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História O amor diferente... - Por que, estrela?


Escrita por: Anaaxx04

Capítulo 1 - Por que, estrela?


Fanfic / Fanfiction O amor diferente... - Por que, estrela?

Todo mundo ama, não importa o que. Pode ser a coisa mais maluca que alguém possa imaginar, ou uma coisa que só você consegue amar, mas você ama. Estou certo, não é?

E eu, como mais uma pessoa desse universo esplêndido do qual habitamos, também amo algo. Ou melhor, alguém

Sim, eu tenho aquela pessoa especial e sim, isso é só mais um desabafo de alguém que tem um amor não correspondido. Mas eu realmente não me importo muito em ser deixado na famosa friendzone. Porque convenhamos, é muito melhor você ficar nela e ser só mais um na grande lista de amigos dela, do que nem conseguir chegar perto para perguntar as horas.

E esse sentimento não aconteceu igual a nos filmes. Não nos esbarramos pelo acaso e logo nos apaixonamos, vendo nos olhos daquela pessoa o brilho mais esplêndido do universo. Não fomos inimigos mortais que logo viraram o mundo um do outro. Não sou o fodão que pega todas e ela não é a menina tímida e deslocada. Ela não é de uma família rica e comportada, e eu não sou o bad boy sombrio que vive espalhando o caos por onde anda. Não somos um casal que vive perigosamente, assaltando bancos e fazendo a vida da vizinhança um inferno, pois na real, nem um casal somos.

Não me lembro de fato como nos conhecemos, mas estamos aí até hoje. Ela tem seus dezesseis anos e é uma baladeira profissional. Já eu, não passo de um nerd de dezenove anos, que vive enfiado nos livros de ficção e nos jogos onlines. 

Não somos os melhores amigos que todos invejam, mas, acho eu, que a nossa companhia agrada um ao outro. Ela não sabe todos os meus segredos e eu ao menos sei o nome de sua mãe (como se isso fosse importante, de fato). Ela sai todo o fim de semana, enquanto eu fico enfiado no meu quarto lendo algum livro qualquer e ansiando por alguma mensagem dela. 

Eu não me apaixonei a primeira vista. Não foi algo espontâneo, foi algo que no começo, eu achava ser apenas uma atração passageira. Mas nem isso, pois ela não é a mais bonita da escola e muito menos é perfeita ao meu ver. 

Em uma noite, eu recebi uma mensagem sua dizendo que precisava de ajuda. Na mesma hora peguei meu casaco e sai andando pelas ruas frias de Seul, as 2h27 da manhã e de pijama. Achei ela andando pela calçada e claramente, estava bêbada. Não dizia coisa com coisa e falava de um modo enrolado, soltando alguns risos no meio das frases. Eu nunca havia cuidado de alguém bêbado antes, então com a minha falta de experiência no assunto, passei meu ombro pelo seu braço e fui em direção à minha casa. Ela tomou seu banho depois de muita insistência minha e parecia estar um pouco melhor.

E bem ali, abaixo da lâmpada fraca do meu quarto pequeno, parei no tempo para poder observar melhor todos os seus detalhes. 

Seu cabelo marrom simples estava úmido por conta do banho que acabará de tomar e ficava um pouco acima de seus ombros largos. Seu rosto redondo e cheinho destacava o quão cansada ela estava, mas mesmo assim, sorria com aqueles lábios finos de forma graciosa. Seus olhos, também marrons, nunca estiveram tão radiantes como ali, com a luz amarela refletindo neles e os fazendo, por um momento, ultrapassar qualquer olho azul ou verde. Seu corpo. Ela usava uma camisa minha que ia até seu joelho e uma coisa que eu achei engraçada era o fato de que o buraco da cabeça era tão grande, que deixavam seus ombros expostos, junto com as saboneteiras nada discretas. Ela era bonita.

