História Nunca Me Deixe! (Yaoi) - Escada rolante e Agora vai?

Shopping, 19h00min {Visão Jack}.

As “pequenas aulas” que tive na faculdade estão me matando. O sono estava querendo ganhar, mas a vontade de agradar Cam era maior que isso.

Cam estacionou o carro e me encarou. Era muito raro sairmos e estamos saindo pela semana inteira, era estranho? Sim, mas estava sendo muito divertido. Descemos do carro e caminhamos ate a entrada do local, seguindo pelos corredores:

-Já andou de escada rolante? –Cam pergunta como se fosse uma criança.

-Varias vezes... –Falei e ele me olhou com certo desespero. –Você nunca andou?

-Eu venho do meio do mato! Killer já andou, mas eu mal saia de casa! –Ele diz baixo totalmente envergonhado.

-Vamos então. Não tem segredo nisso. –Digo segurando o riso.

Achei engraçado o fato de Cam nunca ter andando de escada rolante, não era impossível, mas era engraçado. Cam segurou meu braço e subiu na escada, cambaleando, mas subiu:

-Não creio hahaha - Eu ria e Cam puxou meu casaco para trás.

-Vai pagar muito caro por isso. –Ele resmunga.

-Quem quis vir ao shopping foi você, não eu. –Disse enfrentando-o.

Depois de saímos da escada rolante, começamos a andar pelo segundo andar do shopping, Cam não tinha a paciência de parar e ver vitrines, mas parece que por certo motivo quando eu pedi para ele parar para olhar camisetas, ele parou:

-Que estranho... –Falei enquanto olhava a vitrine

-O que? –Cam perguntei e colocou as mãos nos bolsos.

-Você ficar com paciência e olhar as vitrines. –Digo e Cam me olha.

-Quem ama, cuida... Quem ama, tem paciência. –Cam fala e sorri fraco.

-Vamos ver essa loja? Tem uns assessórios que podemos colocar em casa. –Disse e Cam ajeitou os ombros.

-Tudo bem, vamos lá. –Ele fala e sorri.

Entramos na loja e logo uma garota vem nos atender. Ela sorri e nos cumprimenta, a maioria não fazia isso ao nos ver:

-Boa noite! Gostariam de algo em especifico? –Ela pergunta.

-No momento não. –Digo e começo a olhar algumas coisas.

Cam conversava com a moça e eu os encarava desconfiando, não é ciúme, o nome é preocupação. Depois de fingir olhar as coisas, fui ate Cam e puxei sua blusa:

-O que foi? –Ele pergunta fofo.

-Vamos? –Pergunto e bocejo.

-Vamos então. –Cam fala e se despede da moça - Combinado?

Saindo da loja, o shopping já estava quase vazio, era plena quarta-feira, meio da semana, só dois retardados para vir no shopping há essa hora e nesse dia:

-Quer ir para casa? –Cam pergunta enquanto passávamos do lado da praça de alimentação.

-Vamos. –Disse.

{Visão Cam}.

Eu sabia que Jack estava cansado, pois eu também estava, as ultimas aulas na faculdade estavam sendo pesadas para nós dois. De manhã ate à uma da tarde eu trabalhava e a tarde ate as 19h00min eram livros, aulas, programas e assim vai. Era difícil estabelecer as coisas, era meu ultimo ano, as coisas estavam sendo decisivas e por mais que eu não falasse, eu esperava todo noite pelo abraço de Jack, os beijos deles:

-Hey, Cam - Jack me puxou para descer a escada rolante.

-Desculpa, me distrai. –Falei e descemos ate o estacionamento.

Jack seguiu ate o carro e parou na frente da porta. A expressão cansada dele era vista. Abri a porta do carro e ele entrou cambaleando. Não foi o melhor passeio que já tivemos, mas foi interessante Jack achar que tenho paciência:

-Cam... –Jack me olha quando eu ligo o motor do carro.

-Diga.

-Amanhã... Quer ir para no campo? –Jack pergunta pela primeira vez em um ano de namoro ele me convida para ir para algum lugar.

-Vamos. –Falei sorrindo - Pode ser naquele campo atrás da montanha?

Por mais que onde moramos seja tranquilo, o centro da cidade era muito barulhento, um tempo a sós em um lugar afastado sem os gritos de Killer enfurecida com Greed. E continuar com o barulho das arvores

Depois de uns minutos, estaciono o carro na frente de casa e descemos do carro. Ao entrarmos em casa, Jack vai ate a cozinha e trás um pastel:

-Quer jantar alguma coisa? –Ele morde o pastel.

-Um pedaço do pastel seria bom. –Digo.

-Pega aí. –Jack fala, para um ser de 19 anos, quase 20. A mentalidade era de 14 anos.

-Bobo. –Digo e mordo o pastel

Jack falou que anda tendo problemas na faculdade, que era difícil se enturmar e fazer os trabalhos que envolviam grupos. Subimos para o quarto, apagando todas as luzes da casa e deixando o pastel pela metade. Ele começou a tirar a roupa:

-Olha só, mas que audácia é essa? –Perguntei.

-Vou por o pijama. –Diz ele só com a Box.

-Hum... –Tirei a camisa e agarrei-o por trás.

-E-Ei! –Ele cora e tenta se soltar.

-Não vou soltar, eu disse que você ia pagar por me fazer ir pela escada rolante. –Falei e ergui-o. Baixinho e leve como pena.

-C-Cam! Oye! –Ele sacode as pernas e coloca as mãos sobre a intimidade.

-Esta? –Paro de falar e coloca-o sentado na cama.

Ele desvia o olhar para as arvores atrás do quarto. Encarei-o e passei a mão no rosto vermelho dele. A pele fria e pálida dele dava contraste aos cabelos negros. Segurei a nuca dele e beijei-o. Não dava para aguentar:

-Cam... Humf... –Jack resmungava.

A língua deve dançava com minha fazendo Jack implorar por ar, maldito seja a falta de ar. Saímos do beijo e Jack arfava e agarra meus ombros. Abracei-o e beijei o pescoço exposto dele. Jack se segurou minhas costas com força... Dessa vez vai?