História Nudes - MiTw (Hiatus) - Two.

Tirei cinco fotos, uma com posições diferentes e roupas diferentes - uma duas sem elas -. Já estava cansado de segurar essa câmera a tarde toda, sinceramente isso me cansa as vezes, porém não paro.

Retiro a roupa com cuidado e a guardo no seu devido lugar, que é no meu armário. Aproveitei e peguei o estilo de roupa que eu utilizo quase todos os dias e as vesti. Me senti mais confortável do que com aquelas roupas que uso para as fotografias.

Me deitei na minha cama bagunçada, nada arruma essa cama, nem mesmo a minha mãe consegue. Pra mim, ela bagunçada é mais confortável. Sim, eu sou um estranho.

Meu celular começa vibrar, só foi uma vez, provavelmente é mensagem. Reviro meus olhos e desbloqueio o meu celular, me deparando com algumas mensagens, umas bem antigas - que eu ignorei - e algumas recentes - que irei ignorar também -. A única mensagem que me chamou atenção estou lendo agora.

"Você é lindo, não se esconda de mim"

Arrepiei por algum motivo. Uma simples frase me deixou assim, não sei mais o que duvidar que na próxima mensagem eu irei ficar excitado... Isso soou estranho.

- TARIK! SEU AMIGO ESTÁ AQUI! - Ouço minha mãe berrar lá de baixo. Não sei quem berrar mais alto, minha mãe ou o Rafa.

Guardei meu celular no bolso, ajeitei meu óculos e abri a porta, pondo minha cabeça para fora.

- Mande ele subir! - Gritei de volta para ela.

Rafael logo aparece no meu campo de visão. Rafa estava com o seu famoso moletom de panda, sinceramente, fica fofo nele, mas ele odeia quando eu o chamo de fofo, ele sempre fala a mesma coisa, sempre caio na risada quando ele diz isso.

"EU SOU HÉTERO, CARALHO! HÉTEROS NÃO SÃO FOFOS, SÃO GOSTOSOS E NÃO FOFOS! ENTÃO ME RESPEITE!"  

Really, é impossível levar ele a sério assim. Para falar a verdade, o Rafael é um gay incubado; primeiramente, um hétero não pode achar outros héteros gostosos.

Mesmo ele se achando hétero, todo mundo sabe que o Felps já deu um trato nele, só que ninguém comenta. Rafael é um pouco esquentado, então se rolar rumores com ele por aí... Essa história não vai acabar muito bem.

- Fala, Tarika! - Rafa acena e dá um sorriso. Ele me chama de Tarika, eu acho isso estranho, até porque "Tarika" não existe, e eu também não gosto que me chamem assim... Tudo tem seu momento, né.

- E aí, Rafaela. - Retruco.

No momento que eu o chamo de Rafaela ele fecha a cara e me olha feio. Ele sabe muito bem que eu não gosto que me chamem de Tarika!

- Vai ficar me olhando com essa cara feia mesmo ou vai entrar? - Ergo uma sobrancelha.

- Tá, eu entro.

Deixo a porta aberta e fui até a minha cama, me deitando. Ele entra e fecha a porta enquanto olhava ao redor.

- Tudo arrumado menos a cama, que isso, Tarika. - Ele abre a boca pra falar merda e se senta em um dos puffs que tenho no meu quarto.

- Você sabe muito bem que eu odeio que me chamem de Tarika, Severino. - Digo e ele começa a dá aquela risada escandalosa que só ele tem.

- Por isso mesmo que eu te chamo de Tarika, você é fofo sério. Ou tentando ser sério, né. - Diz Rafael.

- E você fica fofo com esse moletom. - Solto uma risada assoprada como deboche.

Rafael se calou na hora. Lá vem bomba de argumentos idiotas...

- Você sabe muito bem qu-

- Você é hétero e que héteros não são fofos e sim gostosos. Eu sei disso.

- Hmpf, pelo menos você já decorou. - Ele cruza seus braços.

- É, você falou isso tantas vezes que eu decorei. E concordo com você sobre héteros serem gostosos. - Digo mordendo meus lábios.

- Só você mesmo, Tarik! - Ele solta mais uma risada escandalosa. - Só você mesmo.

- Eu sei, Rafaela. Eu sou único, não precisa me lembrar disso. - Sorrio.

Ficamos um tempo em silêncio, até a anta resolver se levantar e funçar as minhas coisas. Óbvio que eu fiquei nervoso, o suor começou a descer pela testa e eu tentava me manter calmo, numa situação dessas você tem que se manter calmo, sem baderna...

- RAFAEL SEVERINO LANGE! FICA LONGE DO MEU GUARDA ROUPA! SUA LOIRA FALSA!- Berrei e corri pra cima do Cellbit que nem louco.

/-|

Eu fui arrastado de casa pelo Rafael, depois de eu ter perdido o controle lá em casa, ele disse que não iria mexer no meu guarda roupa se eu saísse com ele. Obviamente eu disse que não, mas foi um quase.

Ele não pode saber da existência daquela câmera e as roupas, se souber, eu tô fudido.

Paramos para tomar sorvete. Pode até ser clichê, mas eu amo sorvete, sempre paro quando vejo uma sorveteria ou um carrinho de sorvete. Sou como uma criança que pede tudo para mãe.

- Valeu a pena ter saído de casa!

- Uhum, agora se limpa, fofo. - Rafael dá uma mordida no seu picolé como se fosse a última coisa do mundo.

- Estou tão sujo assim? - Pego os guardanapos e limpo minha face. Meu óculos ficou com gotas de sorvete também.... - Droga... - Resmunguei e ouvi Rafael rir.

- Não, imagina! Até sujou seu óculos, idiota. - Cell continua comendo seu picolé com uma cara de "alguém me mata", a famosa cara de quando ele começa a pensar na vida.

Cell estava entretidos  com seu celular, estava sentado de frente para mim e eu de frente para ele. Estava tudo normal na sorveteria, nenhuma pessoa que entrava pela aquela porta fazia diferença, a não ser a pessoa que entrou agora.

- Uh? Aquele não é o Felipe? - Ergo minha cabeça para o lado tentando olhar melhor.

- F-Felipe?! - O desesperado toma conta do corpo de quem fala.

- É né... Felipe, Felps... Tanto faz! - Bufei e voltei a comer meu sorvete.

Rafael parecia um maratonista, não poder correr e sim por estar mais suado que eu no calor. Lembrando que estamos no ar condicionado, e ele está suando. Fico o encarando estranho, mas meus olhos vão até a silhueta atrás de Rafa, e o mesmo ficava mais nervoso ainda é me olha confuso. Ele ia abrir a boca, mas é interrompido.

- Oi, Rafa. E Tarik.

- Ah... Oi, Felps... - Olho para o lado contrário.

- Não vai me responder, Cell?

Por que a voz dele parece mais sinistra?