forma exagerada

- Vai ser tão ruim assim?! - tentei mentalizar o pouco que sabia - Talvez...

- Você tentou o suicídio, Yoongi! - suas palavras sussurradas, junto à seus olhos marejados, deixaram-me encolhido - E nós dois sabemos que isso... Tem suas razões!

Meus lábios mesmo estando entreabertos, não emitiam som, assim como os batimentos descontrolados que tentava ditar que a verdade estava enterrada em meu ser...

...Mas o medo não deixava eu vê-la...

- Não! - sacudi meu rosto - Isso é loucura!

- Eu te conheço, Jimin! - a voz baixa parecia alertar o monstro que havia em mim, cujo eu tentava esconder de tudo, e até de mim mesmo

- Mas... - quase inaudivelmente, tentei negar algo que não podia, pois sabia que o moreno conhecia mais à mim, que talvez eu mesmo

- Eu e você sabíamos que deveria ter procurado ajuda... Dito à sua mãe que essa coisa em você não passava... Que o choro à noite estava se tornando frequente, e que a inquietação em público lhe deixava cada vez mais sozinho... - abracei meus joelhos, ouvindo cada palavra atentamente - Manter a calma já não adiantava, não é, Yoongi?! Eu lhe via tentando manter as aparências... Ficando cada vez mais sozinho... Trancando-se nesse quarto... Mau atendendo seus amigos, não visualizando as mensagens, deixando os livros amontoados, os filmes sem assistir! Contar até dez já estava indo por água abaixo...

- Isso, é bobagem! - rangi, olhando para ele negando - Eu não tenho isso!

- Não adianta mais ignorar! Aconteceu... Isso não é temporário... Eu queria ter lhe alertado, mas vejo que até hoje você tenta dizer à si mesmo que é apenas um dia ruim!

De certa forma, minha máscara estava caindo diante de Jimin, à qual eu usava para viver em meio às pessoas...

- O problema não passa, não é? - baixei meu rosto, enquanto minha cabeça doía - Eu lhe via tentar levantar todo dia, a dificuldade, lhe vendo decair... - sua voz angústia expressava tudo que sentia - Afastando-se de tudo... As coisas que antes te alegravam foram ficando esquecidas... E você emagrecendo... Sem motivação nem pra comer, ou tomar banho!

- Era... - continuei olhando para o vazio, tentando não chorar - Eu não conseguia... Tentar... Nada parecia ter sentido, como se estivesse em câmera lenta!

- Sim, você era frustrado... Por tudo... - a voz baixa, deixava claro que ele sabia de tudo em meu íntimo - Se culpando do que fazia e não fazia! E às vezes, eu achava que você tinha parado, quando ía atrás do Taehyung... - sorriu triste - Mas depois você voltava, e se afundava nessa cama... Como se nada adiantasse!

- Eu e ele somos apenas diferentes... - sacudi minha cabeça, tentando disfarçar, o rouco da minha voz, ocasionado pela agonia que sufocava minha garganta - Eu só não aguentava as perguntas...

- Eu sei... - percebi quando o mesmo tocou as costas da minha mão, fazendo-me encarar sua face - Ninguém precisa saber de nada, pra evitar desculpas... - e rapidamente, seus olhos me encaravam intensamente, como se enxergassem minha alma - Mas, eu estava aqui e via tudo!

A realidade, era que eu odiava aquela situação... De me sentir explorado, investigado ou vigiado! Como se olhos estivessem à minha volta... Me tendo como centro de tudo... Tendo consciência de meus segredos

Podia parecer paranóia... Mas o silêncio e a solidão pareciam ser bem mais convidativas que as típicas palavras vazias e sorrisos forçados ao meu redor, que eu insistia em afastar

Mas eu não via isso em Jimin! Pelo contrário, sua presença era acolhedora, e um simples olhar era o bastante para evitar palavras vazias

- Eu... - a voz falhava, enquanto todas as minhas forças pareciam se acumular, como se ditassem que aquela era a hora, que aquele era o momento

De desabar, de enlouquecer, de perder o controle de meus atos... De chorar até não aguentar mais e gritar!

Quando dei por mim, estava socando o colchão repetidas vezes, balançando a cabeça, enquanto respirava fundo; inconscientemente aquela atitude me fazia divagar, e esquecer das coisas

Mesmo que fosse por minutos, para tentar me acalmar; mas, agora era diferente

- Yoongi! Não tenha medo! - senti sua mão sobre meu ombro, enquanto a outra segurava meu punho - Eu estou aqui!

Não suportei encará-lo, enquanto a euforia parecia oscilar em meu corpo, junto de uma onda sufocante de agonia, que torturava minha mente e embaralhava todos meus pensamentos em um bolo de confusão... Me fazendo esquecer de tudo, de meus sentidos e meu foco

- Olha pra mim! - segurou meu rosto, fazendo-me encará-lo - Agora posso lhe ajudar, já ajudei... - pareceu vacilar - E vou fazer o que puder... Eu não vou lhe deixar sozinho, Yoongi! Mesmo que você queira isso!

