História O Amor é o final - Emison - Você saiu sem dizer Adeus.

POV Alison 

—Você não precisa cuidar de mim.— Eu ri, aconchegando-me mais fundo debaixo do meu cobertor. Emily caminhou da minha penteadeira para sentar na minha cama. Ela se inclinou para a frente juntando nossos rostos. Isso me fez sentir algum tipo de nervosismo, não consegui explicar, foi como se eu morresse por um segundo. 

—Hm ... você ainda tem febre, suas bochechas estão mais vermelhas, eu vou pegar um pacote de gelo— Em levantou-se, peguei na mão dela. 

—Não ... não preciso disso.— Insisti. —Alison.— Ela repreendeu 

—Você não vai ficar melhor assim.— Ela disse com um tom sério. Eu tentei conter meu riso, mas soltei uma pequena risada. 

—Emily, estou bem. Pare de se preocupar. Vá, veja Aline, fale com ela ou algo assim, vá com ela, beije-a, abrace-a ou seja o que for.— Eu me virei para que eu estivesse de frente para a parede, longe de Em. Não queria que ela visse a decepção estampada no meu rosto.
 

—Você está doente, eu não vou embora.— Emily disse frustrada, passando as mãos pelos cabelos. 

—Tudo bem. Eu vou ficar bem. Apenas vá.— Eu disse: 

—Então é isso? o que você quer que eu faça?— Ela perguntou em voz baixa 

—Sim.— Respondi friamente. Ouvi passos que se aproximavam da porta do meu quarto, a porta se abriu e eu ouvi os passos descerem as escadas. E eu estava sozinha novamente. Eu não queria, mas também queria ela feliz, e acho que isso é possível quando ela está com Aline.
Exalei profundamente, olhando para a minha parede. Eu então senti um ar frio, passando minha pele, meu cobertor foi erguido e eu senti um corpo quente tentar se aconchegar comigo. 

—Eu não vou embora, para de ser teimosa.— Ela riu, aquela voz suave e leve, era absolutamente linda. Eu me virei para encarar a figura, nossos rostos estavam tão próximos, meu rosto corou outro tom, mas acho que ela não conseguiu perceber isso. Eu imediatamente me afastei para ampliar o espaço. 

—Então, Emily, por que você voltou?— Perguntei, curiosa.

—E Eu preciso de um motivo?— Ela sorriu 

—Emily, você vai ficar doente.— Eu falei. 

—Bem, então é melhor deixar você aqui sozinha, não é?— Ela riu, aconchegando-se para manter nossos corpos próximos.  Sorri junto com ela.

—Então, quanto tempo mais é a sua suspensão?— Emily perguntou 

—3 dias.— Eu respondi: 

—Noel está preparando uma festa de boas vindas no dia em que voce volta.— Eu sorri, pensando no quanto o Noel é um excelente amigo. 

—Você deveria ir.— Eu a convidei. Houve um momento de silêncio, enquanto eu continuava a falar novamente; 

—E você pode levar sua namorada.— Eu adicionei 

—Você ficaria bem com isso?— Ela falou como se estivesse com medo Uma dor aguda poderia ser sentida em todo meu corpo, Emily tinha medo de mim. Quero dizer para os outros que era bom, mas Emily, ela era inocente. Eu não queria que ela me odiasse, tenha medo de mim, queria que ela estivesse à vontade comigo, fosse ela mesma. Ouvindo que tinha medo do que eu pensava, me entristecia. 

—Sim.— Eu concordei se isso faz Emily feliz, então é bom. 

—Olha, Alison, se você não está bem com isso, está tudo bem, eu e a Aline podemos assistir  Netflix.— Ela disse como se conhecesse meus pensamentos. Minha mente se aproximou dos pensamentos dela. 

—Não, não, está tudo bem, estou bem com isso.— Eu continuei 

—Ali, irmãs antes de contatinhos, você sabe que eu escolheria vocês antes de qualquer garota que eu namorasse.— Ela falou referindo-se ao nosso grupo. Irmãs ... Eu acho que eu poderia chamar isso de vínculo especial. 

—Então, como vão as coisas com Aline.— Perguntei querendo aconselhá-la. 

