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História O caminho para uma alma perdida - O habilidoso sentido falho


Escrita por: beeTurner

Notas do Autor


Primeiramente: MIL PERDÕES PELA DEMORA EM POSTAR!
Gente, sério aconteceu tantas coisas e a principal delas: fiquei sem pc para conseguir escrever os capítulos. Pelo meu celular fica praticamente impossível, mas eu juro que tentei!!!!
Não tenho palavras para descrever a saudades que eu estava sentindo DAQUI MEU POVINHO LINDOOOOOO.
E EU NÃO ESQUECI DE VOCÊS MOCINHAS QUE EU LEIO AS FANFICS. TÔ COM SDDS TAMBÉM, ALÔ ALÔ FRONTEIRA DA ALVORADA, ME AGUARDE PORQUE EU TÔ MORTA DE SAUDADES
Eu nem conseguir acompanhar as minhas faves eu estava conseguindo. Agora vou poder me atualizar em tudo!
Sobre esse capitulo: ELE NÃO TAVA PLANEJADO, mas eu precisei escrever porque vi que vocês estavam esperando para saber da missão da Kaori, então resolvi postar sobre ela! Espero de coração que vocês gostem e me perdoem pelos erros!!!
Boa leitura, gente lindona!

Capítulo 13 - O habilidoso sentido falho


"Pay no mind to what the doubters all say

I'mma be around forever, always

You can bet on it"

 

Era libertador para Kaori cada galho que a menina usava para tomar impulso e saltar longe, correndo no mesmo ritmo que seus companheiros, Kiba e Akamaru. Todos estavam focados na missão, por isso poucas palavras eram trocadas entre o menino e a garota mais velha. Kaori não queria distrair Kiba, que ficou responsável por rastrear qualquer aproximação duvidosa enquanto a morena carregava consigo os pergaminhos secretos que os dois deveriam levar até um senhor Feudal na vila mais próxima. Pelo mapa que tinham, tudo indicava que ainda iriam demorar mais algumas horas para chegar ao destino e o sol já sumia no horizonte.

    — Espera aí, Kaori. — pediu Kiba, fazendo a menina cessar a corrida e se equilibrar sobre um galho mais grosso de uma árvore. Ela se virou rapidamente para olhar para o companheiro, temendo que ele tivesse farejado o rastro de algum inimigo próximo, mas apenas o encontrou parado ao lado de um exausto cachorrinho branco. — Estamos correndo há muito tempo, isso deixou Akamaru cansado. Podemos fazer uma pausa?

    — Certo, vamos descansar. Você fique com Akamaru e os pergaminhos aqui, vou fazer patrulha enquanto vocês dois se recuperam e então revezamos. — ela disse ao se aproximar dele, tirando dois rolos de pergaminhos dos bolsos e os passando ao garoto. Kiba assentiu e sentou-se ao lado de seu cachorro, apoiando as costas no tronco de um árvore para se acomodar.

    — Tudo bem, não vá muito longe ou vou perder o seu cheiro e vou achar que você foi levada. — disse ele, fazendo Kaori rir baixinho de forma sarcástica enquanto aproveitava para apertar os nós do tecido da bandana da Vila da Folha que carregava na cabeça, o símbolo reluzindo no metal brilhante.

    — Você acha mesmo que seria assim tão fácil?

— Não sei, ninguém ainda viu do que você é capaz para ter se tornado uma ninja. Ninguém além do Kakashi-sensei, pelo o que dizem. — acrescentou com um tom de deboche, o que provocou um rubor nas bochechas de Kaori. Então seu nome era citado junto ao de Kakashi por entre os moradores de Konoha? As pessoas comentavam sobre ela? Kaori abriu a boca para questionar a Kiba que comentários seriam esses, mas fechou a cara para o menino.