De certa forma, aquilo me fez esquecer as sensações bagunçadas que alastrava-se em meu corpo... Do colapso que parecia querer assumir controle sobre meus atos... Do caos que era minha vida

- Então... - o fio de voz saiu em meus lábios, assim que segurei suas mãos, sustentando seu olhar, mesmo que sentindo-me fraco e frágil ( um mero derrotado) - O que eu fiz? O que aconteceu?!

O olhar de Jimin parecia perdido, enquanto suas mãos pareceram vacilar, mas as mantive firme, enquanto mantinha seu olhar preso ao meu

E quando pensei que o mesmo fosse sair, e deixar aquilo de lado, o senti puxar meu rosto, tomando meus lábios nos seus

Os lábios de Jimin pareciam firmes e certos no que faziam, deitando meu corpo sobre o colchão, enquanto segurava meu rosto com firmeza, entreabrindo meus lábios com os seus

Eu sabia o que deveria fazer, mas era difícil, ao tê-lo me deixando tão submisso e frágil abaixo de si - mas aquilo não era momento para tratar de minhas objeções ou preceitos

Tomei sua nuca com minhas mãos, tentando me concentrar no que fazia, deixando-me levar pelo beijo, tentando me acalmar - o que era difícil

E aos poucos, minha mente foi suavizando, como uma súbita sonolência - e sabia que aquilo deveria ser um sinal -, e a fraqueza subitamente foi tomando meus sentidos, enquanto o beijo lento parecia longínquo

E tudo tornou-se vazio, assim como meus pensamentos


††††



Abri meus olhos, assustado, ao som de um baque que parecia vir de algum lugar ao longe

Encarei tudo ao meu redor, que ainda estava parcialmente iluminado pela luz que vinha da luminária sobre o criado mudo, que já até havia esquecido de sua existência

O Notebook sobre a escrivaninha, algumas roupas jogadas sobre a cadeira, o guarda roupa ainda entreaberto, e pilhas de livros sobre a pratileira - alguns ainda com seu plástico, intacto, por conta da falta de interesse que havia me consumido por tudo nos últimos tempos - e olha que amava ler

Encarei o criado mudo, que deixava bem claro, a desorganização sobre si, por conta do desleixo, com o meu antigo relógio

- Vinte minutos para meia noite?! - me ergui em um salto, nervoso, olhando para os lados, e uma súbita sensação de coincidência entrelaçou-se ao meu íntimo - O que...

Analisei tudo ao meu redor, vendo os sapatos emborcados junto à bolsa escolar jogada na beira da cama, com livros espalhados saindo da mesma

- Eu... - algumas cenas automaticamente de mim apressando naquele lugar inundou minha mente, com destino à algum lugar, parecendo eufórico - Porque eu não lembro...

Em meio às forças quase inexistentes, e um cansaço consumidor, encarei o banheiro com sua porta escancarada, trêmulo - no entanto, nada parecia dizer que algo ruim havia acontecido ali

- Ai, porra! - novamente o baque, enquanto saí à passos apressados em direção ao corredor - Mãe...

Ela deveria estar em casa à esse horário - provavelmente dormindo - então automaticamente levei minhas mãos ao trinco, mas a porta estava trancada

Estranhei de imediato, levando meu ouvido à porta, escutando sussurros do lado interno, sentindo o medo crescente à me consumir - ela não estava sozinha

- MÃE! - não hesitei gritar, mesmo lembrando dos avisos de Jimin

"Jimin" - lembrei imediatamente do mais baixo; e novamente, a confusão adornou meu consciente, pois não havia sinal de sua presença no local

Encarei as escadas temeroso do que provavelmente poderia acontecer, tendo consciência do horário, ao visualizar o andar debaixo, não evitando franzir meu cenho

A luz estava ligada (coisa que minha mãe odiava)

- Ai, porra! - sussurrei, ouvindo novamente um baque, só que dessa vez mais alto

Mas eles não vinham de dentro da casa, ou dos cômodos, e sim da porta de entrada

Engoli em seco, tentando não pensar no que poderia acontecer, analisando as paredes ao redor, e tudo que poderia descrever algo suspeito ali

"Mas estava tudo estranhamente quieto" - conclui, dando o primeiro passo no piso, encarando a porta que pertencia ao antigo escritório do meu falecido pai, e o teto - cujo sonho havia me traumatizado

- ENTRA LOGO! - ouvi o grito do lado de fora, andando incerto, sentindo meus sentidos alertas ao escutar a voz familiar - EU VOU TE ENCHER DE PORRADA SE CONTINUAR SE JOGANDO NO CHÃO DESSE JEITO!

