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História O Assistente do Senhor Kim - Twenty Five


Escrita por: sealott

Notas do Autor


Eu havia decidido escrever apenas mais um capítulo para a fic, mas fazendo isso iria demorar ainda mais para atualizar, e como gosto de manter uma média de dias entre cada att, vou postar essa parte hoje e volto com o resto daqui uns dias (eu espero!)
Não sei, definitivamente não quero dar adeus à essa fic, mas infelizmente não tem jeito... Não vou enrolar a história além do plot original;
Talvez eu demore dois dias, uma semana, ou até mesmo mais do que isso; postarei assim que puder :)
Obrigada por tudo, e espero que gostem <3

Capítulo 25 - Twenty Five


Fanfic / Fanfiction O Assistente do Senhor Kim - Twenty Five

Taehyung tinha sua cabeça deitada no peitoral de Jungkook, e estava certo de que, naquele momento, os dois pareciam um casal das séries de romance adolescente — é óbvio, ignorando o fato de serem dois homens suados e sujos de porra. 

Não era como se ligasse para algo tão trivial, mas lhe arrancava risadas pensar no quanto o que os dois tinham se assemelhava — e ao mesmo tempo não se assemelhava — à um romance fictício dos contos de fada. Jungkook parecia um príncipe — ou talvez um dos sete anões —, sempre pronto para salvar a princesa em perigo; e bom, Taehyung se assemelhava à própria princesa Branca de Neve, sempre desligada e inocente, comendo maçãs envenenadas — entende-se fazendo merda — por aí. 

 

Jungkook levou a mão aos cabelos do namorado, acariciando gentilmente os fios dourados. O rosto se arrastou levemente pelo seu peitoral, como se procurasse por uma posição mais confortável. 

Quando via aquele homem cansado abraçado ao seu corpo, mal podia acreditar que ele era o mesmo de minutos atrás. Minutos esses onde, sem pausa alguma, o fodeu digno de um prêmio. O Jeon constantemente tinha medo de transar com um homem e ser horrível — afinal, Bambam havia lhe avisado que eram remotas as chances de gostar da sua primeira vez —, mas havia sido maravilhoso e só essa afirmação em si já fazia seu coração se aquecer em agradecimento. 

Agradecimento porque, apesar dos seus desejos carnais, em momento algum Taehyung abandonou a preocupação consigo e com seu bem-estar. 

 

— Vamos tomar um banho? — Sugeriu o mais novo, ainda fazendo carinho na cabeleira loira do Kim. 

Taehyung não respondeu com palavras, apenas afastou a cabeça do peitoral do mais novo e começou a dar breves selares na região. Talvez estivesse sendo grudento demais, mas que mal tinha nisso? 

 

Levantou-se da cama, ajudando o namorado pela mão. No banheiro, Taehyung não demorou para encher a banheira e criar a espuma que Jungkook tanto gostava. 

O mais novo foi o primeiro a entrar na banheira, surpreendendo-se então ao ver o Kim sentando entre suas pernas. 

— Lava meu cabelo de novo? — perguntou o loiro. 

— Uhum. 

 

Chegava a ser uma provocação sentar naquele lugar da banheira e pedir que o namorado lavasse seus cabelos. De qualquer modo, Jungkook pegou a ducha móvel que era ligada a banheira e começou a lavar os cabelos de Taehyung. 

Estava sendo gentil no ato, mas sua cabeça abrigava lembranças pervertidas do que haviam feito mais cedo. Só conseguia pensar nas cenas do corpo moreno e suado de Taehyung abaixo de si, das mãos grandes e fortes dele agarrando sua cintura, daqueles olhos castanhos encarando-lhe o tempo todo... 

 

Mexeu a cabeça distraidamente, como se isso pudesse afastar tais pensamentos. Distanciou-se minimamente do escritor, temendo se excitar por completo contra as costas dele. 

 

Esfregou o shampoo com aroma de frutas nos fios claros, enxaguando-os em seguida. Observou os ombros largos à sua frente, não resistindo em beijar a pele morena e molhada do Kim. 

Já havia aceitado que Taehyung era irresistível, e não tentaria mais se opor à sua vontade de tocá-lo. E, pensando assim, passou ambos os braços por cima dos dele, acariciando o peitoral macio com suas mãos. Trilhou um rastro de beijos desde o ombro até a nuca do loiro, provocando uma risada no mesmo. 

