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História The guardian angel (fallen) of the Dark Lord - Nurmengard


Escrita por: VioletPeverell

Notas do Autor


Desde que assisti ao filme me pergunto se Credence Barebone é ou não Corvus Lestrange, um Dumbledore ou quem mais J.K. Rowling pode criar no cânon. A curiosidade está me matando.

Capítulo 7 - Nurmengard


Fanfic / Fanfiction The guardian angel (fallen) of the Dark Lord - Nurmengard

 

 Nurmengard fora uma fortaleza impressionante quando a visitara em busca de informações da Elder Wand, em março de 1998, ainda que abandonada há mais de cinquenta anos. 

 Mas vê-la agora, jovem e viva, imponente e impressionante no alto dos alpes austríacos... era completamente diferente. 

 Por um instante, uma pontada de um sentimento desconhecido; um misto de excitação e alegria, uma fração de emoções há muito perdidas, semelhante à que sentira ao vislumbrar Hogwarts pela primeira vez, durante a travessia de barco dos primeiranistas. 

 As enfermarias eram tão poderosas quanto e Tom foi imediatamente inundado por sua presença. 

 Os outros haviam partido na frente, tendo aparatado e tomado chaves de portal distintas por precaução. 

 Agora, ele se materializaram no limite dos terrenos da propriedade, no alto das montanhas ao lado de Grindelwald. 

 O ar fresco atingiu seus pulmões e Tom respirou profundamente, enquanto via o vento sacudir suas roupas e brincar com os fios curtos e dourados do cabelo do outro homem, arruinando seu penteado e dando-lhe um ar displicente.

 Eles subiram em silêncio, Grindelwald imerso em pensamentos e Tom ocupado demais absorvendo cada detalhe dos arredores. A altitude, os jardins, o castelo, as múltiplas camadas de magia que os cercavam e protegiam. 

 Quando alcançaram seu interior, Grindelwald lhe apontou todos os cômodos úteis que deveria conhecer enquanto passavam, cumprimentando seus seguidores pelo caminho, que demonstravam respeito ao seu líder e curiosidade em relação a Tom. 

 - Doppel? - um doméstico se materializou com um estalido.  - Por favor, acompanhe o senhor Slytherin até os aposentos disponíveis e providencie o que ele precisar para o qual escolher. 

 - Sim, mestre, Doppel vai ajudar! Venha, senhor Slytherin. 

 - Bem-vindo. Se precisar de algo, vá ao meu escritório ou peça a Doppel. Vou deixá-lo descansar. 

 Com isso, eles seguiram por sentidos opostos no corredor. 

 Tom escolheu o quarto mais próximo, convenientemente ao lado dos aposentos de Grindelwald. O pequeno elfo pareceu surpreso, mas não discutiu. Aparentemente, aqueles aposentos estavam sempre vagos, Grindelwald não costumava permiti-los a ninguém. 

 Mas então, ele nunca mencionara em qual das alas do castelo Tom deveria ficar, como instruía aos outros e agora, os dois eram os únicos ocupantes daquela ala. 

 - Senhor Slytherin como o fundador de Hogwarts? - indagou o elfo com sua vozinha esganiçada.

 Voldemort ergueu a sobrancelha e o fuzilou com o olhar, elfos domésticos não faziam conversa fiada ou questionavam, apenas se curvavam aos comandos. 

 - Sim.

 - Impressionante, senhor. É um ofidioglota como as histórias contam?

 Tom o estudou agora com cautela, tal questão dita tão abertamente o pegou desprevenido. Ofidioglossia não era bem vista por ninguém, um talento raro comumente ligado às artes das trevas. É claro, no que dizia respeito a habilidade em si, sua classificação e preconceito eram tolos e infundados. Mas ainda assim, o tema deixava muitos desconfortáveis. 

 - Sim. 

 - É interessante. - ele respondeu alegremente, enquanto finalizava suas funções ao arrumar a larga cama de casal, não parecendo preocupado.

