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Deidara e Zetsu já caminhavam há pelo menos 2 horas, mas apesar de cansado o loiro não quis parar nem pra pequeno um descanso sequer. Mal sabia ele que seu parceiro de missão, vulgo o aloe e vera, o entregaria pra sua própria vila como prisioneiro.
— Dá pra andar mais devagar, Deidara? Eu já tô cansado. — Zetsu falou cansado quase parando.
— Quem manda fumar! Seu pulmão já tá todo fudido, hum!
— Não precisa ofender!
— Então fica na sua, eu já tô sem paciência, que droga!
E com razão, o loiro ainda pensava em como só faltou se ajoelhar aos pés de Obito pra que ele o levasse em outra missão, e foi tudo em vão. E pra piorar, tinha que suportar uma planta ambulante falando sobre coisas aleatórias e que não interessavam à ele.
Pelo menos quando Tobi o irritava era só irritante e não tão chato. Ouvir a voz de Zetsu dava vontade de cair no chão e simplesmente deixar algum carro passar por cima de si.
Ainda com sua cara de tédio, Deidara pisava firme sobre a estrada de terra que era rodeada de árvores gigantescas, olhando pro céu, que por sinal tava bem bonito, diferentemente do dia horrível que o loiro tava passando hoje.
Mas algo estranho fez os dois companheiros pararem no meio da estrada.
— Espera aí! O que tá acontecendo? — o loiro perguntava olhando pro seu corpo que parecia desaparecer. — Zetsu, eu tô morrendo!
— Deidara, você não tá morrendo. — Zetsu sabia muito bem do que se tratava aquele fenômeno. — Eu não acredito que ele ainda tá aqui.
— Quem tá aqui? Zets- — não deu tempo do loiro terminar, quando se deu conta tava lugar desconhecido, era vazio, com tons escuros, e parecia não ter fim. — Que porra é essa?
Na floresta, Zetsu confirmava sua teoria de quem causou aquilo.
— Você não tinha que ir pra Konoha? — perguntou pro moreno em sua frente.
— Eu vou. Mas tenho que resolver umas coisas antes. — declarou se aproximando.
— O que você tá tramando, Obito?
— Nada de mais! Só que você também vem comigo. — depois de sua fala, Tobi também usou seu poder pra teletransportar Zetsu pra outra dimensão, só que o lugar pra onde o mesmo foi não era onde Deidara se encontrava. Impedindo a comunicação de ambos.
Obito, que tava com seu carro, dirigiu mais algum tempo, se distanciando daquele lugar. Quando chegou na última cidade antes de Konoha, estacionou o carro num hotel, pegou as chaves do quarto e quando se sentiu seguro o bastante pra trazer o loiro de volta, criou mais um pouco de coragem e assim o fez.
Deidara que tava sentado no chão frio e liso do local, tentava achar um sinal em seu celular, até que sentiu seu corpo se desfazendo novamente.
— Ai caralho! — o loiro exclamou, sentindo alguém lhe segurar. — Minha cabeça ta girando... que tipo de vertigem é essa?
— Pode ficar de boa senpai! Eu peguei você!
Essa voz, não podia ser verdade, o loiro se sacudiu nos braços do outro até conseguir se afastar um pouco, tendo a visão de quem ele menos queria ter.
— Tobi. — o loiro falou olhando o outro com indiferença.
— Me desculpa senpai. Mas esse era o único jeito de você vim nessa missão comigo. Não era isso que você queria?
— Bom... até que era isso. —Deidara falou abraçando o próprio corpo. — Mas foi por isso que você inventou aquela história sobre eu ter que ir pra Iwakagure?
— Eu precisava de uma história convincente pra fazer o Pain te deixar ir em outra missão. E como seu nome apareceu hoje de manhã no livro Bingo, aproveitei dessa situação.
— Agora eu sou procurado em todas as nações, uhull! — o loiro se jogou na cama.
— Não vai nem me agradecer? Agora podemos cumprir essa missão juntos. — o moreno se sentou ao lado do outro.