— O que você 'tá fazendo, Kookie? — Frisou o apelido, levando a própria mão até a coxa de Jungkook. 

— O que você acha que eu estou fazendo? — Riu soprado contra a nuca molhada do namorado, arrepiando cada mísero fio corporal do mesmo. 

 

Desceu as mãos pela barriga lisa, alterando entre arranhões fracos com as unhas e carinhos com os dedos, estes últimos condizentes com os beijos que distribuía pelo pescoço alheio. 

Brincou com o umbigo do namorado, ouvindo então risadas gostosas vindas do mesmo. 

— Estou apenas realizando as vontades que deixei em Hong Kong... — Mordeu a orelha do mais velho, levando a mão direita até o mamilo do mesmo, apertando-o de leve. Sem demora, moveu então a canhota até o pênis semiereto do namorado. 

— Quando é que você se tornou um viciado em sexo? — Brincou, aproximando novamente seu corpo ao do mais novo. 

— Calado. — Mordeu o ombro do mais velho, que soltou um resmungo baixo. 

 

Percorreu a destra até o outro mamilo do Kim, que se encontrava durinho igual ao pau do mesmo. Riu contra a pele molhada novamente, fazendo o mais velho sentir um leve choque térmico causado pelo sopro gelado em seu corpo quente. 

— Você fica duro, e eu sou o viciado em sexo? — Taehyung ouviu a provocação e também pôde sentir o membro desperto do mais novo em suas costas, mas dessa vez — apenas dessa vez — decidiu não usar isso contra ele. 

Deitou a cabeça no ombro do mais novo, fazendo-o escutar de perto seu arfar. Podia sentir ligeiramente o corpo detrás do seu se mover, como se Jungkook não percebesse os impulsos que seu quadril fazia contra as costas alheias. 

Movia sua mão devagar, como se quisesse torturar o loiro, este que apenas suspirava alto quando tinha seus mamilos apertados com mais força ou seu pescoço mordido pelos dentes salientes de Jungkook. 

O Kim já havia desistido do seu plano de entender Jungkook há tempos. O mais novo estava tomando a iniciativa, sendo que há pouco tempo atrás sequer lhe beijava. O que tinha de incompreensível, tinha de intenso, e isso se mostrava ainda mais verdade com aqueles movimentos em seu pênis e lambidas e mordidas em sua pele. 

A mão de Jungkook criava um som baixo de impacto na água e espalhava uma pouco da espuma pelo falo rijo de Taehyung, isso enquanto sua boca trabalhava para deixar a pele morena ainda mais marcada do que já estava. 

— Mais rápido... — disse o mais velho, e teve seu pedido atendido por Jungkook. Taehyung levantou a cabeça e olhou para o que Jungkook fazia com as mãos, suspirando prolongado pelas sensações vindas daquela cena erótica. Virou seu rosto para trás, passando aquela língua atrevida pelos lábios e olhando fixamente nos olhos negros de Jungkook. — É assim? 

"É assim" o quê? — perguntou o mais novo, confuso. 

— É assim que você se toca quando está sozinho? 

Suas bochechas, essas que já se encontravam quentes por conta do tesão, acabaram ficando ainda mais vermelhas ao ouvir a pergunta do escritor, mas não iria se render tão fácil àquela provocação. 

— Vou mostrar a você como é que eu faço. 

 

Encostou seus lábios nos do namorado, iniciando um beijo lento. Deslizou a mão direita do mamilo até a pélvis do loiro, fazendo-o sorrir dentre o beijo; o Kim estava curioso sobre o que Jungkook fazia com o próprio corpo.  

Desceu a mão até os testículos de Taehyung, sentindo-o suspirar em sua boca. Voltou a beijá-lo, usando ambas as mãos para o acariciar, tentando fazer com que ele sentisse ainda mais prazer. A mão grande do Kim que estava em sua coxa agora agarrava sua pele, o pênis do mesmo pulsava em sua mão e os suspiros dele dentre os beijos se tornavam cada vez mais constantes. 

Trocou de mãos, usando a destra para masturbar mais rápido o membro do namorado e a canhota para tocar outros pontos sensíveis do corpo dele. O Kim sentia constantemente o pau duro de Jungkook roçar em suas costas, mas, mesmo que tivesse algo a comentar sobre isso, o mais novo não largava da sua boca um segundo sequer. 

