História O amor sempre retorna - 2 temporada. - Eu prometo...

Pov Lauren.


Entro naquele hospital como um foguete...

- Doutora Jauregui?!. Alice a mulher da recepção exclama assustada, provavelmente por ver o estado que me encontrava. Vou até o balcão, minhas mãos tremia, meu coração pulava enlouquecido em meu peito.

- Onde está minha noiva Alice?!. Pergunto em meio a lágrimas, Taylor chega ao meu lado falando o nome de Dianna para Alice que arregala os olhos espantada por perceber a gravidade da situação.

- O meu Deus! Espere um pouco Dra. Jauregui vou chamar o médico responsável. Diz e eu não posso acreditar.

- Você está louca? Onde ela está! Eu sou médica eu posso ajudar ela!. Grito alterada.
- Quer saber, foda-se eu mesma vou achar!. Falo e vou à passos rápidos pelo corredor que dava para as salas de cirurgia, mais antes que eu pudesse entrar em alguma delas, minha irmã me segura pelo braço me impedindo.
- O que você está... Me interrompe, e me puxa para a recepção do hospital.

- Você não quer ajudar sua noiva? Então fique quieta aí! Você entrando naquela sala agora só vai piorar a situação dela, se acalme, olha o jeito que está!. Diz me fazendo assentir triste.

- Ma-mais eu preciso vê-la Tay, eu não posso deixa-la ir... Sussurro e meu choro se intensifica.

- Vai ficar tudo bem Laur... Diz acariciando meus cabelos, ficamos mais um tempo na recepção até ouvir meu celular tocar, vejo no visor o nome de Verônica "OMG JESSY"

****** LIGAÇÃO ON ******

- VERÔNICA COMO ELA ESTA?!. nem deixo ela falar e já pergunto como está a minha menina.
- Se acalma, ela sofreu alguns ferimentos de gravidade média mais vai ficar bem, como está Dianna?. Diz fazendo meu peito se aliviar.
"Minha menina está bem, obrigada meu Deus!" Deixo mais lágrimas caírem, de felicidade e de angústia por não saber do estado de Dianna ainda.
- Mana?! Não chora por favor... eu queria tanto estar aí com você, mais não posso... Fala magoada.
- Tu-tudo bem mana, eu tô com a Tay... e sobre a Dih eu não sei, não me deixaram entrar na sala de cirurgia, ela vai ficar bem né Vero?. Pergunto em meio à soluços, como se a minha irmã soubesse a resposta.
- Calma meu amor, vai dar tudo certo, já já o médico responsável vai te dar informações, você sabe como é o procedimento, fica calma... Dianna precisa que ocorra tudo bem na sala, sem interrupções... Me explica me fazendo assentir triste.
- Ok mana, quando eu tiver noticias aqui eu corro para ver Jessy, vou poder passar a noite?. Pergunto anciosa, quero ficar com minha menina.
- Vai não se preocupe, qualquer coisa eu dou um jeito aqui. Fala me deixando mais aliviada, jamais vou deixar minha filha largada sozinha no hospital.
- Obrigada mana te amo.
- Não precisa agradecer, também te amo, e vê se come alguma coisa antes de vir, se não nada feito. Diz me arrancando uma leve risada.
- Mandona!. Bufo e esculto a risada divertida de minha irmã do outro lado da linha.
- Tenho que ir ver Jessy, fica bem, tchau!.
- Cuida do meu anjinho Vero!. Disse preocupada.
- Nosso anjinho, deixa comigo... Beijo Mana.
- Beijo!. Digo desligando o celular um pouco mais calma agora.

****** LIGAÇÃO OFF ******

- E aí! Como a pequena está?. Taylor pergunta, seus olhos cheios de angústia, mordia o lábio inferior freneticamente.

- Ela sofreu algumas lesões mais está bem. Digo com um sorriso fraco e minha irmã me abraça sorrindo.

- Graças à Deus!. Exclama e faz o sinal da cruz aliviada.

- Está demorando muito Taylor! Eu preciso de informações pelo amor de Deus!. Disse extremamente aflita, meu coração diminuindo a cada minuto que passava.

