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História Nursery (Drarry) - Único.


Escrita por: unitysprouse

Notas do Autor


Boa leitura:

Capítulo 1 - Único.


— Harry, você ficou sabendo que o Draco está na ala hospitalar?

Tais palavras caíram como uma bomba em cima de Harry, o que estaria fazendo Malfoy na ala hospitalar? Não eram nem oito horas da manhã, o dia ainda nem começara direito e seu namorado já tinha se metido em confusão.

— O que aconteceu com ele?

— Não sei, só fiquei sabendo que a coisa é séria. Você vai lá vê-lo?

Era isso que o moreno pretendia fazer, ir até a enfermaria e dar um belo tapa em Draco por ele ter arrumado briga bem de manhã. O humor de Harry nunca amanhece bem, ele ja tinha levantado da cama com um certo ódio e agora ainda tinha mais isso para colaborar com seu estresse matinal.

— Vou.

— Ah, nem pensar. Temos aula de poções agora, se esqueceu? — Mione fez questão de lembrar todo o horário de Harry e ainda enfatizou que ele não poderia nem pensar em pisar na ala hospitalar antes das três horas da tarde.

O sermão de Malfoy teria de esperar. O moreno desceu até às masmorras para sua aula habitual de poções, a última coisa que ele queria nesse momento era ver o rosto flácido de Severus Snape dizendo, como de costume...

— Atrasado, Potter. 

Harry revirou os olhos escondido do professor e foi se sentar ao lado de Rony. Enquanto Snape passava a tarefa de hoje no quadro o garoto ficou pensando o que ocorreu para seu namorado ter ido parar na enfermaria, conhecendo Draco da maneira como ele conhecia inúmeras coisas se passaram em sua cabeça.

Ele poderia muito bem ter tentando enfrentar alguém maior que ele, ter debochado de algum aluno ou ter experimentando um feitiço nele mesmo. Eram tantas opções que Harry não poderia nem contar nos dedos.

— Minha aula está entendiante, Potter? 

— O que disse, senhor? 

Harry fez a pergunta de propósito apenas para tirar uma com a cara do professor. Ele adorava fazer aquilo, só parava de ficar divertido quando ele recebia uma detenção.

— Eu perguntei, Potter, se minha aula não é digna de sua atenção, porque pelo visto você tem coisas mais interessantes em mente.

— Não, senhor. Vou ficar mais atento a partir de agora.

— Acho bom. 

Segurando um riso, o moreno começou, com muito esforço físico e mental, a prestar atenção na aula completamente chata de Severus. Por uma fração de segundo, um certo loiro arrogante invadiu sua mente desfocando toda sua atenção da aula. 

O que Draco estaria fazendo nesse momento? Será que estaria recebendo a visita de alguém?

— Potter! 

Rapidamente o garoto ajeitou sua postura na cadeira e olhou fixamente para os cabelos oleosos do professor, que agora estava visivelmente irritado e feliz por ter mais um motivo para humilhar Harry na frente de todos os alunos.

— Estava prestando atenção na minha explicação?

— Sim.

— Então, por gentileza. — A última palavra parecia ter rasgado a garganta de Snape. — Venha aqui na frente e mostre a turma como devemos começar a preparar a poção do morto-vivo. 

Para o azar de Harry, ele só sabia o começo do preparo daquela poção. O rosto de Severus se iluminou com um sorriso debochando enquanto via o moreno se dirigir até a frente da sala e se colocar em frente a o caldeirão do professor.

— Quando quiser, Potter.

O moreno correu os olhos pela sala até encontrar Mione, que parecia ansiosa para ver o melhor amigo em ação. Harry tentou pedir ajuda para ela mas ficava difícil com todo mundo da sala olhando para ele. 

Harry pegou algumas raízes e olhou novamente para Mione, que acenou discretamente com a cabeça e então o moreno soube que tinha começado certo. Harry colocou elas no caldeirão, aguardou um instante até as mesmas adquirirem uma cor de groselha e apresentar-se lisas. 

O garoto cortou a vagem sudorífera e a despejou no caldeirão, mexeu um pouco no sentido anti-horário sempre verificando se Hermione aprovava seu feito. A poção ficou Violeta e então ele colocou a raiz de asfódelo em pó e a infusão de losna. A poção estava pronta.

— Vamos verificar então. 

Snape colocou um pouco do conteúdo em um frasco e observou por longos segundos até dizer: 

— Poção concluída com sucesso. Eu adoraria lhe dar os parabéns Potter mas acho que devo direcioná-los para a senhorita Granger, que lhe ajudou descaradamente.

Desgraçado! Harry pensou fazendo de tudo para não mandar o professor pra puta que pariu naquele mesmo instante. Ele sabia que de qualquer maneira Snape acharia um motivo para fazê-lo de chacota na frente de todos.

— Uma poção tão simples e ainda assim você precisa do auxílio da sua amiguinha? Que decepção, Potter, mas bem, eu nunca coloquei grandes expectativas em você mesmo.

Severus riu junto com outros alunos da sonserina.

— Menos trinta pontos para a grifinória e detenção para o senhor, venha limpar o meu estoque assim que terminar sua aula de feitiços.

Harry colocou suas coisas de volta na mochila violentamente e saiu apressado da sala. Snape era um maldito, isso sim, um tremendo filho da puta que não tinha sentido na vida além de fazer dele uma piada na frente de todo mundo.

O garoto mal podia ver a hora de se livrar da aula de poções, jamais pisaria novamente naquela masmorra e poderia mandar o professor ir a merda sem receio algum. 

A aula de trato das criaturas mágicas foi a mesma coisa de sempre, Hagrid dessa vez trouxe mais uma criatura muito perigosa para adolescentes de dezesseis anos tratarem sozinhos. Feitiços foi uma aula que colocou o ânimo do Potter lá em cima, ele tinha recebido apenas elogios do professor Flitwick e nenhum dever para casa. 

