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História O amor não está perdido - Foi tudo um mal entendido


Escrita por: _s_urvival

Notas do Autor


Estou sumida sim, confesso! me desculpem, não estava inspirada esses dias, mas prometo que vou me inspirar em algo para não deixar de escrever. Preciso da motivação de vocês e opiniões. Boa leitura meus amores!

Capítulo 4 - Foi tudo um mal entendido


Fanfic / Fanfiction O amor não está perdido - Foi tudo um mal entendido

 

Depois de exato 2:30 eu tinha chego em Chicago, meu corpo estava completamente relaxado na poltrona, se eu pudesse ficaria ali por muito tempo, mas eu tinha a minha vida no mundo lá fora, eu tinha que resolver tudo sem ter parada, depois de tanto relaxar meu corpo sentada, resolvi levantar de uma vez e seguir o meu trajeto, caminhando pelo corredor do avião, as pessoas desciam e eu ia em seguida sem vontade nenhuma de enfrentar o tumulto que aquela cidade tinha, não gostaria de imaginar o trânsito que vou pegar de volta pra casa, chega a ser cansativo. Depois de finalmente estar no aeroporto, pedi um táxi em seguida com precisão, o mesmo chegou antes de eu dar duas piscadas, entrei e bati a porta me aconchegando no banco dos passageiros.

A noite estava linda em Chicago, as estrelas estavam cheias, as pessoas que passavam pelas ruas estavam tão alegres ao ponto de me transmitir sentimentos absurdos, eu não sabia ao certo o que eu estava sentindo no momento, mas era uma paz contínua, quando tudo caminha perfeitamente, quando tudo começa a dar certo sua vida começa a ter outro sentido, um sentido melhor e mais saudável. Eu olhava o mundo lá fora pelo vidro do carro, a noite dava indícios de que terminaria bem, nos últimos dias confesso que as noites tem sido conturbadas e sem final feliz.

Depois de aproximadamente meia hora eu estava ali, em frente de casa, no meu canto, aonde eu podia sonhar o quanto eu quisesse, aonde eu podia me esconder sem que ninguém me enchesse o saco, aonde eu podia ter a minha liberdade e ser feliz sem ter pessoas para me incomodar. Paguei o táxi rapidamente agradecendo o mesmo pela viagem, sai do carro e bati a porta com leveza, acenando e agradecendo mais uma vez o cara que usava um terno bem arranjado, ele usava uma gravata borboleta que dava um grande charme, os rapazes de Chicago era muito bem arrumados por sinal, eles tinham uma elegância única, mas ao mesmo tempo que tinha a aparência ótima, o jeito de serem estúpidos era “ótima” também.

Caminhei pelo jardim do quintal até finalmente chegar na porta de entrada, entrei com pressa dando um “olá” para o meu teto, parecia até que eu não vinha para casa á duas semanas, se eu viajasse certamente quando eu voltasse iria ser um grande susto, eu não consigo ficar longe desse lugar, esse lugar me pertence. Depois de sorrir pra mim mesma muitas vezes fisguei na minha bolsa, só não sei o motivo de paralisar de repente. Meu celular começou a tocar na mesma hora que olhei para bolsa, parecia até uma conexão, seria coincidência? Fui correndo para o sofá aonde eu havia jogado a bolsa, puxei o celular no mesmo instante abrindo-o para ver as notificações.

“Evite o cancelamento do seu aparelho, recarregue-o até o dia 25;11 ou o mesmo será cancelado em imediato.”

Pode apostar que na mesma hora que eu li aquela mensagem tosca, eu joguei o celular longe, era o celular da empresa, eu não colocava créditos, e eu não tinha obrigação, o mais estupido disso tudo é que eu pensei que era algo mais importante.  –disse em voz alta sem reparar

- Pensou que era Camila?

Meu coração travou do susto que eu tomei, nem preciso dizer que quase enfartei quando vi que Sofia estava atrás de mim.

- Você e sua presença inesperada 

Sofia ria da minha cara feito criança, ela sempre me dava esses sustos fora de hora, de preferência quando eu estava pensando em Camila, sim, era nela mesmo.

