História Nymphet - Kendall Jenner (Flashback)

Point of View Justin Bieber

Acordei assustado ao escutar o despertador soar, avisando que havia chegado a fatídica hora de me levantar, praguejo mentalmente por ter ido dormir as três da madrugada revisando as drogas das papeladas da empresa.

Estranhei o fato da Kendall já ter levantado, assim que acordei, apenas pelo simples fato dela me esperar acordar para dar seu beijo de bom dia.

- Kendall? Amor? – a chamei na esperança de receber um “ estou bem” com a sua doce voz, mas a única coisa que obtive foram resmungos seguidos de barulho de alguém vomitando vindos do banheiro, levantei apressadamente indo ao seu encontro, e lá estava ela com a cabeça enfiada dentro do vaso.

- Amor. – fui ao seu encontro, segurando seus cabelos para impedir que eles se sujassem.

Afaguei sua cabeça e ficamos assim por alguns segundos até ela acabar de vomitar.

Sentei-me ao seu lado e a puxei para os meus braços.

- Preciso me limpar. – ela disse tentando se desvencilhar dos meus braços, mas a segurei com um pouco mais de força para impedir que ela saísse.

Kendall estava estranha, me evitava ao máximo.

- Não ligo, só fica aqui comigo. Vou cancelar as reuniões e te fazer companhia. – disse enquanto selava o topo de sua cabeça.

- Não Justin, eu estou bem, não precisa se preocupar, deve ter sido algo que comi. – ela disse rapidamente. – E eu preciso trabalhar também.

Kendall levantou e despindo-se foi tomar banho, continuei sentado no chão do banheiro, observando os seus movimentos.

Assim que ela entrou no boxe, me despi e adentrei, ela me encarou assustada.

- Por que estas agindo assim comigo? – indaguei preocupado. – Te fiz algo meu amor? Por que se foi quero que me digas, estais me tratando com indiferença e não é de hoje.

- Sério que você quer ter essa conversa agora? – ela questionou confusa. – Você não me fez nada Justin, eu que ando estressada por conta do trabalho e eu estou me sentindo diferente, desculpa por descontar os problemas em você, eu te amo muito Bieber. 

Selei rapidamente seus lábios a puxando para os meus braços e a fazendo minha mais uma vez.

~*~

Me joguei extasiado no sofá de minha sala, após uma reunião bastante conturbada.

- Oi dude. – Ryan adentrou na sala.

- Poderia ter batido. – tentei soar sério, mas quando se tratava do meu melhor amigo era um pouco complicado, erámos amigos a muito tempo, ele era o cara que sabia de tudo na minha vida, eu sabia que com ele podia desabafar que ele estaria ali para me aconselhar e me apoiar.

- Se resolveu com a Jenner? – ele questionou sentando em uma cadeira em minha frente.

- Por que está usando o nome de solteiro da Kendall? – questionei. – E sim, acho que nos resolvemos. – disse sem esconder o sorriso.

- Justin Drew Bieber, transar não é resolver os problemas. O que resolve é o diálogo... Você e a Kendall dialogando. Diálogo, di-á-lo-go

- Chega Ryan, já entendi. – bufei. – Não existe mais diálogo a um bom tempo, sempre resolvemos nossas brigas com sexo, sei lá, não temos tempo. Ela anda estranha, vive trabalhando, principalmente agora que cheguei de viagem, ela anda estranha ao cubo. – suspirei.

- Será que...

- Não diga o que você está pensando, não creio que a Kendall seria capaz.

Meu celular vibrou e um número desconhecido acendeu-se na tela.

- Atende cara. – Ryan disse rapidamente. – Quer que eu saia?

Neguei atendendo em seguida.

- Bieber. – disse rapidamente, sem esconder a curiosidade em minha voz.

- Senhor Bieber, aqui é a doutora Katherine Pierce, estou entrando em contato porque não consegui falar com a senhora Bieber.

- Pode falar. – disse sem esconder a curiosidade em minha voz.