 - Isso não o incomoda? - fora Gellert quem o instruira a questiona-lo? Não fazia muito sentido, o homem poderia lhe perguntar diretamente quando quisesse. 

 - Não, senhor. Muitos em Nurmengard tem talentos diferentes. Temos magos de todos os lugares por aqui. Agora, com o senhor, a senhorita Goldstein e o senhor Barabone, está melhor. 

 - Melhor? - era isso? Grindelwald estava formando seu próprio Circus Arcanus aqui?

 - Mestre Grindelwald vê o futuro. É um dom muito difícil e complicado. Senhor Slytherin fala com cobras, senhor Barebone tem um obscurus e a senhorita Goldstein lê mentes sem querer, talentos raros, que muitos não enxergam com bons olhos. É ruim, mas fica mais fácil quando pode ser compartilhado com outros. 

 Este pequeno elfo tinha uma mente extraordinariamente aberta e uma boca grande, não parecia nutrir quaisquer receios por “dons” que fariam muitos outros se contorcerem. 

 Interessante, Tom nunca perdera seu tempo conversando com tais criaturas antes, mas este parecia dizer coisas que faziam um mínimo de sentido. 

 - Onde é o escritório de Grindelwald?

 

 

 Por sorte, desde que recebera o bilhete de Grindelwald em Paris, Tom já havia feito as malas com o auxílio de um bem colocado encanto de expansão, que lhe permitira carregar todos os seus pertences em seus bolsos. 

 Então, apenas os retirou e organizou no novo quarto antes de rumar para um longo e relaxante banho quente.

 Quando o elfo lhe trouxe o jantar tardio, aproveitou para perguntar sobre uma possível biblioteca e, tendo recebido as coordenadas, saiu em busca de um bom livro para ler. 

 Era fácil se perder em Nurmengard, mas Tom tinha ótima memória e senso de direção e conseguiu chegar sem muitos problemas ao local pretendido. 

 Já era madrugada e as luzes estavam apagadas, mergulhando boa parte do caminho na escuridão, com exceção de algumas velas flutuando ao longo dos corredores. 

 Na biblioteca, teve a bela surpresa ao ver que era enorme e bem abastecida. Pelo menos metade dos títulos estava em alemão e agradeceu mentalmente por ter adquirido fluência no idioma há décadas atrás, quando passou quase um ano na Suíça com seus Cavaleiros de Walpurgis e se interessou o suficiente para continuar estudando. 

 Poucas coisas o acalmavam quanto estar cercado de livros. 

 Um volume lhe chamou a atenção entre tantos outros: ‘Estudo sobre os conceitos e fundamentos dos primórdios da transfiguração moderna.’

 Era um exemplar raro e, na década de 50, impossível de se achar. Apenas quarenta exemplares foram impressos antes de serem proibidos, já que muitos dos textos foram retirados de experiências antigas duvidosas que envolviam, além de transfiguração, uma dose saudável de prática de artes das trevas. Pelo que ouvira, era necessário uma base teórica razoável de artes das trevas e conhecimento elevado de transfiguração para uma compreensão total do texto. 

 O exemplar era antigo e datava de 1853, um verdadeiro tesouro bem conservado na opinião de Tom. 

 - Escolha interessante. - murmurou uma voz atrás de si.

 Voldemort se virou para se deparar com Grindelwald, que percorria a estante com o olhar até retirar um dos livros. 

 - Isso é uma obra realmente rara.

 - De fato. Já a leu?

 - Não. É rara agora, em alguns anos, será impossível de ser encontrada. 

 - Deveria ter conseguido outra apenas para leiloar em algumas décadas.

 - Teria sido um investimento lucrativo. 

 O homem sorriu e desapareceu entre as estantes. 

 Tom prosseguiu sem pressa, a obra escolhida segura em suas mãos, mas curioso sobre o que mais poderia encontrar ali. 

 Não se desapontou, especialmente no quesito artes das trevas. 

