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História O Caminho Escolhido - Vinte e sete


Escrita por: mLiang

Capítulo 28 - Vinte e sete


Kuai foi ao quarto onde Hanzo estava pouco tempo depois de ter saído da sala de cirurgia. Estava preocupado em pensar quais seriam as sequelas possíveis que poderiam ficar no amigo.

Entrou no quarto e lá estava o ninja, com a cabeça enfaixada e os olhos fechados. Ainda estava sob o efeito do sedativo então iria apenas observá-lo. Aquilo lhe deixava aflito, pois enquanto estava ali a batalha contra a Exoterra estava acontecendo e nada ele podia fazer.

Voltou o seu olhar para Hanzo e resolveu iniciar um monologo:

- Não faço ideia se você pode me ouvir. Pode soar meio piegas, mas eu fiquei com medo de que você não sobrevivesse. Quando Kitana me contou fiquei muito preocupado.

Kuai deu uma pausa, olhou a janela que mostrava uma tempestade chegando. Voltou-se para ele e continuou:

- Espero que você tenha uma boa recuperação e que até lá o Plano Terreno tenha vencido o exército de Kotal Kahn.

 

Depois de abater mais de dez soldados exoterranos com seus leques, Kitana começava a sentir a exaustão. Não apenas em seu corpo, mas em sua mente. A cabeça estava pesada e os pensamentos estavam a mil. Além da preocupação com a saúde de Hanzo, aquela discussão que tivera pela manhã com Jade reverberava em seus ouvidos. Ela via a amiga lutar graciosamente com o seu bastão fluorescente que tinha nas mãos, sua concentração em aniquilar os inimigos estava visível em sua expressão facial.

Uma leve distração de Kitana quase custou-lhe a vida se não fosse a telecinese de Kenshi levar um tarkata para longe antes de ele cravar uma lança nas costas da princesa. Isso fez a princesa levar a mão a boca assustada com o que quase aconteceu.

- Está tudo bem, princesa? – perguntou Kenshi aproximando-se dela.

- Obrigada por me salvar – agradeceu Kitana com voz ofegante – acho que agora está.

- Não preciso ser telepata para saber que está com o corpo aqui, mas a mente em outro lugar.

Aparentemente ali os exoterranos já haviam sido abatidos.

Kitana vendo toda aquela devastação do lugar, chamou os soldados e foi com eles para a base. Kenshi estava ao lado dela e estava preocupado com o comportamento da princesa.

- Está se sentindo bem? – ele perguntou.

- Muita coisa para uma pessoa só.

- Percebi que você observava Jade durante o combate. Era como que você quisesse falar algo para ela.

Kitana queria evitar esse assunto, não queria que todos soubessem. Mas como sabia que Kenshi é reservado comentou:

- Nós tivemos uma pequena discussão antes de virmos para cá.

Kenshi não se surpreendeu com isso e acabou dizendo para a princesa:

- Acho que sei o que vocês conversaram.

Kitana o olhou de soslaio e ele continuou:

- Jade tem me confidenciado que você se afastou muito dela. E isso não é de hoje.

A princesa continuava olhando para frente calada e pensando sobre como resolveria essa questão com Jade. Nisso ela passou ao seu lado correndo e quase esbarrou em seu ombro.

- Ela deve estar muito brava comigo.

- Não diria brava, mas ela está sentindo sua falta. Pelo visto vocês não tinham segredos entre si.

- Jade sempre se sentiu muito inferior a mim e isso é desde a época do torneio. Sempre deixei claro para ela que eu a via como igual a mim, apesar de nossas condições sociais sermos diferentes.

Os dois estavam para entrar na base. Vários soldados entravam e saíam por aquela porta e as vezes esbarram sem querer ora em Kenshi, ora em Kitana. Já dentro do local, Kenshi pousou a mão sobre Kitana e disse:

- Depois que tudo isso acabar, converse com ela e se acertem.

- Obrigada Kenshi – respondeu a princesa num sorriso amarelo.

Enquanto o espadachim entrava numa sala, Sheeva veio ao encontro de Kitana, estudou a de alto a baixo e disse:

- Temos uma reunião urgente com a general.

- Algo em especial? – perguntou a edeniana arrumando o cabelo.

- Uma novidade... Não muito boa.

Sheeva disse com certa gagueira, pois temia falar mais do que devia. Kitana percebeu o jeito estranho que a shokan estava e perguntou:

- Está tudo bem?

- Não posso dizer muito.

Em seguida, Sheeva a deixou ali, indo em direção contrária. Enquanto isso Kitana pensava na possibilidade do assunto daquela reunião ser sobre a descoberta do traidor. Por mais que tivesse quase certeza em seu coração que o culpado fosse Liu Kang, sentia o seu estômago embrulhar ao imaginar Sonya apresentando o seu ex-amante como o culpado.

Kitana andava a passos lentos pelo corredor observando cada um que passava por ali. Estava absorta em seus pensamentos que acordou ao se trombar com Striker.

- Me perdoe – disse Kitana colocando a mão na cabeça – estou em outra dimensão.

- Eu imagino como você deve estar. – falou Kurtis tirando o boné – a reunião com a general irá começar dentro de quinze minutos.

- Obrigada por avisar.

Em seguida Kurtis saiu da presença de Kitana. Um soldado veio ao encontro dela com seu celular em mãos e entregando-o disse:

- Telefonema.

Kitana agradeceu e atendeu.

- Que voz cansada, princesa.

O som grave da voz de Sub-Zero fez com que ela acalmasse o seu coração aflito.

- Como você está? – perguntou Kitana com certo tom alívio.

- Bem,             querendo estar aí com vocês.

- Não sabe como faz falta, apesar de Frost estar dando conta do recado na hora de congelar os soldados.

- No poder da criomancia ela chega a ser mais forte do que eu. Ela é uma jovem cabeça dura, mas não me arrependo de tê-la recrutado para o clã.

Kitana não queria mudar de assunto, mas como estava prestes a começar uma reunião já perguntou por Hanzo. Kuai cuidou para que ela ficasse informada em tudo e ela ficou aliviada por saber que a cirurgia tinha sido um sucesso. O que a deixou-a preocupada foi a menção da palavra sequelas, pois tinha ciência que poderiam ser muito graves.

- O que nos resta é torcermos para que ele fique bem de tudo – falou Kuai com sua voz tranquila.

A princesa sentiu alguém passar a mão em seu ombro. Era Jax que a lembrara de que a reunião estava prestes a começar. Ela se despediu de Sub-Zero e prometeu mantê-lo informado de tudo. Desligou o telefone e guardou em um bolso da calça que usava indo direto para a sala de reuniões que já estava cheia. Sonya esperou para que a princesa fosse a frente e quando ela chegou começou:

- Estamos muito felizes pelo resultado que tivemos hoje na batalha. Mas a guerra ainda não terminou.

Todos aplaudiram a fala da general que esperava a ovação cessar. Assim que isso se fez continuou:

- Mas também aconteceu algo que eu... particularmente não queria que se realizasse, mas foi necessário.

Ao dizer isso Sonya deu um suspiro, olhou para Kitana com certo pesar. Esta apenas baixou a cabeça e sentiu que estava prestes a presenciar algo que não queria.

- Não vou ficar enrolando, pois temos muito que fazer ainda. Através de Kabal descobrimos quem nos traiu. – falou Sonya em tom de lamento.

Em seguida pediu que o trouxesse perante aos presentes. Acompanhado de dois soldados Liu Kang entrou a passos lentos na sala com os pulsos algemados e cabeça baixa.



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