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História O amor é fogo que arde sem se ver.- Drarry. - Te encontrei.


Escrita por: firefox1

Notas do Autor


Bom dia!
Boa leitura.

Capítulo 3 - Te encontrei.


Fanfic / Fanfiction O amor é fogo que arde sem se ver.- Drarry. - Te encontrei.

    O bom senso fez com que ele entendesse que, se o estranho sabia seu nome, não poderia ser um ladrão. Se fosse, já o teria atacado.

           — O que quer?

    Houve uma pausa e, então, ele saiu da sombra. Seu rosto ficou iluminado pela luz. O brilho da Lua cheia refletia em seus cabelos escuros e nos olhos.

          — Eu quero você, sr. Malfoy.

     Draco ficou imóvel.

           — Se é sobre algum contrato — ele disse, procurando controlar o medo —, sugiro que procure o meu empresário.

     O homem sorriu e Draco sentiu o sangue gelar.

           — Eu mesmo gosto de inspecionar a mercadoria —; ele comentou.

           — E que tal achou? — perguntou, controlando a tensão.

     O olhar dele percorreu devagar todo o corpo de Draco, concentrando-se no rosto pálido e no cabelo loiro quase branco e liso. Fixou depois os olhos azuis e brilhantes. Diz há bíblica que Satanás se disfarça de anjo, pensava Harry.

           — Mais ou menos — comentou com ironia.

Os olhos de Draco faiscaram de raiva. Tentou passar por ele, mas o corpo do homem bloqueou-lhe o caminho.

         — Com licença — Draco pediu, sem olhar para ele.

      — Quero, falar com você — falou com frieza, segurando-o pelo pulso. Malfoy teve a impressão de que ele já estava ficando impaciente.

         — Falar o quê? — ele evitava o olhar dele.

         — Sobre um amigo comum — ele olhou em direção à porta com o rosto inexpressivo. — Vamos entrar?

    Draco o fitou, notando o perfil duro dele.

          — Você não tem nada a ver com modelos, não é mesmo? — ele perguntou. Sentindo um aperto no estômago.— Quem é você? E como soube o meu endereço?

           — Oh, eu sei tudo sobre você, sr. Malfoy — ele respondeu com um sorriso sarcástico.

     Houve uma pequena pausa. Depois Malfoy perguntou.

          — Quem é você?

    Os olhos verdes dele detiveram-se nos dele.

           — Meu nome é Potter. Harry Potter.

    O coração dele parou por uma fração de segundo. Não podia acreditar. Arregalou os olhos, que pareciam mais azuis ainda.

           — Irmão de Ronald? — perguntou com os lábios secos. Ele inclinou a cabeça.

           — Você não notou a semelhança? _ Perguntou, com ironia.

           — Não se parecem muito — ele dirigiu-lhe um olhar zangado e irônico.

     Malfoy já tinha ouvido falar do irmão adotivo de Ronald. Diziam que era o homem mais rico de Londres.  

          — Por que você está aqui? — Draco perguntou de repente. — Há alguma coisa errada com Ronald? — segurou a respiração, franzindo a testa. — Diga-me o que aconteceu!

            — Você se importa? — ele perguntou com maldade.

            — Mas é claro! — ele estava perplexo.

             — Prefiro discutir isto lá dentro — Harry falou com voz fria, olhando em direção à porta verde de madeira.

   Malfoy hesitou, mas compreendeu que ele não iria embora se não o deixasse entrar. Potter o seguiu em silêncio. As poltronas macias e confortáveis dominavam a sala. A maioria dos amigos de Draco ficavam surpresos com o apartamento dele. Apesar do prédio ser antigo por dentro seu apartamento era bastante moderno. Olhou para Potter, que estava de pé no meio da sala. Tinha um ar zangado, porém controlado.

         — Você sempre pega as pessoas assim de surpresa?

         — Não, eu apenas as pego.

      Draco corou diante daquelas palavras.

            — Ficaria grato se não demorasse muito. Amanhã tenho que acordar cedo para trabalhar.

            — Trabalhar? O trabalho está sempre em primeiro lugar para você, não é mesmo?

            — Tenho que ganhar a vida! — Draco respondeu com os olhos brilhando.

            — Enquanto meu irmão está morrendo! — a voz dele bateu como um chicote.

     Malfoy ficou gelado de horror, olhando-o perplexo. Harry o estudou com os olhos duros.

           — Você não sabia?

        — Não — Malfoy murmurou. Sentia a garganta seca. Os olhos dele estavam arregalados com o choque e todo o seu corpo parecia petrificado.

     Potter deu uma tragada no charuto, a fumaça azulada se espalhando pelo ar.

          — Você se livra das pessoas como se elas fossem um lenço de papel. Joga-as fora quando não as deseja mais. Duvido que tenha ao menos pensado no meu irmão depois que saiu de Londres. E ele não pensou em outra coisa a não ser em você.

           — Isto não é verdade! — ele negou. — Eu tentei…

          — Pare com isto! Você se livrou de Ronald assim que conseguiu um novo contrato. Nem ligou em partir o coração dele. Tudo que interessava a você era a sua preciosa carreira!