—É bom ... mas acho que às vezes eu não sinto. Às vezes, eu não sinto o fogo, a centelha no meu coração. Às vezes eu não sinto as vibrações, às vezes eu não sinto a felicidade , Quando ela fala sobre você, não consigo sentir a felicidade é apenas o ódio puro.— Emily admitiu seus sentimentos internos 

—Então, você já sentiu todas essas emoções?— Eu perguntei: 

—Sim ... eu senti todos elas antes.— Ela falou em voz baixa. 

—Bem, Emily, se você está se comprometendo com alguém, você se entrega, você não precisa se preocupar com outras coisas, você trabalha as coisas juntas, se você sentir isso, fale com ela.— Eu disse a ela. Mas quem era eu para contar sobre os relacionamentos? Os meu eram praticamente todos sem conexões. Apenas para preencher minhas necessidades. 

—Alison, eu acho que a amo.— Ela falou em um tom sério. Senti uma dor atirando pelo meu coração. Eu não sei por que, eu apenas, doeu. Peguei minha pele para me manter junta da dela. 

—... Mas às vezes, talvez eu tenha olhos para outra pessoa ...— ela parou, quase não consegui entender o que ela disse. Eu me virei para enfrentar seu lado, seu perfil lateral era absolutamente lindo. Eu estudava suas características enquanto ela continuava a falar. 

—A pessoa, me faz me sentir viva. Ela faz meu coração bater tão rápido como um trem de bala, eu me sinto nervosa ao seu redor ...— ela falou com um sorriso no rosto dela 

—Diga-me quem é essa pessoa incrível que pode fazer você se sentir como Isso, talvez eu te dou algum conselho. Eu até vou ajudar você.—  Eu sorri, Emily não respondeu, ela olhou para o teto, então ela se virou e focalizou seus olhos em mim. Eu não sou estúpida, mas não pode ser .. Quero dizer com certeza que ela deve ter mudado. Depois do que eu fiz ... 
FLASHBACK ON
// POV de Emily 
Assisti nervosamente enquanto Ali falava sobre suas fantasias de Paris. Fiquei lá esperando por Ali se vestir, tentei não me concentrar em seu corpo como estava praticamente nua. Mas depois do beijo na biblioteca, não consegui parar de pensar nisso. 

—Faça-me um favor, amarra para mim?— Ela se virou enquanto eu me aproximava dela. Seu corpo menor, sua figura perfeita , engoli a saliva, tentando me manter sã. Eu apertei seu sutiã enquanto eu lembrei do beijo na biblioteca, talvez, talvez, talvez, ela também me amasse, talvez tivéssemos uma chance, talvez eu pudesse ter uma chance. 
Eu vi sua pele macia, não consegui resistir, me inclinei para a frente, deixei um beijo suave no pescoço dela. Houve um momento de silêncio; Ela não respondeu. Pensei que talvez estivesse certo. Mas  não estava. 

—O que você está fazendo?— Ela retaliou, virando-se para mim, recostei, com uma dor batendo em meu coração. 

—N-Nada, eu só ...— Eu gaguejei para explodir em lágrimas 

—Você apenas o que?— Ela perguntou com um tom frio, fiquei em silêncio, incapaz de responder. 

—Só porque nos beijamos na biblioteca Emily, não significa que eu esteja dentro de você assim. Um beijo é um beijo, eu gosto de meninos e confie em mim se eu estiver te beijando, é prática para o real.— Ela respondeu, peguei minha toalha que estava pendurada no seu armário. Empacotei minha mochila e fui para sair dos banheiros. 

—Onde você está indo? Você é a minha carona, lembra?— Ela olhou para mim, irritada, enquanto eu ficava inclinada pela parede, derrotada. Meu coração se quebrou. // 
FLASHBACK OFF

 POV Alison
 Apenas lembrando, me fez sentir culpada. Não consegui retomar o que eu disse e dizer que não era um ato, porque quero dizer, qual é, eu sou Alison DiLaurentis, desde quando tive medo de alguma coisa? Eu estava tendo um dia ruim, queria que alguém sentisse a dor exata que eu estava sentindo, a única pessoa que não me irritou naquele dia era Emily. Isso foi torcido, eu usei os sentimentos de alguém; Mas esse foi o meu primeiro beijo com uma garota, era diferente comparado aos beijos ásperos com qualquer um dos tipos com quem eu estava. Emily era inocente, ela demorava lentamente, ao seu próprio ritmo, ela deixaria você saborear cada momento que você tinha, deixaria você querer mais. Mas, eu li sobre isso nas revistas, eles o chamaram de experimentação. Estava experimentando? Ou fomos apenas uma amizade colorida? Ou talvez ... nós éramos mais que amigas. 