Deitou-se ao meu lado quando acabou de examinar todo o meu quarto, tal cômodo que era novo para ela. Mal sabia que era a única pessoa, além de minha mãe, que adentrava aquela caverna de roupas sujas e com cheiro de desodorante no ar.

Ficamos olhando para o teto totalmente branco, num silêncio absurdo. Eu queria olhar para ela, mas isso causaria o seu olhar também sobre mim e uma situação bem constrangedora para ambas as partes. Queria perguntar se estava bem ou o que havia acontecido para ela ter ligado para mim, coisa que aconteceria apenas se ninguém estivesse livre para ir salvá-la da noite escura e perigosa.

Ouvi meu nome ser chamado e a olhei imediatamente, parecendo um otário desesperado pela sua atenção. Ela riu abafadamente e me encarou, antes de me perguntar algo inusitado vindo de sua parte.

"Você já amou alguém?"

Parei para pensar na sua pergunta e cheguei a conclusão que não, nunca havia amado alguém. E eu sabia que ela não falava no amor familiar ou em qualquer outro tipo. Ela falava daquele amor.

"Não."  disse simples, sem embolações do tipo, "ainda indo sou novo demais" ou "não encontrei ninguém certo para essa proeza".

Ela assentiu minimamente com a cabeça, comprimiu os lábios e voltou a encarar o teto, colocando as duas mãos atrás da cabeça, ato que fez a minha camisa subir um pouco e revelar uma parte pequena de sua coxa.

Sem medo de qualquer situação a seguir, continuei a fitar sua pessoa pensativa. Seus olhos estavam focados em apenas um ponto do teto, seu peito subia e descia calmante, mostrando que sua respiração estava normal. Sua língua passou no mínimo três vezes pelos lábios, que na minha opinião, já estavam molhados desde a primeira lambida. Reparei que ela parecia diferente das outras vezes que nos víamos, mas eu não consegui dizer o que era. Mas ela com certeza me parecia mais atraente do que nas outras vezes.

"O que é o amor pra você?"   ela perguntou sem me fitar, como se não perguntasse para mim, mas sim para si mesma.

Passei meu olhar de seu rosto para a janela que ficava um pouco mais distante. Eu olhava na direção de dela, mas não a olhava de fato. Eu não sabia o que responder, pelo simples fato de nunca ter amado. Eu não me interessava nesse lance de romance e muito menos me imaginava casado em algum futuro próximo. Não era especialista em garotas e não sabia  ao menos como chegar em uma. Eu tinha uma ideia muito superficial do amor, algo que eu absorvi depois de ouvir algumas pessoas ao meu redor  conversarem sobre o assunto.

"Acho que é alguém que te desmorona inteiro. Acho que é o simples fato de aquela pessoa ocupar a sua mente 24h00 por dia, mesmo que você estiver prestes a morrer depois de se jogar de um penhasco. Acho que é o fato de saber que aquela pessoa não é perfeita, mas que mesmo assim, o que você mais ama nela são as suas imperfeições."  percebi que ela me encarava e voltei a fitar seus olhos chocolates.

Ela sorriu, fazendo seus olhos diminuírem um pouco de tamanho. Minha mente, por alguma razão, resolveu "tirar uma foto" daquela cena e guardar para si até hoje.

"Acho, então, que eu amo alguém Jungkook."  meu sorriso (que eu nem sabia estar formado) ameaçou se desfazer.

Eu não queria saber de mais nada. Não queria saber quem era, não queria saber como ela se sentia, não queria mais ouvir aquele assunto sair de sua boca sorridente. Pois, bem lá no fundo, eu sabia que eu não fazia parte daquela assunto, e saber disso, por algum fator do universo, fazia meu coração doer. Mas as palavras simplesmente saíram sem eu deixar.

“Quem?”  essa minha curiosidade toda ainda vai me matar algum dia.

Seu rosto assumiu um brilho enorme e eu nunca havia a visto dessa forma antes. Toda radiante e contente, apenas por causa de uma pessoa e um sentimento tão simples como aquele.