- EU ODEIO ESSA CASA, TAEHYUNG! - os gritos me deixaram atônitos, ao ouvir a voz inconfundível - NÃO! ME LEVA DAQUI!

Outro baque, seguido de uma movimentação, enquanto à passos incertos, me aproximei da entrada ainda fechada, ouvindo ruídos

- ME DÁ ISSO AQUI, CARALHO! - a voz rouca, seguida de um farfalhar de chaves tomou lugar, antes de escancarar a porta, e o pude ver, depois de tanto tempo

Os cabelos cinzentos, o porte altivo, o rosto com seu enquadramento perfeito... Eu sabia que possuía um melhor amigo que poderia muito bem ser um dos maiores modelos da Coréia inteira, ou talvez do mundo, com uma voz linda e rouca, que o faziam ser quase perfeito

Mas ali estava ele, olhando para algo ao lado, emburrado, com os olhos nublados pela embriaguez, logo içando o corpo, ao arrastar algo para o lado interno, que logo tampei a boca ao ver do que se tratava

- Eu lhe avisei que ficar de "porre" é uma arte que exige anos de prática... - falava, em um tom embolado, parecendo ter dificuldade em arrastar aquele corpo embriagado pela casa, enquanto eu continuava estático vendo aquilo desacreditado - Mas, você, não ouve! E quer pagar de "swag" no primeiro dia!

- Me tira daqui, - vi a figura, que ainda não acreditava estar ali, falar quase inaudivelmente - tem alguma coisa errada nesse lugar! Eu sei!

- Yoongi... - sentou o mais baixo no sofá, observando-o pender para o lado, enquanto arrumava seus cabelos - a única coisa errada é você chegando morto de bêbado, falando loucuras!

- Não, não, não! - encarei Taehyung com meu clone, vendo aquilo acontecer aos meus olhos, não sendo notando em minuto algum pelos dois, e logo meu corpo falhou ao ver o relógio sobre a instante ao lado, marcando 3 minutos para meia noite

E toda a sensação de familiaridade passou à invadir meus sentidos, assim como Taehyung, arrumando o corpo do meu clone sobre o sofá, ainda risonho por conta da bebida

Eu sentia falta daquele acinzentado, que mesmo sendo imprevisível, conseguia manter intacto o título de melhor companhia na minha opinião

Não apenas por ter uma bela aparência, mas por sempre ter ideias e pensamentos diferentes da maioria, e posicionar-se de modo despreocupado na maior parte das situações

- Pronto! - cambaleou, ao endireitar o próprio corpo - Tenta não xingar, e vomitar, isso não é uma boa sensação! Ah, e fica bem! Eu me preocupo com você! - o observei passar as mãos em meus cabelos, antes de depositar um beijo em minha testa, logo saindo cambaleando - Depois eu venho ver como você está! Se cuida!

E ouvi a porta fechar-se, não desgrudando meus olhos daquela figura imóvel deitada no sofá, que tinha todos os meus traços em si, transpirando sonolência

- Inferno! - o observei sentar-se, logo olhando para os lados, parecendo tristonho - Que ódio, desse lugar, dessa vida... - colocou as mãos na cabeça, parecendo surtar - Eu odeio isso!

Subitamente, senti um calafrio, adjunto de uma opressão que parecia quase palpável, e diante disso, lembrei do perigo que estava correndo por simplesmente estar ali

"Ou não estaria?!" - conclui, ao perceber que meu outro eu, parecia não me ver ao pender a cabeça para frente - "Mas e ele?!"

- "Haega tteugi jeon saebyeogi ( Porque o amanhecer logo antes )
gajang eoduunikka ( Do sol nascer é o mais escuro ), Meon hutnare neon jigeumui ( Mesmo num futuro distante )" - minha cabeça pesou estranhamente sobre meu pescoço, mas assim mesmo andei até o antigo escritório do meu pai, por onde a voz ecoava com seus tons tristes e melancólicos

E logo observei a figura sentada no sofá começar à tossir, como um louco segurando a cabeça com as mãos, parecendo estar entrando em colapso

"Ele estaria sentindo o que eu estou?" - indaguei em meu ser, logo me encolhendo junto à porta, ao ver um líquido escuro descer de sobre o teto, escorrendo pelas paredes, pegajoso, aparente à pinche

- Não... - arfei, vendo meu outro eu, sentado no sofá, parecer não notar nada, e ausente de tudo - CORRE!

Meus gritos não pareciam ser escutados por si, e muito menos o que nos cercava aos poucos

- Neol jeoldaero itji ma ( Nunca se esqueça o você de agora ), Jigeum niga eodi seo itdeun ( Onde quer que você esteja agora ), jamsi swieoganeun geosil ppun ( Você está fazendo apenas uma pausa ), Pogihaji ma, aljanha ( Não desista, você sabe ) - a voz doce do garoto, aprisionado naquela sala, parecia um prenúncio do mau que estava por vir, como um alerta à qualquer espírito que estivesse por perto

"Mas será que o mau atingia apenas os espíritos?!" - analisei meu clone tremendo, com as mãos nas laterais do rosto, grunhindo - "Não!"