- Já faz mais de uma semana que eu estou com os exames da senhora Bieber e como o seu número também estava na ficha como segunda opção para contato resolvi ligar.

- Exames? Que exames?

- A senhora Bieber não lhe contou? Infelizmente meu sigilo profissional faz com que eu seja proibida de revelar os resultados sem a permissão da senhora Bieber.

- Ela é minha esposa, e se tem algo acontecendo com ela eu quero saber. –  explodi. - Eu passei um tempo viajando por conta do trabalho, acho que por isso ela não me contou, pode me contar, entre eu e ela não existem segredos e se a saúde de minha esposa encontra-se fragilizada eu preciso saber.

- A saúde de sua mulher encontra-se em perfeito estado, não se preocupe. -  pude escutar o seu sorriso fraco do outro lado da linha. – Parabéns senhor Bieber, o senhor vai ser pai.

- O que? – questionei surpreso.

- Kendall está grávida.

~*~

Algum tempo depois.

- Cara, já faz cinco meses e você ainda não questionou a Kendall o porquê dela ter escondido os exames de você. – Ryan indagou dando mais um gole em sua cerveja.

- Cara já faz cinco meses e você ainda está com isso na cabeça? Ryan relaxa, ela disse que era surpresa, mas estava com a cabeça cheia de coisas e com medo que acabou deixando para lá, eu não a julgo, esquece isso.

- Não sei Bieber, sou teu melhor amigo sinto que algo não está bem, tenho medo de que a Kendall te faça sofrer um dia.

- O que não está bem é você com essa cisma com meu relacionamento, relaxa dude, acho que você ainda não acostumou com fim das nossas noitadas. – sorri tentando apaziguar a tensão que havia se formado na sala.

~*~

- Vamos Kendall, não precisa se empiriquitar toda, você já é linda. – disse pegando as chaves do carro.

E lá estava ela, nos pés da escada, vestida com um vestidinho florido, a protuberância em sua barriga já era bastante notável o que acaba a deixando mais linda ainda.

Hoje saberíamos o sexo do bebê, eu estava com o coração a mil. As apostas é que seria um menino, já a Kendall batia o pé dizendo com toda a convicção de que era uma menina.

Pouco menos de dez minutos já estávamos dentro do carro, a caminho da clínica da doutoura Pierce.

- Mas posso esperar para ver o Ralph. – enchi meu peito de orgulho para falar do meu pequeno.

- Que? Ralph? Você está louco? – Kendall gargalhou. – Primeiro que você verá que é uma menina, segundo mesmo que fosse um menino não se chamaria Ralph.

- Josh? – sugeri mais um.

- Quer parar Bieber. – ela tentou soar seria. – Irá ser Amélia.

- Oi? Não. Amélia era o nome da minha professora de geografia e eu a detestava, ela vivia dizendo que eu não seria nada na vida, sempre me dava mal nela.

- E o que isso tem haver?

- Que eu não quero colocar esse nome na minha filha, isto é, se for uma menina.

- Hannah? – ela sugeriu.

- Savannah. – dissemos em um coro.

Sorrimos mediante a situação.

- Eu amo você Kendall. – disse a olhando nos olhos, assim que chegamos à clínica.

Adentramos na clínica e pouco menos de vinte minutos a doutora Pierce nos chamou.

- Querem saber o sexo do bebê? – ela questionou assim que colocou o gel na barriga da Kendall, dando início a ultrassom.

Assentimos.

- Vamos lá doutora, mostra o meu garotão ai. – sorri enquanto ela marcava algumas coisas na imagem refletida do meu filho naquele monitor.

- Justin, já disse, não vai ser um menino. – Kendall sorriu.

- Bem, infelizmente senhor Bieber o senhor está enganado. Meus parabéns é uma menina.

~*~

Alguns anos depois.

Observava a foto da Savannah no porta retrato em cima de minha mesa, minha pequena era tão linda, seus grandes olhos e seu sorriso encantador, eu a amava tanto.

