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História O arqueiro mistérioso - O piano


Escrita por: TheQueenUH

Capítulo 2 - O piano


(1 semana depois…)

Eva P.O.V

Não tinha conseguido dormir depois daquele sonho, Kevin.. Havia sumido e nunca mais o viria. A noite toda fiquei acordada, pensando, do porquê dele ser assim..? Consequência minha? Sim, com certeza, mas insistia em achar outra resposta.

- Bom dia querida. - Olhou pra mim e se assustou ao ver minha cara de cadáver. - O que houve..?

- Nada, só não consegui dormir ontem a noite, sonho ruim… Desça, o café está pronto, só vou acordar o... Kevin. - Sai do quarto.

Andando sobre aquele chão de madeira, avistei a porta de seu quarto, toquei de vagar na maçaneta e a abri, Kevin ainda dormia.

- Kevin..? - Ele se virou, olhou pra mim com aquela cara de deboche, notei que seus olhos estavam caídos, me aproximo e coloco a mão na sua testa, estava com febre. - Está se sentindo bem?

-...Acho que estou gripado mamãe…- Disse com um sorriso de canto.

-… Então pode ficar em casa hoje, filhinho querido. - Sorrio forçado, saí de seu quarto e com força fechei aquela porta, desci as pressas na escada, quase perco o equilíbrio.

Minutos depois, a campainha tocou, era Helena, assim que ela entrou, a servi um pouco de café.

- Célia se adaptou a você? - Falo enquanto coloco café na xícara​.

- Sim, ela é uma pessoa muito doce e alegre, estou fazendo tudo como a senhora me pediu.

- Ótimo, hoje o Kevin irá faltar, está doente e não pode ir a escola, não se importa não é?

- Não, de maneira nenhuma, eu não vou incomoda-lo.

- Estou com medo de que seja ao contrário.- sussurro.

- Como assim?

- Ah, nada não querida.- Pego minha bolsa em cima do balcão.- Fique a vontade, estou indo.

Helena P.O.V

Assim que Célia tomou café, voltou a dormir logo depois, como não tinha nada pra fazer no momento, decidi explorar a casa, que era muito bonita, andei em um corredor até ver uma porta, uma porta diferente das outras, todas eram de cores neutras, mas esta, era apenas branca.

- "Não Helena.. Isso é falta de educação.." - Não dei ouvidos ao meu subconsciente e sim aos meus instintos, abri a porta, fiquei com a boca cemi aberta, tinha um piano, era meio que uma sala de música; Aquele piano tinha me chamado atenção. - Que lindo…

Olhei para trás pra ver se tinha alguém, aproveito a deixa e me sento no banco, estralo os dedos e começo a tocar uma canção.

Kevin P.O.V

Não conseguia dormir com aquele barulho atormentador, me levantei e desci pra acabar com o indivíduo que estaria tocado aquilo.

A porta estava aberta, era ela, Helena, a enxerida que estava tocando aquele instrumento, ri baixo.

- Se divertindo com o pianinho? - ela se assustou e logo se afastou do objeto.

- Kevin.. M-Me desculpe, eu só.. Gosto muito de pianos, mas me desculpe mesmo ter te acordado.

- Hm, não é legal fazer barulho logo pela manhã, sabia?

- Eu sei… E ja pedi desculpas. - Ela veio passando por mim, mas a puxei, ela olhou pra mim e depois seu braço que estava preso. - Me solta..

- Não volte a fazer barulho de novo..- Sussurro no seu ouvido. - Entendeu?

-…. Entendi, me solta. - A soltei, ela saiu dando passos firmes.

Narradora P.O.V

Eva estava ainda no trabalho, olhou ao relógio, 17:45, quase hora de ir embora, esperava balançando a perna sentada na cadeira; Resolveu comprar um café, ja que estava ansiosa demais, ao sair, recebeu olhares ameaçadores, como se ela houvesse acabado de sair de um presídio.

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- Parece mal. - Comentou Franklin.

-..Me olharam daquele jeito de novo..- Estava sentada na cama.

- Eu já disse, eles ainda estão presos no passado, você tem vida nova e ninguém pode te tirar isso. - Beijou sua testa.

Eva foi beber água, quando se deparou com a porta aberta, aquela que no qual ficava cômodo a dentro, o piano, chegou mais perto para ver o que se passava, Kevin estava sentado no banco, não tocava, mas emitia sons com a voz enquanto fazia os movimentos de pianista.

- "O que ele está fazendo..?". - Resolveu ignorar e pegar seu copo de água.

Helena P.O.V

Na manhã seguinte, novamente eu estava lá, falando com Eva, enquanto recebia olhares de Kevin, olhos assustadores, porém, profundos.

- Como fica a escola? O emprego não te atrapalha? - Perguntou ela.

- Não, até por que estudo a noite, então assim que deixo a Célia na escola e volto pra casa, me sobra horas pra fazer minhas tarefas. - Kevin passou por nós na cozinha e pegou uma maçã.

- Estou indo.

- Filho, se quiser eu te levo.

- Claro pai.- Sorriu.

- Tchau papai! Tchau irmão!! - Abraçou-o.

- Tá, tá. - Virou os olhos e em seguida saiu, Célia voltou para o balcão com o sorriso no rosto.

- Meu irmão é muito inteligente sabia?- olhou pra mim.