Visivelmente, aquilo não era apenas efeito de álcool

Ainda levado pelo transe, observando o líquido escuro, deleitar-se no rodapé da parede, invadindo o piso, notei quando a luz pareceu enfraquecer, como se o ar estivesse infectado por algum vírus

Como se a luz não pudesse afastar a escuridão!

Meus pés em resposta começaram à andar para trás em direção à escada, como se já soubessem a resposta diante àquilo

"Mas e ele?!" - senti minha respiração acelerada, enquanto a inutilidade fixava-se em minha pele, por não poder fazer nada

- Neomu meoreojijin ma tomorrow ( Não demore muito para chegar, amanhã ), Meoreojijin ma tomorrow ( Não demore, amanhã ), Neomu meoreojijin ma tomorrow ( Não demore muito para chegar, amanhã ) - escutei uma voz sussurrada, diferente, logo atrás, percebendo que a entonação era diferenciada de Jungkook, que parecia estar calado agora

E ao me virar, em direção à escada, de onde havia escutado a origem, observei uma figura pequena, com as mãos agarradas à grade, e seus fios negros grudados à testa, parecendo sofrer, com o rosto manchado por lágrimas

- Ji-Jimin?! - gaguejei, correndo até sua presença, percebendo que o mesmo não me enxergava, mesmo ao tentar empurrá-lo

E continuei à fitar preocupado e temeroso meu clone, que agora havia caído no chão, parecendo ter desmaiado

- O-o quê?! - interroguei, agora segurando o corrimão, observando o líquido escuro que via tomar forma de algo aos poucos, advindos dos quatro cantos da sala, como se fosse parte dela

Como se estivesse fincado no chão, nas paredes, em sua estrutura

O lugar estava negro, como um abismo, e aquela "coisa" que ainda não possuía uma aparente forma, estava com meu "outro eu" deitado sobre si

Enquanto ouvia os murmúrios de choro vindos de Jimin

- FAZ ALGUMA COISA! - gritei na direção do moreno, mesmo sentindo medo, pavor e um desespero descomunal ao fitar minha figura passada, desacordada sobre aquele piso agora em um total negrume

- Ma-mas... - meus olhos piscavam, enquanto ainda tentava assimilar o que via em meio à sala

O líquido parecia estar tomando uma forma reconhecível, mesmo com seu aspecto asqueroso e repulsivo, que aos poucos alojou-se em uma figura humana

E diante ao espanto, pendi um degrau, quando, agarrando-me à grade da escada, avistei uma forma demoníaca parada em meio à sala, como se fosse um véu negro, sem braços, ou mãos, segurando uma arma, que era a única coisa visível em meio à sua forma, que vertia o líquido, por todos os lados em direção ao chão

Era inacreditável, e mesmo assim observei Jimin parecer indeciso, sem desgrudar os olhos do meu clone no chão - tão perigosamente à disposição daquela criatura repulsiva

- Não... - o ouvi murmurar, olhando para cima, na direção do corredor, que levava aos quartos, parecendo ter escutado algo, olhando novamente para a sala, onde o "monstro", erguia sua face, que não possuía forma

Na realidade, não havia nada ali, apenas um lugar negro, onde deveria estar o rosto, caminhando lentamente em direção ao quarto, como se já soubesse o que fazer

O vi bater em algo em meio à névoa que havia se tornado a sala, cujo milagrosamente não havia se infiltrado na escada, e seus passos, incrivelmente pesados feriam o silêncio aterrador

- ELA FOI, TODOS FORAM, ISSO AQUI TÁ UMA MERDA... - e novamente a figura lançou algo em meio ao negrume, que estilhaçou-se no chão, enquanto a voz grave de homem, era evocada de si, o que não parecia em nada advinda - MALDITOS, BANDO DE INTERESSEIROS ACABARAM COM TUDO!

- E VOCÊ SUA BOSTA... - arrastei-me um degrau acima, vendo a figura ao mesmo tempo parecer correr em uma mancha escura em direção à porta, com seus passos ecoando na sala

E um murmúrio ecoou do andar acima, em direção aos quartos, quando em um rompante me virei, avistando apenas um vulto de Jimin correr em direção ao corredor

Estranhamente aquilo me deixou confuso, pois jurava estar sozinho, quando fui até os quartos

- Yoongi?! - a voz da minha mãe ecoou quase inaudível, vinda do corredor, quando escutei uma porta bater

- Ma-mãe?! - interroguei, assustado

Mas, em um impasse, notei que o silêncio havia invadido o local, quando voltei à me situar, e rapidamente meus olhos varreram a sala que agora estava sozinha, com apenas meu clone deitado no chão