Sentiu a mão dele se encaminhando de volta aos seus mamilos com voracidade, demonstrando tamanho o tesão que estava sentindo. Jungkook não percebia o que estava fazendo com seu corpo quando o esfregava no de Taehyung, pois apenas pensava no quanto queria dar prazer ao mais velho. 

Aumentou a velocidade da mão direita, levando a outra também ao pênis do Kim, acariciando a glande com as pontas dos dedos. O loiro começou a contrair a barriga, deixando claro que estava próximo do seu orgasmo. 

Jungkook deu início à movimentos ainda mais rápidos — como se isso fosse possível —, e Taehyung remexeu seu corpo inteiro dentro da banheira, fazendo uma parte da água transbordar e se espalhar pelo chão. 

O mais novo, que se encontrava todo vermelho e ofegante, ainda friccionando seu pau nas costas morenas à sua frente, usou da mão esquerda para segurar o tronco do Kim colado a si. 

Taehyung se separou do beijo e Jungkook olhou em seus olhos castanhos entreabertos, completamente desejoso. 

Não para de me beijar! — Atacou a boca do mais velho novamente, insistindo em mantê-lo naquele ósculo. 

 

Continuou a masturbar o namorado naquela mesma velocidade, utilizando do seu polegar para volta e meia acariciar a cabecinha sensível. Em alguns segundos pôde sentir o corpo do mais velho se contrair fortemente, e então o deixou afastar a boca da sua, vendo-o gemer sôfrego contra o seu rosto. 

Prosseguiu estimulando o falo ainda duro do mais velho com velocidade, tendo as mãos grandes dele tentando lhe impedir, mas sem sucesso. Encontrava-se tão cansado quanto ele, mas se esforçava para não parar. Continuou tocando a glande hipersensível, assistindo então o Kim gozar pela segunda vez. 

Continuou movendo seu corpo e então também alcançou seu orgasmo, tendo seu pau pulsando rente as costas do namorado. Revirou os olhos involuntariamente, reproduzindo mais uma vez em sua mente as cenas de Taehyung gemendo com aquela voz grave e gozando em sua mão. A porra de Jungkook se espalhou pela água morna da banheira, e então o mesmo voltou aos seus sentidos. 

 

O Kim riu, ainda com a cabeça encostada em seu ombro, trazendo-lhe curiosidade instantânea. 

— 'Tá rindo do quê? — perguntou, jogando um pouco da água com espuma na barriga do mais velho, limpando-a. 

— Não sei... Eu só não esperava que fôssemos fazer tudo isso. — Trêmulo e cansado, levantou com cuidado e tirou a ducha móvel do suporte, sentando-se de frente para Jungkook. Ligou o aparelho de metal, jorrando então a água no peitoral do mais novo. — Acho que depois disso tudo, precisamos mesmo de um banho. 

 

[...] 

 

Ambos exaustos, terminaram o banho sem pressa. Jungkook continuou com a cisma de não lavar o cabelo antes de dormir, oferecendo-se para secar os fios claros do Kim. O mais velho vestiu um roupão roxo escuro, enquanto Jungkook — ainda pelado — foi em busca do roupão que usava antes de todo aquele envolvimento com o namorado. 

Taehyung se encaminhou até o frigobar, tirando de lá uma caixa branca e rosa. Olhou para o namorado, este que estava de costas para si, amarrando o roupão de seda vermelho. Segurou a caixa com ambas as mãos, esperando o garoto de cabelos escuros se virar para si. 

 

Feliz aniversário, Kookie! 

— Huh? — Alternou seu olhar entre o sorriso quadrado do namorado e a caixa nas mãos dele. Lembrou-se então de que realmente estava de aniversário. Transar com Taehyung havia lhe tirado de órbita. — Obrigado... De onde é que você tirou isso? — perguntou, apontado para a caixa. 

— Do frigobar. 

— Mas você não tinha dito que ele estava quebrado? 

— Por que será que eu disse isso, hm? — Colocou a caixa em cima de um móvel qualquer, abrindo a mesma e tirando de dentro dela um bolo. Pegou os dois pratos pequenos e os talheres que havia escondido, não demorando para cortar o primeiro pedaço de bolo e entregá-lo à Jungkook. — Eu escolhi o de morango porque sei o quanto você gosta. 