— Oras, fique quieto. Ninguém vai me levar assim tão fácil, não sou uma menina indefesa. — falou zangada e em um pulo ela saiu de perto de Kiba, começando sua patrulha pelos arredores do lugar em que estavam. Ainda sentia as bochechas quentes e isso a fez voltar seus pensamentos para o que o menino havia dito, mesmo quando já estava longe dele. Porque diabos havia ficado envergonhada quando Kiba havia falado sobre Kakashi de uma maneira tão insinuante? Sabia que não tinha nada demais em passar horas de seu dia em um treinamento exclusivo com o albino, mesmo que não fizesse parte do time comandado pelo Hatake. Ele estava fazendo isso por ordem da Hokage, que besteira pensamentos como o de Kiba estarem na cabeça das pessoas.

Balançou a cabeça rapidamente, bagunçando os cabelos para espantar qualquer pensamento que a lhe deixasse distraída da missão. Não podia decepcionar a Hokage, que confiou o suficiente na menina para lhe entregar aquela responsabilidade de ser uma shinobi.

Ela parou sua corrida e aterrissou no chão coberto por lama e musgo verde. Olhou para os próprios pés e notou que estava suja com isso, mas não importou-se com esse fato. Resolveu ir caminhando a partir daquele ponto para evitar chamar atenção, caso não estivesse sozinha e também evitar estar ainda mais cansada.

Nada suspeito. Ao seu redor apenas conseguia escutar o barulho que alguns animais pequenos causavam ao se movimentarem pelos arbustos volumosos da floresta. Mesmo que tudo estivesse parecendo tranquilo, Kaori mantinha atenção e escondia seu chakra, fazendo isso da maneira como Sakura havia lhe ensinado no dia anterior. A rosada a avisou que usar essa técnica a ajudaria a se camuflar, caso necessário durante a missão.

Kaori adorava a ajuda que recebia de cada amigo que havia feito naquela vila e se esforçava ao máximo para demonstrar que era uma ótima aluna em cada lição aprendida. Havia passado a noite acordada, testando técnicas e aperfeiçoando o controle sobre suas kunais. Já podia classificar seu nível como algo bastante satisfatório, mas Kiba tinha toda a razão no que havia dito… Como poderia provar que estava indo bem em seus treinos se não precisou colocar suas habilidades em prática?

Suspirou e relaxou os ombros em um sinal de cansaço. Passar a noite em claro treinando a deixou exausta e agora até mesmo estava ficando sonolenta. Ainda não era hora de voltar e trocar de lugar com Kiba e Akamaru, por isso tinha que se manter firme… Kaori bocejou alto e esticou os braços para cima.

Atenção, Kaori. Você precisa ficar acordada e atenta.

Ralhou com ela uma vozinha interior e a morena se forçou a obedecer. Afastou os fios de cabelo que caiam sobre o rosto e abaixou a cabeça por um instante. Fitou os pés sujos de lama pisando sobre o solo seco e então franziu a testa em uma clara confusão.

Como poderia a região de dezenas de segundos atrás estar lamacenta, como se tivesse sido atingido por água da chuva e ali se encontrar tão seco? Olhou para cima e fitou a extensão da floresta e tudo parecia tão igualmente coberto pelas árvores, aumentando a desconfiança da morena. Kaori fez o caminho de volta até o local com lama acumulada enquanto sacava de sua bolsa de equipamentos um recipiente onde armazenava água para beber.

Aproximou-se do começo da trilha lamacenta e ali se abaixou, observando onde a suposta chuva havia molhado de um lado de outro a parte em que o chão estava seco, local em derramou a água que carregava em sua garrafinha. Observou o líquido rapidamente ser absolvido e umedecer a terra.

O que viu a fez arregalar os olhos e levantar apressada, correndo para encontrar Kiba e Akamaru o mais rápido possível.

 

[...]

 

    A respiração de Akamaru era tão calma que entregava o quanto o cachorrinho estava cansado e entregue a um sono profundo. Kiba não dormia, mas estava também relaxado ao lado de seu pequeno cão, atento aos cheiros que aquela floresta exalava. Tudo parecia normal e até mesmo o aroma do perfume de Kaori ele era capaz de sentir de longe, sabendo assim que a parceira estava por perto.