- Puxa.. Deve aprender muito com ele.- Percebi que a inocência da criança era uma dádiva, mesmo sendo rejeitada pelo irmão do jeito que vi, ela ainda continua o amando.

- Bom Helena, estou indo.- Sorri.

Eva saiu, olhei para Célia que comia alegremente seus waffles, depois, ela foi tirar uma soneca, e novamente estava lá eu, só que sozinha. Fui novamente para aquele piano, já que não tinha um certo garoto lá me interromper,  melodias comecei a produzir.

Narradora P.O.V

Kevin se distraia com seu arco e flecha no final de semana sobre a luz do sol.

- Por que não posso ir lá fora ver o treino mamãe? - Ela estava sentada na bancada da cozinha, olhando pela janela pai e filho em treinamento.

- É um exercício muito perigoso querida, não é bom ficar perto… De um iniciante..- Olhou fixo pra ele.

- Mas o Kevin sabe usar o arco, ele não machucou ninguém.

-… Um simples acidente pode ser fatal, mesmo sendo sem querer. - Disse no seu ouvido.

- Hm, tudo bem, vejo daqui mesmo…Mamãe, a Helena pode me levar para o parque em um dos finais de semana?

- Não sei querida, ela pode estar ocupada. - A menina abaixou a cabeça, desanimada. - Mas não faz mal perguntar se ela pode te levar.

- Oba! - Levantou as mãos.- Obrigada mamãe, mais tarde você liga pra ela!

- Pode deixar senhorita.

Enquanto Eva olhava o treino, Kevin percebeu sua observação, logo, fechou a cara como o tempo, avisando que uma tempestade cairá sobre a terra.

Kevin P.O.V

Já fazia um mês que ela estava aqui, todas as manhãs, no mesmo horário, nunca se atrasou ou se queixou. Célia não ia para a escola nessa tarde, então queria que a babazinha ficasse com ela. Havia chegado do colégio​, assim que me adentro, escuto vozes vindo da cozinha.

- O que quer comer? - Célia pulava pela cozinha, parecendo uma tonta.

- Qualquer coisa? - Perguntava ridiculamente feliz, Helena estava sorrindo.

- Sim, o que quiser! - Respondeu.

- Hm.. Que tal uma banana-split? Com vários confetes! - Disse pulando.

- Claro, banana-split saindo!

- Oba! - A abraçou e em seguida subiu para seu quarto.

Era como se eu fosse um fantasma pra ela, desde aquele.. Desentendimento por causa do piano, ela não olhava nem para minha sombra, não que eu precisasse de sua atenção, mas já que ela se achava tão durona, resolvi provoca-la.

- Droga..! - Escutei um *droga*, bem baixo, deixei minha mochila largada no chão mesmo, fui para perto do balcão e fiquei encostado no mesmo, a medindo de cima a baixo, esperando que ela me notasse lá, mas sem sucesso adquirido.

- A bonequinha machucou o dedinho? - Digo com um ar de deboche.

-…… - Ela nem sequer se virou, aquilo começava a me irritar, andei em passos rápidos até seu lado e fiz um barulho na geladeira, não muito alto, logo me encosto na mesma.

- Eu te fiz uma pergunta..- Falo em baixa voz.

- Sim, me cortei. - se virou e me encarou com aqueles olhos.

Ela não disse nada, apenas fiquei observando seus movimentos, de como ela limpava o sangue com a água da pia, imaginava se ela estivesse me tocando com tanta delicadeza, como ela fazia com o dedo machucado.

-…O que você quer?! - Saio dos meus pensamentos.

- Nada.

- Então por que ainda está aqui?

- Não posso te olhar..? - Sorri de canto, percebi que tinha provocado um certo nervoso, onde pude ver sua pele se avermelhar.

- N-Não, não pode, vai me desconcentrar..- Peguei de vagar sua mão machucada, e a coloquei sobre meu rosto. - O que... O que está fazendo?! - Perguntou com a testa franzida.

- ..Sentindo seu toque...- Ela rapidamente tirou sua mão do meu rosto.

-…Louco..! - Saiu dando passos firmes e pesados, permaneci no mesmo lugar, dei uma mínima risada.

Helena P.O.V

Meu coração não parava de bater rápido, o senti na minha garganta prestes a sair, fui para o banheiro e me olhei no espelho, logo em seguida, olhei para minha mão machucada.

- Louco…- Toquei na minha mão, e lembrando do que tinha acontecido. - O que foi aquilo..?

- Helena? - Escutei a porta, me assustei achado que era ele de novo, mas felizmente era Célia.

- S-Sim Célia?

- Está tudo bem? Escutei você gritando.

- Ah.. Claro, estou bem sim, e..Sua banana-split está quase pronta, quer ver?

- Sim!

Aproveitando que Célia estaria comigo, aquele louco não iria fazer nada. Descemos as escadas, olhei para os lados, pra ver se ele aparecia de surpresa, mas o indivíduo, estava sentado no sofá, como se nada houvesse acontecido, passo por ele sem olha-lo.

- Nossa, está ficando legal! - Olhava com os olhos brilhantes.

- Sim, e vai ficar melhor, irá parecer uma enorme montanha… - Percebi que ele levantou. - por que não me ajuda? Assim, posso acrescentar as coisas que pedir.

- Tá bem!



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