— É, valeu. Mas o Pain vai dar o Zetsu e eu como mortos se não voltarmos em três dias. Não que eu queira voltar. — o loiro falou olhando suas unhas.
— Você não vai voltar, mas depois eu falo pro Pain que você tá comigo e ele não vai poder fazer nada, a não ser esperar até o fim da missão. — o moreno não diria a verdade, não agora. Afinal, ele salvou o loiro de seu próprio "plano".
— Tem razão, hum! Então agora me responde algumas perguntas! — o loiro falou se sentando na cama também.
— Tudo bem, pode falar.
— Esse negócio que eu tava dentro, tipo de onde eu caí agora há pouco, o que era?
— É um poder que eu despertei com o Mangekyou Sharingan, se chama Kamui. E ele é basicamente aquilo mesmo que você presenciou. — não quis aprofundar muito o assunto.
— Ah, e sobre essa missão em Konoha, você vai conseguir se disfarçar durante 1 ano pra que não te reconheçam? Já que você é um ninja renegado e deve tá sendo procurado por eles?
— Essa é uma longa história. — o moreno se levantou. — Mas eu não precisarei me disfarçar pra ficar lá, vou ser eu mesmo.
— Ué, você vai jogar um Genjutsu neles? Pra não te reconhecerem?
— Não! — Obito soltou uma risada alta. — Pra ser sincero, Genjutsu não é minha especialidade, mas não seria má ideia.
— Sei, mas e eu? Eu sou procurado também.
— Bom... não se preocupe com esse fato do seu rosto estar estampado no livro Bingo. Mas o fato mais importante é que, como você não é um cidadão da Folha, só terá permissão pra ficar lá se provar ter relação com alguém do País do Fogo, no caso eu. Então por enquanto, você será meu noivo. — Obito falou simplista.
— Hã? — Deidara parecia ter um ponto de interrogação no meio da cara.
— É isso mesmo, hoje em dia todas as nações estão bem rígidas quanto à essas imigrações, sabe. Por isso, se não tivermos nenhum vínculo concreto, você não poderá permanecer lá durante o tempo dessa missão. E eu preciso concluir ela com êxito, sua ajuda é muito bem vinda.
Olhando o moreno falar sobre todas essas coisas, mostrando seu conhecimento e engajamento da situação, nem lembrava aquele ser bobão de sempre. E Deidara apenas sorria pequeno, com os olhos brilhando, como se fosse Hidan frente à frente com o deus Jashin.
Agora que tava oficialmente na missão, queria por em xeque seus sentimentos por Obito. E ele teria 1 ano inteiro pra isso.
— Pois bem senpai, durante esse resto de manhã, nós sairemos pela cidade pra fazer algumas compras, principalmente de roupas. Pegue esse seu manto e toque fogo nele.
— Isso não chamaria muito a atenção das outras pessoas? — o loiro pergunta já tirando o manto.
— Talvez, então temos que dar qualquer outro fim nele! Pega esse outro sobretudo preto aqui.
— Ok. — Deidara pegou o casaco gigante e vestiu.
— Vamos!
Eles entraram no elevador, apertando o botão do térreo, e Deidara aproveitou o amplo espelho pra arrumar seu cabelo.
— Você fica lindo até descabelado, senpai! — o moreno elogiou o outro, escorando a cabeça no espelho.
— Será que dá pra parar de me chamar de senpai? Pelo menos durante essa missão?
— Tem razão, Dei. Vamos nos casar em pouco tempo, então temos que dar entender que estamos juntos há pelo menos uns meses.
— Nós estamos juntos há meses, só que como parceiros de quarto, apenas. Mas entendo onde você quer chegar, portanto temos que fingir que namoramos, certo?
— Sim, na verdade, já noivamos! — Obito falou saindo do elevador e estendendo a mão pro menor.
— T-tá bom. — Deidara corou um pouco, pegando na mão do outro, que rapidamente entrelaçou as duas.
"Puta merda! Há uma hora atrás eu ia pra Iwakagure, agora vou me casar em Konoha! O que eu fiz da minha vida Jashin?"
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