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História O amor que guardei (SasuSaku) - Embate.


Escrita por: Nessye

Notas do Autor


Olá a todos!
Estou de volta com mais um capítulo para vocês.
Quero dizer que este é o antepenúltimo. Sim, realmente estamos na reta final. E também quero dizer que a arte do capítulo de hoje é minha, sim, sou desenhista e há algum tempinho fiz esse desenho da Sakura, pois sou muito fã dela.
A quem interessar e quiser conferir alguns dos meus trabalhos, pode ir no Insta @nessyearts. :)
Enfim, aproveitem a leitura de hoje.

Capítulo 14 - Embate.


Fanfic / Fanfiction O amor que guardei (SasuSaku) - Embate.

Capítulo 14 - Embate.

Observou quando o navio de carga atracou no pequeno porto da ilha, pelo seu raciocínio, embarcações como aquelas chegavam ao menos duas vezes por semana, mas aquele navio estava indo com muito mais frequência ao local e esse fato acendeu o alerta no shinobi. Decerto que aquela embarcação estava envolvida no que fosse que acontecesse na Ilha das Águas. Sasuke poderia confrontá-los sem hesitar, porém aguardava juntar mais evidências para ter certeza de que se tratava de uma atividade ilegal. Não só via, como também se irritava quando levavam uma das crianças embora, não havia dúvidas, era um caso de tráfico de crianças e quem as comprava era dono daquele navio cargueiro. Ele enviou um gavião a Kakashi há alguns dias e, estranhamente, ainda não tinha recebido uma resposta, por isso soube, teria de decidir por si só sobre seus próximos passos. 

Por sua vez, Sakura continuava estudando a flora do lugar enquanto seu marido saia em sua investigação, a ninja médica coletava algumas plantas e ervas para a sua análise. E naquela manhã não fora diferente, ela se embrenhou na vegetação próximo da cachoeira do rio e passou a fazer o seu trabalho, mas para a sua surpresa, viu uma garotinha desacordada perto da margem das águas curandeiras.

- É uma criança! - a kunoichi correu para socorrê-la. - E está viva!

Sakura fez o ninjutsu de cura e alguns minutos depois, a menina, que aparentava ter no máximo sete anos, abriu os olhos amendoados. Segurando-a nos braços, a Haruno-Uchiha se sentiu tocada de modo esquisito por encontrar alguém tão jovem e indefesa assim.

Será que isso era influência da maternidade sobre o seu corpo?

- Hã… - a garota se sentou e olhou ao redor, não estava machucada, mas parecia perdida. - Onde estou?

- Você não se recorda de nada? - Sakura a analisava com o seu olhar clínico. - Se lembra como se chama?

- Hã… eu? - ela fitou melhor a mulher adulta e ficou um pouco assustada.

- Está tudo bem. Não irei lhe fazer mal, eu sou uma médica - Sasuke e Sakura haviam acordado que omitiriam ao máximo serem ninjas. - Sabe o que aconteceu? Ou como veio parar aqui?

- Eu… - a menina então fez uma expressão chorosa e começou a soluçar. - Eles levaram o meu pai! Eles estão atrás de mim! Eles vão me pegar para acordar o vulcão!

- Calma. Calma - a kunoichi a tranquilizava segurando-a pelos ombros. - Você está segura agora. Não há com o que se preocupar. Posso ajudá-la, mas preciso que se acalme.

- Eu tenho medo! Eles querem me levar! - a criança agarrou no tronco de Sakura, apertando-a num abraço desesperado. - Não deixe que eles me levem, por favor.

- Ninguém vai levar você, eu prometo - ela acariciou os cabelos negros e curtos da menina e repentinamente se sentiu motivada a protegê-la como uma mãe.

####

Sasuke pulou para dentro no convés do navio sem que ninguém percebesse, sorrateiramente foi caminhando até a porta que ia para o porão, a noite caíra e trouxera uma lua cheia, por isso manteve-se atento a qualquer sinal. Ele decidira agir, pois pressentia que algo de ruim podia acontecer se demorasse mais para interrogar aquelas pessoas ass quais pareciam um bando de piratas. Na penumbra do corredor do porão, pode identificar a silhueta de um homem que estava agachado e inclinado para frente como se alimentasse alguma coisa ou alguém. Sasuke logo ativou o seu sharingan e se deparou com duas crianças dentro de caixotes de madeira, como se realmente fossem mercadorias. Apossado de uma repentina raiva, o ninja rápido se aproximou e agarrou o pirata pela gola.

