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História Nunca na minha vida... - (Interlude) Amargo café, doce amizade


Escrita por: KriegsKatze

Notas do Autor


Conheçam Alfred, minha fonte de inspiração de pelúcia.

Deixando os parceiros de lado por um capítulo (MUAHAHAHA....desculpa), está na hora de usar um interlude para expandir um pouco o universo.

Capítulo 5 - (Interlude) Amargo café, doce amizade


Fanfic / Fanfiction Nunca na minha vida... - (Interlude) Amargo café, doce amizade

Cafeteria "Hestia's Garden"11:30

Centro de Gotham


  Bárbara observou para as figuras silenciosas por trás da janela enquanto seu laptop carregava, já estava chegando o horário de pico, as pessoas iriam almoçar, as ruas iriam se encher com risos, conversas e o pânico habitual de pessoas atrasadas para as mais diversas atividades. Bárbara sorria para o café que ela estava tomando, Héstia não era conhecida pela ótima qualidade do café, na verdade, o café era até amargo (mais do que o habitual), a real vantagem da cafeteria era a paz e o aconchego que ela proporciona. Paz, em meio a correria da vida em Gotham.

  A dona do estabelecimento, Olívia Fernandes, já tinha a noção que sua clientela tinha ligações com (se ela já não soubesse que eles eram) os heróis de Gotham e da Liga, uma moça solteira que possui os mais fiéis conselhos e dicas, Olívia era como uma mãe para a comunidade inteira, sempre lá para quando você precisava de um café amargo ou boas risadas e conselhos.

  Bárbara tomou mais um gole do amargo café (já estava acostumada ao sabor) enquanto observava ao redor. Ela se encontrava em uma das mesas de canto, as mesas eram daquelas que seguiam um padrão linear nas paredes, mas que eram divididas uma das outras,tendo belos sofás em forma de meia-lua, com uma pequena barreira de vidro logo acima para dar um pouco mais de privacidade.

  Estandes cheias de livros se encontravam nas paredes, plantas enfeitavam cada canto da cafeteira, desde as paredes até o teto, fazendo o lugar parecer uma pequena floresta tropical. Luz entrava pelas grandes janelas a frente, enquanto ventiladores de teto se moviam de forma preguiçosa porém eficiente.

  Dick adentra a cafeteria, roubando os pensamentos de Bárbara, ele usava um casaco preto e calças jeans, tinha um relógio no pulso e o cabelo estava parcialmente bagunçado, ele tinha uma mochila preta basica presa nas costas. O primeiro Robin observava a cafeteira, Bárbara viu pelo canto dos olhos um grupo de garotas olhando de relance o garoto morcego original, risos estampados em seus rostos.

  Dick encontrou Bárbara, dando um sorriso de desculpa, ele estava atrasado. Bárbara encarou o Robin com um olhar de deboche, mas não podia conter o sorriso.

  Dick se sentou de frente para Bárbara, eles conversaram um pouco, trocando piadas e falando sobre o dia um para o outro. O Asa noturna não estava acostumado ao café dali, tanto que seu rosto se contorceu para o gosto amargo, seu rosto tinha mais medo estampado nele do que nojo, como se estivesse pensando que nada poderia ter um gosto tão amargo, e que aquilo era na verdade veneno. Bárbara caiu em gargalhadas, fazendo Dick ficar vermelho por um curto período de tempo.

  Dick tosse de uma forma educada para chamar a atenção, mas ele logo cede para as gargalhadas de Bárbara. A oráculo observou o amigo, era incrível como o tempo avançou para eles, ela lembra de quando se conheceram pela primeira vez, era estranho imaginar o quanto ele havia amadurecido mais ainda.

  Um barulho é liberado do laptop, notificando sua dona que ele estava carregado e pronto. Com ele ligado, era hora de voltar ao trabalho, Bárbara possuía um dos maiores bancos de dados do mundo, mas nem ela, nem o resto dos membros da liga conseguiam saber como esses novos mercenários poderiam saber onde atacar ou mesmo quem eram eles definitivamente.