Me culpava mortalmente por não passar mais tempo com ela, ultimamente estava atolado nas coisas da empresa, era reunião atrás de reunião, viagens atrás de viagens, não tinha tempo de ficar em casa ao lado da minha toquinho, e isso me destruía por inteiro, a todo tempo repetia que aquilo era para o bem da Savannah, para o futuro dela e por fim por um momento amenizava a minha culpa por estar tão ausente.

A Kendall andava diferente, quando a procurava para transar ela vinha com desculpas de que estava cansada, sempre apareciam imprevistos quando a chamava para sair, finais de semana dizia que precisava trabalhar, recentemente havia tido uma conferência do trabalho onde ela havia passado todo o final de semana fora de casa, ela estava sem paciência com a Savannah, que me ligava constantemente dizendo que “a mamãe estava brava”, eu havia colocado meu número na discagem rápida do telefone do meu escritório, ensinei a Savannah como ligar caso quisesse falar comigo o que havia se tornado um hábito, pois ela ligava sempre para falar comigo.

Desliguei-me de meus pensamentos e voltei a analisar os e-mails recém recebidos, sem me atentar na hora, assustei-me ao ver 3 ligações da Caitlin em meu celular, retornei imediatamente.

- Justin? – sua voz chorosa, tomou conta de meus ouvidos e logo senti que algo havia acontecido.

- Cait? O que ouve? – questionei preocupado.

- É a Savannah, ela está sendo socorrida.

- O que? Por quê? O que aconteceu Caitlin? A Kendall, onde ela está? Por que ela não me ligou? – o nervosismo em minha voz era completamente notável.

- Justin, a Kendall não estava em casa, corre logo para o hospital por favor, lá conversaremos.

~*~

Andava de um lado para o outro naquela torturante sala de espera, enquanto esperava a droga de uma notícia sobre a Savannah.

Caitlin havia me contato que mais cedo  Kendall a ligou perguntando se ela poderia ficar com a Savannah, porém ela disse que ficaria até mais tarde no trabalho e passou o número da Jasmine, uma amiga nossa que fazia uns bicos como babá, Kendall apenas agradeceu de uma forma bastante rude e estranha e desligou.

Apenas por um mero pressentimento Cait resolveu ligar para a Jasmine para saber se a Kendall havia entrado em contato, mas ela negou, disse que achava que a Kendall tinha chamado outra pessoa, pois havia a visto chegando em um restaurante próximo, estranhando a situação Cait foi na minha casa, que por sorte ela tinha a chave resultado das outras vezes que ela havia ficado com a Savannah.

Adentrando em casa ela estranhou tudo estar muito calmo, mas ao olhar para a escada encontrou a minha menina caída desacordada aos pés da escada e foi onde ela chamou a ambulância e me ligou.

Ainda estava absorvendo toda aquela história e rezava para que a Kendall tivesse uma desculpa muito boa pra explicar a falta de responsabilidade dela.

Senti todo meu corpo se contrair assim que o médico adentrou na sala de espera.

- Responsável por Savannah Bieber? – ele questionou enquanto olhava algumas anotações em sua prancheta.

- Eu... eu sou o pai da Savannah. – disse nervoso. – Onde está minha filha?

- O estado da Savannah é bem crítico, foi uma queda muito feia senhor Bieber. Savannah fraturou duas costelas e o braço, está com um pequeno corte em sua testa.

- Posso vê-la? – questionei controlando-me para não chorar.

- Daqui a uns dez minutos eu venho chamá-lo, ela ainda precisa fazer alguns exames e vamos transferi-la para o CTI. Assim que ela estiver acomodada eu venho chamá-lo.

- Ok.

Ele virou retirando-se do local.

Disquei rapidamente o número do Ryan.

- Está ligando para a Kendall? – Cait questionou e eu neguei, não iria ligar para ela.

E com alguns toques ele atendeu.

- Ryan?