 E não ficou surpreso ao encontrar Grindelwald em uma das poltronas, um livro grosso no colo quando se sentou a sua direita, com seu próprio livro. 

 O que o surpreendeu foram os óculos... ficavam bem nele. 

 Voldemort rapidamente se desligou de tudo a seu redor e mergulhou no livro, facilmente perdendo a noção do tempo. Grindelwald era um bom companheiro de biblioteca, imerso em sua própria leitura, não fazia interrupções ou tentava lhe chamar a atenção a todo custo como muitos outros fizeram no passado, na verdade, ele parecia se esquecer de Tom e focar em seu livro, totalmente concentrado com a mesma facilidade com que Tom ignorava o mundo quando se dedicava a algo interessante. 

 Apenas muito tempo depois ele ouviu um ruído que o fez arrancar os olhos das páginas. 

 Grindelwald fechou os olhos e estalou o pescoço, provavelmente rígido por um longo período na mesma posição e esticou os braços, alongando, antes de se levantar.

 - Pode levar os livros para seu quarto, se quiser. - ele conteve um bocejo. - Boa noite.

 - Boa noite. 

 

 

 Uma hora depois, Voldemort realmente seguiu o conselho e decidiu ir para o conforto de seus novos aposentos.

 

 Após um banho, Riddle se barbeou, vestiu e saiu, segundo Doppel, o café-da-manhã costumava ser servido às 8:00, o almoço as 13:00 e o jantar a partir das 19:00, embora pular as refeições em grupo não fosse um crime, Tom achou melhor comparecer. 

 Ele ouviu a porta ao lado se fechar e Grindelwald parou quando o viu, levando um momento para absorver a informação de que Riddle se apossara dos aposentos vizinhos. 

 Ele apenas franziu o cenho. 

 - Bom dia. 

 - Bom dia. - murmurou com voz rouca. 

 Sem mais comentários, os dois seguiram juntos para a sala de jantar. 

 Na mesa, Tom ficou indeciso sobre qual cadeira ocupar e Grindelwald, após um olhar especulativo, lhe indicou a posição a sua esquerda. Minutos depois, os assentos vagos foram preenchidos. 

 Enquanto todos eram servidos, o anfitrião pigarreou, chamando a atenção. 

 - Como notaram, temos três novos hóspedes. Eles estarão conosco pelo tempo que desejarem e devem ser tratados como membros do movimento, assim como vocês. - ele gesticulou do mais próximo ao mais distante dos três. - Thomas Slytherin, Queenie Goldstein e Credence Barebone. 

 Os olhares curiosos sobre Tom aumentaram e os outros murmuraram boas-vindas aos recém-chegados. Goldstein sorria timidamente e o garoto, Credence, se encolheu com a atenção, parecendo desejar estar em qualquer outro lugar que não no foco de tantos desconhecidos. 

 - Vamos lá. - incentivou Grindelwald. - Apresentem-se. 

 Seus seguidores se apresentaram um a um e lhes desejaram novamente boas-vindas ao grupo e a  Nurmengard e, após isso, o café-da-manhã transcorreu sem nenhum incidente. Todos rapidamente envoltos em pequenas conversas. 

 Grindelwald tinha o respeito daqueles que o seguiam, mas não os aterrorizava como Voldemort, ao contrário, dialogava tranquilamente com eles, até rindo levemente. Especialmente com Vinda Rosier, que parecia gozar de sua confiança. Pelo que se recordava dos julgamentos ao final de 1945, ela fora um de seus combatentes mais leais. 

 Claramente devotada à revolução e, se o brilho em seus olhos e seu comportamento não o enganavam, também ao próprio Grindelwald. 

 Tom sufocou um riso divertido com a ideia de ela ser uma versão anterior de Bella. É claro, uma versão que não era completamente insana. Bellatrix se comportara de forma semelhante antes de seu período em Azkaban, quando os anos cercada por dementadores levaram mais do que sua saúde ou beleza, mas também sua capacidade de raciocínio e equilíbrio. 