- Eu apertei a campainha e bati na sua porta duas vezes, mas é claro que você não ouviu, você estava no mundo da lua como sempre, pensando na sua futura namorada, talvez...

Olhei com uma expressão nervosa dessa vez, não estava preparada para ouvir aquilo logo de Sofia, ela já estava pensando demais, criando expectativa aonde não existia nada.

- Nada haver, Sofia, você está sonhando

Sofia olhava com cara de desconfiada pra mim, eu não podia dizer mais nada, além de bufar, ela sabia de tudo o que eu sentia, me conhecia bem como ninguém, Sofia por mais que fosse toda durona, ela tinha um espírito as vezes jovem. Fiquei olhando pra ela com expressão de nervo e ela virou de costas pra mim girando o cabelo rapidamente dando um jogo de corpo, ela usava um vestido longo que arrastava um pouco no chão, uma sapatilha com um brilho bem claro, e seu chapéu preferido, que eu havia dado pra ela. Sofia tinha um charme único, eu sempre gostei do seu jeito de se vestir, mas não me vestiria assim, tão feminina.

- Está pensando de novo, Lauren?

Dessa vez eu soltei o riso e gargalhei.

- Bom, antes que você marque algum compromisso para amanhã de manhã, quero que vá comigo a Perini, estou ensaiando com as meninas e preciso de um auxilio, elas estão impossíveis, as vezes perco o controle e o sentido

Nem preciso dizer que na hora que ela disse aquele nome meu coração gelou né? “perini”, Camila era dona daquela escola, possivelmente eu esbarraria com ela amanhã.

- Cla...cla

As palavras não saiam da minha boca, talvez por desespero de encontrar com ela e não saber me expressar de jeito nenhum.

- Pode ficar sossegada, Camila não vai estar lá esse horário, ela vai dar aula a tarde amanhã

Usei uma expressão triste agora, sim, eu estava nervosa pelo fato de que ela estaria lá e eu me esbarraria com ela, mas é claro que não seria nada ruim.

- Ah, mas eu nem tinha pensado nisso

- Vou acreditar. Bom lau, eu só passei pra ver como você estava e pra marcar o compromisso de amanhã, te vejo ás 9horas lá na frente da Perini

Sofia me abordou com um beijo doce cheio de amor me dando as despedidas, fiz o mesmo ato e ela foi embora, me deixando congelada na sala. Amanhã não vou para a empresa, estou de folga, afinal, preciso de um tempo pra mim, preciso de um novo ar. Depois de pensar tanto o dia inteiro, subi as escadas indo em direção ao quarto, preciso de um banho quente pra relaxar a mente, estava em peso tudo o que anda acontecendo.

Despejei as peças de roupa pelo piso de madeira indo correndo para o banheiro, o vento gelava minha pele, abri o chuveiro sentindo a água purificar minha alma, aquele ar quente me fazia relaxar por minutos, eu havia esquecido por um minuto que estava no banho, é como se nada tivesse acontecendo comigo, eu estava completamente em transe, sem sentido, sem expressão, eu estava simplesmente tranquilizada. Depois de sorrir ao terminar o banho e relaxar um pouco a mente, puxei a toalha o que fez o mesmo deslizar pelo meu corpo molhado e quente, me sequei rapidamente colocando minhas peças íntimas, peguei um pijama de moletom mais quente possível pra dormir em paz, a noite estava ótima.

Da pra notar que quando menos esperamos que acontecem as coisas né? sim, foi o que eu pensei na hora quando vi que o celular começou a vibrar seguidamente, o que me fez pular da cama e ir correndo pra pega-lo.

"Estava em um sono profundo, quando me pego vendo teu sorriso de olhos fechados, acordei assustada e o suor descia pelo meu pescoço, à algo de errado. "

Quando eu li aquilo entrei em choque, olhei por três vezes e não acreditava no que eu estava lendo no momento, era realmente inacreditável, como as coisas acontecem assim, do nada, sem esperarmos. Sempre que eu penso nesse fator Camila aparece dando algum sinal de que querendo ou não ela está ali, observando, pensando e existindo na minha vida, de uma maneira estranha ou não, isso é bom demais pra ser verdade, admito.

