História O Bilhete - Um novo trabalho

 POV Jamie On

 Iria jantar com meu agente Matt e ele havia me informado que tinha algumas novidades e que precisaria informa-las pessoalmente para mim. Combinamos o jantar no antigo hotel que eu me hospedava e reservamos o local inteiro para nós dois.

 - Boa noite Jamie!

 - Boa noite Matt! Espero que as notícias sejam realmente boas.

 - Vamos beber um vinho enquanto eu vou lhe contando as notícias.

 Matt então chamou um garçom e pediu lhe o seu melhor vinho e segundos depois o mesmo voltou trazendo consigo duas taças cheia de vinha e um balde com gelo e a garrafa de vinho caso quiséssemos mais.

 Peguei minha taça e dei um gole saboreando o gosto do vinho que era divino realmente muito bom, olhei no rótulo e dizia ser uma safra de 1982.

 - Tenho três coisas para te contar Jamie.

 - Deixe de enrolar Matt e conte logo.

 - O primeiro é que você recebeu uma proposta para participar do desfile da semana da moda em Paris.

 - Nossa! Isso é sério?

 - Sim meu caro Jamie. É super sério.

 - E quando seria o desfile?

 - Na próxima semana. Você iria ter de desfilar durante os cinco dias e no encerramento você junto com David Gandy serão a atração principal do encerramento. E ai, você irá aceitar?

 - Sim, claro.

 - Certo. Segunda coisa é que conseguimos rastrear que fez a ligação para você na manhã que a bomba sobre Daniela caiu na mídia.

 - E quem era?

 - Um pobre mendigo de rua.

 - Como assim?

 - Rastreamos o número e chegamos a um mendigo de nome Neil e ele nos informou que um homem o deu o celular mas pediu que ligasse para você.

 - E ele sabe quem era o homem?

 - Disse que se lembra um pouco de como ele era, então nós o encaminhamos para uma delegacia e ele fará um retrato falado.

 - Isso é meio caminha andado pelo menos.

 - Exato. Bom então se você aceita participar do desfile eu entrarei em contato com eles e passarei todas as ordens.

 - Está bem Matt. Me informe quando tudo estiver certo.

 Terminamos o jantar e discutimos algumas coisas sobre o que eu deveria exigir, mas eu sou um cara tão tranquilo que se me oferecerem apenas água e uma maçã eu ficaria agradecido. Mas para Matt eu deveria exigir que a água fosse de fontes naturais da China e que eu tivesse uma massagista particular juntamente com um médico para qualquer dor muscular. Era totalmente exagero, mas fazer o que ele era meu empresário e eu tinha que aceitar tudo o que fosse por ele dito e prescrito.

 Voltei para minha casa e vi que tinha várias ligações perdidas de Amelia em meu celular. Disquei seu número de pressa já preocupado imaginando que poderia ter ocorrido alguma coisa com a minha pequena Dulcie. No terceiro toque escutei a voz enjoada de Amelia.

 - Até que enfim Jamie.

 - Não que eu lhe deva satisfações, mas estava em uma reunião. Aconteceu algo com Dulcie?

- Dulcie quer falar com você.

 - Então passe o telefone para ela.

 - Jamie, você não costumava ser grosso assim.

 - Passei a ser a partir do dia em que você me traiu.

 - Foi um erro Jamie e eu ainda te amo.

 - Se amasse não teria feito a cagada. Mas ela já foi feita, já discutimos sobre isso.

 - Só que ainda somos casados.

 - Por pouco tempo Amelia. O pedido do divorcio já foi para o juiz.

 - Eu não irei assinar papel algum.

 - Isso não vamos discutir no momento. Agora passe o telefone para minha filha.

 - Nunca que eu irei assinar essa separação.

 - Não tem problema se você não assinar. Eu tenho provas de que fui traído e então o juiz concederá a separação que você queira ou não.

 - Veremos Jamie. Dulcieeeee seu pai ao telefone.

 A voz de Amelia berrando do outro lado da linha quase me deixou surdo, mas logo pude escutar passos e um voz doce falou ao outro lado toda ofegante.

 - Oi papai.

 - Oi minha docinho.

 - Mamãe ligou o dia todo para você. O senhor não queria falar comigo?

 - Não é isso minha flor. O papai esteve ocupado e só agora fico livre.

 - A mamãe disse que você me trocou pela Daniela. É verdade?

 - Claro que não filha. Já lhe disse que você é a pessoa mais especial da minha vida.

 - Mas a mamãe.

 - Não escute a sua mãe Dulcie. Ela quer que você fique mal pois o papai está longe.

 - Eu sinto sua falta papai.

 - Também sinto a sua falta querida. Mas o papai logo estará ai.

 - Está chegando seu aniversário.

 - Sim. O papai iria organizar para estar indo ai comemorar ao seu ladinho.

 - Você virá?

 - Mas é claro que eu irei.

 - YUPI!!! Vamos comprar um bolo gigante de chocolate e encher de velinhas.

 - Vamos filha.

 - Papai a Daniela virá com o senhor?

 - Acredito que não filha.

 - Poxa eu gosto dela, mesmo achando que ela está nos afastando.

 - Dulcie. Primeiro, a Daniela também gosta muito de você. Segundo e o mais importante, ela não quer me afastar de você.

 - Ok papai. Mas quando o senhor virá?

 - Talvez em duas semanas.

 - Isso é muito?

 - São 14 dias.

 - Papai vai dar tempo de chegar pro seu aniversário?

 - Sim filha. O papai estará em um trabalho em um país pertinho dai então é só o papai dar um pulo que já estarei ao seu ladinho.

 - Então vou colocar 14 palitinhos desenhados em meu caderno e vou apagando e quando faltar um saberei que você virá.

 - Mas que filha mais esperta essa a minha.

 - Eu estou aprendendo a contar papai. Sei chegar até o vinte.

 - Que lindo filha. Quando estiver ai te ensinarei até o trinta.

 - É muita coisa até o trinta?

 - É o vinte e mais dez.

 - Então vou esperar pra você me ensinar papai.

 - Com todo prazer filha.

 - Papai preciso desligar. Ainda não tomei banho.

 - Vai lá então porquinha.

 - Não sou porquinha.

 - Claro que é. Daqui estou sentindo seu chulé.

 - Papai eu estou de meias.

 - Agora descobri porque do chulé. Escutei minha filha gargalhar do outro lado da linha e isso me fez rir também.

 - Te amo papai.

 - Eu te amo muito mais docinho.

 - Até 14 dias.

 - Até filha.

 Encerramos a ligação e meu coração se apertou ao saber que minha filha sentia minha falta. Eu sabia que ela sentiria, mas ouvir aquelas palavras saindo de sua boca me fez sentir uma facada em meu peito. Mas o que seriam 14 dias. Passaria rápido e quando eu menos esperasse estaria ao seu lado. Mas ai eu teria saudades de Daniela.

 Mas que droga. Por que existir esse sentimento de saudade?

 Se Daniela não tivesse aqui por intercambio ela poderia ir comigo para Paris nem que fosse apenas por um final de semana.

 Bom eu poderia tentar conversar com a Debbie e pedir que ela me ajudasse a convencer a tal diretora Savannah a convence-la de deixar Daniela fazer uma pequena viajem. É algo que eu posso planejar para que se realize.