- Ca-cadê... - minha voz trêmula, em um sussurro, deixava bem claro que o medo estava enterrado em minha alma, assim como a apreensão, por notar que nada ali transparecia a presença de algo sobrenatural, e que o escritório estava fechado e intacto, sem som algum advindo

- Min Hye?! - ouvi a voz que antes gritava, agora parecer solene, originadas do último degrau, quando gritei me arrastando para cima, vendo a face meio acinzentada olhar em direção ao corredor superior, através de mim

Ele não possuía a mesma forma grotesca, e nem mesmo exibia o líquido que à instantes adivinha de si; pelo contrário, sua aparência era humana, e seu aspecto físico era visível

Ele era aparentemente jovem, com seus cabelos lisos e negros, um rosto pequeno, bonito, alto, mas ainda segurava uma arma em mãos... E sua pele estava cinzenta, como se estivesse em decomposição ou podre

Me arrastei um degrau à mais chegando ao último, sem desgrudar os olhos daquele homem desconhecido, que ainda parecia tentar avistar algo através de mim

"Ele nem deve estar me vendo" - concluí, olhando de relance para o lado, vendo meu clone ainda deitado no chão, desacordado

Mas isso não era nada, mediante o fato das palavras que o mesmo havia pronunciado à instantes, de seus lábios arroxeados

- Min Hye?! - senti as batidas do meu coração ainda aceleradas, ao ouvir o nome de minha mãe de si - MIN HYE!

Minhas pernas fraquejaram, e uma lufada de ar envolvida de medo saiu de mim, quando avistei o líquido verter de seus olhos, como se os globos oculares não estivessem ali e seus cabelos cair, enquanto o negrume devastava tudo que parecia humano em direção ao chão

E o nome que o mesmo gritava repetidas vezes, de forma rude e torturosa era evocado, com o ódio que parecia irradiar de si

- MIN HYE! MIN HYE! - e o mesmo já estava como antes, gritando, como se estivesse preso ali, olhando fixamente para cima

E em reposta, meu corpo já estava um pouco longe, ainda escutando os gritos ao olhar a porta do quarto de minha mãe fechada

"Cadê Jimin?!" - me interroguei, sentindo as lágrimas verterem em meu rosto, ao encostar minha cabeça junto à parede, cansado daquilo tudo, sentindo meu corpo tremer pela apreensão do que viria

- Mãe?! - ouvi uma voz baixa, advinda do andar inferior, e era impossível não saber à quem pertencia

"Oh não..." - engatinhei apressado, até o vão da última grade, vendo meu clone, mover-se no chão, choramingando, como se sentisse dor

- MÃE! - o ouvi gritar, já soluçando, enquanto me via no mesmo estado

Mas, aquilo não era nada, comparado às minhas mãos agarradas à grade de forma desesperada, quando a figura adiantou-se à passos vagarosos em direção à ele

- Isso não pode estar acontecendo... - sussurrei, sentindo meus olhos arderem, por conta das lágrimas que vertiam

Observei a figura empurrar com facilidade a mesa de centro em direção à parede, cujo espatifou-se em pedaços, e um grito fino, provavelmente de Jungkook, ecoou do quarto

- VOCÊ É UMA MALDIÇÃO, QUE SÓ SABE ME DÁ TRABALHO... - as mesmas palavras que antes costumavam ser emitidas para seu filho preso no escritório, agora estavam sendo gritadas na direção dele, quando o mesmo engatilhava a arma

Os gritos advindos do quarto aumentaram, ao mesmo tempo que o homem deformado, agachava-se em direção ao meu "outro eu", colocando a mão desocupada sobre sua cabeça, quando em reposta o ouvi gritar de dor, de forma enlouquecedora

- PAI, NÃO... - a voz de Jungkook agora clamava, como se soubesse o que ocorria do lado de fora - PARE!

Mas não ouve consentimento por parte do "monstro", que ainda ouvia os gritos desesperados do meu "eu", estendido no chão, cujo debatia-se de forma torturosa, quando em um relance ergueu a arma em mãos, apontando para a cabeça deste

- NÃO! - minha voz esganiçada, ecoou no espaço, assim que meu corpo ergueu-se, descendo alguns degraus

E a porta do escritório foi aberta em um rompante, me deixando atônito, quando um vulto baixo e magro correu em direção ao sujeito deformado, arremetendo-se sobre si, derrubando-o para o lado, derrubando a arma

Meu clone pareceu dormente, pois não movia um músculo, assim que Jungkook aproximou-se pegando em seu rosto

- MOLEQUE! - ouvi a criatura gritar, desferindo um soco forte na face do jovem, fazendo-o cair para o lado

Nesse meio tempo, observei meu outro "eu" levantar-se com dificuldade cambaleando à passos incertos para os lados, sem rumo, como se estivesse dopado, logo caindo no chão novamente

E em resposta às minhas interrogações avistei suas orbes reviradas... Fora de si!