Peguei o celular na mão lendo mais uma vez a mensagem de Camila, e pensando no que escrever, eu não conseguia pensar em nada, tudo sumia da minha cabeça no momento, eu realmente não sabia como me pronunciar, eu não tinha nem um tipo de relação afetiva com ela, nem intimidade, nem conversa, nada. Depois de pensar no que escrever joguei o celular longe, eu não sabia o que dizer, e não queria pensar nisso no momento, deixei passar a oportunidade de escrever pra Camila aquela noite, na verdade, estava sem criatividade e com medo de ser inconveniente, preferi não pensar mais em nada, fechei os olhos e apaguei na mesma hora.

8:30am 

Acordei assustada, tinha me esquecido do compromisso logo cedo, Sofia vai surtar se eu não aparecer lá no horário prometido. Levantei às pressas da cama jogando o lençol branco no piso do chão. Tirei meu pijama quente do corpo que por sinal estava me sufocando. Fui até o armário vestindo uma roupa rápida, peguei uma calça larga cinza e uma regata de alça preta que supostamente era bem apertada capaz de mostrar as curvas do corpo, calcei um tenis reto preto e fui correndo para porta de saída, não deu tempo nem de comer algo, eu simplesmente voei para Perini.

Andei com rapidez até o carro, abrindo o mesmo, colocando os cintos e acelerando para dar partida, depois de alguns minutos me ajeitando, abrindo os vidros e colocando uma música, fui ao meu destino. Tocava closer - The Chainsmokers, eu particularmente amava esse som, dava uma tranquilidade única, eu era capaz de sentir qualquer toque que fosse, só a música é capaz de te desligar do mundo real, e é muito bom por sinal essa sintonia. Depois de longos 20 minutos, que pra mim foi bem pouco pela distração em que eu estava, cheguei na Perini estacionando o carro, e descendo bem rápido, nem preciso dizer que quando eu cheguei Sofia estava batendo os pés, é óbvio que era pro meu atraso de dez minutos.

 - d e z minutos Lauren, dez

Ela dizia sem paciência nenhuma, nem preciso dizer que me tranquei ao ouvir o que ela havia dito, Sofia sempre marca compromisso comigo e só pra não perder o costume eu me atraso, sempre.

- Vai brigar comigo logo cedo? bom dia, tudo bem?

Tentei contornar a minha situação, é meu jeito, não tem como mudar isso, se não houver atraso não é a Lauren.

 - Vamos entrar logo, antes que eu te dê um tapa aqui mesmo

Entrei no mesmo instante, confesso que quando Sofia se revoltava não era nada bom, ela tinha atitudes inesperadas que não me agradava nem um pouco. Perini era um lugar de muita luz, tinha espelho pra todo lugar que você olhasse, a música tocava alto e eu ouvia as alunas sorrirem entre a coreografia, a última vez que vim para essa escola não foi muito bom, tive uma breve "discussão" com Camila.

Depois de caminhar um pouco pela escola e parar algumas vezes nas salas para olhar as coreografias, tínhamos chego na sala de Sofia. As alunas estavam ansiosas e preparadas para o ensaio, elas usavam collants rosas, uma meia bem fina por sinal e uma sapatilha preta de couro, seus cabelos estavam amarrados no alto da cabeça, as prisilhas enfeitavam seu fios de cabelo.

Sofia pronunciou meu nome dando convite para que cada uma se apresentasse, achei todas muito simpáticas, era contagiante cada energia daquela sala. Sofia deu início a aula, fez com que todas ficassem em seus devidos lugares, ajudei a para todas manterem as ordens. E assim começou tudo, o som era médio, as alunas dançavam com toda elegância que tinham, procuravam passos e se inspiravam em Sofia que dançava tão bem, por sinal. Ela usava uma legging preta e uma regata larga, teu sapato era de jazz, ela estava linda, como sempre. Sofia ia para todos os cantos da sala, ajudando cada uma pra poder dar o seu melhor, era tudo tão gracioso, elas dançavam com o coração, e dava pra sentir cada passo, era único o que eu presenciava.