- Oi Bieber, tudo bem?

- Não cara. – e naquele momento eu me controlei para não desabar.

- Justin o que ouve?

- Savannah sofreu um acidente cara, ela caiu da escada Ryan.

- Porra, onde você está cara?

- No hospital.

- Estou indo ai.

- Não, quero que você faça algo para mim antes. – disse ríspido.

- O que?

 - Rastreei o número da Kendall.

- Justin, por quê?

- Só faça isso, por favor, ela deixou a Savannah sozinha.

-  Farei isso agora. – dito isso ele desligou.

~*~

Demorou pouco mais de dez minutos para o Ryan retornar a minha ligação.

- Cara, está podendo falar? – sua voz transbordava nervosismo.

- Sim, conseguiu?

- Justin, ela está no Hittman.

- No hotel?

- Sim Bieber, no hotel Hittiman, mas especificamente no quarto 206, claro que entrei em contato e a reserva está no nome de Christopher Evans. Eu sinto muito Bieber.

- Vagabunda. – Esbravejei arremessando meu celular contra a parede e as lágrimas que estavam presas se libertaram naquele momento.

Cait correu em minha direção me abraçando, meus soluços já projetavam meu corpo para frente, as pessoas no local me encaravam.

- Justin, calma, por favor.

- Ela esta me traindo Caitlin, me traindo com o seu chefe, porra eu a amo tanto, fiz tudo por ela e é assim que ela me recompensa? Ela deixou nossa menina sozinha para transar com outro cara.

- Calma Justin, com a Kendall você resolve depois, foca na Savannah, na sua filha.

Respirei fundo me acalmando assim que vi o médico voltando.

- Quer vê-la?

Assenti e seguimos até o CTI, paramos em frente ao quarto 15 e adentramos no local.

Savannah estava dormindo, seu braço estava engessado e sua testa tinha um curativo, me aproximei da pequena sentando-me ao seu lado.

- Vou deixar vocês a sós. – dito isso o médico se retirou.

- Oi meu amor. – Afaguei seus longos cabelos pretos. – Papai está aqui, me desculpa Savannah, desculpa por ser um pai tão ausente, eu te amo tanto, minha pequena, preciso tanto de você aqui, não sei o que faria se te perdesse.

- Papai, onde eu tô? – a voz doce e suave de minha menina preencheu o local.

Enxuguei minhas lágrimas a olhando nos olhos.

- Você caiu da escada meu bebê, mas agora está tudo bem, papai está aqui.

- Eu tava procurando a mamãe, pensei que ela tava na cozinha, ai eeu tropecei e cai, papai quero ir para casa.

- Logo mais você vai estar meu amor, eu e você, papai não vai mais te abandonar meu amor.

- Jura de mindinho papai. – ela me mostrou seu pequeno dedo.

- Eu te juro Savannah Bieber.

~*~

- Vai a merda Justin. – Kendall explodiu.

- Como você é sínica Kendall. – explodi. – Você é uma vadia mesmo, deixou a Savannah sozinha para ir trepar. – esbravejei enquanto jogava algumas de minhas roupas dentro da mochila.

- Para onde você vai? – ela questionou aproximando-se.

- Não encoste em mim.

- Justin só me deixa explicar. – sua voz embargada, seus olhos marejados...

- Eu estou com nojo de você Kendall, nojo. Não consigo olhar na sua cara, eu te amei, diz tudo por você... – suspirei.

- Papai. – Savannah correu em minha direção. – Não vai embora, eu preciso de você papai.

Abracei a Savannah mais forte que eu podia naquele momento, mal ela sabia que era eu que precisava dela.

- Eu te fiz uma promessa Savannah, eu não quebro minhas promessas. Eu te amo filha.

- Eu te amo mais papai.

Selei o topo de sua cabeça, em seguida peguei minha mochila me retirando do quarto.

- Adeus Kendall.

Me virei saindo daquela casa.

Mal eu sabia que depois daquele dia tudo ia mudar...