         — Eu gostava muito dele — Draco comentou com o rosto pálido.

       — Gostava uma ova! — Potter murmurou por entre os dentes. A violência das palavras dele silenciaram Malfoy. Depois de uma breve pausa cheia de tensão, ele continuou: — Sr. Malfoy, meu irmão pegou uma lâmina e cortou os pulsos ontem à noite.

    Draco ficou em estado de choque. Sentia um aperto enorme no coração. O rosto dele ficou mortalmente pálido, a boca entreaberta enquanto olhava para Potter num silêncio petrificado. Teve uma visão momentânea de Weasley com o sangue escorrendo pela camisa branca. Lutou para afastar essa imagem.

           — Ele está bem? — murmurou, recusando admitir a hipótese de que Ronald pudesse estar morto.

     Potter o estudou por um momento.

           — Está se recuperando.

    Malfoy largou-se numa poltrona, pressionando as mãos com força no rosto.

           — Não podia imaginar — ele disse, balançando a cabeça. — Se eu soubesse que ele tentaria se matar, teria…

         — Sim? — ele interrompeu com ironia. — Você teria o quê? Teria ficado ao lado dele? Que tocante! Não consigo imaginar tal cena. Você consegue?

     Ele tinha gostado muito de Ronald. Como aquele homem ousava vir ali para julgá-lo? Não sabia nada sobre ele!

           — Por que ele fez isso? — Draco perguntou, controlando a raiva.

        — Ora, ora, sr. Malfoy — o tom dele era extremamente cínico. — Você não espera que eu acredite que você nem imagina o motivo pelo qual meu irmão adotivo queria morrer? — seu olhar gelado caiu sobre ele.

   Na verdade Malfoy sabia por que Ronald tinha feito aquilo, mas queria ouvir Potter falar para poder ter certeza.

           — Não, não sei — disse nervoso. — Ou não estaria lhe perguntando.

         — Ele é louco por você e você sabe muito bem. Mas isto não tem importância, não é? Você o descartou sem remorsos e veio para esta cidadezinha.

           — Por muitas vezes tentei acabar com tudo, mas Ronald não me dava atenção, não me ouvia.

          — Isto agora faz pouca diferença — Harry comentou, estudando-o. Fez uma pausa, depois correu os olhos pela sala. — Quanto tempo você leva para fazer as malas?

        — O quê? — Draco não podia acreditar no que tinha acabado de ouvir. Talvez o choque o tivesse perturbado. Estava ouvindo coisas.

          — Eu perguntei quanto tempo você precisa para arrumar as malas.

     Então era aquilo mesmo. Draco franziu a testa para observá-lo melhor.

            — E por que eu deveria fazer as malas?

    Por um momento ambos se entreolharam, e Malfoy pôde ouvir seu próprio coração batendo acelerado dentro do peito.

          — Você vai para Londres.

         — Não posso. Acabei de assinar um contrato com a firma Olivaras para o próximo mês — ele respondeu balançando a cabeça. — Não posso cancelar o contrato. — Pensou em seu agente, Cornélio, que o mataria se ele rescindisse aquele contrato que tinha sido tão difícil de conseguir.

        — Tem que poder — Potter falou num tom seguro. — Partimos no vôo de amanhã à tarde.

       — O que há com você? — Malfoy perguntou irritado diante de tanta arrogância. — Já lhe disse que não posso sair assim, tão de repente!

      — Eu dou um jeito. Fique pronto amanhã na hora do almoço — deu um passo em direção a ele, o rosto ameaçador. — Se não estiver aqui, eu o encontrarei onde quer que esteja.

     Draco ficou em pé, muito zangado.

            — Se eu recusar o contrato, nunca mais conseguirei um emprego!

    Modelos precisavam ter uma atitude profissional, tinham que agir de acordo com as regras, principalmente se não eram famosos. Se ele desapontasse a firma Olivaras, passaria a figurar na lista negra das agências de modelos.

         — Mas que azar o seu! — o tom de voz dele era sarcástico. — Por mim, poderia até morrer. Estou pouco me importando. Mas infelizmente a vida do meu irmão depende de você. Ronald depende de você para se recuperar e eu estou aqui para conseguir o que ele precisa.

        — Seu desgraçado! — Draco gritou com ódio, esquecendo Ronald por um segundo. — Você não pode me forçar a ir para Londres contra a minha vontade!

       — Não posso? — olhou-o com um sorriso gelado. — Tenho certeza de que os meus métodos o convencerão. Você vai comigo nem que eu tenha que arrastá-lo!

        — Você não ousaria! — ele disse por entre os dentes.

        — Oh, não duvide disso, sr. Malfoy — Harry falou, ameaçador. — Aconselho-o a não me desafiar. Nunca!

   Ele tremeu como se alguém tivesse lhe jogado um balde de água fria. Incapaz de responder, encarou-o com fúria, o rosto contorcido, tentando controlar a vontade de socá-lo. Potter virou-se mostrando o corpo musculoso e muito elegante no terno preto que usava.

          — Boa noite — disse-lhe por sobre os ombros. — Até amanhã ao meio-dia.



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