 Se lembrou de King’s Cross, no breve momento em que a viu; ela parecia tão deslumbrante e vívida quanto nos primeiros anos a seu lado, muito antes de seu martírio com os irmãos Lestrange na prisão européia. 

 - ... Hogwarts? 

 Tom piscou, voltando à realidade com muitos olhares curiosos sobre si. Claramente, ele havia perdido uma pergunta. Se endireitou, preparando-se para solicitar que fosse repetida, mas Grindelwald foi mais rápido. 

 - Thomas estudou em Durmstrang, comigo. 

 - Oh. 

 - Nunca o mencionou antes, Gellert. - Rosier comentou. 

 - Porque ainda não era o momento. Seguimos caminhos separados por alguns anos, nada mais. 

 - Eu tinha outros interesses. - Voldemort entrou rapidamente na conversa.

 - Tais como? - Rosier indagou, sob a expressão contrariada de seu líder.

 - Pesquisa. - deu de ombros. - Passei muitos anos viajando em prol de pesquisas acadêmicas após concluir a escola. Comecei a me interessar pelos ideais de Gellert após constatar pessoalmente as dificuldades que nosso povo tem enfrentado ao redor do mundo. - se Grindelwald iria chamá-lo de Thomas, então ele tinha o mesmo direito. 

 - Desculpe-me, mas... - um rapaz de não mais do que 20 anos, com forte sotaque francês perguntou, parecendo muito mais intrigado do que desconfiado. - Sr. Slytherin, como descendente de um dos fundadores de uma das melhores escolas de magia... por que não se formou lá? - Tom o contemplou, proficiente em detectar mentiras e segundas intenções, mas o rapaz estava realmente apenas confuso e curioso. 

 - Minha família tem um certo histórico de... tolerância e incentivo à experimentação de vários ramos da magia, artes das trevas sendo o principal deles. - Ele bebeu um gole da xícara. - A grade disciplinar de Hogwarts, diferente de Durmstrang não cobre tais áreas. E no Reino Unido tais interesses não são bem vistos. De todo modo, das poucas ramificações de nossa linha, não há nenhuma forma de ... - ele procurou pela palavra correta. - lealdade para com a escola, uma vez que Salazar foi forçado a deixá-la. 

 - Existem outros descendentes? 

 Ele ponderou sobre isso com muito cuidado. 

 - Da linha original, apenas eu. Há rumores de uma das ramificações ter sobrevivido, no entanto, pelo que sei, não passará da próxima geração. 

 - Por que? - o garoto era curioso. Se fosse um dos seus seguidores no passado, tantas perguntas teriam resultado em uma eliminação precoce. Mas aqui ele não poderia mais ser Lord Voldemort. 

 - Vários fatores, não muito diferentes do que todas as famílias puros-sangue enfrentam. Após os primeiros séculos, as linhas descendentes de Slytherin, que eram poucas, optaram por unir-se em matrimônio apenas entre si, como forma de manter o status e os supostos segredos e talentos, isso gerou os problemas já especulados entre os casamentos entre parentes próximos, como esterilidade e em alguns casos, tendências à desenvolvimento de problemas mentais. - Tom encolheu os ombros, recordando o único encontro com seu tio, Morfin. - Sou o último descendente direto. Sei que restaram outros dois de uma destas famílias, mas um já está em idade avançada e o outro sofre de sérios problemas. Além de terem sido despojados de sua riqueza pelos excessos e apostas ruins de seus antepassados. - ele franziu o cenho, pensativo. - Não tenho muito conhecimento sobre possíveis descendentes de Huffle-Puff ou Ravenclaw, mas Godric Gryffindor tem vários, as famílias Potter e Prewett, por exemplo... além dos Dumbledore. - acrescentou com cuidado. 

 - Dumbledore? - Um outro seguidor os interrompeu.