“O nome dele é Park Jimin. Não vou dizer que ele é perfeito, pois ele esta longe disso. Mas sabe, eu gosto das imperfeições dele.”  virou o rosto e me encarou com aquelas orbes escuras e penetrantes.

Acho que pela primeira vez depois de que nos conhecemos, nunca quis ela tão longe de mim. Eu queria ter fingido nunca ter ouvido aquelas palavras antes, mas eu estava tão vazio, que a única coisa que eu queria era ouvir sua voz calma.

“Sabe, ele me bagunça toda. Quando eu consegui tirar um sorriso dele, eu queria fazê-lo se apaixonar por mim. Mas quanto mais eu fazia isso, mas eu me apaixonava por ele.”  ela continha um sorriso bobo no rosto. Tenho certeza que a imagem dele estava em sua cabeça naquele momento, tenho certeza que havia uma tatuagem do sorriso dele em sua mente.

Eu não sabia o que dizer naquela situação, mas eu não queria dizer nada mesmo. Queria ficar calado e ter desejado nascer surdo para nunca mais poder ouvir aquilo sair de sua boca, que naquele momento, era a coisa mais atrativa para mim.

“E você já falou isso para ele?” ela me olhou incrédula, como se fosse a coisa mais absurda do universo.

“Claro que não! Não tenho coragem o suficiente para isso. E se ele me rejeitar? E se ele me disser que ama outro alguém? E se ele me odiar?”  me bombardeava com perguntas sem noção alguma.

“Eu não entendo nada desse assunto, mas olha, já parou para pensar em tudo isso que você perguntou? Se ele te rejeitar ou disser que ama outro alguém, você não poderá fazer nada a respeito, apenas seguir em frente. Temos que enfrentar a realidade as vezes, mesmo que ela doa. E se ele te odiar por amar, sinto em lhe informar que ele não é e nunca será o cara certo para receber tal sentimento, seja de quem for.”  acho que estava bom para um cara que nem havia dado seu primeiro beijo.

Ela me encarou e eu percebi que seus olhos rodavam por todo o meu rosto, ato que eu só poderia reparar se eu estivesse naquela distancia de si. Me estudava calmamente e eu apenas fitava seus olhos inquietos, tentando, falhamente lógico, imaginar o que se passava pela sua cabeça naquele momento. Queria que ela compartilhasse as coisa comigo, seus pensamentos. Queria mostrar para ela que eu estava disposto a ouvir o que tanto lhe afligia, a não ser claro, se fosse alguma coisa haver com o tal Jimin e esse sentimento, que hoje eu dia, eu queria tanto que fosse sentindo diretamente por mim.

“Jungkook, tem certeza que nunca amou alguém?”  perguntou sorrindo divertida e rindo logo em seguida.

Soltei um riso fraco e me sentei na beirada da cama, ficando de costas para ela. Meu coração batia freneticamente e eu estava bravo com ele. Como ele podia ficar assim apenas por causa de um sorriso esquisito e uma risada parecida com a de uma foca? Era algo novo para mim, mas eu não havia gostado daquilo.

Me arrepiei inteiro quando senti seus braços magros rondarem o meu pescoço e sua cabeça se apoiar em meu ombro. Eu não respirava, estava estático. Nunca havia ficado tão perto de uma garota assim, nem minha mãe me abraçava desse jeito (acho que por ser minha mãe né, seu idiota). Se eu virasse minha cabeça para encara-la, ficaríamos muito próximos e com certeza íamos ficar numa situação bem complicada. Minha mãos estavam tão suadas, que não teria mais o problema da falta de água no mundo. Minhas bochechas queimavam e minha respiração na saía de jeito nenhum. Eu havia virado uma pedra.