— Escolheu bem. — Esperou o namorado cortar seu próprio pedaço do bolo, não resistindo e comendo apenas um morango que se encontrava em cima do seu. — O que acha de comermos lá fora? — Sugestionou, e o mais velho assentiu. 

 

Caminharam até a sacada, colocaram os dois pratos no parapeito e se escoraram no mesmo. O mar continuava calmo como antes, e a praia se encontrava vazia. Já era de madrugada, e até o barulho dos carros na rua ao lado havia diminuído. 

Jungkook pegou um pedaço do seu bolo e o levou até a boca, murmurando uma coisa qualquer com entusiasmo. — É muito bom! — Comeu mais um pedaço do bolo, agindo exatamente como todas as outras vezes em que comia aquele doce de morango. O Kim riu novamente, porém agora mais alto, fazendo Jungkook parar de comer e sorrir. Era inevitável não sorrir quando via Taehyung gargalhar. — O que foi? 

— É só que eu estou tão... feliz? — perguntou para si mesmo e riu nasalado, sentindo-se um completo idiota. 

Jungkook sorriu ainda maior e se aproximou do Kim, beijando-o pela milionésima vez. 

 

[...] 

 

Por conta do alarme do celular do mais velho, acabaram acordando cedo no dia seguinte. Mesmo que quisessem continuar dormindo, o Kim já havia alugado previamente um carro e feito planos para os dois. Era aniversário de Jungkook, e o levaria em qualquer lugar que este quisesse — e que fosse possível, é claro. 

Entraram no carro alugado, isso sem Jungkook sequer ter decidido onde desejava ir. No fundo de seu coração, sua vontade era de ir em um lugar muito conhecido por si, mas não tinha certeza se devia. Havia conversado um pouco sobre o assunto com o Kim na noite anterior, mas aquela incerteza de certa forma ainda lhe cercava. 

 

O silêncio tomou conta do veículo, obrigando Jungkook a falar algo. 

— Você já sabe onde é, né? — perguntou, olhando pela janela ao seu lado.  

— Jimin me contou na primeira vez em que viemos para cá, mas não me lembro muito bem. 

— Pode me levar até lá? — Aproximou os dedos da tela digital do GPS, esperando por uma confirmação para então digitar o endereço. 

— Posso. 

 

[...] 

 

Estacionou o carro ao lado da calçada e então checou Jungkook; ele tinha a cabeça baixa, e continuava lendo as mensagens no celular. Ainda estava decidindo se iria ou não conversar com seus pais. Taehyung resolveu não o apressar e apenas tirou seu pen drive do bolso, conectando-o ao aparelho de som. Selecionou a música que queria escutar e deitou a cabeça no encosto do banco, fechando seus olhos. 

A melodia de "Prisoner Of Your Eyes", do Judas Priest — uma das suas bandas favoritas —, ecoou pelo carro, captando imediatamente a atenção de Jungkook. Taehyung abriu um dos olhos para espiar e pôde ver Jungkook também de olhos fechados, apreciando aquele início da música. 

Logo o vocalista começou a cantar, e o mais novo se tocou de que — como já imaginava — não se tratava de uma música coreana. 

— O que ele está falando? — perguntou, curioso. Taehyung riu pelo nariz, voltando a fechar seus olhos e prestando atenção na letra. 

Seu inglês não era lá tão bom, mas era completamente viciado naquela música e não lhe era tão difícil recordar a tradução exata da mesma. 

 "Quando eu vi o seu rosto, eu me tornei um prisioneiro dos seus olhos" — falou, agora concentrando-se para não se atrapalhar pela música estar alguns segundos à frente. — "E eu faria qualquer coisa para ficar e estar com você". —Alcançou o tempo atual da música, dando uma pausa para ouvir sua continuação. — "Você sabe que há uns tempos quando eu fico a admirar-me... como eu estava desabando e você me puxou de volta à Terra". 

Sentiu os lábios de Jungkook tocarem os seus e, sem pensar duas vezes, levou ambas as mãos aos cabelos dele, retribuindo e aprofundando o beijo. 

Desligou-se da música, direcionando toda a sua atenção para o namorado. Não demorou muito até que separaram ambas as bocas e Taehyung levou a sua até a cabeça do mais novo, beijando a testa coberta pela franja. 

— Eu já volto... 

— Tudo bem. 