Harry até pensou em dar uma passada rápida na ala hospitalar para ver seu namorado, mas tinha uma detenção para cumprir que com certeza deixaria ele de cabelos em pé. Snape não facilitou nem um pouco a "atividade" nada prazerosa do moreno, o menor teve certeza que viu poeira surgir do nada nós lugares que ele tinha limpado pelo menos duas vezes. 

Quando todo o estoque estava limpo, Harry pegou suas coisas e saiu como um relâmpago para a sala comunal. Lá se encontravam Fred e Jorge em um canto promovendo mais uma de suas invenções e Neville e Simas discutindo sobre o AD perto da lareira. O Potter até pensou em ir até eles para falar sobre a próxima reunião mas não tinha tempo para isso. 

O garoto guardou suas coisas no quarto e saiu novamente para a enfermeira, mal podia esperar para beijar Draco e esganar ele por ter se metido em encrenca. O que Harry não esperava era encontrar Angelina vindo em direção oposta a ele com o uniforme de quadribol. 

— Te achei finalmente, vamos logo lá pra baixo, tá todo mundo esperando você. 

Harry parou no meio do caminho e lançou a ela um olhar intrigado, só então ele se lembrou de que tinha treino de quadribol depois da aula de feitiços.

— Ficaram me esperando esse tempo todo?

— Você é o apanhador, não podemos treinar sem você! 

Desanimado e completamente desmotivado o garoto desceu as escadas até chegar no vestiário. Draco teria de esperar mais um pouco, ele pode fazer isso, pensou o moreno enquanto se acostumava com a ideia de que não veria seu namorado tão cedo. Harry vestiu o uniforme do time e foi para o campo. 

Horas de treino deixaram Harry exausto, tudo o que ele precisava agora era de um banho quente e de uma cama confortável. O tempo se passou absurdamente rápido, como dizia Gina: o tempo voa quando estamos nos divertindo.

O moreno trocou de roupa e se despediu dos amigos que seguiriam uma direção diferente da dele. Depois de tantos imprevistos e muita raiva tudo o que ele queria era estar nos braços de Draco. Ainda tinha um dia longo pela frente, mas isso não importava para o Potter agora.

Ele entrou na ala hospitalar e seguiu em frente depois de perguntar para Madame Promfrey qual era a cama que Malfoy estava. Harry encontrou seu namorado dormindo calmamente, os cabelos loiros bagunçados na cabeça e o braço esquerdo coberto de faixas e havia alguns arranhões bem feios na perna direita do loiro. 

O moreno levantou o braço de Draco e se deitou com ele, descansando sua cabeça no peitoral do namorado conseguindo sentir as batidas do coração dele. Assim dormindo nem parece o demônio insaciável que é, Harry riu de seus pensamentos e percebeu que acidentalmente acordou o mais velho.

— Deu o ar da graça, Potter.

— Idiota.

Harry levantou a cabeça para dar um selinho no loiro. 

— Por que demorou tanto para vir me ver? Eu quase morri sabia? 

— Agradeça ao seu professor favorito pela minha demora. O que você aprontou pra vir parar aqui? 

— Um cara do sétimo ano veio me perguntar se você tinha uma tatuagem de hipogrifo no peito, eu disse que não e perguntei por que ele queria saber. Tava na cara que ele tava afim de você então começamos a brigar. 

Draco falou aquilo como se fosse a coisa mais natural do mundo, Harry teria tido se seu namorado não estivesse nesse momento cheio de ferimentos na enfermaria. As vezes Malfoy passa muito do limite por causa dele... Tanto ciúme sem motivo.

— Ele te fez uma pergunta e você automaticamente deduziu que ele estava interessado em mim? Sério Malfoy?

— Tava na cara que ele te queria... eu precisava deixar claro que você é só meu! 

Harry não conseguiu segurar a risada dessa vez.

— Você sabe muito bem que eu só tenho olhos pra você, eu amo só você! Não tem necessidade de sair brigando por aí com as pessoas que te fizerem uma pergunta boba.

— Era uma pergunta cheia de malícia!

Harry novamente levantou a cabeça para dar outro beijo em Draco, mas dessa vez um beijo mais demorado e um pouco molhado. Aquilo não seria o suficiente para deixar claro para o loiro que Harry era só dele, mas já era um bom começo.

— Eu amo você, e vou deixar isso bem claro a partir de hoje. Assim você não vai precisar brigar com mais ninguém por minha causa. 

— É melhor você se esforçar muito então, até porque eu sou bem exigente. 

Dito isso o loiro puxou a cortina deixando ele e Harry livre de olhares alheios de outros alunos que também estavam na enfermaria. 

— Não vamos transar aqui, Draco. Olha só o seu estado!

— Por favor, Potter. Não tá doendo muito e você pode ficar por cima dessa vez.

A pesar de ser uma proposta tentadora o moreno ainda tinha muitos motivos para negar. Ainda restava um mínimo de senso em Harry, e esse mínimo não iria permitir que ele fizesse sexo com seu namorado bem ali em um lugar que passa um monte de gente a cada dois minutos.

— Nem pensar. E se continuar insistindo eu vou embora.

Draco sossegou na hora. Harry se aconchegou mais no namorado e conjurou uma coberta para cobrir os dois. Nada mais importava naquele instante, ele iria passar o resto do dia assim, junto da pessoa que ele mais ama. 
















Fim


Notas Finais


Espero que tenham gostado👀

Qualquer erro me digam aqui nos comentários por favor!

Até o próximo e não esqueça de compartilhar com alguém que também curta Drarry :)


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