- Não! - desci um degrau indeciso, vendo Jungkook pegar um pedaço da mesa de centro que havia sido destroçada, contra a cabeça do homem, fazendo-o cambalear

O mais novo, aproveitando para empurrar meu clone em direção à escada pela gola, coisa que não parecia ser muito útil, quando o monstro ergueu-se novamente; mas dessa vez caminhando à passos apressados em direção ao revólver no chão

Meu ser estava angustiado, e a agonia apenas piorou, quando vi meu clone cair no degrau, logo erguendo-se ofegante, com os olhos fechados, parecendo sentir dores horríveis

- SOBE! RÁPIDO! - e Jungkook o empurrou, parecendo não me ver quase em sua frente, ainda observando a cópia idêntica à mim, caminhar de forma tonta, degrau por degrau

E um tiro cortou o ar, passando de raspão, quando ele caiu para o lado, me fazendo praticamente correr até si, vendo-o caído no primeiro degrau, ficando sentado como se não tivesse noção de nada

"E realmente ele não tinha" - concluí, ao vê-lo abrir os olhos, deixando suas orbes brancas à vista

- Oh, não! - ouvi Jungkook lamentar ainda encarando meu clone como se soubesse o problema que estava acontecendo ali, quando o olhei subitamente cair no chão, desacordado

Jungkook agora estava debruçado no chão, morto por um tiro em seu coração e quando o monstro aproximou-se, mirou o revólver, disparando mais dois na lateral de sua cabeça

Os gritos sufocados por minhas mãos deixavam bem claro o quão horrível era ver um garoto tão jovem e belo, caído no chão e sagrando, com sua pele alva manchada, lá se sabe por qual milésima vez e pelas mãos do próprio pai

De uma forma tão desumana... E tendo consciência de tudo!

Havia criado uma afeição por Jungkook, que ainda não sabia ao certo a razão... E vê-lo sem vida doía meu coração de uma forma sufocante

Principalmente por saber que o mesmo havia tentado salvar minha vida

Minha respiração acelerou ao ver a forma fantasmagórica coberta pelo líquido negro aproximar-se do jovem morto no chão, olhando para meu outro "eu", sentado ali, ainda fora de si

- NÃO! - mas não ouve som, grito, ou corpo estendido

O monstro segurava a arma em punho, com seu dedo no gatilho; mas a bala não saía, e o garoto ao meu lado, continuava sentado na mesma posição, com os olhos revirados; me deixando preocupado

- VÁ! - ouvi a voz grave da criatura, em direção ao meu clone - VOCÊ SABE O QUE FAZER!

E quando dei por mim, meu outro "eu" ergueu-se "roboticamente", e um único tiro ecoou no ar, e em um sobressalto, mirei o corpo do monstro caído no chão, sem vida, ouvindo o baque seco da porta sendo fechada às minhas costas, enquanto meu clone sumia atrás desta

"O mesmo havia atirado contra si" - meus olhos encaravam as duas figuras, pai e filho, sem vida naquele chão - "Uma família destruída" - pensei, ao me assustar com a figura de Seokjin parado no vão da cozinha, analisando tudo

"Ele estava assistindo?!" - indaguei, fechando as mãos em punho, ao notar que o mesmo provavelmente tinha consciência de tudo, pois podia, graças ao pé de Limoeiro, transitar pelo cômodo

"E ele não havia feito nada"

A raiva estava apossada de mim, ao notar o moreno encarar ambos os lados, logo fixando seu olhar através de mim

- NÃO ADIANTA! - ouvi a voz de Seokjin falar, olhando em minha direção - JÁ ERA! FIQUE ONDE ESTÁ! NÃO VÁ FAZER BESTEIRA!

- Quê?! - sussurrei, o encarando

- MAS EU NÃO SOU VOCÊ, SEOKJIN! - ouvi o grito desesperado, logo girando nos calcanhares vendo Jimin, segurar o trinco da porta que pertencia à meu quarto

- VOCÊ AINDA VAI FAZER ALGUMA LOUCURA, ALÉM DAS QUE JÁ FAZ... - observei o moreno segurar o trinco, indeciso - JÁ NOS ENVOLVEMOS O BASTANTE NISSO, JIMIN! DEIXE COMO ESTÁ! NÃO É PROBLEMA NOSSO!