 

Jungkook desceu do carro, dando uma última olhada em Taehyung, que abrigava uma expressão de expectativa no rosto. Fechou a porta do veículo, contando alguns segundos antes de atravessar a rua vazia. 

Aquele lugar não havia mudado em nada. 

Levou sua mão até a porta transparente, empurrando-a e provocando um soar barulhento dos pequenos sinos acima de si. 

 

— Seja bem-vind- — A mulher disse entusiasmada e então travou ao momento em que viu Jungkook na porta. 

Jungkook, seu filho. 

 

— Meu Deus! — Saiu de trás do balcão rapidamente, abraçando Jungkook sem dar tempo para ele se preparar. — Junghwan, vem aqui! Rápido! 

O mais novo, hesitante e sem saber como reagir, levou vagarosamente as mãos até as costas da sua mãe, correspondendo o abraço. A mais baixa já estava perto de chorar quando Junghwan, seu pai, apareceu na porta dos fundos. 

— Filho?! — Caminhou depressa até os dois, também abraçando Jungkook. 

 

Por mais que não quisesse admitir, aquele momento em família lhe fez sentir melhor, muito melhor. 

— Eu achei que havia trocado de número, pois nunca me respondia... — Comentou a mãe, recebendo um aperto ainda maior do filho. Sentiu-se culpado por um instante. 

— E-Eu tinha perdido meu celular... — Mentiu, com a voz baixa. 

A mãe desfez o abraço e o pai buscou duas cadeiras, juntando a que ficava atrás do balcão de vendas a elas. Sentaram-se os dois homens, esperando apenas que a mulher mudasse o aviso da porta de "aberto" para "fechado"

 

— E como você está desde... desde tudo aquilo, meu filho? — perguntou o pai, assistindo a esposa sentar na cadeira ao seu lado. 

— Melhor — respondeu, ainda tentando se acostumar. Não conversava com seus pais desde tempos antes de se mudar para a capital. 

— Arranjou um emprego? Está morando sozinho? 

— Arranjei sim... Estou morando no apartamento do Jimin. 

— Ah, o Park? — Sua mãe perguntou animada, e ele confirmou com a cabeça. — Vi a mãe dele alguns dias atrás. 

— Ela está bem? — questionou, querendo voltar para Seoul com notícias da mãe do seu amigo. Jimin era muito preocupado, mas não tinha disponibilidade para visitar Busan. 

— Sim, sim, ela está muito bem... 

— Sentimos saudades de você, meu filho. — Admitiu seu pai, dando a mão para a esposa. Jungkook sorriu pequeno, certamente aliviado pela tensão entre eles três ter diminuído. 

— Estamos muito arrependidos por termos agido daquele jeito com você... 

— Sua mãe está falando a verdade. Assim que soubemos que o Jackson foi preso, nós- 

— Junghwan! 

— 'Pera, o quê? — Interrompeu os dois, estando tão confuso quanto seu pai. — Como assim "Jackson foi preso"? — Encarou ambos os pais esperando por uma resposta, esta que parecia nunca vir. 

— Você está com pena dele, filho? — questionou a mais velha. 

— Por Deus, é óbvio que não! Ele fodeu a minha vida! — gritou, alterando-se. Não deu a mínima se estava sendo mal-educado com seus pais. 

— Então por que está agindo assim, Jungkook? — perguntou seu pai, levantando-se junto dele. Jungkook sentiu um nó se formar em sua garganta, e sabia que se falasse, sairia em um tom embargado. 

— Eu achei que... Esquece! — Deu meia volta, e teve seu pulso segurado pela sua mãe. 

— O que aconteceu de repente? — perguntou ela e Jungkook se virou, demonstrando as lágrimas que se formavam em seus olhos. 

Não era apenas a loja que não havia mudado em nada; seus pais continuavam exatamente iguais. 

— Eu pensei que vocês tinham se arrependido! 

— Mas nós nos arrepend- 

— É claro que sim, mas apenas depois de o Jackson ter sido pego e vocês terem a prova de que não fui eu! Não se arrependeram por confiarem em mim ou por sentirem minha falta! — A lágrima quente desceu por seu rosto e sua mãe aproximou a mão para secá-la, mas o mais novo se afastou rápido dela. — Quer saber?! — Colocou um sorriso cínico no rosto, mais magoado do que jamais esteve antes com seus pais. — Eu não ligo. Já me acostumei a viver sem o amor de vocês dois! Não preciso disso, não agora. 