  Dick tinha patrulhas em Gotham e ocasionalmente tinha contatos com bandos de mercenários que cruzavam a cidade, a visita a cafeteria era um meio de colher um pouco dessa informação e tirar um tempo para respirar fora da mansão.

  - Eu encontrei o que parecia um tablet com um bando que cruzava a cidade - Dick informa ao tirar um tablet da mochila que descansava ao seu lado, entregando a oráculo - tudo está criptografado, software militar.

  Bárbara observa o dispositivo com um olhar curioso e conecta ele ao laptop, decriptografar o aparelho iria demorar um pouco. Enquanto o programa fazia seu trabalho, Bárbara usou o tempo para atualizar os arquivos da liga, ultimamente muita informação estava chegando a ela, junto com pessoas tentando buscar informação nesses novos inimigos. Batman estava se encontrado com Superman e quem mais ele conseguia encontrar, eles estavam tentando reunir qualquer informação enquanto os cofres da liga em Metrópoles eram saqueados. 

  Bárbara suspirou, os últimos dias foram complicados para ela: bandidos em Gotham, mercenários em Metropolis, fugitivos em Arkham, oferecer suporte aos novos heróis (e aos velhos), organizar a onda de dados que chegava até ela e, é claro, tentar encontrar respostas para muitas perguntas. Ela tinha ficado acordada até tarde da noite tentando encontrar falhas nos sistemas da liga, quaisquer vestígio de invasão ou sabotagem, sempre em vão.

  - tudo o que sabemos sobre eles é que seguem pelo nome de "Legion" - Bárbara começa, tentando montar uma linha de raciocínio como fazia em seus tempos de morcego, ele pressiona os dedos na parte do lado da cabeça, fazendo pequenos círculos para tentar amenizar a dor de cabeça.

  - como as legiões de Roma? - Dick pergunta, seguindo o pensamento de Bárbara, ela acena com a cabeça, os olhos fechados - explicaria os diferentes tipos de esquadrões... Mas qual seria a importância de saber isso? - ele pergunta, uma sobrancelha levantada em preocupação com a amiga.

  Bárbara soltou outro suspiro, ela estava exausta, ela já estava acostumada com a pressão de ser o Oráculo, de ser o suporte dos heróis, mas esses últimos dias...estava deixando ela morta. Ela se jogou no pequeno sofá, antes de começar a responder: 

  -Eu não sei - uma simples frase, ela continuou - a verdade é, eu não sei de quase nada - ela ficou deitada, olhos para o teto, onde um ventilador se movia de forma preguiçosa - esses dias Dick… eu gosto de ser a Oráculo, eu gosto de ajudar os heróis e ser uma pedra no sapato dos vilões, mas esses dias me mostraram como isso pode ser cansativo, não ter respostas, não ter como ajudar alguém, ficar sobrecarregada - ela podia ela podia sentir uma lágrima subindo - ficar vendo um problema e não ter como ajudar...imponente, essa é a pior sensação que eu posso imaginar…

  Dick foi até o lado dela, a cadeira de rodas estava estacionada próxima (bárbara gostava da liberdade de vez em quando), ela se sentou, e não hesitou sequer um segundo quando Dick abriu os braços oferecendo um abraço, ele passou a mão pelos cabelos dela tentando confortá-la, quando ele se afastou, foi para dizer:

  -Você é incrível.

  O comentário a pegou de surpresa, ela podia imaginar que estava fazendo uma cara de choque quando viu o antigo Robin sorrir, mas antes mesmo que ela pudesse dizer algo, ele prosseguiu.