Obrigada por me ouvir Jungkook. Acho que minha amizade com você é bem diferente das outras.”  me arrepiei inteiro ao sentir a carne de seus lábios tocarem minha bochecha quente e um alivio, misturado com um pouco de tristeza, aconteceu quando ela se separou de mim e foi para uma distancia mais segura de meu ser.

Eu não dormi nada aquela noite. Meu coração batia freneticamente e minha cabeça buscava uma resposta para tal ato de desespero de meu ser. Fiquei tão vidrado nisso, procurando uma resposta que já havia sido respondida, que nem notei o quanto eu encarava aquele rosto sereno, que por estar prensado no travesseiro, fazia suas bochechas triplicarem de tamanho.

 

-----------x-----------          

 

Se passou um tempo depois desse dia bem inusitado na minha vida pacata. Por mais que eu tentasse esquecer, aquela noite não saía da minha mente por nada. Eu me lembrava de todos os detalhes dela. Desde a hora da mensagem de socorro até o amanhecer, o qual eu fiquei olhando para ela o tempo inteiro. E sempre que eu voltava a realidade, me via com a mão na bochecha, local qual foi beijado pela mesma.

E nesses dias, ela chegou para mim dizendo que tudo havia dado certo. Ela disse forma rápida e simples, mas foi o suficiente para eu entender e meu coração levar o impacto mais dolorido que já havia recebido.

“Estamos namorando.”  jamais esquecerei aquele momento. As palavras saiam de sua boca e eram pronunciadas com tanta felicidade, que eu poderia ver um resquício de vomito em forma de arco-íris escorrer pelo canto de sua boca. Seus olhos brilhavam de forma radiante e ela estendia a mão na minha frente, mostrando um anel pequeno, mas muito bonito.

Sorri tão falsamente que pensei por um momento “Será que ela é tão burra assim ou eu sou um ótimo ator, melhor até que Leonardo DiCaprio, apara atuar desse jeito e ela achar mesmo que eu estava feliz com aquela noticia?” Mas não era nada disso, era apenas ela, cega de amor para enxergar qualquer coisa ao seu redor, principalmente o meu desespero misturado com tristeza.

Dei a desculpa de estar atrasado para a aula e sai de perto de si e de sua felicidade gigantesca. Mas eu não fui para aula, apesar de realmente estar atrasado. Decidi ir para a casa daquele que poderia ser considerado meu melhor amigo, ou apenas amigo mesmo. Entrei em sua casa sem bater mesmo, pois ele sempre deixava a porta aberta e seus pais nunca estavam a casa para receber alguém. Subi para seu quarto e abri a porta sem bater também. Ele havia levado um susto e me olhava de forma incrédula.

“Preciso de ajuda com uma coisa.”  disse sem rodeios, indo direto ao ponto que tanto me causava confusão.

“Diga”  pediu, bloqueando o aparelho e se sentando na cama, me encarando com aquele olhar de gente morta.

“Você já se apaixonou por alguém?”  ele fez uma expressão confusa e me olhou como se eu fosse um idiota.

“Você me tira do conforto do meu celular para me perguntar isso? Qual foi? Quer dicas com a namoradinha?”  me olhou de forma sugestiva, dando um sorriso idiota. Revirei os olhos.

“Não, só quero saber como se sentiu perante essa situação.”  ele assentiu minimamente com a cabeça e me encarou.

“Eu me senti estranho no começo. Tipo, eu ficava me lembrando de momentos marcantes que nós tivemos, ficava imaginando um futuro onde nós éramos felizes juntos. Eu não gostava de me sentir assim, mas sempre que estávamos próximos, eu me sentia tão bem com esse sentimento, era quase como estar nas nuvens. Era como se eu estivesse no espaço, flutuando de forma perdida, mas sempre que se aproximava, eu achava o caminho para a terra de volta. Mas Hoseok, por ironia, sempre vivei no mundo da lua ”  era muito estranho ouvir Yoongi falando daquela maneira, principalmente sobre um assunto que não combinava com ele tanto assim. Mas ele era sábio e sabia sobre tudo, por isso procurei por ele.