    O ninja apertou os pergaminhos, que precisava proteger pela missão, mais junto ao corpo para ter a certeza de que esses estavam a salvo. Não iria falhar em uma tarefa tão simples como aquela, ou precisaria ouvir de sua mãe e irmã sermões por uma semana inteira. Olhou para o cachorrinho branco que ressonava em seu colo e afagou seu dorso por completo, com um sorriso no canto dos lábios.

    — Akamaru, você não sabe a sorte que tem… — falou para o amigo enquanto o acariciava, mas afastou a mão quando Akamaru rosnou. — Akamaru? O que houve, amigão?

    O cão abriu os olhos repentinamente e pulou do colo do dono, posicionado defensivamente na frente do mesmo enquanto olhava para um ponto entre as árvores. Kiba estranhou o comportamento do animal, afinal seu olfato dizia que tudo estava normal, mas ergueu-se rapidamente e sacou uma kunai. Suas roupas estavam um pouquinho mais pesada devido a lama que sujou suas vestes...

    — Você está sentindo algo, amigão? Está farejando algum inimigo? — perguntou, recebendo um latido como “resposta” que de alguma maneira Kiba entendeu como um sim, assim redobrando sua atenção e segurou a kunai com mais firmeza entre os dedos.

    Por mais que a habilidade de Kiba fosse o olfato aguçado, não era capaz de sentir nenhum cheiro de alguém próximo além de Kaori… Porém sentiu-se enganado por seu nariz quando ouviu uma risada baixa logo atrás de si.

    — Esse seu pulguento é muito mais talentoso do que você. É uma pena que também terei que matá-lo. — uma voz disse com a malícia escorrendo por seu tom. Kiba arregalou os olhos, mas antes de ter chance de atacar já estava sendo jogado para longe no chão por um golpe que o atingiu em cheio nas costas. Sentiu uma forte dor atingir os ossos de seu corpo e os músculos, mas essa sensação nem se comparava com a agonia que lhe atingiu ao ouvir o grunhido de um Akamaru sendo atacado  e arremessado para o outro lado do campo em que estavam, seu minúsculo corpo acertando em cheio o tronco de uma árvore.

    — Akamaru! — o ninja gritou e tentou se erguer para socorrer o amigo, mas foi impedido pelo peso do corpo de seu inimigo, quanto este pisou em suas costas para o manter no chão. Kiba não foi capaz de o detectar outra vez e ao ver seu cão desacordado no chão, sentiu raiva de si mesmo por ter falhado tão miseravelmente naquela missão.

    — Isso foi fácil demais. Vocês ninjas da folha são uma piada… — o homem misterioso falava e parecia sorrir de prazer, mas Kiba não conseguia olhar para ele, já que estava com seu rosto praticamente esmagado contra o chão. — Muito obrigado por ter tornado a missão de roubar esse pergaminhos algo tão simples, me poupou muito tempo. Eu tinha ficado um pouco preocupado quando soube que teria um cão ninja nessa missão, mas foi tão sem graça.

    — Como? — indagou Kiba, com o sangue fervendo de raiva por estar tão humilhado daquela forma e por nada estar conseguindo fazer. Não protegeu Akamaru outra vez, não impediu que algo de ruim lhe acontecesse novamente como havia prometido.— Como não consegui sentir o seu cheiro?

— Simples: eu domino muito bem o elemento Terra. Posso manipular a terra, inclusive de forma que ela me camufle como eu quiser. Incrível, não é? — o repugnante homem falava orgulhoso de suas façanhas e Kiba apertou as mãos em um punho fechado, sentindo a lama entre seus dedos. O cheiro do estranho estava misturado ao ambiente da floresta, ao aroma de terra molhada era algo ignorável para o olfato de Kiba, por isso deixou passar. Um truque tão simples, porém tão eficaz. — Agora… Eu vou matar você. Não é nada pessoal, acredite. — o ladrão sacou uma kunai e posicionou a lâmina para baixo, pronto para atacar. O sorriso sádico em seus lábios não desaparecia, tornando a cena em algo mais macabro do que parecia. — Esse apenas é o meu trabalho. E uma dica, rapazinho… Nunca confie em apenas um sentido seu. O olfato pode enganar, não acha?

