- Estávamos tão ansiosos para chegar até aqui e ainda nem entramos na água. - disse Leon ao afastar o rosto do dela.
- Pena que já está tarde, se não poderíamos entrar. - disse ela, olhando triste para o mar.
- Quem disse que já está tarde?
- O sol está quase se pondo...
- E...?
- E todos já estão indo embora. - disse ela, apontando ao redor na praia.
- Mas nós não, certo?
Ela hesitou e depois deu de ombros.
- Está com as roupas adequadas? - quis saber Leon. Ela assentiu. - Então vamos lá.
Violetta tirou o seu vestido de seda,ficando somente com as roupas adequadas para nado, dobrou-o e o colocou encima das sandálias que acabara de tirar. Leon tirou a camiseta, ficando somente de calção.
- Lá vamos nós! - disse, abaixando-se na altura da cintura de Violetta e a apanhou encima de seu ombro. Ela gritou com o susto que levou.
- Leon! - disse, gargalhando.
Ele caminhou até a água do mar chegar a altura de seu flanco. Ele a pôs de pé cuidadosamente. Ela estremeceu com a água gelada encontrando com a sua pele; Leon riu ao ver sua expressão.
Ainda havia poucas pessoas banhando-se no mar, tanto adultos quanto crianças, que tremiam seus queixos mas temiam a sair da água.
Seu corpo já havia se acostumado com a água fria, deixou-o flutuar sobre ela; estava totalmente relaxada. Leon levou uma mão ao seu pescoço e a outra em suas costas, carregando-a suavemente sobre a água.
- Você é muito chata. - disse ele de repente.
- Por que eu sou chata? - franziu o cenho, confusa.
- Você não faz nada!
Ela arqueou uma sobrancelha.
- E o que você quer que eu faça? - disse.
Ele pensou um pouco e depois sugeriu:
- Vamos apostar uma corrida.
- Uma corrida?
- Sim. - Ele olhou em volta e apontou em uma direção - Vamos ver quem chega mais rápido até aquela rocha. Duvido você me vencer.
- Ah é? - Ela pôs-se de pé e se posicionou ao lado dele. - Vamos ver então.
A rocha estava à uns 6 metros distante da margem, de onde eles estão até ela dá pelo menos uns 12 m de distância.
- Em suas marcas, - brincou Leon. - preparar e...
- Já! - ela mergulhou, começando o belo nado borboleta, sabendo que com ele, ela poderia ganhar facilmente.
Quanto tempo faz que ela havia feito aquilo? Quando era mais nova, seu pai a levava a cada três dias por semana nas aulas de natação. Certamente ela não gostava; era a mais baixinha de todas as suas colegas e elas esfregavam isso em sua cara. Ela não contava ao seu pai por vergonha ou medo de que ele a incomodasse.
Ela sentiu uma ondulação perto de seu corpo. Leon havia mergulhado. Ele avançou à sua frente, mas ela impulsionou-se com os braços para frente, ultrapassando-o. Ela alcançou a rocha, dando gritos de vitória, mas Leon ainda não havia chegado.
Algo roçou em sua perna direita. Ela riu.
- Leon! Pare de ser bobo.
Ela mergulhou sua mão na água procurando-o, mas não encontrou nada. Ela estranhou.
- Leon?
Sentiu algo agarrar seu tornozelo e a puxar para baixo. Isso a pegou de surpresa, não dando chances de prender a respiração. Seus pulmões gritavam desesperadamente por ar; não conseguiu impedir que entrassem algumas quantidades de água pelas narinas. Ela se debateu. Conseguiu levantar a cabeça para fora da água, mas antes de receber o ar necessário, foi puxada novamente para baixo. Ela gritou, o que foi inútil por que a água abafava o som.
Estava exalta, suas narinas ardiam por causa da água salgada, não podia mais lutar. Ela cedeu.
Era mesmo aquele o seu fim? Ninguém poderia ver ou ouvir o seu desespero? O que ela poderia fazer? O que Leon... sentiria?
Leon.
Ela pôde ouvir seus abafados gritos ecoarem por perto, desesperados. Isso a deu esperanças, voltou a se debater na água tentando alcançar a superfície. Ele mergulhou e nadou em direção a ela, pegou-a pela cintura e a levou até a superfície. Ela arquejou.
- Leon... me pu... me puxaram...
- Calma... vai ficar tudo bem.
Ele nadou o mais rápido que pôde para chegar à margem com ela nos braços. Ela o abraçou, apertando-o na região perto de seu escápula.
Ao chegar à margem, Leon correu à procura de ajuda. Encontrou um casal entrando numa Chevrolet S10 prontos para partir e gritou para eles.
- Ei! Por favor, preciso de ajuda.
Eles murmuraram, assustados. O homem apressou-se à abrir a porta para que Leon pudesse entrar no carro. Sentou-se e colocou a cabeça de Violetta sobre o seu colo.
- Por favor, dirija o mais rápido para o hospital. - pediu.
Violetta tossia frequentemente, seus olhos marejados de medo. Ela tentava falar, mas não conseguia encontrar a sua voz.
- Calma, meu amor - disse Leon, afagando o rosto dela, seus olhos cheios de medo. - vai ficar tudo bem.
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