Eu havia achado a minha resposta para tudo aquilo. É meio patético ter de admitir que eu precisei de ajuda para perceber que eu estava apaixonado pela única menina que falava comigo, mas era isso. Eu estava apaixonado por uma menina esquisita, que estava apaixonada por um cara chamado Jimin. Que bela merda em que você se meteu Jungkook.

Agradeci Yoongi e segui caminho para a minha casa, percebendo estar com a mente e o coração bem mais leve que antes. Ok, eu estava apaixonado e isso era algo totalmente novo para mim. O que is fazer agora? O que aconteceria com “a gente”, se é que existia um.

E naquela noite, eu deixei de dormir para tentar entender o meu sentimento por ela. Tentei pensar no porquê de eu ter me apaixonado por ela. O que me chamou tanta atenção em si? Por que ela e não Jéssica Curtis, a garota mais bonita da escola? Por que não Amanda Lores, a menina mais inteligente? Ou por que não Caterine Sevan, a menina mais simpática que deve existir no mundo? Por que ela?

 

-----------x-----------

 

Percebi que eu nunca estive tão paranoico em toda a minha vida. Chegava a ser engraçado o fato de eu começar a reparar em todos os detalhes existentes em sua pessoa. Comecei a reparar em todas as suas manias, comecei a reparar em seus gostos, tantos musicais quanto os de gêneros de livros, comecei a ver ela com outros olhos.

Quando ela se distrai, começa a morder a lateral interna de suas bochechas, ou fica tentando tirar as pelinhas infinitas de seus lábios sempre ressecados. Ela nunca consegue ficar com as pernas cruzadas por muito tempo, esta sempre mudando a posição de se sentar na cadeira. Quando esta escrevendo a um bom tempo, estrala todos os dedos da mão de maneiras diferentes e eu acho engraçada a forma de como seu rosto ri dos barulhos que se formam. Seus cabelos estão sempre bem alinhados e sempre que você os prendo, tem que deixar algumas mexas frontais caírem sobre seu rosto adorável, a deixando muito mais bonita. Ela também esta sempre batucando os dedos de forma elegante, começando do indicador até o dedinho, formando uma espécie de onda com eles. Seus lábios estão sempre num sorriso quando vem falar comigo e eu posso sentir o halito de chiclete de menta ao longe. Gosto quando ela entrelaça nossos braços e sai andando por ai, despreocupada com o que os outros irão pensar, principalmente seu namorado, apesar de eu raramente ver ele, já que ele esta na faculdade agora. Mas ele sempre esta no portão para busca-la e ela sempre se despede de mim com um aceno e um sorriso largo. Essa cena sempre passa em câmera lenta para mim, observo ela saltitar que nem um criança, indo na direção dele, que a espera com a mesma expressão que a minha. Felicidade e realização. Mas eu sei que ela é assim não por minha causa, e sim por ele. Perco eles de vista e volto a realidade chocante. Eu, desejando mais que tudo estar no lugar dele. “O amor não mata ninguém, o que mata e ver quem você ama nos braços de outro alguém.”

Mas o fato de eu estar apaixonado por ela não me impediu de nada no quesito “outras garotas”. Eu havia, finalmente, perdido o meu Bv e se querem saber, não foi nada especial. Não foi ruim, mas também não foi bom. Foi esquisito. Tipo, eu vivi os meu quatorze e quinze anos ouvindo quão bom era beijar e que eu deveria fazer aquilo sempre que eu pudesse. Mas eu não achei que foi essa magia toda que muitos falam. Foi algo muito superficial e sem sentimento algum. Não achei que isso aconteceria tão rápido depois de ter acontecido. Mas foi alem. Perdi a virgindade e meu Deus, não quero nem comentar como foi, senão é capaz de eu fazer vocês vomitarem.