- Calma! o Doutor já vai vim aqui, senta!. Diz me fazendo sentar na poltrona que tinha ali ao lado.

Passaram-se décadas "Só pode" até que vejo o Dr. Williams, que era responsável pelo plantão de hoje.
Como sei? Sei porque quando eu não estou de plantão, ele que fica em meu lugar.

- Dra. Jauregui... Ele direciona a seu olhar para o meu me cumprimentando com um leve aceno de cabeça.

- Como minha noiva está Williams?. Pergunto afobada, vejo ele fazer uma cara nada boa.

- O estado dela é gravíssimo, sinto muito, temos que rezar muito... Diz e começo a chorar descontroladamente.

Ele e minha irmã tentava me acalmar inutilmente, o doutor me explicou tudo o que aconteceu com Dianna... um carro desgovernado entrou na pista contrária e atingiu em cheio o carro de Dianna, ela sofreu várias fraturas e teve muitas hemorragias, perdeu muito sangue e precisou fazer uma cirurgia de risco, seu estado era muito grave e precisava de muitos cuidados, sua febre não abaixava, o que agravava mais ainda a sua situação.

- Eu preciso vê-la Doutor... Falo e vejo ele mover a cabeça negativamente.

- Não será possível, a paciente está dormindo no momento, está muito debilitada... vamos deixar até uma enfermeira de plantão em seu quarto, caso aconteça algum imprevisto. Fala e eu assenti triste.

- Tudo bem, amanhã posso vê-la?. Pergunto fazendo o médico assentir.
- Ok amanhã de manhã eu volto então, cuida bem dela Doutor, por favor... Disse tristonha.

- Faremos o que for preciso Dra. Jauregui, tenha uma boa noite. Fala e se retira em seguida, olho para Tay que abre o seus braços para mim, me aconcho neles enquanto minha irmã afagava meus cabelos.

- Vai ficar tudo bem Laur, você tem que ser forte. Fala e eu fungo triste.

- Eu estou com tanto medo de perde-lá Taylor... Sussurro e volto a chorar.

- Ei calma, não chora meu amor... temos que confiar em Deus e nos médicos. Diz me fazendo assentir tristonha. Me solto de seus braços e à olho cabisbaixa.

- Preciso ir ver minha filha, você vem?. Pergunto e ela assenti com um sorriso.

- Claro, quero ver a minha sobrinha linda.

Fomos caminhando para fora do hospital até que vejo Ally correndo em minha direção com Troy ao seu lado. Ela me abraça apertado e sussurrava em meu ouvido palavras que estavam me deixando pouco mais calma.

Era incrível como Allyson conseguia fazer isso comigo, era como se a gente tivesse uma conexão, não sei, mais só de estar em seus braços ouvindo a suas palavras reconfortantes eu já me sentia noventa por cento melhor.

- Você me ouviu? Você tem que ser forte Laur, e eu vou estar aqui com você te ajudando, em tudo que você precisar meu amor. Fala enxugando minhas lágrimas, à abraço novamente e sussurro em seu ouvido um "Eu te amo baixinha" sentindo um sorriso de minha amiga se formar na pele de meu ombro.

- Eu também te amo Laur. Diz com um sorriso lindo nos lábios, acaricia minha bochecha com o polegar e depois de segundos, vai cumprimentar minha irmã... Aproveito a oportunidade e vou cumprimentar Troy, o parabenizando pelo bebê.

- Parabéns Troy! Desculpa pela situação, mais é que você estava viajando...

- Tudo bem Lauren... e obrigado!. Diz com um sorriso enorme no rosto, sorrio fraco de volta e o abraço, sendo retribuído pelo mesmo.

Resolvemos ir todos ao hospital infantil ver Jessy, Ally não saia do meu lado em nenhum momento, o que me deixava extremamente mais calma...

- Como ela está mana?. Pergunto ao entrar na sala de minha irmã, a mesma se levanta da cadeira e vem em minha direção me abraçando, indo cumprimentar os demais presentes na sala em seguida.