 - É o que dizem, fiz algumas pesquisas há muitos anos atrás, a cargo de curiosidade. De todo modo, aparentemente quanto mais se tenta manter o círculo fechado, mais facilmente estes se extinguem. Manter a pureza de sangue me tornou o último herdeiro. Já os descendentes de Gryffindor podem ser encontrados mais facilmente e mesmo com uma política matrimonial menos rígida, quase todos são puros-sangue. 

 Sua tentativa deu certo e logo as atenções dos outros ocupantes da mesa se voltou para conversas e especulações sobre Dumbledore e as outras famílias britânicas. Mas é claro que alguém tinha que trazer o assunto de volta...

 - Gellert não mantém contato com seus ex-colegas de Durmstrang, acho que o senhor Slytherin é a única e feliz exceção. - Rosier comentou com falsa inocência. - É estranho que nunca tenhamos ouvido nada à respeito. 

 De fato, parecida com Bella e sua possessividade. Sempre questionando a lealdade de seus outros comensais e tentando chamar sua atenção. 

 - Isto porque não mantivemos contato até recentemente. 

 - Até que sentisse despertar um interesse súbito na revolução? - perguntou no mesmo tom, o que estava irritando Riddle. 

 - Eu já respondi a como e onde surgiram meus interesses na revolução, senhorita Rosier. Não pretendo me repetir. - sua voz automaticamente entrou na entonação suave que a caracterizava-o  em seu modo mais perigoso e o satisfez que todos se silenciassem, gerando repentina tensão no recinto. 

 - Eu apenas estou curiosa... como membro antigo do movimento, temo por quaisquer problemas em nossas fileiras...

 Tom abriu a boca para responder, sua paciência caminhando rapidamente para seu fim, quando o outro lorde das trevas finalmente decidiu intervir. 

 - Eu agradeço suas boas intenções, Vinda. Sempre tão comprometida, mas a decisão de quem é ou não digno de se juntar a nós cabe apenas a mim. - assim como com Voldemort, a voz de Grindelwald era suave, mas o aço brilhava por trás de seus olhos, numa clara advertência. - O senhor Slytherin já provou seu comprometimento e também seu talento quando, juntamente com Abernathy e outro dos nossos, me ajudou a sobreviver e a escapar com segurança de Nova York. Inclusive assumindo por algum tempo a identidade de um dos interrogadores. - ele percorreu os presentes com o olhar gelado antes de voltá-lo para a dama a sua direita. - Tais riscos não são o suficiente? Sua coragem e esforços não são dignos de nota, mas de desconfiança? 

 Rosier pareceu subitamente constrangida antes de murmurar um pedido de desculpas. 

 - Adorável Vinda, tão dedicada, me faz feliz tê-la conosco. Mas não é a mim que deve desculpas. 

 Escondendo seu desconforto, ela inclinou a cabeça em direção a Tom antes de se desculpar formalmente. 

 - Então, senhor Slytherin... - Abernathy quebrou o silêncio tenso. - Era o senhor por trás do disfarce do auror Carter? 

 - Sim. 

 - Durante a fuga... - Os olhares se voltaram ao antigo membro da Macusa. - Nunca vi tantos aurores de elite sendo tão facilmente abatidos em pleno ar, foi incrível. 

 As perguntas à respeito de detalhes do episódio começaram e logo todos estavam animadamente conversando outra vez. 

 - De fato, foi incrível. - Grindelwald murmurou divertido. 

 - Não tão incrível, no entanto, quanto Seraphina Picquery cair três vezes seguidas no mesmo truque. - Tom cantarolou.

 Quando Grindelwald riu, seus seguidores o acompanharam. 

 

 

 

 Tom estava aguardando no corredor, ele queria conversar com Grindelwald à respeito do voto. Na verdade, ele não queria, mas a possibilidade do outro ter esquecido era inexistente e, como tal, seria melhor para ele que não aparentasse estar tentando ganhar tempo na esperança de escapar. 

 No momento, Grindelwald estava dentro da sala a sua frente com Barebone. 

