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História Nunca mais sem você - A União Dourada


Escrita por: Constellation

Capítulo 9 - A União Dourada


Abri o meu melhor sorriso e o beijei por um bom tempo. Estava totalmente apaixonado e entregue, sem medo de tentar ser feliz ao lado dele. Eu o tinha como amigo e como amante, o que eu sempre quis. Eu podia sentir em seu cosmo todo o amor que eu precisava. Eu o amo tanto... Por Atena. Felicidade, você existe!

Depois do beijo, ele se virou e se espreguiçou. Olhou para o céu e depois, para mim.  Bocejei e percebi que estava com sono (ainda mais depois do que ele tinha feito...). Senti um vazio quando ele saiu dos meus braços e o agarrei de novo. O queria o mais perto de mim possível. Deitei minha cabeça em seu peito, fechei os olhos e fiquei ouvindo seu coração bater. Amei aquele som...

- Tum-tum... Tum-tum... Tum-tum... – imitei, sorrindo.

Ele riu e falou, sem deixar de olhar para o céu:

- Ouça com mais atenção... Não é esse som.

- Aan? – não entendi. Olhei pra ele e disse - Só ouço tum-tum.

- Hã-hã. – murmurou ele e balançou a cabeça negativamente.

- Então... – disse eu, minha expressão pensativa. Po#$@, era tum-tum sim – Não sei não.

- Que pena. – disse ele, dando um sorriso maroto – Ele fala tão claramente...

- Fala o que? – perguntei, querendo saber se eu tava ficando surdo ou maluco.

- Devem ser umas cinco horas. – disse ele.

- O que tem a ver a hora com o som correto de um coração?! – disse eu, indignado. Ele tinha essa mania de só responder o que queria quando queria e mudar de assunto aleatoriamente desde que o conheço.

- A hora tem a ver com aquilo lá. – disse ele, apontando para o leste.

Olhei para a direção do Santuário e vi o Relógio de Fogo ao horizonte. Estava quase que totalmente aceso, exceto pelas chamas de Gêmeos, Leão, Libra, Escorpião, Sagitário e Aquário. Elas se acendiam quando o Cavaleiro de Ouro correspondente chegava ao Salão Dourado. Apesar de estar presente na União como mestre, Saga devia enganar o Relógio, mantendo a chama de Gêmeos apagada. Libra nunca esteve acesa. O Mestre Ancião não comparecia às Uniões, devido à sua quase eterna missão de guardar o selo de Atena sobre os 108 espectros de Hades. Sagitário, bem... O pobre Aiolos estava morto. Mas Leão... Será que Aiolia tinha voltado a se rebelar contra o Santuário?!

- É... – concordei – Pelo jeito, ainda não seremos os últimos.

- Vamos indo, então. – disse ele, erguendo o tronco.

Pus peso em cima dele e o voltei para a posição de antes. Coloquei meu corpo em cima dele, e fiquei de bruços.

- O Sol ainda não está se pondo. – disse eu o fitando com um sorriso malicioso – E você ainda não me respondeu...

Ele ergueu as sobrancelhas, retribuiu o sorriso e disse:

- Mas temos que estar lá antes do pôr-do-Sol, e não esperar que ele comece a fazê-lo, Milo. – levou a mão ao meu rosto e o acariciou – Isso será daqui a alguns minutos.

- Eu só saio daqui quando você me responder. – disse eu, dando beijos em sua mão. Meu corpo começou a pedir por ele de novo – E talvez, depois que eu retribuir uma coisa...

Ele nos girou, trocando nossas posições (reação inesperada. Afff...). Me encarou com um brilho nos olhos. Sei que ele também me desejava. Muito rapidamente, o bosque começou a escurecer. Me@#$! Ele tinha razão. Tínhamos que nos apressar.

- Janta comigo hoje? – perguntou ele, com um leve sorriso carinhoso, mas ainda com um brilho de malícia no olhar.

