História O Balão e o cacto - Ser humano, ou anjo

( Lorena ).

Observo Luan se afastar aos poucos, quando Caio me colocou no chão.

Se bem conheço ele, está furioso pela presença, do moleque, como ele chama.

Penso em ir atrás dele, mais quando vejo, a, Raissa, já está fazendo isso.

Merda!

Caio: - Tudo bem? Disse, me tirando de orbita.

- O quê...? Ah, sim. Ta tudo bem. Digo, sem graça.

Caio: - Ainda enrolada com o Luan? Quando vão se assumir? Diz e arregalo os olhos, surpresa.

Lorena: - O que é isso, garoto? Riu de nervoso.

- UE, não tô, falando nada demais. Todo mundo sabe que vocês tem um rolo, mais não ficam juntos porque ele é um babaca. Continua.

Pego uma taça de coquetel e digo: - É uma longa história.

Caio: - Porque a gente não para de falar nele e vamos dançar? A noite é sua. Disse e rimos.

Lorena: - Olha, até que não é uma ma ideia. Digo, e fomos pra pista.

(...)

- Ai, tô morta! Digo, depois de sair da pista, e sentar na mesa com ka.

Eu e Caio dançamos por longos minutos, e não vou negar, que foi divertido.

Karina: - Achei que ces iam ficar. Disse, tomando sua bebida.

Lorena: - Quê...? Franzo as sobrancelhas. - Caio é só meu amigo. Nada demais. Ele até que queria, mais não dei chance, só tem uma pessoa com quem eu queria ficar hoje. Suspiro, virando uma caipifruta de uva.

Ka: - Vai com calma, Loren. Amanhã ce tem que está bem. Diz, quando pedi mais uma.

- Eu só queria, que amanhã não chegasse. Coloco a mão no queixo.

Karina: - quer que eu chame o Luan para você? Sugere.

Lorena: - Não. Ele ta ocupado com a ra. Faço pouco caso.

- Olha, eu acho que não, vi ela ir embora a pouco tempo. Disse, e um garçom veio até nos e me deu um bilhete.

💌 - Me encontra no estúdio, não tô me sentindo bem. Santana. 💌

Leio aquilo, e me levanto rápido dizendo: - Eu tenho que ir.

Não espero a resposta e vou direto para o estúdio.

*******

Vou quase correndo até o estúdio.

Esse bilhete de Luan me deixou muito aflita, e eu espero, que ele esteja bem.

Abro a porta de vagar, e o lugar além de estar escuro, é um completo silêncio.

- Luan! O chamo, quando entro no ambiente, mais não tenho resposta.

De repente, a porta fecha atrás de mim, e a fechadura é trancada.

Lorena: - Mais que porra é essa? Quem ta aí? Abre isso, agora! Digo já em desespero, batendo na madeira.

- Aqui dentro. Escuto a voz de Rafael vindo de dentro da minha sala, e sem pensar, vou até lá.

- Mais o que é isso....? Você não... Engulo as palavras, quando vejo a cena.

Luan está sentado no sofá, com uma garrafa de vinho e alguns petiscos sobre a mesinha. O violão do lado, a gravata pendurada no pescoço, e a camisa dobrada até os cotovelos, com os três primeiro botões abertos.

Caramba, Santana, não fode assim!

Luan: - Calma, vem CA. Eu tô bem. Disse, vindo até mim, e pegando minha mão, me levou para sentar ao seu lado.

- Eu quis fazer algo para você. Continua, e pega o violão começando a dedilhar.

Luan: - Quantas vezes tentei? Já caí, levantei, é você que me mantem de pé. Não preciso gritar, você vem me salvar. Você sente, quando eu vou chorar. Começa a cantar, e minhas lágrimas já começam a dar indícios de que vão cair.

- Parece não ser desse mundo, porque você sabe de tudo. Não sei, se é ser humano, se é um anjo. Exagero falar de você. Passo meu tempo te admirando, só queria saber.

Continua, e nem tenho forças para dizer nada, estou muito emocionada para isso.

- Ai, Luan. Digo, com as lágrimas inundando o meu rosto.

Luan: - Ô meu amor! Num chora não. Vem CA. Ele disse, colocando o violão de lado, e me puxa para seu peito.

Como eu vou sentir falta disso. Sentir falta do cheiro dele, sentir falta desse abraço.

Me ajuda, Deus.

Luan: - Olha para mim. Ele segura meu rosto com as duas mãos.