Não quis ouvir mais nenhuma palavra. Deu meia volta e caminhou em passos rápidos até a porta, abrindo-a e fechando-a o mais depressa possível. Sequer olhou para trás, apenas limpou seu rosto com as mãos e atravessou a rua correndo, entrando rápido no carro alugado de Taehyung. 

Respirou fundo, com aquelas malditas frases em sua cabeça. Por mais que tivesse dito que não ligava, era óbvio que ligava. Magoaram-no tanto que, do fundo de sua alma, não queria mais se importar. Talvez estivesse exagerando, mas seus sentimentos estavam a flor da pele e não iria fingir que estava tudo bem entre ele e seus pais. Não estava. 

— Foi rápido... Conversou com eles? 

— Uhum. — Tirou o celular do bolso, digitou sua senha e abriu o aplicativo de mensagens. 

 

"Sou eu, sua mãe. Podemos conversar?" 

 

"Eu, seu pai e seu irmão estamos com saudades." 

 

"Jungho perguntou sobre você hoje. Ele diz sentir falta do hyung dele." 

 

"Podemos tentar resolver as coisas... O que você acha?" 

 

"Você está me ignorando? Seu pai disse que talvez você tenha trocado de celular, mas estou apreensiva porque seu perfil ainda tem sua foto." 

 

"Não sente saudades de Busan? Um antigo amigo seu perguntou sobre você hoje, mas eu não sabia se poderia dar esse número a ele. É um tal Nang, Mang, ou algo assim... Conhece?" 

 

"Vi a foto que Jimin tirou com você no sábado. Você está muito bonito, filho." 

 

"Faltam menos de duas semanas para o seu aniversário... Eu deveria contar com a sua presença aqui no dia primeiro de setembro?" 

 

Baixou o celular, cansado de ler aquelas mesmas mensagens repetidas vezes. 

Em um impulso, selecionou todas elas e apagou. Agora sequer tinha o contato de sua mãe no celular, visto que ele só estava salvo por conta daquelas mensagens. 

— Está tudo bem? — perguntou o Kim, preocupado. Viu o momento em que Jungkook tocou agressivamente o celular, como se quisesse quebrar o aparelho. 

— Sim, está. — Jogou a cabeça no descanso do banco, respirando fundo. 

Era incrível a sua capacidade de fazer merda. 

— Me leva para algum lugar legal? — Levou as mãos até o próprio rosto, tentando se acalmar. Era difícil ficar tão bravo assim, mas quando acontecia, sentia como se fosse explodir. 

— É claro que eu levo. — Concordou, ligando o carro. — Mas primeiro vamos comer alguma coisa. Depois disso vamos ter o nosso primeiro... 

— Primeiro encontro de namorados? — Completou a frase e sorriu, sentindo-se um pouco mais leve (e bobo). 

— Hm... Isso é bem brega, mas pode chamar assim se quiser. — Ligou o aparelho de som mais uma vez e selecionou uma estação de rádio popular aleatória, onde tocava uma música que estava dentre as favoritas de Jungkook no momento. 

 

— Havana ooh nana! — Cantou alto, alegrando-se quase que instantaneamente. Decidiu tentar ignorar o que havia acontecido minutos antes, por mais difícil que fosse fazer isso. — Half of- bla bla bla Havana ooh nana! — Atrapalhou-se com o inglês, causando risadas no namorado. 

Taehyung, definitivamente, sentia-se muito melhor vendo o namorado bem. 


Notas Finais


Primeira música que eles escutaram no carro: https://www.youtube.com/watch?v=TaOPV9EE0cQ
Segunda música /// : https://www.youtube.com/watch?v=HCjNJDNzw8Y

Está aí o hot na banheira que eu tanto sonhei JSIJODIASDSA
Não faço ideia de quando sai o capítulo vinte e seis, mas acho que não irá demorar tanto assim :')
Quando terminar Assistente do Senhor Kim eu já vou iniciar outra fic, então quem gosta do que eu escrevo não precisa se preocupar (eu acho);
Obrigada por ler até aqui <3

Link da minha nova fic: https://spiritfanfics.com/historia/me-against-you-10950499
Link do grupo no whats: https://chat.whatsapp.com/4zgioOEuTz0JRToErddp01
Caso queira me enviar uma pergunta ou algum recadinho: https://curiouscat.me/sealott


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