Dei um toque para Sofia dizendo que eu ia tomar um copo de água, afinal, estávamos na sala já fazia 1:15 minutos. Sai pela sala devagar sem tirar a atenção de ninguém, encostei a porta e fui atrás de algum filtro de água, minha garganta estava completamente seca.

Depois de andar pelos corredores achei finalmente um filto de água, olhei de longe e segui o caminho. Paralisei no mesmo instante, o corredor parou naquele momento, minhas mãos soavam e se minha garganta estava seca antes imagina só agora. Camila estava logo à frente conversando com outra mulher, elas trocavam várias palavras uma com a outra, e eu como sempre, eatava sem reação. Fiquei olhando por mais alguns segundos, quando de repente me surpreendo, sim, dessa vez eu estava em choque, entrei em uma transe na qual não sairia tão cedo. A moça que estava acompanhada de Camila, iniciou um breve beijo, acariciando seu rosto e entrando em sintonia, eu não sabia qual atitude tomar, não sabia se saía correndo daquele corredor, ou se seguia meu caminho até o filtro.

Pisquei por duas vezes limpando meus olhos, respirei fundo e continuei andando, os passos eram bem lentos, logo à minha frente estava uma mulher na qual eu nunca tinha visto na minha vida e outra mulher que dizia sonhar com o meu sorriso noite passada, e hoje esta beijando outra pessoa, é cada ilusão que criamos em nossa cabeça.

Depois de demorar um tempo parar chegar aonde eu queria, puxei o copo de plástico o que fez com que as duas parassem no mesmo instante de susto, as mesmas se viraram para mim assustadas, eu estava de costa, é claro que Camila não sabia que era eu, e como ela imaginaria que logo eu estaria na sua escola aquela hora? bebi duas goladas da água jogando o copo no lixo. Respirei fundo mais uma vez, mas dessa vez em som baixo, não queria que elas escutassem o meu ato de desespero. Me virei no mesmo instante olhando para as duas, o que fez com que meu coração parasse, Camila arregalou seus olhos quando viu que aquela mulher que estava com um copo de água na mão, era eu, logo eu.

Camila mordeu os lábios rapidamente, dando um ato de nervosismo.

- Desculpa atrapalhar, podem continuar o que vocês estavam fazendo

Andei de volta para sala de Sofia, ao virar o corredor senti uma mão puxar meu braço, o que me fez no mesmo instante virar o rosto, era Camila, e quem duvidaria que fosse ela naquele momento.

- Aquilo que você viu não era nada, na...

Camila não sabia pronunciar nem uma palavra sequer, sua garganta secava o que fazia com que ela limpasse na mesma hora.

- Você não me deve satisfações

Ela me olhava seria dessa vez, ela não deveria estar me explicando nada, na verdade, ela gastou saliva atoa a partir do momento em que abriu a boca. 

 - Lauren, não é nada do que você está pensando

Camila estava tentando se explicar de todo jeito, eu não queria ouvir mais nada do que ela tinha pra me dizer, seria perca de tempo da minha parte, é claro, eu não tinha nada com ela, mas ontem ela me mandou uma mensagem super seria, e hoje aparece beijando outra pessoa, parece até que aquele sms foi em vão, totalmente em vão.

 - Não me procura mais, faz assim, finge que eu nunca passei pela tua vida

Disse seca e amarga, logo depois que terminei de dizer tudo o que estava sentindo, sai de perto, deixando Camila plantada no meio do corredor.

POV Camila 

Depois de algumas horas de viagens havia chego em Chicago, meu corpo estava tanto como cansado, passei o dia coreografando com as meninas e ainda atravessei a cidade, perdi todo meu tempo indo atrás de Lana, na verdade, nem sei qual foi o sentido de tudo isso, eu simplesmente me achei no dever de ir atrás dela, à saudade bateu e eu não pude esperar mais.

- Senhores passageiros, soltem seus cintos, estamos em terra firme

A aeromoça se pronunciou em dizer que tínhamos chego, levantei rápido pegando minha bolsa e colocando a em volta do braço, sai do avião indo em direção ao ponto de táxi, acenando com a mão o que fez com que o motorista abrisse um sorriso e viesse em minha direção.

- Boa noite, senhora.