Fiz que sim com a cabeça, e o beijei. Depois nos levantamos, vestimos nossas armaduras e partimos para o Santuário na velocidade da luz. Arrumar confusão com o “mestre” e os outros Cavaleiros de Ouro por chegarmos atrasados é a última coisa que queríamos. Passou rapidamente pela minha mente que Camus não permaneceria no Santuário depois dessa batalha. Provavelmente, voltaria para a Sibéria. Fiquei triste nesse momento, mas passou rápido quando pensei naquela tarde que passamos juntos e na expectativa daquela noite...

Chegamos ao Salão Dourado. Ele nada mais era que um cômodo no Quarto do mestre reservado às Uniões Douradas. Lá estavam os outros Cavaleiros de Ouro e Saga, sentado em seu trono com suas vestes e máscara. Tomamos nossas posições: eu, ao lado de Shaka e Shura e ele, ao lado de Mu. As fileiras ficavam MUITO desiguais (a da esquerda com seis e a direita, com dois) devido à ausência de Saga, Aiolia, Dohko e Aiolos (que deviam estar entre Mu e Camus). Ninguém parecia satisfeito de estar ali. O mestre disse, enfim:

- Cavaleiros de Ouro, os mais poderosos entre os guerreiros que protegem nossa Deusa, declaro iniciada esta União Dourada. – disse em alto e bom som – Atena agradece as vossas lealdade e presença!

Ele ignorou totalmente a ausência de Aiolia?! Pegou um pergaminho e o abriu.

- O motivo dessa União Dourada: o Santuário de Atena será invadido amanhã por um grupo de quatro Cavaleiros de Bronze traidores e uma garota chamada Saori Kido vinda do Japão que blasfema dizendo ser a encarnação da Deusa.

Todos se entreolharam. Pude ver a expressão de indignação no rosto da maioria, a não ser no de Mu, que mantinha uma expressão distante e indiferente e Máscara da Morte e Afrodite, que sorriam, olhando para baixo. Desviei meu olhar para Camus, e pude notar seu ar pensativo e preocupado.

- Eis os nomes e Constelações dos traidores: - continuou o mestre - Seiya de Pégaso, Shiryu de Dragão, Shun de Andrômeda e Hyoga de Cisne.

Os olhos de Camus se arregalaram por um milésimo de segundo quando foi dito o último nome. Logo se abaixaram, opacos de tristeza e decepção. Logo ele, com sua frieza implacável... Fiquei preocupado e tentei chamar sua atenção para tentar saber o que se passava, mas não tive resposta. O que o poderia estar afetando daquele jeito?

- Esses quatro Cavaleiros de Bronze foram criados no orfanato da Fundação Graad, no Japão. Ela foi herdada por Saori Kido após a morte de seu avô, o magnata Mitsumasa Kido, que selecionou, pré-treinou e criou muitos dos Cavaleiros de Bronze regentes dos dias atuais. – continuou Saga – Seiya de Pégaso é japonês e foi treinado aqui no Santuário. Mestre: Marin de Águia, Amazona de Prata que será penalizada amanhã, juntamente com seu discípulo.

Tive a impressão de ver Mu balançar a cabeça negativamente de maneira quase imperceptível.

- Shiryu de Dragão é chinês e recebeu seu treinamento nos Cinco Picos Antigos de Rhozan, na China, sendo pupilo de ninguém mais que Dohko de Libra, conhecido por muitos como Mestre Ancião. Também será punido a tempo!

Mu ergueu a cabeça e olhou diretamente para o mestre com seus olhos cheios de raiva, mas, mesmo assim, mantendo sua expressão calma.

- Shun de Andrômeda é também japonês e foi treinado na Ilha de Andrômeda, Etiópia. Mestre: Albion de Cefeu, Cavaleiro de Prata. – ele fez uma pausa, e olhou na minha direção – Gostaria de parabenizar, em nome de Atena, o nosso companheiro Milo de Escorpião, que pôs um fim nessa Ilha e em todos os traidores da Deusa que lá existiam, inclusive Cefeu. Por favor... – e fez um gesto para que eu fosse aplaudido.

Todos me aplaudiram brevemente, e eu agradeci meio sem jeito com um gesto de cabeça. Me sentia orgulhoso por cumprir meu dever para com a Deusa e de ser reconhecido por isso, mas estava preocupado com o estado emocional nada normal de Camus. Olhei para ele e me espantei ao ver que ele já tinha se recomposto totalmente, já mantendo sua aparência fria e racional de costume.