    — Por isso que ele tem a mim! — Kaori gritou, surgindo repentinamente ao lado do inimigo, como se tivesse se teletransportado ali, e atingindo em cheio um soco no rosto do mesmo, que voou para longe de Kiba. Os olhos da menina estavam negros, com pequenas e finas veias saltadas em suas têmporas. Seu kekkei genkai estava ativo, explicando o porquê de sua aparição surpresa ali.

    Kiba não perdeu tempo e colocou-se em pé ao lado da companheira, assumindo posição de luta rapidamente, mas Kaori o conteve ao colocar o braço em sua frente para impedir seu avanço. O mais jovem fitou a morena e admirou o que estava enxergando. As duas bolitas escuras e foscas que a menina carregava no rosto eram algo assustadoramente lindo de se ver, mesmo que o garoto desconhecesse os poderes oculares que ela tinha, sentia-se até mesmo intimidado por tal característica tão imponente.

    — Não, Kiba. Pegue Akamaru e proteja os pergaminhos. — era a primeira vez que Kaori utilizava um tom tão autoritário com alguém, mas não podia perder tempo com gentilezas já que o inimigo já parecia estar se recompondo. — Eu cuido dele, afinal… Já que ele se acha tão bom em se camuflar, vamos ver se ele consegue fazer isso rápido.

E ao falar isso a menina avançou com um leve sorriso de canto. Como todas as outras vezes, Kaori congelava o tempo ao seu redor e apenas ela continuava a correr. Sem nenhuma dificuldade, a jovem aplicou um golpe sobre o peito do homem e ao tocar seu corpo, o tempo voltou a correr normalmente.

    Viu seu oponente ser jogado alguns metros acima devido a forma que foi atingido e Kaori sabia que podia muito bem aproveitar a oportunidade para seguir com outro golpe. Avançou. E novamente o ambiente ao seu redor se mantinha preso em um tempo próprio enquanto Kaori brincava como se estivesse em um universo paralelo em que as coisas ocorriam adiantadas.

    Ela chegou em seu inimigo sem demora, que estava a metros do chão, e o atingiu com o punho na barriga com uma enorme quantidade de chakra acumulado na mão, arremessando-o para o chão. O ambiente voltou ao normal, mostrando para Kaori, Kiba e Akamaru o corpo do ninja atingir em cheio o solo, que criou uma cratera devido a força monstruosa usada pela morena no golpe final. Kaori fez tudo sem piedade e isso era óbvio quando se olhava para um aquele homem estirado e quebrado em meio ao caos criado pelo solo detonado.

    Até mesmo a menina estava impressionada pelo resultado, mas satisfeita por tudo ter acabado tão rápido. Não havia sinais de que seu oponente poderia levantar tão cedo… Ou talvez nem fosse mais capaz de fazer algo outra vez. Fitou as próprias mãos, observando os nós dos dedos avermelhados em meio a lama que sujava sua alva pele. Eram as marcas de ser uma ninja.

    Olhou por sobre o ombro e encontrou Kiba com uma careta perplexa e chocada. Tudo provavelmente havia acontecido em menos de cinco segundos e invisível aos olhos do menino, então saberia ele explicar de algum jeito o que tinha acabado de ocorrer? Kaori sabia reconhecer uma cara de confusão envolvendo o kekkei genkai dela, afinal ela já havia se sentido tão perdida quanto o Inuzuka, mas agora… Agora ela descobria todos os dias, mais e mais, do que era capaz.

 Ergueu a mão, mostrando o polegar enquanto sorria gentil para Kiba da mesma forma que Naruto fazia com ela.

Tudo estava bem outra vez.

 


Notas Finais


Quem ainda acompanha a fanfic levanta a mãozinha \o/
Espero de verdade que vocês me perdoeeeeem, eu vou tentar trazer o próximo capitulo em breve sem demorar toda a eternidade outra vez.
OBRIGADA E BOM FIM DE SEMANA LINDOOOS!!!


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