-... ela está bem, sofreu algumas fraturas, está com o ombro e a mão direita quebrada... teve uma batida na cabeça mais aparentemente não sofreu nenhuma lesão grave, temos que esperar os exames que saem amanhã de manhã. Fala e meu peito se comprime por saber que minha menina está machucada. Não podendo segurar mais deixo as lágrimas caírem, sendo amparada por Verônica.

- Ela vai ficar bem mana, eu vou cuidar dela, não se preocupe... Quer vê-la?. Pergunta com um sorriso leve nos lábios, me fazendo assentir levemente.

Fomos andando por aqueles corredores enormes, como podem achar que essa cor excessivamente branca acalma alguém? Tudo aqui é BRANCO isso irrita não acalma.

Enfim... entramos no quarto que estava com o número 12 pendurado no lado superior da porta e pôde ver minha menina... Ela estava dormindo, parecia um anjinho, tinha vários arranhões pelo seu rosto e braços, sinto meus olhos arderem pela cena presenciada, vou ao seu encontro pegando na sua pequena mãozinha... a esquerda, pois a direita estava com um gesso na cor rosa claro.

- Coloquei essa cor porque sei que ela gosta de rosa. Ouço a minha irmã dizer, olho para a mesma com um sorriso de agradecimento.

- Ela vai amar quando ver... Sussurro e me inclino beijando sua testinha, que estava um pouco ralada.

- Vai ficar tudo bem meu amorzinho, mamãe está aqui agora, nada vai te acontecer. Disse para Jessy que dormia tranquilamente, provavelmente pelos remédios que Vero à medicou.

- Ela está dormindo já faz um tempo, ela acordou muito alterada devido o acidente então tivemos que fazer o processo de sedação para que ela se acalmasse. Fala e eu arregalo os olhos.
- Calma não se assuste, foi uma dosagem pequena, ela estava sentindo muita dor e tivemos que médica-lá. Disse me fazendo assentir aliviada.

- Tudo bem, obrigada mana. Digo com um sorriso de agradecimento.

- Você vai dormir hoje aqui?. Pergunta e eu confirmo com um movimento com a cabeça.

- Ok, os demais tem que ir embora então, desculpem, é o procedimento do hospital... Fala olhando para Taylor, Ally e Troy.

- Nossa! Expulsa mesmo sua vadia!. Taylor fala debochada arrancando uma gargalhada de todos.

Depois do pessoal ir embora fiquei no quarto com Jessy, tentei dormir mais não conseguia pregar os olhos, estava preocupada com Dianna, queria vê-la, saber se estava tudo bem com minha noiva...

Acordo com alguém me chacoalhando...

- Mana! Mana! Acorda! Você precisa ir embora. Ouço a voz de Verônica e resmungo um "vai embora" e viro para o outro lado da poltrona voltando dormir. ("pqp parece uma pedra") escuto Vero resmungar e me balançar com mais força.

- Me deixa Vero!. Exclamei irritada, minha irmã bufa da mesma forma e fala.

- Você tem que ir embora sua tapada!. Diz e eu à olho, abrindo meus olhos lentamente, afim de me acostumar com a claridade que entrava pela janela.

- Eu não vou sair daqui enquanto a Jess não acordar, vai embora quero voltar a dormir... Disse e minha irmã revira os olhos impaciente.

- Dianna está chamando por você. Fala e sinto meu coração errar a batida.

- Tô indo! Depois volto, cuida dela!. Me levanto rapidamente, pegando minha bolsa e correndo para a porta do quarto, volto correndo e beijo a cabeça de minha menina, sussurrando perto de seu ouvido.

- Mamãe já volta meu anjinho, titia Vero vai cuidar de você, te amo. Falo e beijo a bochecha de Jessy que estava um pouco mais corada que ontem.
"Graças a Deus" abraço minha irmã e vou para o outro hospital ver a minha Dih.

O trânsito essa manhã estava insuportável, meu humor foi literalmente afetado por isso. Depois que se passaram anos naquelas ruas, cheguei ao meu destino, desço do carro o travando em seguida.