- Hyoga de Cisne é russo e foi treinado no leste da Sibéria, na Rússia. - Sibéria? Ah, não... Esse moleque era...  – Mestre: Camus de Aquário.

Todos os olhares se voltaram para ele, que incrivelmente conseguiu manter sua postura, somente movendo os olhos na direção do mestre. Então, era isso que o estava perturbando... Que me$#@! Ele passou quase a vida inteira isolado naquele maldito lugar se dedicando a treinar esse filho da p$%&, que agora resolve trair o Santuário e utilizar tudo que lhe foi ensinado contra seu mestre... Pior! Contra Atena. Eu não tenho discípulos, mas... Droga, que decepção! E ainda coloca seu mestre em uma situação como esta! Que constrangimento... Ele nunca mereceu isso. Se esse tal de Hyoga cruzasse o meu caminho, encontraria a morte mais dolorosa. Desgraçado...

- Camus de Aquário, o que tem a dizer em sua defesa uma vez que treinou um traidor? – perguntou o mestre.

- Eu mesmo o punirei, mestre. – disse ele, friamente.

- Ótimo. – disse Saga – Alguém tem algo a dizer?

Aldebaran pigarreou e disse, com seu tom divertido:

- Mestre, perdoe minha curiosidade, mas porque devemos nos preocupar tanto com esses Cavaleiros de Bronze e essa mocinha?

Todos desviaram seus olhares para o mestre, que arqueou o tronco para frente e disse em tom firme:

- Bem, meu caro Aldebaran, esses traidores derrotaram os Cavaleiros Negros da Ilha da Rainha da Morte, os Cavaleiros Fantasmas, muitos dos Cavaleiros de Prata e outros inimigos poderosos. – disse, tentando ser convincente – Creio que sejam motivos plausíveis.

- Mas mestre, com todo o respeito – disse Shura – Esses traidores certamente serão derrotados por somente um de nós.

- Não são dignos sequer de encostarem seus pés imundos no Santuário. – completou Shaka – Mestre, peço que permita que eu, Shaka de Virgem, os expurgue desse mundo antes mesmo de chegarem à Grécia!

- Silêncio! – disse ele, alterando o tom de voz – O Santuário será invadido e é seu dever guardar suas respectivas Casas! Está encerrada esta União Dourada.

Hehehehe! Lembrando dessa situação, fico pensando em como fomos enganados tão facilmente... Todos reverenciaram o mestre e se retiraram do Salão Dourado. Ninguém se olhou ou se falou direito. Todo mundo, com exceção de MdM e Afrodite, estava era muito pu%$ e inconformado de termos sido retirados de nossas missões e afazeres para combater Cavaleiros de Bronze. Claro que eu estava muito feliz de ter tido a oportunidade de reencontrar Camus, e tenho certeza que ele sentia o mesmo. Mas aquela do mestre era muito non-sense*!

- Vai pra sua Casa? – perguntei num tom carinhoso quando o encontrei e fui descendo as escadas ao seu lado.

- Vou. – respondeu, meio distante – E você?

Imaginava como ele se sentia: traído, decepcionado e humilhado pelo próprio discípulo que por tantos anos se dedicou a treinar e a tornar um Cavaleiro. Poxa, isso justamente tinha que acontecer com ele para acabar com nosso dia? Pensei e me entristeci... “Ele não vai querer mais a minha companhia por hoje, não depois dessa.”

- Ahnn... – talvez ele precisasse de um tempo sozinho – Vou pra minha.

- Oito horas tá bom pra você? – perguntou ele.

Devo ter feito cara de desentendido.

- Digo... Pro jantar. – disse ele, com um sorriso triste.

Lindo... Ele não desistiu da gente. Retribui o sorriso... Queria dar um beijão nele ali, mas me lembrei que não estávamos sozinhos descendo as Casas (quase... KKKK!).

- Tá!

Chegamos à Casa de Aquário, e nos despedimos com amigos (aperto de mão e tapa nas costas. Hahahahaha! Somos ótimos atores, não?) com AQUELE olhar de cumplicidade, já que Shura, Mu, MdM, Aldebaran e Shaka estavam junto. Todos se despediram dele, cada um de seu jeito:

- A gente se vê, vizinho! – disse Shura, apertando sua mão.

