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História O acordo - O prefeito


Escrita por: safirimark

Notas do Autor


Em cidade pequena todo mundo se conhece... Será?

Capítulo 14 - O prefeito


“- As pessoas mudam, umas por amor, outras pela ausência dele, elas crescem, amadurecem, enlouquecem, surtam, fazem loucuras, tudo em nome desse sentimento. Há alguns anos atrás havia quem acreditasse que o amor era uma espécie de maldição, pois levava os apaixonados à insanidade, o que não deixa de ser verdade, o amor foi muitas vezes considerado ingrato, pois o mesmo não precisa de reciprocidade para acontecer. Quem estuda história morta, encontrará em certos documentos o termo “sentimento maldito”, acreditasse que o termo era usado desde o rei Arthur, o mesmo dizia ter ouvido Merlin se referir ao amor assim.
Em uma das reuniões que fazia com seus cavalheiros, ele mencionou ter visto o poder inimaginável do amor, que era capaz de fazer maravilhas, como curar, abençoar, confortar, entre mil outras coisas que poderiam ser úteis em um batalha, e o melhor era que o amor era capaz de criar uma fidelidade cega, ele estava decidido à conseguir fabricar amor e usá-lo contra seus inimigos, e Merlin ficaria encarregado de fazê-lo.
A pesquisa durou anos, mas ele finalmente conseguiu, e espalhou pelo seu reino, todos seus súditos faziam de tudo por ele, e por alguns anos ele governou em paz, mas certo dia ele se apaixonou perdidamente por uma moça de um reino vizinho que estava prometida à outro rei, ele entrou em guerra pela moça, e inocentes estavam morrendo aos milhares, então, foi decidido um golpe de estado, e o Rei Arthur deveria ser apunhalado pelas costas durante a sua próxima reunião com seus cavaleiros. A situação não havia mudado, eles ainda amavam o rei, mas viam aquilo como um golpe de misericórdia, já que consideraram que o rei estava ficando louco.
Merlin premeditou o ataque e entrou na frente se Arthur, sendo esfaqueado em seu lugar, enquanto sentia sua vida se esvair de seu corpo ele disse ao seu rei:
- esse sentimento maldito é forte demais para ser controlado, e complexo demais para ser entendido...
Depois disso, o rei passou a se referir ao amor assim, e com o tempo, o termo se popularizou, sendo encontrado até em documentos do Rei Luís II na França, que como todos sabem, morreu louco...”
- complexo, né? – Itachi fechou o livro – já pensou viver algo assim?
- é infanto-juvenil demais pra mim, - Naruto disse colocando o livro no criado mudo ao lado da cama – amor não poderia ser fabricado.
- nem por Merlin? – o moreno abraçou o loiro na cama.
- é ilusório demais...
- eu acho esse livro incrível, - Itachi riu – o Konohamaru está  gostando muito também...
- tem falado com ele?
- às vezes, ele é um menino muito legal, mas tem graves dificuldades de leitura para alguém no 3° ano...
- deve ser porque ele só tem 8 anos... – o loiro ironizou.
- já viu ele lendo? – Itachi disse em tom de preocupação – ele se perde em meio às palavras,  certa vez ele me disse que as letras pareciam dançar, acho a professora dele desleixada...
- é?
Foi quando aquele homem entrou de supetão pela porta, ele estava animado e trazia uma caixa de papelão média repleta de papéis.
- fiz o que você me pediu! – Deidara jogou a caixa na cama – e olha não foi fácil, o cara protege artigos sobre ele mais do que político esconde corrupção!
- do que ele está falando? – Naruto ficou confuso ao abrir a caixa e ver inúmeros artigos sobre o prefeito.
- bom, - Itachi explicou – você me pediu ajuda, e eu pedi ajuda pro Dei, estamos pesquisando essa cidade, já que você disse que a resposta estava aqui,  começamos pelo prefeito, já que eu percebi que você tem medo dele, parecia ser um bom lugar pra começar, e aí?
- aí nada, - Deidara suspirou – o cara é um anjo, nunca tomou multa por excesso de velocidade, é um dos poucos dessa cidade com ensino superior, nunca atrasou o dízimo, nem mesmo levou uma multa de trânsito...
- cadê a sujeira, Deidara? – Itachi perguntou sério.
- como assim? – Naruto ficou confuso.