O mais baixo parecia pensar em algo, ainda olhando para suas mãos na maçaneta, tendo uma luta interior quase palpável, enquanto o som de coisas quebrando e baques abafados adivinham do interior de meu quarto

E aquilo já estava me deixando agoniado, meu clone estava ali dentro sozinho, inconsciente, fazendo "sabe-se lá o quê"

E ao observá-lo fechar os olhos, uma lágrima invadiu seu pálido rosto, olhando fixamente na direção de Seokjin

E uma dor em meu peito emergiu, ao ver sua expressão tão dolorosa, me sobressaltando com um grito vindo do interior do quarto, que pertencia ao meu outro "eu" - sinônimo de que alguma coisa estava muito errada

- EU NÃO CONSIGO! - assumiu, abrindo a porta com pressa

E adiante dos meus olhos, a devastação de tudo que eu tinha, me deixou estático ao encarar o notebook destroçado no chão e meu celular iPhone, com a tela destruída

O espelho do guarda roupa, agora apenas os cacos no chão, estavam junto à minha cadeira acolchoada que obviamente havia sido usada para quebrá-lo, já que a mesma estava desmontada junto aos livros que agora encontravam-se em sua maioria rasgados, fora da estante

Mas aquilo era pouco, muito pouco, comparado à todo o sangue espalhado no chão, próximo à cama, como um arranhão no piso, em direção ao banheiro

- YOONGI?! - meus pensamentos foram invadidos pelo grito de Jimin que correu em direção ao banheiro, destrancando a porta, sem nem ao menos tocá-la

Meus pés automaticamente correram em sua direção, mas os joelhos imediatamente fraquejaram em meio ao caminho quando minha visão foi tomada pela desumanidade que preenchia aquele lugar

Ali estava meu reflexo... As mesmas roupas, o mesmo tom de cabelo, o mesmo rosto, altura, peso... Era eu, enquanto as lembranças pareciam emergir em minha memória

- ISSO NÃO ESTÁ ACONTECENDO! - ouvi o moreno gritar, correndo em direção à ele, que já estava no chão, segurando um caco de vidro sujo de sangue, cujo manchava todo o alvo piso

Peguei em meus pulsos, sentindo a cicatriz por debaixo da camisa de mangas longas, enquanto observava com a respiração desconcertada meu outro "eu", ainda com os olhos revirados, totalmente brancos, murmurando coisas desconexas, sobre os cacos de vidro que havia espalhado-se no chão, visivelmente advindos do armário sobre a pia, que também estava quebrada

Ele não parecia sentir dor, nem mesmo os cacos ao qual estava deitado, que visivelmente o perfuravam... E o descontrole, fazia com que Jimin lutasse consigo naquele chão

Era penoso, deplorável e o mais baixo emanava desespero

- SOLTA YOONGI! - gritou, tentando tirar o caco de vidro de sua mão - ISSO TÁ MUITO FEIO!

A face do moreno, devastada por lágrimas foi empurrada por um movimento brusco vinda de meu clone, que rapidamente encolheu-se cortando o mesmo lugar ferido, antes de Jimin levantar-se rapidamente, empurrando-o, fazendo o caco cair mais à frente

E antes que o mesmo pudesse pegar o objeto cortante, o mais baixo o chutou para fora do recinto, trancando a porta

- VOLTA! - o moreno o sacudiu - YOONGI, ACORDA! ACORDA!

Os gritos desesperados preenchiam o lugar, e meu peito condoía-se com as lágrimas que vertiam em sua face, parecendo não surtir efeito em meu clone, que fechava os olhos ainda invertidos, parecendo ainda em transe

- Não! - o abraçou, apertando-o contra si - Não! NÃO! YOONGI! NÃO DORME! YOONGI, EI!

O moreno sacudia o mesmo em seus braços, loucamente, enquanto o ferimento exposto parecia coagular, sujando ainda mais o piso

- Ah! - um murmúrio, foi ouvido, e logo Jimin segurou o rosto do outro em suas mãos, parecendo esperançoso - Tá do-doendo!

- Yoongi! - sua voz quase inaudível, carregada de soluços transparecia dor - Não dorme!

- Quem é você?! - a voz ainda embolada por álcool, tentava falar, piscando os olhos já consciente - Então, é assim... Não é?! Eu... finalmente vou morrer....!

- NÃO! - gritou, abraçando-o em seus braços - Eu não vou deixar!

- Mas... - começou a tossir, enquanto me apoiei em meus braços, não aguentando o bolo em minha garganta pela agonia - Eu não aguento mais...

Não houve mais palavras, a voz sumiu assim que o olhar que ambos tinham foi encerrado, após meu outro "eu" fechar seus olhos

- YOONGI! - o abraçou, chorando, apertando-o contra si - NÃO! VOCÊ NÃO!

A confusão inundou minha mente, assim que vi o moreno deitar o corpo do outro sem reação no chão, tirando sua camisa com rapidez

- Você vai ficar bem... - sussurrou, ainda chorando - Não vou deixar você ir...