—Eu me sinto melhor agora. Obrigada por ficar comigo, Em.— Eu sorri para ela, aconchegando-me no pescoço dela, tentando abraçá-la. Ela estava morna, macia. Rompemos  nossa tentativa falhada de um abraço e nos sentamos na minha cama. 

—Sinto muito por perder seu tempo.— Pedi desculpas, puxando o cabelo para cima em um bolinho. 

—Está bem.— Ela sorriu, levantando-se da minha cama, deixando-me com o meu cobertor, sozinha, toquei o espaço em que estava, o espaço quente que estava começando a ficar frio. 

—Eu vou para casa agora, eu ligarei pra Aline para que ela saiba onde eu estou.— Ela sorriu levemente, enquanto eu assenti com a cabeça, franzindo o cenho levemente. Suspirei, sentindo a mesma emoção que sempre fiz. Eu gemia, levantando-me, minha camiseta T sobredimensionada, que passou pelos joelhos. Eu corei , percebendo que minha camisa estava presa na minha cama me deixando praticamente meio nua, ao lado da minha melhor amiga. Ouvi meu desbloqueio da porta, quando a mesma se fechou atrás, batendo, o som ecoando em toda a minha casa. Eu assisti pela janela, Emily estava fechando sua jaqueta na minha varanda. Eu sorri para mim mesma, pensando no nosso dia. Eu exalei, observando ela indo para o carro dela. O sentimento solitário de estar sozinha de novo, a dor. Eu tinha medo de alguma coisa, eu tinha medo de perder minhas amigas. Mas isso era mais profundo do que as amigas em si; Eu amava minhas amigas tanto, mas era diferente. Eu estava com medo de perder a pessoa à qual eu me sentia conectada. Eu tinha medo de perder a pessoa que podia ver qualquer coisa boa em mim. Eu estava com medo de perder a pessoa que me deu amor. Eu tinha medo de perder a pessoa que me entendia melhor que ninguém. Eu tinha medo de perder a única pessoa que poderia me fazer sentir algo além do ressentimento. Tinha medo de perder a Emily. A família DiLaurentis é uma família forte, não nos quebramos, somos poderosos, sempre devemos estar no controle, nunca devemos ser fracos para ninguém, ser fracos por causa de qualquer um. Aposto que o pai ficaria envergonhado de me ver assim. Mas não consigo fazer isso. Soltei meu cobertor, embora minhas pernas estivessem frias, imediatamente peguei um par de calções e coloquei-os. Corri pelas calhas da minha escada, pude sentir o frio que já estava fora. Ainda não me importei. Eu coloquei meus pés em algum chinelo e corri para fora da porta, o vento a fechou atrás de mim, então, graças a Deus por isso. Corri os degraus da minha varanda, correndo atrás do carro que estava prestes a sair. No entanto, Emily andava lentamente com os fones de ouvido, caminhando em direção a seu carro, discando um número. Eu queria transmitir minha mensagem antes que ela pudesse clicar no botão de chamada. 

—Emily!— Eu gritei o nome dela, ela voltou seu olhar de surpresa, seu cabelo balançando com o vento quando ela finalmente me reconheceu. Eu estremeci, sentindo a brisa contra minha pele. O telefone estava discando em sua mão, enquanto ela colocava o telefone na orelha, ela já estava no carro dela agora. Eu não conseguiria fazê-la parar. Corri para Emily, 

—Alison, está frio aqui fora, você ficou melhor, o que você es ...— Ela percorreu, peguei seu pulso que deixou o telefone pousar na palma da mão, até a orelha. Usando o meu polegar, terminei a chamada para a Aline, na qual não tinha ido ainda. Eu tinha me aproximado de Emily, selando nossos lábios. Fechei os olhos, sentindo o fogo acender dentro de mim. Eu a beijei com paixão, queria fazer isso. Era um beijo casto que tinha significado. Um beijo que eu nunca senti na minha vida algo parecido, o formigamento no meu corpo, a forte pontada na minha barriga, meu Deus o que é isso? Eu só quero mais e mais. Eu quebrei nosso beijo, lentamente abrindo os olhos, olhei em seus olhos castanhos, seu rosto estava corado.

—Você saiu sem dizer adeus.— Eu sorri, observando-a com diversão, seu rosto estava vermelho. A figura mais linda que já vi em toda a minha vida.