- Pessoas como você são seres desprezíveis!

- O quê? De onde você saiu?? - ele perguntou boquiaberto e muito apavorado.

- O que pensa que está fazendo alimentando essas crianças como porcos? - Sasuke precisou se conter para não matar aquele cara ali mesmo. - Seu desgraçado.

- Não! Você não entende!

- O que eu não entendo? Que vocês comercializam essas pobres crianças?

- Não, do que está falando? Você não está entendendo, estamos salvando elas!

- Salvando? 

- Eles estão matando as crianças da ilha, eles pegam elas e as sacrificam no seu ritual macabro para a deusa adormecida do vulcão! - o homem se atrapalhava para falar, mas parecia estar falando a verdade.

- Eles quem? A quem se refere? Fale agora!

####

Esperava que o marido retornasse logo, já escurecera e ela precisava falar com ele a respeito da criança que encontrou no rio. Sakura optou por levar a menina para a pousada, colocando-a para descansar na cama do seu quarto e tratando-a cuidadosamente. Observou a garotinha pequena dormir tranquilamente e se perguntou se o bebê em sua barriga seria um menino ou uma menina igual aquela. Isso não importava tanto, apenas estava feliz por esperar um ser que era fruto do amor o qual sentia por Sasuke. 

Desde o descobrimento de sua gravidez, o Uchiha parecia mais protetor, mais cauteloso e até mais amável, principalmente porque a barriga de Sakura começava a se destacar, pois estava chegando quase ao quinto mês de gestação. Ele gostava de ficar olhando para a esposa por bastante tempo quando iam dormir, apreciava passar a mão pela barriga dela e até não titubeava em ir atrás de alguma comida incomum desejada por Sakura. Ela teve receio de que o marido não recebesse bem a notícia de que teriam um filho, mas Sasuke provou o contrário, realmente estava feliz e isso a emocionava.

O casal decidiu passar mais algumas semanas na Ilha das Águas, os dois queriam desvendar o mistério por trás de tudo, por tanto, quiseram esperar a noite do Festival das Águas e que acontecia justo naquele dia.

Distraída em seus pensamentos, Sakura não notou quando a menina acordou e se levantou, indo até a adulta que estava olhando a lua pela janela do quarto.

- Você carrega um bebê no ventre.

Pega de surpresa, Sakura deu um pequeno pulo e a encarou.

- Não a vi se aproximar… Como se sente?

- Me sinto melhor - a garotinha coçava os olhos sonolentos.

- Agora que está mais calma e descansada, sabe me dizer como se chama e quem é o seu pai? - a ninja médica se abaixou e tentou buscar informações.

- Me chamo Kira - ela disse timidamente. - Meu pai veio para a ilha atrás das águas que curam, mas… - então apertou os lábios, suprimindo o choro.                

- Está tudo bem, Kira. Ninguém aqui vai lhe fazer mal, eu prometo. Meu nome é Sakura e meu marido e eu podemos ajudar a encontrar o seu pai.

- Meu pai foi levado por aqueles homens de roupa vermelha… - Kira abaixou o olhar marejado, de modo triste. - Ele me jogou pela cachoeira para tentar me salvar.

- Entendo Por isso você estava na margem do rio, provavelmente acreditaram que não iria sobreviver a queda - talvez não tivesse sobrevivido se não fosse Sakura encontrá-la. - Vamos esperar o meu marido chegar, ele vai nos ajudar a achar o seu pai.

- Tá bem… Eu tenho fome.

- Fome? Opa, claro. Irei pedir um jantar para comermos, só preciso que me espere aqui no quarto quietinha, está bem?

- Está bem.

Após dizer isso, Sakura saiu do quarto para ir pedir a refeição, porém se esqueceu de perguntar à garotinha sua preferência de comida, por isso tornou a entrar no cômodo.

- Ahhhhhh!