- Huahuahuahuahuahua! Geladiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiinhoooooo! – zoou Deba, dando-lhe um verdadeiro ABRAÇO.

- Fui, picolé! – disse MdM, sem parar de andar, já descendo as escadas.

- Adeus, Camus. – disse Mu, e lhe deu um abraço rápido.

Shaka, por último, depois que todos já tinham saído, sorriu e disse:

- Felicidade dominante, apesar da presença de decepção e tristeza em Camus. Sim... Vocês dois não me enganam, está bem? – deu as costas e partiu.

Nos olhamos e sorrimos. Esse Shaka é terrível...

- Agora sim... – disse eu, dando-lhe um beijo em seguida. Queria muito dar uma continuação quente a ele... Mas me controlei. Como disse Shaka, decepção e tristeza ainda emanavam no fundo de seu cosmo. Eu podia sentir, por mais que ele não demonstrasse. O conheço bem... Sei que precisa ter seus momentos de solidão para recompor sua alma. Acho que todos somos assim – Até mais tarde. – me despedi, sussurrando em seu ouvido.

- Até... – respondeu ele, virando as costas e seguindo para o interior da Casa.

Alcancei o pessoal na Casa de Capricórnio, nos despedimos de Shura, passamos por Sagitário e chegamos a minha Casa.

- Peçonha dos infernos! – disse Deba, me dando o ABRAÇO típico dele – Até amanhã! Hahahaha!!

- Deba... Mmmmmfffffff! – meus olhos quase saltando das órbitas – Você viu o Aiolia?

Me soltou e pensou, olhando pro teto.

- O mestre não falou nada da ausência dele. Deve estar em alguma missão ou coisa do tipo, o bicho de pelúcia!

- Deve ser... – falei, desconfiando do real paradeiro do bichano – Valeu, então gente!

- Até! – responderam juntos Mu, MdM e Deba.

- Adeus, Escorpião. – disse Shaka.

Fui para o meu quarto, tirei a armadura e a roupa e... Banho. Me encostei na parede, fechei os olhos e deixei a água quente cair sobre a minha pele. Agradeci mentalmente à Deusa por ter Camus ao meu lado. Só podia ser uma benção... Uma lágrima rolou dos meus olhos e se misturou com a água que escorria pelo meu rosto.

Comecei a relembrar nosso reencontro no bosque, ele me ajudando com a cratera, nosso primeiro beijo, ele me pegando de jeito na árvore... Minha ereção já começava a despontar. Levei a mão ao meu membro e comecei a estimulá-lo devagar. Bati as costas na parede, quando pensei em como ele me dominou e prensou deliciosamente e colou seu corpo no meu, tentando reconstruir aquele momento. Sua respiração morna no meu pescoço, seus beijos e lambidas úmidos pelo meu corpo... Levei minha outra mão ao mamilo e o acariciei com os dedos, pensado naquela língua gostosa passando ali... Larguei meu membro e levei a mão que o segurava ao meu tórax, e a deslizei fortemente pelo abdômen, e o agarrei novamente. O estimulei, tentando imitar como ele fez e me deixou louco... Estava duro de tesão! Seu toque, seu cheiro, sua voz me dizendo que era meu... Sempre foi.

- Você é meu... – suspirei, enquanto me masturbava. Desci a mão que acariciava o mamilo para minha coxa, acariciando-a como ele. Pensei em seu olhar malicioso e brilhante, seu sorriso safado antes de abocanhar o meu pau... Aquela boca macia, quente... Aumentei freneticamente o ritmo e gemi... Ofeguei quando o gozo veio quente na minha mão. Muito pouco comparado a quantidade que ele engoliu essa tarde. Me deixou seco, e viciado...

Não. Eu não estava satisfeito. Sou insaciável por ele. O queria mais. Mais... E hoje.


Notas Finais


*Non-sense: sem sentido.

A noite é uma criança! Eu aqui às 5h da matina, depois de ter virado escrevendo esse capítulo. Sempre vale à pena. :) Bye u.u


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