Ele disse simpático, o que me fez fazer o mesmo, entrei colocando diretamente o cinto, anunciei o destino pra ele, e então saímos do aeroporto.

Levamos alguns minutos para chegar à minha casa, desci do carro com rapidez dando o trocado e batendo a porta. Finalmente em casa,  o dia foi longo, estou exausta. Peguei as chaves de casa abrindo a porta e entrando rapidamente, Chicago estava fazendo frio hoje, não vejo a hora de pegar no sono e enfim dormir. Subi as escadas até o banheiro, tirando aquela roupa colada do meu corpo, jogando o no cesto de roupas sujas. Liguei o chuveiro no nível mais quente, as águas passeavam pelo meu corpo e meus olhos se fechavam toda vez que a água quente passava pelos fios de cabelo.

Depois de relaxar no banho, puxei o roupão saindo do banheiro, vesti um pijama confortável e me joguei na cama, estava completamente desgastada. Depois de tanto pensar, me lembrei que tinha que chegar logo cedo na Perini, tinha alguns documentos para acertar, muitas pessoas estavam fazendo cadastramento, tinha muita gente e confesso que por mais que a escola fosse bem grande, estava faltando espaço.

Peguei meu celular que estava ao meu lado na cabeceira, confirmando com Fátima ( a recepcionista ) que eu estaria logo cedo na Perini para resolver algumas coisas. No mesmo momento que enviei aquela mensagem, voltei ao início dos sms e vi que Lauren era a última mensagem na qual eu ainda não tinha respondido, eu pensava em palavras pra poder descrever o que eu sentia no momento, era tudo muito confuso pra mim, confesso que enquanto estava no avião, tirei um coxilo longo e bom, acabei pensando tanto em Lauren, que o sorriso dela aparecia toda vez em que eu ousava fechar os meus olhos. Resolvi admitir o fato, já que não tinha problema nenhum em demonstrar, escrevi a mensagem rapidamente antes que eu pudesse desistir de imediato.

Enviei a mensagem e foi entregue, larguei o celular de volta aonde eu havia pego e entrei em um sono contínuo, o dia foi longo hoje, preciso de descanso e paz. 

7h40am 

Acordei aparentemente assustada, cheguei à pensar que tivesse perdido o horário do dia de hoje, mas até que estou um pouco adiantada, tinha que chegar na Perini no máximo 8:30, não quero sair de lá tão tarde hoje. Sai da cama com toda preguiça que eu tinha pegando impulso e criando coragem para começar o dia bem. Me vesti com uma calça apertada jeans toda rasgada, junto de uma regata preta e um casaco solto por cima, calcei um sapato baixo e dei um ar pro meu rosto que estava um pouco morto. Sai correndo para o carro, pegando as chaves que estavam penduradas no prego da sala, entrei, fechei o cinto e segui destino.

Depois de poucos minutos tinha chego a Perini, estacionei o carro e desci bem rápido, fechando-o e indo em direção a porta de entrada da escola. Passei na catraca sem passar o dedo, não estava em horário de serviço, então não era necessário. Andei pelos corredores acenando para algumas alunas que passavam por mim com sorrisos enormes em seus rostos. Cheguei a minha sala relaxando na poltrona, comecei a checar os dados, foliei algumas folhas, agendei algumas alunas e fechei cadastro, estava tudo pronto finalmente, depois de ter ficado quase duas horas dentro da sala, tinha acabado tudo conforme o combinado. Me levantei pegando minha bolsa saindo da sala, tranquei a porta de pressa e fui ao portão de saída, finalmente vou poder chegar em casa e apagar de vez, eu preciso disso. Depois de quase chegar para o lado de fora da escola, Berenice me abordou chamando minha atenção.

- Camila, que surpresa

Berenice me olhava dos pés a cabeça, confesso que fiz o mesmo, ela sempre usava peças apertadas e blusas com belos decotes, era loira e alta, seus olhos tinham uma cor de mel única, ela era realmente uma mulher bonita. O que eu não gostava nela, era que ela sempre tentava me agarrar de qualquer jeito, ela sempre fazia de tudo pra me arrancar um beijo, não que eu odiasse tanto isso, mas às vezes não era o momento certo, e por mais que ela fosse realmente muito bonita e atraída por mim, eu não sentia nada por ela, nem afinidade.