  -Bárbara - ela adota um tom firme, confiante - você faz o impossível, você basicamente pode ser considerada a membro mais importante da família inteira - ela começou a sorrir sem perceber, ele continua - Eu, Jason, Tim, Bruce, Damian, Cassie, Kate; todos nós temos nossas diferenças, mas honestamente, nosso trabalho é diretamente bater nos vilões - ele se aproxima como se estivesse fofocando, um sorriso brincalhão estampado em seu rosto - uns mais do que os outros - ele sussurra "Jason" e revira os olhos, Bárbara solta uma pequena gargalhada, Dick acompanha a risada - mas você? Você é o cérebro da família! Precisa de informação? BAM! Precisa de ajuda invadindo um mainframe militar? BAM! Precisa de um bat-rangue para jogar no Tim quando ele deixa o quarto dele uma bagunça na mansão? BAM! - ela começa a rir de novo, o sorriso estava tão forte que começava a doer - eu sei que esses dias estão sendo um saco, mas se tem alguém que consegue dar a volta por cima, esse alguém é você minha cara "Bat Empress" ("Imperatriz morcego").

  Ele mal terminou de falar e a Oráculo o puxou para um abraço, dando um beliscão em seu braço quando estava para se soltar, Dick deixa escapar um "Ai!" e olha incrédulo para a amiga

  -Você é quem deixa seu quarto bagunçado - ela diz com um olhar brincalhão - não tão ruim quanto o Tim, mas bem mais frequente que ele! MUITO MAIS!

  Ele dramatiza sua expressão de incrédulo: - Blasfêmia! - ele anuncia com um dedo levantado - suas acusações são carentes de provas concretas! - ela riu.

  -Protesto! - ela exclama, com um tapa na mesa, dois podiam brincar desse jogo - eu possuo provas em forma de vídeo! Feitas pelo próprio garoto prodígio! - ela anuncia triunfante.

  - Aquele traidor! - ele fingia choque, decepção - depois de tudo que eu fiz por ele, traído pela minha própria família!

  - a casa caiu Sr.Grayson - ela apontava para ele de forma acusadora, um sorriso de genuína diversão - admita seus crimes e poderemos ser mais gentis em sua punição.

  - Jamais! - Dick bate na mesa, o sorriso tão brilhante quanto o dela - serei preso com minha honra intacta!

  -Então temo que nossa conversa esteja acabado Sr.Grayson - ela finge organizar alguns papéis - Guardas! Levem esse homem para a cadeira elétrica!

  Ambos caem em gargalhadas, algumas pessoas observam a comoção na mesa com olhares de questionamento, alguns sorriam para a cena com risadas tímidas e educadas, e uma menina do grupo de antes observa Bárbara com veneno nos olhos.

  O laptop de Bárbara emitiu um aviso, anunciando a abertura do dispositivo, Bárbara fez um upload para o banco de dados e enviou para a batcaverna, ela queria terminar de aproveitar o momento com o amigo.

  Conversaram sobre as mais diversas coisas, Olívia passou na mesa deles para entregar um suco por conta da casa, sorrindo com doçura para os dois, sempre a mãe simpática.

  Quando o comunicador dela tocou, foi uma surpresa, atendendo o comunicador, ela deu de cara com um Bruce Wayne preocupado, o que deixou ela ainda mais surpresa, o cenário atrás dele sendo uma das salas típicas da mansão.

  - Bárbara - ele começou, a voz grossa não traia emoção, mas ela sentia um pouco de preocupação no morcego - preciso que você volte imediatamente - seu tom tinha sombras de pura tensão.

  - o que aconteceu? - ela pergunta, Dick aparece do lado dela, encarando o patriarca da família, atento às palavras dele - Você está bem? - ela pergunta

  Bruce balança a cabeça em um "não" - não sou eu com quem você deve se preocupar - ele disse, estava obviamente incomodado, o que deixava Bárbara ainda mais tensa, antecipando péssimas notícias.

  Bruce olhou diretamente nos olhos dela, exigindo em silêncio a total atenção dela.

  -É o Jon.


Notas Finais


(Alfred mandou um beijo)

Desculpe por ser algo curto :p


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