E depois de tudo isso, eu continuei a senti tudo aquilo por, talvez até mais que antes. Mas era tarde demais para  eu tomar alguma decisão e finalmente ir atrás dela.

A uma semana atrás recebi uma carta. E eu botei fogo quando percebi o que era. Sim, dramático demais. Mas receber um convite de casamento é foda, e isso vai ao extremo quando é o da sua paixão platônica e do cara que você inveja tanto. Eu senti tanta raiva naquele momento, que até pensei ir na casa dela e xingar ela de tantos nomes, perguntando se ela nunca percebeu a minha paixão secreta por ela ou como ela podia fazer aquilo comigo. Decidi não perder meu tempo, pois não ia adiantar nada daquilo, só faria ela ficar triste e querer se afastar de mim, e isso era a ultima coisa que eu queria.

Decidi ignorar o resto do mundo por uma semana e me afogar na dor do álcool, sim, pateticamente patético. A que ponto eu havia chegado por causa de uma menina que me considerava apenas mais um na sua vida. Yoongi foi até lá bem no dia do casamento e me deu um sermão horrível. Ele estava de terno e todo arrumado, eu ri demais, e não só por causa da bebida.

“Cara, qual é o seu problema? Você a ama e ela ama outro. Esta nessa situação à dois anos, mas que merda ein? Ela deve ser incrível para deixar o nerd idiota desse jeito. Mas vou te dizer uma coisa. Eu estava lá ajudando ela com os preparativos e me disse que estava muito triste, pois o melhor amigo dela havia deixado de falar com ela. Ela estava morrendo de medo de você não estar lá com ela. Então, só porque você ama alguém, não significa que você deveria atrapalhar a vida dela. Ela esta tão triste que olha, eu fiquei com vontade de chorar.”  Ele se levantou e foi até a porta, mas parou e falou algo inesquecível “ela sempre soube que você a amava, mas nunca deixou de se importar com você”  e foi embora.

E agora, eu estou aqui, na frente da igreja, onde ela vai aparecer para entrar e mudar não só a sua vida, mas a minha também. Eu consegui tirar o cheiro de álcool a tempo e chegar na hora.

-Jungkook? – me virei e sorri.

Ela estava radiante. Mas diferente.

-Quem casa de azul? – eu disse rindo.

Ela revirou os olhos e veio na minha direção, me abraçando em seguida.

-Fiquei tão preocupada, você deixou de falar comigo e pensei que estava me odiando. Nunca mais faça isso, seu idiota desalmado.

Respirei fundo e preparei todo o meu discurso. Fiquei pensando numa declaração decente por dois anos, e nunca parecia perfeita.

-Eu amo você e sei que sempre soube disso. Fiquei por um bom tempo pensando na ideia de me declarar, mas nunca consegui o momento certo para isso. E percebi que nunca realmente ouve um momento certo, pois todos que passamos juntos era um momento e eu poderia ter feito tudo ali, na sua frente, igual estou fazendo agora. Me peguei pensando uma vez, no porque de meu coração ter escolhido você. E cheguei a conclusão de que ele te escolheu, porque sempre foi você. Você não é a mais bonita, não é a mais inteligente e muito menos é a mais simpática. Mas isso tudo me fez apaixonar por você, por seus detalhes, por sua imperfeições. Eu sei que, apesar de isso ser um momento, não é o melhor para isso, mas eu não aguentava mais guardar tudo isso para mim – sorri, observando seu rosto assuntado e sua boca se abrindo e fechando.

-Jungkook-

-Não diga nada. Só quero que saiba que você será minha estrela favorita, mesmo brilhando para outro céu e outra vida – beijei sua testa e lhe dei as costas, indo para o meu lugar e esperar ela entrar.

Eu me senti leve, igual ao dia em que sai da casa de Yoongi e descobri estar apaixonado por ela.


Notas Finais


Reescrevi<3


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