Caminhei até a recepção visivelmente apreensiva, Beatriz e Alice quando me viram arregalaram os olhos e Alice ligou para o ramal do Dr. Williams.

Minutos depois vejo ele chegando, me comprimenta e diz que Dianna acordou à minha procura, disse também que o estado dela se agravou, pois pegou uma infecção generalizada.

- Qualquer coisa é só chamar... Tente fazer com que ela não se altere muito, ela está fraca e não pode sofrer emoções. Diz me fazendo assentir triste.
Entro no quarto e sinto meu coração se apertar, Dianna estava com várias escoriações pelo corpo e tinha uma faixa enrolada na cabeça...

- Oi meu amor... Disse me aproximando da cama, Dianna assim que percebeu minha presença alterou seus batimentos cardíacos consideravelmente... Ela não conseguia se mover, então fiquei bem ao seu lado, pegando na sua mão que também não tinha nenhum sinal que poderia se movimentar.

- Laur... Fala em um sussurro, me aproximo mais e tento impedi-lá.

- Não se esforce meu amor, você precisa descansar, eu estou aqui com você, vai ficar tudo bem. Digo acariciando sua bochecha pálida. Vejo os olhos de Dianna marejados, ela queria dizer alguma coisa, mais estava muito fraca.

- Jess... Sussurra mais uma vez e eu sorrio para ela.

- Ela está bem amor, Verônica está cuidando dela... ontem eu dormi lá com a nossa menina. Disse e ouço as batidas do coração de Dianna se alterarem novamente.

- Mor... Cui...cuida da mi... minha menininha... Fala com dificuldade e eu assenti, preciso ser forte, não posso chorar na frente dela.

- Nós duas vamos cuidar dela amor, você vai ficar boa logo e vamos retornar à nossas vidas novamente, como é para ser... agora descanse, você precisa dormir. Disse à cobrindo mais, essa manhã estava um pouco mais fria que o normal... Olho para aqueles olhos verdes brilhantes tomados pelas lágrimas.
- Não chora meu amor, vai ficar tudo bem.

- E.. eu te a-amo Lau... pro...mete que va-vai lu.. lutar por Jes... Pergunta, sua voz cada vez mais baixa e fraca, eu deixo uma lágrima cair de meus olhos, ela não pode me deixar.

- Não faz isso Dianna, pelo amor de Deus, você tem que ser forte, por favor amor eu te amo não me deixa... Nós duas precisamos de você... Disse desesperada, vou até sua boca e deixo meus lábios tocarem os seus levemente, em um selinho calmo... vejo Dianna tremer os lábios e mais lágrimas caírem de seus lindos olhos.

- Pro.. me.. ta... Diz e eu assenti freneticamente.

- Eu prometo amor, eu vou lutar com todas as minhas forças por Jessy, eu não vou deixar nada e nem ninguém nos separar... Eu prometo Dih...Agora você tem que descansar, vou chamar o doutor. Falo e lhe beijo a cabeça delicadamente.

- Estarei aqui fora, eu te amo, descansa tudo bem, depois eu volto. Digo e saiu do quarto, afim de chamar o doutor.


CINCO DIAS DEPOIS...


Segunda feira, quatro dias após o acidente Dianna se foi... Os médicos tentaram todos os procedimentos possíveis mais nada foi o suficiente para reverter o estado crítico que ela se encontrava. Durante esses dias eu fiquei praticamente vinte quatro horas no hospital, quando não estava trabalhando estava no quarto dela, e quando estava trabalhando sempre arrumava um jeito de vê-la...

Depois daquele dia que à vi pela primeira vez depois do acidente, seu estado piorou drasticamente e teve que ser estubada... Depois disso não consegui mais me comunicar com ela, mais mesmo assim não sai de seu lado em nenhum momento, sabia do seu estado crítico e instável e queria ficar ao seu lado o máximo possível.

O caso de sua morte foi devido uma infecção forte que acabou se espalhando pelo seus órgãos.

Estava destruída, em meu peito estava uma dor de um punhal, que a cada "meus pêsames" parecia rasgar e me dilacerar cada vez mais...