- ninguém é perfeito, - Itachi disse sério – e o Deidara é um expert em achar sujeira...
- está certo! – o loiro de cabelos longos riu enquanto tirava um envelope de papel pardo do bolso do paletó – ele não é nativo, sabia?
- sério? – Itachi pegou o envelope ansioso.
- sério, - Deidara sorriu – ele é de Berlim, veio pra cá com a família aos 13 anos, com uma ordem judicial...
- ordem judicial? – Naruto arregalou os olhos.
- parece que gostava de invadir lugares proibidos, - Deidara explicou – os pais de um garoto de 8 anos entraram com uma liminar na justiça contra ele, ele não pode chegar à mais de 200m do filho deles, mas o assunto do processo é sigiloso...
- então você não sabe do que se trata? – Itachi perguntou enquanto analisava os papéis.
- ainda, - Deidara sorriu – estou de olho nele, e já liguei pros meus contatos, agora é questão de tempo, ah, ele também mudou de nome viu!
- sério? – Itachi estranhou.
- ele se casou ainda menor, - Deidara mostrou o papel – com 16 anos, e assumiu o nome da esposa, o que é curioso, porque o filho dele só nasceu 5 anos depois, então ele não casou por pressão da família, e duvido que por amor...
- o Kiba tinha um irmão que morreu ainda neném, - Naruto disse baixo – ele pode ter se casado por conta desse neném...
- tenho cara de amador? – Deidara riu – é desse neném que eu estou falando, o Ki a nasceu 8 anos depois desse casamento, entende como as coisas não encaixam? Ainda pensei que podia ser um costume local, sabe? Casar cedo? Mas não, as meninas costumam casar quando saem da adolescência, na casa dos 20...
- e ninguém achou estranho? – Itachi comentou.
- ai que fica mais estranho, - Deidara explicou – as pessoas acham que ele se casou apenas quando o segundo filho nasceu, entende?
- nossa... – Itachi e Naruto se surpreenderam Itachi juntos.
- descobri também que toda semana ele vai até um boticário numa cidade vizinha, - Deidara continuou – de madrugada, e encapuzado.
- ainda existem boticários? – Itachi riu.
- Mas por que? – Naruto não entendeu.
- ainda não sei... – Deidara deu os ombros.
- descobriu mais alguma coisa? – Itachi levantou os olhos para Deidara.
- os empregados da casa sabem que ele odeia o Narutinho aqui, - Deidara passou as mãos nos cabelos – porque como eles mesmos disseram, ele apresentou para o tesouro da família  a perversão, não me sinto nada bem aqui, Itachi,  as pessoas desse lugar são homofóbicas disfarçadas de bons cristãos, não me surpreenderia se nos ateassem fogo, seguindo a ideologia desse lugar, o perfeito tem motivo mais do que o suficiente pra te odiar.
- quanto mais cedo descobrirmos tudo, - Itachi disse sério – mais cedo vamos embora...
Aquela conversa me confundiu ainda mais, e porque não dizer que me assustou ainda mais?  De repente tudo pareceu instável, eu comecei a pensar no novo acordo feito com Itachi, eu concordei em ir para qualquer lugar, mas pra onde ele me levaria?
- sinal de celular aqui é ilusão né? – Deidara reiniciava o celular mais uma vez..
- é difícil, - Naruto explicou – a única rede é muita cara, poucas pessoas tem...
- e como vocês se comunicam?  - Deidara estava perplexo.
- normalmente vamos até a pessoa... – o loiro disse calmo.
- e em caso de emergência? – Deidara gritou sem perceber.
- corremos...
- como arrumam boys por aqui?!  - Deidara ficou chocado – como vivem?  Como ficam sabendo do mundo lá fora?  E de parentes que vivem no interior?!  Como vocês caçam pokémons?!
- não arrumamos boys por aqui, - Naruto riu – mas o pessoal mais novo costuma ir em bailes e coisas do tipo,  o que é bobagem, cidade pequena todo mundo se conhece, ninguém liga pro mundo lá fora, aqui praticamente vivemos todos no interior e os parentes ficam próximos, e bem,  pokémons... – Naruto pensou por uns segundos – não costumam caçar, agora coiotes sim...
- eu vim parar em 1.812 e ninguém me falou nada... – Deidara se jogou no chão.
- dramático... – Itachi começou a caminhar em direção à cozinha.


Notas Finais


Espero que gostem ♡


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