 A conversa estava durando mais tempo do que o previsto e ser deixado aguardando ao lado de fora não era algo ao qual estava acostumado. Não que o outro soubesse que ele estava ali. 

 Tom bateu levemente na porta com os nós dos dedos, mas não obteve resposta. Ponderou vagamente e a abriu. 

 Era uma ante sala, na qual Grindelwald e Goldstein estavam presentes, seus olhares atentos ao que estava atrás da porta seguinte, mas não o suficiente para que o lorde das trevas não notasse sua presença. 

 Ele o olhou brevemente, aparentando seriedade. 

 - Feche a porta. - murmurou, sua atenção se voltando para Queenie, que olhou de um para o  outro.

 - Ele ainda está dúvida. - ela sussurrou. - Incerto sobre estar aqui, sobre ter ou não tomado a decisão correta. Vai levar algum tempo. Seja muito gentil ao falar com ele.

 O loiro acenou com a cabeça, pensativo, antes de se juntar ao obscurial.

 Tom se aproximou lentamente de Goldstein, ambos observando a interação entre Grindelwald e o garoto. 

 - Há uma lenda em sua família, uma que você entenderá em breve. - o bruxo das trevas segurou o filhote de pássaro que o menino mantinha em suas mãos e o jogou ao alto e este irrompeu em chamas, surgindo delas em uma versão adulta. 

 - Uma fênix. - Riddle murmurou para si mesmo.

 Não qualquer fênix, por mais raras que fossem. Ele sabia exatamente qual pássaro lendário era aquele. Uma única pena dourada em sua longa cauda. Não havia como não reconhecer a ave que cedera o núcleo mágico de sua própria varinha. Como se por confirmação, ele sentiu a varinha em seu bolso se aquecer e fechou os dedos sobre ela. O calor morno a percorrendo antes de retornar a seu estado normal. 

 Fawkes. A fênix de Albus Dumbledore. 

 - Quem eu sou? - o menino sussurrou, desespero e esperança ardendo em seus olhos negros. 

 Grindelwald apoiou ambas as mãos em seus ombros, sustentando o olhar do rapaz.

 - Aurelius. Aurelius Dumbledore...

 Para Credence e Queenie, que talvez sequer tivessem ouvido falar naquele nome e se muito, apenas de passagem, não significava nada. Mas para Tom, foi como um golpe repentino. 

 Ele enrijeceu automaticamente. Seu cérebro trabalhando freneticamente em busca de conexões enquanto acompanhava o restante da conversa.

 Grindelwald tinha que estar mentindo. Ele nunca ouvira sobre nenhum outro Dumbledore. É claro, antes de ser enviado de volta ao passado, ele também desconhecia a existência de Aberforth e Ariana Dumbledore. No entanto, as contas simplesmente não batiam. Ele pesquisou o bastante nestes últimos meses para saber que Percival Dumbledore era filho único. Os únicos membros restantes da família eram seus três filhos. E não havia nenhum cálculo que pudesse comprovar que aquele jovem de não mais do que vinte anos, pudesse ser um deles. Era impossível, não era? 

 Entretanto, a resposta de Grindelwald, pareceu surtir efeito no obscurial. Tanto quanto o presente que lhe entregara. Uma varinha. 

 E Riddle começou a compreender o interesse do revolucionário naquele miserável rapaz, que deveria ser totalmente incapaz de realizar magia, mas que a empunhou e destruiu toda a enorme janela de vidro enviando sua magia deformada a colidir com uma das montanhas a frente. 

 Grindelwald estava virando o garoto contra o professor de Hogwarts e Tom teve a intuição de entender parte do que estava acontecendo. Aparentemente, dois podiam jogar aquele mesmo jogo. 

 Se Albus Dumbledore escolheu Newt Scamander, então Gellert Grindelwald já havia escolhido seu representante. E, um Dumbledore ou não, começava a suspeitar que Credence - ou Aurelius - tinha um papel ainda maior no todo que eram os ambiciosos planos de Grindelwald. 

 



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