Era o grito de Kira.

- Kira???

Ela viu a criança sendo levada por dois homens pela janela do quarto.

- Socorro, Sakura!!!

- Não!!!

Sem vacilar, Sakura correu atrás dos raptores, pulando pela janela sem esforço, promovendo uma verdadeira perseguição pela floresta que se estendia ao redor da pousada, ela pulava de árvore em árvore na tentativa de não perdê-los de vista, mas logo recebeu várias shurikens em sua direção, conseguindo se desviar com habilidade. Não podia usar a força, pois poderia machucar Kira, então foi mais ligeira para interceptá-los mais adiante.

- Quem são vocês? O que querem com a Kira?

- Não atrapalhe o nosso caminho, mulher! - o homem de túnica vermelha, capuz e máscara estilo samurai a advertiu.

- Sakura!!! - gritava Kira, chorando muito de medo.

- Soltem ela agora ou irão se arrepender! - Sakura começava a perder a paciência.

- Você sentenciou a sua morte e a morte do seu bebê quando colocou os pés nessa ilha!

O outro, com uma roupa idêntica, apontou o dedo para a kunoichi e lançou uma agulha venenosa bem no peito dela, porém por ser um arma invisível aos olhos de Sakura, a shinobi não pode desviar e sentiu o impacto no coração.

- Hã? O que é isso? - perplexa, ela rapidamente sentiu seu corpo paralisar e sua vista escurecer. - Ve… ne… no.

- Sakura!!! - Kira berrou outra vez.

Sem conseguir se mover e com os sentidos todos afetados, Sakura caiu de cima da árvore e só não se chocou contra o chão porque alguém a pegou a tempo.

- O que estava acontecendo?

#####

Preocupado, Sasuke chegou no quarto da pousada e não encontrou sua esposa, a dona do lugar lhe dissera que Sakura havia levado uma menina de poucos anos para cuidá-la após se deparar com a mesma desacordada no rio. Ele notou que havia algo de errado, pois as janelas estavam escancaradas como se alguém tivesse entrado e as levado dali a força. Sem esperar, o shinobi saiu correndo pelo caminho cujo sua intuição apontava para ir, buscando pistas do paradeiro de sua mulher. 

Tinha de encontrá-la o quanto antes! 

Temia pelo pior e jamais se perdoaria se perdesse sua família outra vez.

Ensandecido, Sasuke só pensava que aquelas pessoas iriam pagar amargamente por tocar na mulher que amava e que esperava o filho deles no ventre.

Saber que se tornaria pai deixou ele mais cauteloso e mais obstinado a proteger Sakura, agora mais do que nunca seria capaz de matar ou morrer por ela.

- Eu não vou te perder, Sakura!

#####

Sakura abriu os olhos ainda sobre o efeito paralisante do veneno, mas pode ver de modo embaçado que havia pessoas ao seu redor. O vento era forte, demonstrando que estavam em um lugar bem alto, notou a lua cheia e as estrelas em cima de si estampando o céu escuro e só então percebeu que estava deitada e amarrada pelos pés e pelas mãos sobre algum tipo de altar. Aos poucos, o byakugou diminuía os danos provocados pela agulha venenosa e ela podia se atentar a tudo.

- Hoje, nós iremos dar a oferenda que a profecia nos guiou a fazer! - dizia um homem de túnica vermelha e cajado aos demais. - Iremos oferecer em sacrifício a mulher de cabelos diferentes e o bebê que carrega em seu ventre para trazermos a nossa deusa de volta!

Aquelas pessoas falavam em alguma língua estranha e Sakura logo se arrepiou, eles queriam matá-la assim como queriam matar Kira, provavelmente. 

- Kira? - ela se lembrou da menina e a procurou com os olhos.

- Sakura... 

De repente, a menina surgiu ao lado da kunoichi, porém sustentava um semblante sombrio e não parecia mais tão indefesa.

- Kira, o que está acontecendo aqui?

- Eu precisava constatar se você era a pessoa da profecia - a voz de Kira se tornou mais séria e grave.

- Profecia? - sem entender direito, a ninja a encarava intrigada.