- Eu fiz isso para que você tenha uma boa

lembrança de mim. Pra quando você ficar triste ou sentir minha falta, fechar os olhos, e lembrar desse momento. Ele continua, olhando nos meus olhos, com os seus marejados.

- Lore, acredite. Sua partida ta me doendo tanto, como eu jamais pensei que fosse doer um dia. Eu tô, com medo de perder você. Medo da gente se perder. Então, por favor, lembra de não me esquecer. Porque eu vou esquecer de te esquecer. Disse, e rimos.

Lorena: - Ô meu branquelo! Digo, e sem receio, tomo sua boca em um beijo calmo.

Sem pressa alguma, Luan me puxou pra mais perto, na intenção de aprofundar o beijo. Era como se ele quisesse congelar o tempo ali.

E talvez quisesse mesmo, porque eu queria.

Lorena: - A gente vai transar aqui mesmo? Digo contra seus lábios, quando o clima começou a esquentar.

Luan desceu uma de suas mãos pela minhas costas e disse: - Não. Porque com você, eu não Transo, eu faço amor. Ele disse baixo com a voz rouca, fazendo meu ventre se contrair.

- Eu amo você, Lorena prado! Escutei aquilo e não respondi nada, apenas subi em seu colo voltando a beija-lo.

Eu estava extasiada demais para comentar o fato de Santana ter se declarado para mim.

(...)

- Eu vou sentir falta disso. Digo, alisando seu peito, enquanto nos espremiamos no sofá.

Luan: - Eu também, vida. Disse triste, acariciando meus cabelos. - Mais não vamos falar disso, ta?

Vamos aproveitar enquanto ce ainda ta aqui.

Me aperta contra seu corpo.

- Está bem, não falo mais. Digo e ele ri.

Ficamos em silêncio por um tempo, só sentindo o carinho um do outro, até que a curiosidade bateu.

Lorena: - Quem trancou agente aqui? Pergunto.

Branquelo ri sapeca e diz: - O Guilherme. Diz e arregalo os olhos.

- Pedi para ele fazer isso. Mais relaxa, tô com a cópia. Continua, e suspiro aliviada.

Lorena: - O que eu faço com você hein, Santana? Digo, com a cabeça em seu peito.

Luan: - Nada, só me beija. Disse, me puxando pra ele, e juntou nossos lábios.

(...)

- Ta chegando a hora. Digo triste, tirando o cinto de segurança, quando Luan parou o carro no prédio de ka.

Luan: - tô tentando não pensar nisso, mais ta difícil. Ele respirou fundo.

- Queria ir deixar você no aero amanhã. Continuou com os olhinhos marejando.

Não faz assim, Rafael.

Lorena: - Mais você tem a reunião com investidores amanhã. Aliso sua mão, e ele bufa frustrado.

- Maldita reunião. Bate no volante.

- Ou, vem CA. O puxo para um abraço apertado, e começamos a chorar.

Lorena: - vai dar tudo certo, lu. Mais eu preciso que você fique bem, para que eu viage bem, por favor. Acaricio seu rosto.

Luan: - OK, eu vou me esforçar. Cela nossos lábios.

- Espera, toma, fica com ela pra você lembrar dessa noite. Tirou a gravata e me entregou. Peguei e voltei a beijar sua boca.

(...)

Termino de arrumar meu cabelo em um coque simples, e tô pronta.

Já revisei todas as malas e não ta faltando nada.

É, chegou o momento.

- Já chega! Não aguento mais chorar. Vai ficar tudo bem. Digo me soltando do abraço de ka.

Todos vinheeram se despedir menos ele.

Liz: - Vai logo querida, já tão chamando. Minha tia diz, quando ouvimos a chamada do vôo. Dei mais um abraço nela, e fui até o portão.

Foi quando escutei alguém me chamar.

*******

( Luan ).

Corri feito louco até o portão de embarque, a chamei, e a vi se virar.

Corri ainda mais, e consegui alcança-la.

- Você não achou que ia embora sem meu beijo, achou? Digo, e sem me importar com ninguém ali, tomei sua boca, em um beijo apaixonado.

Ouvimos os assobios gaiatos de nossa galera e rimos.

Lorena: - Eu tenho que ir. Disse, se afastando.

Luan' - Eu amo você, não esquece.

- Também amo você! Disse, e depois de me beijar, foi correndo pro avião.

Guilherme: - Irmão, desculpa, mais você tem que ver osso, descobriram QUEM colocou o bilhete na mesa da Lore. Disse, me mostrando imagens da câmera de segurança da Mosele no celular. //\\