- Boa tarde, querida

Disse calmamente para ela, o que a fez puxar assunto comigo e me arrancar alguns sorrisos, depois de quase 20 minutos conversando com Berinice, resolvi me despedir.

- Tenho que ir agora

Ela me olhou com cara de cão abandonado, não me convenceu nem um pouco, eu estava tão cansada que só pensava no meu aconchego no momento.

- Espera, antes...

Fui abordada com um beijo cheio de vontade de Berinice, ela arrancava cada pedaço de mim, mordia meus lábios faminta, parecia que nunca tinha me beijado antes, dessa vez ela foi um pouco mais agressiva do que nas últimas vezes. Dei continuidade no beijo, mesmo sabendo que ali não era um bom lugar para trocar beijos, ainda mais quentes como aquele. Berenice passeava com as mãos pelo meu cabelo, o beijo eatava ficando ainda melhor quando fomos surpreendidas com um barulho de fundo, nem preciso dizer que tomei um susto pensando que tivesse sido alguma aluna da Perini. Era uma moça média, ela usava uma roupa bem apertada onde suas curvas davam um arranje perfeito, parecia que já tinha visto aquele corpo antes, confesso que até de costas, e independente de quem fosse me atraía e muito. Olhei para o rosto da Berinice assustada, eu não sabia se saía correndo daquele lugar ou se ficava parada esperando a iniciativa da pessoa sair dali pra eu poder ter visão de quem era.

Depois de segundos, a moça se virou para nós, e adivinhem só, era Lauren, sim, ela mesmo. Minha garganta secou no imediato, minhas bochechas de brancas ficaram vermelhas, bem vermelhas por sinal. Eu não sabia o que fazer, como eu iria me explicar? como eu teria alguma chance com ela agora? depois dessa cena? me coloquei no lugar de Lauren cada vez que pensava nas cenas que havia acontecido à alguns instantes atrás.

Lauren saiu no mesmo instante do corredor, o que me fez deixar Berenice parada sem reação, corri até Lauren quando ela virava o corredor, puxei o braço dela o mais rápido que eu pude, eu não podia deixa-lá ir, não agora. Depois de tentar me explicar para Lauren inúmeras vezes, ela me cortou com um jeito fatal, ela não queria mais me escutar, ela não teve paciência pra nenhuma palavra dita por mim. Ela saiu no mesmo instante do local me jogando contra a parede, me dizendo por sinal a frase que eu não gostaria de ouvir tão cedo vindo dela.

" finge que eu nunca mais passei pela tua vida, finge que, finge "

A frase se repetia na minha cabeça repetidamente, eu queria saber o que dizer, mas na verdade, eu não sabia de mais nada. Sai da Perini batendo o pé, entrei no carro e afivelei o cinto, aumentei o som e fui direto para casa. Depois de tanto tempo dirigindo, cheguei em casa, parecia que havia passado horas dentro do carro, mas levei 15 minutos para chegar. 

Tirei o cinto e sai do carro, sai correndo pra dentro de casa, tirando as peças de roupas e as deixando jogadas pela sala, chegando na porta do quarto, cruzei as pernas respirando fundo, o que fazer neste momento? eu me perdi nas minhas próprias palavras. 

Depois de martelar na cabeça o que fazer, caminhei até a cama me deixando relaxar pelo lençol de seda vermelho. Estava nua em cima da cama, completamente, olhei para o teto e comecei a escrever alguns contextos nos quais eu pensava.

" O corpo fala e sente, me sinto vazia no momento, mas é como dizem, tudo que é seu vai voltar, sempre volta. Hoje me sinto assim, amanhã pode ser diferente. Meu corpo adormece e sinto fortes dores pelo maxilar, me despejo feito água em cima do lençol gelado, a nudez me mostra a pureza e a sinceridade, é o único momento do meu dia em que eu me sinto liberta e totalmente pura, natural. O corpo diz palavras que eu engasgo em dizer ".
 


Notas Finais


Se quiserem me mandar mensagem pelo direct do twitter pra ficar mais fácil, pode aparecer por lá! @_s_urvival


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