- A profecia diz que só uma mulher de cabelos diferentes e poderes curandeiros poderia gestar o bebê cuja alma seria posta em oferenda à deusa da ilha, então o vulcão despertaria mostrando o seu retorno - a criança passou a mão pela barriga da mulher de cabelos rosas e sorriu. - Não precisamos que seu bebê nasça, pois já sinto que ele tem um alma, uma alma forte e muito poderosa.

- Fique longe de mim! Não ouse tocar no meu filho! - Sakura gritou e quebrou as correntes das mãos.

Naquele instante, Kira abriu um sorriso e se transformou na médica que antes atendera Sakura no hospital.

- Você? Você usou jutsu de transformação!

- Não sei de onde você e seu marido vieram, mas nunca mais sairão daqui! 

Kira, que agora era uma mulher madura, a atacou com uma kunai na tentativa de acertá-la no coração, mas, para a estupefação de ambas, Sasuke apareceu no mesmo segundo e impediu o ataque com outra kunai.

- O que pensa que está fazendo com a minha amada esposa e filho?

- Sasuke???

- Consegue se soltar?

- Sim, querido!

- Vamos acabar com eles! - grunhiu o Uchiha, sentindo uma ira invadir até a última fibra do seu corpo. - Aquelas embarcações de carga não estavam raptando as crianças nativas para vendê-las, aqueles homens eram na verdade ninjas infiltrados como piratas para resgatar e levar as crianças dessa abominação que chamam de crença!

- O quê? Está me dizendo que eles estavam salvando as crianças de serem sacrificadas?

- Sim, descobri isso quando me infiltrei no barco e depois soube sobre a profecia, então vim correndo ao seu encontro.

- Você não será páreo para nós! - erguendo o cajado, o sacerdote ameaçou. - Ataquem-os!

Assim, dezenas de seguidores com máscara de samurai surgiram e os cercaram no topo do vulcão inativo e passaram a atacar tanto Sasuke quanto Sakura. O casal Uchiha lutou com o grupo inimigo exatamente como haviam treinado, juntos e em sincronia, formando uma verdadeira dupla. No entanto, Sakura percebeu que ainda havia crianças precisando de ajuda, elas estavam dentro de uma jaula sobre uma imensa fogueira que foi acesa pelo sacerdote.

- Não, elas irão morrer queimadas! - disse a kunoichi após socar um seguidor oponente. - Preciso ajudá-las!

- Não! - Sasuke a segurou pelo braço. - Ele tem mais das agulhas invisíveis, posso ver com o meu sharingan, se ele acertar várias em você pode matá-la.

- Não vou morrer, tenho o byakugou.

- Me obedeça! Eu sou o seu marido, Sakura! - Sasuke ergueu a voz e a encarou colérico.

-E eu sou uma shinobi de patente maior que a sua, então não me dê ordens! - retrucou altiva.

Desvencilhando-se do marido, Sakura correu para salvar as crianças enquanto que Sasuke utilizou seu chidori para acabar com o restante dos membros da seita e, por fim, jogou o amaterasu para matar o sacerdote antes que ele acertasse sua esposa com as agulhas venenosas, queimando-o por completo e deixando somente suas cinzas.

- Maldito!

- Sasuke? - depois de salvar as crianças, Sakura foi até o marido.

- Você... está bem? - ele ainda estava se recuperando da adrenalina.

- Sim, todos estamos.

- Sakura… - sem conseguir evitar, Sasuke abraçou a esposa com força. - Por favor, nunca mais me assuste assim.

- Sasuke… - ela retribuiu o abraço. - Eu estou bem, querido. O bebê também está.

- Jamais me perdoaria se algo acontecesse a vocês - passando a mão na barriga dela, ele engoliu em seco. - Eu não suportaria…

- Meu amor, está tudo bem - Sakura o beijou tranquilamente.

- Eu amo você, Sakura!

Os olhos da mulher de cabelos rosados ficaram cheio de água e um sorriso de felicidade se formou em sua face.

Demorara, mas finalmente Sasuke Uchiha confessara o seu amor abertamente.

 


Notas Finais


Espero de coração que estejam gostando, pois eu estou amando escrever essa fic.
Volto logo...
Beijos da Nessye.


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