- O quê... - minha voz nitidamente não era ouvida pelo moreno, assim como tecnicamente eu não devia estar ali

Mas não pude evitar ficar sem voz, ao ver Jimin colocar suas duas mãos sobre o peito de meu clone, parecendo penetrar a carne com suas unhas, sem presença de sangue ou ferimentos ( o que era inacreditável )

E ouvi o primeiro grito

- NÃO! JIMIN SEU IDIOTA, O QUE ESTÁ FAZENDO?! - gritei, ainda sem entender o que via

Meu outro eu, parecia sentir dor, de uma forma insuportável, arranhando o chão, debatendo-se contra o piso, enquanto o moreno, de olhos fechados, continuava com seus dedos afundados, aparentemente, dentro da pele do mesmo

Não era uma visão bonita, o que fez com que fechasse os olhos por conta do cenário doentio e desumano

E subitamente tudo parou, e ao tornar à olhar, deparei-me com o mais baixo jogar-se para o lado, escorado na parede, com um aspecto doentio

- Jimin?! - sussurrei, claramente não obtendo respostas

Seus lábios estavam cinzentos, assim como sua pele, que parecia opaca, e seus cabelos sem luz... Como se estivesse mortificado

- Vai ficar tudo bem... - sussurrou, sem forças, pendendo para o lado, caindo no chão, sem tirar os olhos do meu outro "eu", agora deixando um fraco riso em seus lábios

"O que está acontecendo aqui?!" - baguncei meus cabelos, confuso

- JIMIN?! - me ergui em sua direção, mas meus olhos não pareciam acreditar no que via

O mais baixo aderiu um aspecto transparente, perdendo-se no ar... Como se estivesse evaporando

- YOONGI?! - ouvi a porta abrir-se, e minha mãe passar por ela, correndo em direção ao meu clone, pegando-o em seus braços - NÃO, MEU DEUS, NÃO! ISSO NÃO PODE ESTAR ACONTECENDO! COMIGO NÃO!

A mulher choramingava, colocando as costas de sua mão rentes ao nariz do mesmo

- Está respirando... - pegou o celular em seu bolso, discando um número, esperançosa, sem desgrudar os olhos de si

- Jimin?! - ergui-me olhando para o lado, não vendo sua presença, nem sentindo-o por perto - Mas...

- É do pronto-socorro?! - ouvi minha mãe falar ao celular, mas não lhe dei mais atenção ao sair do banheiro, vendo-a chorar ao celular, enquanto notava meu outro eu, respirar, mesmo não consciente

"Mas, e Jimin?!" - olhei para o quarto sujo de sangue e cacos de vidro - "O que ele havia feito?!"

Minha cabeça sondava todas as possíveis respostas para minhas interrogações, mas não encontrava nenhuma

E ali, diante à cena de minha mãe tomando em seus braços um corpo completamente igual ao meu, aos prantos, uma única Interrogação fez-se presente, acima de todas as outras

"Como o atirador sabia seu nome?!"



Continua...


Notas Finais


"Eu quero você do meu lado 🎶 enquanto existir🎵
Será que amar é pecado?🎷
Será que tá tudo acabado?🎧
Não me deixe ir, ir🎤


Você me conquistou🍻
Me fez louco de amor🎼
Você me ensinou📻
A ser quem eu sou"🐃


👩‍💻Notícias de última hora: o bar da esquina agora toca além de funk, musiquinha romântica pra corno🐃 todo fim de semana agora, com direito à uma cantora ao vivo quebradora de copo⚡... - E eu peguei a filha dela...🤤


🤦Lasqueira😂😂😂 - quem mandou a escritora ser sapatão, né?! 🌈


🎈Mas, pra quem lê minhas historinhas mirabolantes, sabe que a escritora abitolada aqui, toma remédios controlados (tarja preta) - pra quem não está ciente, óia a surpresa 🎇🎆


Pois é, os antidepressivos e meus "estabilizadores" de humor, me deixam catatônica e nublam minha ideias, me deixando uma grande "bosta" atolada no cú, não servindo nem pra trabalhar e estudar


↪️Então... 🗣️NÃO SE ASSUSTEM COM MINHAS AUSÊNCIAS


🙈MAS, EU NÃO VOU DESISTIR DA FANFIC E NEM DE VOCÊS, e espero que não desistam de mim 💞


*DÚVIDAS, SUGESTÕES, RECLAMAÇÕES,TRAUMAS, ELOGIOS, AMEAÇAS, POR FAVOR, NOS COMENTÁRIOS; EU RESPONDO*


*VOTEM E COMPARTILHEM, ISSO É APENAS O INÍCIO*


👉Um beijinho, um abraço e um tapinha da bunda 😘👈


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Disponível também no Wattpad: Fanfic Nuance Effect (Gay) : https://my.w.tt/2R6oZpUwGM


Minhas outras Fanfics:

Link de Apaguem as Luzes ~ Turn off the lights (parcialmente hétero):
https://spiritfanfics.com/historia/apaguem-as-luzes-10208259

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